O livro eletrônico

[Miguel (admin)]

Me parece que nesse assunto, a conveniência tem mais valor que as idiossincrassias de cada um. O gosto, o romantismo, se submetem a aquilo que é mais prático, econômico,etc Deste modo, por mais que os “amantes dos livros” protestem, digam que cada livro tem “identidade pessoal”, isso será de pouca importância no final( ainda mais que esse tipo de pessoa é bem rara em nossos dias).
Uma das grandes vantagens do livro eletrônico( e que não falaram aqui,ainda)é a ecológica, com o aumento da do seu uso e até mesmo com a substituição do papel por alguma outra tecnologia teriamos uma grande vantagem ecológica( ainda mais que a ecologia é um dos mais graves problemas de nosso futuro próximo)
Por enquanto é isso,depois contribuo um pouco mais com a discussão

[Miguel (admin)]

Não creio que o livro eletrônico substituirá o livro de papel. O objeto livro é de um valor imprescindível para a leitura. É uma outra relação corpo/texto, segurar, folhear, e agride menos a vida. Acho que os dois tipos conviverão uns com os outros. A televisão não acabou com o cinema, nem o rádio com a TV etc. O livro existe há milhares de anos, não será agora que irá ruir. Além disso, o ebook depende da eletricidade, e o livro no acampamento, na praia, na aldeia? E a possibilidade de apagão?

O problema ecológico pode ser minimizado com áreas de replante ou de reciclagem, como já se faz. A tendência é informatizar papelada burocrática/jurídica e o livro ir se tornando um bem cada vez mais sofisticado, em termos de design edição e papel.

[crisbodart]

Caros pensadores…Os grandes problemas do livro eletrónico para mim são...O incômodo da luz da tela;Não dá pra lêr na praia... só com um computador portátil - que não é todos que podem comprar(...) é meu caso.Pensaram no Meio Ambiente mas esqueceram do homem, do povo, daqueles que estão a margem da globalização.

[Z]

Se tudo o que fosse plástico fosse papel… isso sim seria bem mais ecológico.Eu acho que se deveria gastar papel na produção de milhões de produtos... é um bem essencial, biodegradável e facilmente reciclável.O problema é que o abate das árvores é superior á reflorestação...Resolver este problema seria sim uma atitude ecológica.O livro electrónico é positivo porque possibilita um mais vasto acesso a informação e cultura. Mas nunca substituirá o papel...Reparem, hoje todas as notícias estão na internet e televisão, mas os jornais continuam a se vender quase do memso modo.Informação no papel é qualidade e pessoalidade.Mesmo que em todos os locais estivessem ecrans de alta qualidade, com informação super acessível... Não seria o mesmo do que ler artigos de um jornal corrente descansadinho na cadeirinha... sem precisar de selccionar notícias com um periférico informático ou algo do género. No futuro "todos" terão computador ou parecido que possam até levar para a praia como o telemóvel. Mas o Jornal é sempre Jornal. E o livro é sempre livro.Mas mesmo que estivesse enrraizado a dinâmica e hábito do diário e livro electrónico, haverá sempre a questão da cultura e tradição que manterá o papel valorizado. Eu concordo com a informação e cultura digital, mas a infromação e cultura físicos (papel) não será substituível enquanto o conhecimento ter o valor social e pessoal que tem.Cumps.

[crisbodart]

Caros pensadores…Todos sabem que ao escrever um livro busca-se ganhar algum dinheiro (além de outras coisa é claro).Com a a digitalização das obras, como ficarão os lucros, uma vez que ficaria mais fácil reproduzir?

[Egypcyo]

Especialmente a crisbodart:Concordo com sua última mensagem. E acrescento um detalhe que infelizmente passa desapercebido (mesmo pelas vítimas):A digitalização é prejudicial até para o próprio leitor, uma vez que as posições de leitura são até certo ponto invariáveis na frente de um computador.O que acontece, em meio à globalização excludente, são condições que limitam o homem mais honesto.Assim, a reprodução digital desenfreada dos livros perde seu caráter duplo-inicial que é o de comunicar e lucrar. Mas tudo isso recebe a assinatura do sistema criado dentro de nossa história.Que os livros sejam todos de papel, mas que o papel valioso (money) esteja em nosso poder igualmente.Abração.  ;)

[crisbodart]

Egypycyo…Você tocou no ponto certo...A democratização da leitura não está em digitalizar os livros, mas promover uma melhor distribuição de renda. Assim todos poderão comprar seus livros.

[Z]

Não estou a conseguir perceber as vossas posições.Voçês estarão por ventura conra a digitalização dos livros, por isso implicar percas de rendimento às editoras/autores??Espero bem que seja um equívoco meu meus amigos.Não preciso aprofundar muito o tema da música para fazer essa comparação, a música é comprada online e é divulgada online. Os autores mais reputados têm que jogar com isso, mas os menos reputados só têm vantagens.Livros.Tudo o que está escrito deveria estar disponível para todos. Cultura devia ser gratuita. O lucro e o sustento dos que empregam seu intelecto disponibilizando informação para os leitores será em função do mérito e reputação que os leitores lhes dão, e não pelo número de papeis vendidos....Negar o acesso à informação é errado.O acesso aos livros pode ser condicionado mediante pagamento, eu dou essa abébia às editoras. Mas não se deve excluir os livros da internet só pelo facto de ser mais facilmente reprodutível.Se for reproduzido quer seja legal, quer seja ilegalmente, é porque mereçe a pena, é porque tem valor. Valor que estando numa estante de uma livraria da qual os possíveis compradores só têm acesso a uma capa elaborada pelo marketing, não seria percepcionado.Não é por os livros existirem num monitor que o papel perde importância.O monitor não consegue substituir o papel, tal como os noticiários televisivos nunca substituíram os jornais...Adoro papel, adoro informação e cultura, e odeio que ela esteja interdita por razões económicas.Cumps.

[Egypcyo]

Z…Eu sou contra a digitalização do livro como solução de problemas...Não podemos relaxar e dar como solucionada a questão de acesso aos livros.Tenho vários e-books aqui no meu computador. Mesmo assim, ainda prefiro que o mercado de livros seja movimentado. Assim, os autores estarão mais valorizados; mas para que eles assim estejam, é necessária uma elevação do padrão de vida das classes mais diversas.A digitalização é um artifício, não uma equação imutável.Abraço.

[105_torre_norte]

Dez anos se passaram desde que o Lucas abriu o tópico e parece que a questão do livro digital está ganhando força graças a produção e propaganda cada vez maior destes palm top, Ipod e coisas do gênero. Da forma como as propagandas fazem você se sentir sedento por estas mercadorias, possivelmente as vendas cresceram bastante, assim como a disponibilização dos livros eletrônicos, contudo esbarramos em um problema simples, pelo menos no Brasil: A demanda. Não a demanda por aparelhos tecnológicos, pois esta sempre existirá e de forma ascendente, mas a demanda por livros, principalmente no Brasil, é pequena. Ou seja, o brasileiro compra e ler pouco, logo estes aparelhinhos terão que vir com outras funções além da leitura de livros , senão não venderá muito por aqui. Aliás, se não estou enganado, já são multi-funcionais.E quanto a nostalgia do livro de papel, infelizmente não será empecilho para as industrias, basta baixar o custo da produção destes aparelhos que serão uma febre, vide o exemplo do celular. Livro de papel será peça de museu.A proliferação do uso da internet fez com que o brasileiro lesse e escrevesse mais, pelo menos nas comunidades de relacionamento.  ;D

[Autor]

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