O Eterno Retorno é o sentido da vida, mas no eterno retorno não temos um simples retorno do mesmo, porque o retorno se diz do diferente, do devir. O mesmo que retorna é o Diferente.
Ou seja, o sentido da vida não é linear em relação ao futuro e ao passado. Seria mais parecido com um movimento em espiral, tendo sempre que retornar as proximidades do ponto de origem para, só depois, pegar impulso e afastar-se ainda mais. Esse trajeto de “retorno” também não passa exatamente pela origem, não é uma simples repetição, há uma certa diferância envolvida.
Não sei se é só impressão minha ou esse pensamento se parece muito com a crítica à metafísica da presença de Jacques Derrida…
