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05/12/2008 às 15:44 #70842jocaxMembro
O Princípio da Incerteza Filosófico (PIF)Jocax, Novembro de 2008 Resumo: Estabeleceremos um princípio filosófico-científico que é similar, porém mais abrangente, que o princípio da incerteza de Heisemberg.Palavras Chaves: Filosofia, Incerteza, PIF, Princípio da Incerteza Filosófico.A Mecânica quântica, que é a parte da Física que estuda o microcosmo, tem um princípio fundamental, conhecido por “Princípio da Incerteza”. Este princípio, descoberto por Werner Heisemberg, estabelece a impossibilidade física de conhecer (saber ou medir), simultaneamente, a posição e a velocidade de uma partícula com precisão maior do que certa constante [1]. Esta imprecisão é considerada como sendo uma lei fundamental da mecânica quântica, e tal incerteza não depende de nenhuma tecnologia, e é considerado um atributo do universo.Desde o advento da “Ciência Expandida” [2] sabemos que é impossível até mesmo refutar uma teoria como pensava Popper. Então tudo indicava para uma visão mais abrangente e menos incerta do universo, tal incerteza deve abranger nossas observações. Baseado nestas conclusões eu irei propor um princípio, que eu chamei de “Princípio da Incerteza Filosófico”, ou simplesmente PIF, que estabelece o seguinte: “É impossível saber se alguma observação, medida, ou percepção, corresponde de fato à realidade”.Podemos tomar a realidade como algo que tenha existência independentemente de alguma interpretação, processamento, ou imaginação.Provavelmente muitos já tiveram esta mesma idéia, mas não a formalizaram, pois desde o advento do conceito de “Solipsismo” [3], sabemos que é impossível provar que qualquer coisa que seja possa ser, de fato, realidade. E pior do que isso, até mesmo o próprio Solipsismo pode ser uma ilusão, uma vez que o “eu” que percebe pode também não ser real como foi mostrado em “Penso, logo existe!” [4]. Ou seja, o próprio “ser”, que observa, pensa, e sente pode não existir fora de outro nível de interpretação.Além disso, e o mais importante, é que mesmo que tomemos a nossa própria realidade como sendo real, isto é, que existe independentemente de qualquer interpretação de um nível superior, como é suposto pela ciência, ainda assim teremos problemas: Ainda assim não poderemos tomar nenhuma observação como sendo real. Para entendermos isso, vamos roubar o exemplo da “caixa de sapatos” do ensaio sobre “Ciência Expandida” [2]:Suponha que estamos andando pela rua e observamos uma caixa de sapatos com um tijolo dentro dela. Podemos concluir de nossa observação que o que vemos é uma caixa de sapatos com um tijolo? Infelizmente a resposta é não, pois em princípio, poderia ocorrer uma das seguintes situações - de infinitas possíveis - quando se observa um tijolo sendo que não é um tijolo: - O volume era, na verdade, de um rádio de pilha imitando um tijolo.- O volume era algo que se assemelhava a um tijolo, mas não era um tijolo.- Um curto-circuito cerebral momentâneo fez você imaginar um tijolo numa caixa vazia.- Uma nova arma de ondas alfa foi testada em você para que você imaginasse o tijolo.- Alguém criou uma imagem holográfica do tijolo para que você pensasse que era real.- etc.etc. Tais tipos de enganos, embora improváveis, podem acontecer, em qualquer nível de observação, seja ela científica, ou não. E isso justifica o PIF como um princípio filosófico-científico fundamental sobre o limite do conhecimento. Referências[1] Princípio da incerteza de Heisenberghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_incerteza_de_Heisenberg[2] Ciência Expandidahttp://www.genismo.com/logicatexto25.htm[3] Solipsismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Solipsismo[4] “Penso, Logo Existe!”http://www.genismo.com/logicatexto29.htm=========================Extraído de: http://www.genismo.com/logicatexto31.htm
11/12/2008 às 1:19 #85956PhiliponMembroAmigo Jocax Me parece interessante seu tópico onde relaciona “incerteza”, “filosofia” e “realidade” por outra parte me parece que está na mesma linha de discernimento que o outro tópico colocado por você: “Penso, Logo Existe!” Provando a existência de uma realidade última: Além do "Penso, logo existo", onde o autor refuta a Descartes. Amigo Jocax, me parece que ambos tópicos apresentam uma falha de interpretação do que é “Realidade” que agora passo a fundamentar. Existe uma confusão na interpretação de duas palavras “verdade” e “realidade” e muitas vezes são utilizadas como sinônimos sendo que ambas tem diferenças fundamentais: A “realidade” não precisa da existência de um observador. A “verdade” precisa da existência de um observador. Uma “realidade” pode ser criada. Uma “verdade” não pode ser criada só pode ser deduzida. A “realidade” não possui dependência. A “verdade” possui dependência, o conhecimento. Sendo o conhecimento dependente de uma “realidade” podemos concluir que a “verdade” é dependente da “realidade” e não pode ser em nenhum caso uma “realidade”. Para finalizar em ambos tópicos se discute a existência de uma “realidade” a partir de um observador pelo tanto, o que realmente se está comprovando é uma “verdade” e não uma “realidade”. Em relação a seu “Princípio da Incerteza Filosófico” devo lembrar-lhe que: - Uma “incerteza” precisa da ação de um observador e pelo tanto uma "incerteza" está relacionada com uma “verdade” e não com uma “realidade” e - Que um filosofo procura “verdade” e não “realidade”. Com relação ao tópico:
Refutando Descartes Isto quer dizer que o "Penso, logo existo" (“Cogito, ergo sum”), de Descartes, pode não ser verdadeiro, pois, o ser que pensa, como mostramos no exemplo acima, pode não ser real. Mas, como já provamos, deve haver algum nível de interpretação na qual, no mínimo, a própria interpretação é real.
Além da falha mencionada acima relacionada com a interpretação da “realidade” existe outra, Descarte com seu pensamento “Penso, logo existo”, estava demonstrando uma “verdade” e não uma “realidade”, ele era um filósofo-cientista. Descartes negou as “verdades” de sua época e não as “realidades” o que tem lógica já que: - uma verdade depende de conhecimento, - o conhecimento é uma variável de cada pessoa pelo tanto, a verdade é subjetiva e relativa. O que Descartes propôs foi que, deveríamos negar toda “verdade” que não fosse obtida por nós mesmos, o que é um excelente conselho. Um abraço
21/04/2009 às 16:03 #85957jocaxMembroOla Philipon!Permita-me dicordar: Vc disse: "Existe uma confusão na interpretação de duas palavras “verdade” e “realidade” e muitas vezes são utilizadas como sinônimos sendo que ambas tem diferenças fundamentais"Leia uma definicao sobre verdade que fiz mas nao sei se eh original: "Verdade é toda informação compatível com a realidade ou com as de premissas das quais foi inferida."(jocax/2003)Podemos perceber, primeiramente, que a verdade é uma informação a respeito de algo. Segundo, esta informação deveria ser compatível com a realidade, e não ir contra os fatos. Poderemos perguntar o que é realidade e o que é ser compatível e.... bom, nos estenderíamos para além do propósito deste ensaio.Extraido de : http://www.genismo.com/logicatexto3.htmSe a verdade eh um a INFORMACAO eh claro que ela precisa de um inperpretador ( observador) para interpreta-la!Vc ainda disse:"A “realidade” não precisa da existência de um observador. A “verdade” precisa da existência de um observador."Ateh aki eu concordo em parte, mas nao de todo uma ve que o observador faz parte da realidade e NEM PRECISA TER CONSCIENCIA. Um automato pode ir fazendo observacoes verdadeiras sobre a realidade que observa e escrevendo-as em seu banco de dados. Agora me diga , qual a diferenca fundamental de um robo e de uma pedra? Percebeu?Depois disse:"Uma “realidade” pode ser criada.Uma “verdade” não pode ser criada só pode ser deduzida."Esta frase eh DUBIA uma vez que o interpretador ( observador ) faz parte da realidade, e, portanto pode modifica-la criando a realidade, e assim tbm a verdade, de acordo com o que faz. Mas a verdadedepende da realidade como defini acima.Vc diz ainda :"A “realidade” não possui dependência.A “verdade” possui dependência, o conhecimento."Acho estas frases perigosas uma vez que a realidade se modifica e depende dos elementos que a compoeinclusive seus observadores. Assim, a realidade DEPENDE destes elementos, incluindo seus observadoresque formulam a verdade. Mas o ato de formular a verdade MODIFICA A REALIDADE !Entao a propria verdade depende da formulacao da verdade pois esta altera a realidade !!Entao o que vc disse em :"Sendo o conhecimento dependente de uma “realidade” podemos concluir que a “verdade” é dependente da “realidade” e não pode ser em nenhum caso uma “realidade”. "Eh falso, pois o PROPRIO CONHECIMENTO FAZ PARTE DA REALIDADE !! E nao eh independente desta !
21/04/2009 às 16:36 #85958jocaxMembroVc ainda disse que : "Em relação a seu “Princípio da Incerteza Filosófico” devo lembrar-lhe que:- Uma “incerteza” precisa da ação de um observador e pelo tanto uma "incerteza" está relacionada com uma “verdade” e não com uma “realidade” e - Que um filosofo procura “verdade” e não “realidade”. Na verdade nao.Pois a incerteza estando relacionada a um observador tambem esta relacionado aa realidade uma vez que o proprio observador faz parte da realidade. Assim um filosofo procura, na verdade, o conhecimento que nada mais eh do que informacao sobre a realidade. Com relacao ao topico: "Penso , logo esiste"Vc disse que :"- uma verdade depende de conhecimento"Na verdade isso tambem eh falso.Eu , ha muto tempo atras, bolei uma maquina geradora de conhecimento: "Criator - o gerador de conhecimento"http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/278Ou seja , esta maquina nao teria conhecimento mas poderia escrever sentencas VERDADEIRAS !!!Ou seja poderia redigir informacoe verdadeiras sobre a realidade mesmo sem ter conhecimento acerca de nada no mundo !!Ou seja a informacao pode ser verdadeira mesmo sem ter um ser que a perceba.Veja,eh importante notar que nao pode haver distincao de seres e observadores com nao seres e entidades materiais.Vc coloca muita enfase nos observadores esquecendo-se que oobservadores nao sao entidades especiais no universo: sao apenas pedacos de materia com algma organizacao, e nao seres fora do espaco material...Agora o que mais me causou estranheza foi esta perola:" - o conhecimento é uma variável de cada pessoa pelo tanto, a verdade é subjetiva e relativa."Isso eh absolutamente inadmissivel.O conhecimento eh uma informacao sobe a arealidade e portanto deve ser verdadeiro.Se alguem ACHA que tem uma informacao e acha q esta informacao eh conhecimento isso nao eh verade: NEM TODA INFORMACAO EH CONHECIMENTO!!A verdade nao eh subjetiva nem relativa. As pessoas eh que podem se enganar pensando que possuem a verdade mas nao.Se a verdade fosse subjetiva entao para um louco esquizofrenico ele poderia dizer que eh verdade q todos os filosofos preisam ser mortos e portanto ao mata-los vc nao poderia recrimina-lo pois ele eta apenas seguindo "sua" verdade.Da uma olhada no seguinte texto: "E se o Relativismo fosse verdade - Uma ilustração"http://www.genismo.com/metatexto39.htmAbsJocax
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