Bom, a partir do século XIX foram feitos vários ataques às concepções da tradição metafísica e à filosofia da consciência. O Habermas faz uma análise interessante no que ele chama de tentativas de superação da metafísica. Essas “tentativas” estão envoltas também em outros aspectos que foram surgindo na filosofia, como a crítica à razão e o surgimento da fenomenologia. Por exemplo, a fenomenologia tenta superar a contraposição entre ser e aparecer reduzindo o campo do possível ao fenômeno, eliminando assim a “coisa-em-si” (noumeno). Toda esta problemática está envolta no pós-kantismo, porque Kant dissecou as possibilidades da razão pura em linhas finas, delimitando qual seria o escopo da investigação científica e dando os fundamentos para qualquer investigação futura que se pretendesse metafísica. Daí que começaram as tentativas de superação.Mas, como disse, Habermas considera que estas tentativas não encontraram êxito, caíram na aporia da contradição auto-referente, ou seja, o discurso criticando ele mesmo. Daí ele propõe um outro paradigma, que seria o deslocamento do foco... do sujeito passaria-se para a intersubjetividade, com a ação mediada por um tipo especial de pragmatismo fundamentado pela ação comunicativa.Um livro interessante do Habermas que trata deste tema é o Discurso Filosófico da Modernidade. Este que você citou não li, é bom?Abraços e continue postando....