Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Qual é o maior bem de todos? O que todos nós buscamos?
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
23/05/2007 às 19:01 #70683jota erreMembro
Aristóteles diz que é a felicidade, e parece que a tendência da filosofia (e do senso comum) é seguir essa diretriz. Quem acha que está correto levante a mão, por favor!(Quem acha o contrário, levante a outra mão!)
23/05/2007 às 23:37 #85100DämmerungMembroAcho que é o equilíbrio, em todo e qualquer significado!Levanto as duas mãos!!! :D
06/06/2007 às 13:33 #85101jota erreMembroEquilíbrio de quê, Sir Dammerung?Aristóteles defende que o equilíbrio (princípio da mediania) serve justamente para que possamos chegar à felicidade. (consultar Ética a Nicômaco)Sendo assim, este equilíbrio seria um fim subordinado, e não o maior dos bens.E...?
27/06/2007 às 14:30 #85102jota erreMembroKiekegaard nos faz a pergunta:Porque o sumo bem tem que ser a felicidade, e não a verdade?(Cristo é um exemplo de alguém que buscou a verdade a todo custo, até em detrimento da felicidade...)
28/06/2007 às 13:20 #85103BrasilMembroPorque o sumo bem tem que ser a felicidade, e não a verdade.
Bem, acho que o sumo bem, pode até ser a verdade, mas ao buscar incondicionalmente a verdade, nos tornamos infelizes.
(Cristo é um exemplo de alguém que buscou a verdade a todo custo, até em detrimento da felicidade...)
Sim, e "vimos" o que fizeram com ele... Outros nobres homens também buscaram o que acreditavam ser a verdade, fizeram isso de maneira incondicional e foram infelizes. Ninguém nunca disse qual é a verdade! Óbvio! Ninguém nunca soube!Quando tentamos achar um significado para nossas vidas, ou seja; a verdade, nos tornamos infelizes por não encontrá-la. Assim da mesma maneira em relação à verdade sobre a origem do Universo, à verdade sobre o instinto egoista e perverso dos humanos, que é mais do que provado que não é uma necesside e sim uma maldade, à verdade sobre a transcendência ou não da alma e da sabedoria (verdade) adquirida pelas gerações vindas e idas, e tantas outras verdades ocultas e que também angustiam. Sabemos que ela existe mas, não sabemos qual é.Respondendo as perguntas que dão nome ao tópico, eu diria que: Ninguém sabe de fato qual é o bem maior de todos, e não tem meios confiáveis ou credíveis para respondê-lo. E o que todos nós buscamos é a felicidade, mas por não sabermos exatamente o que ela é, ou até por termos livre arbítrio para determinar o que seja para nós , "felicidade", somos parcialmente infelizes. Existe sempre uma pergunta sem resposta.
07/07/2007 às 16:18 #85104jota erreMembroCaro Brasil,1) Podemos citar, além de Cristo, Sócrates como alguém que, teoricamente, teria morrido em nome da verdade.2) Já que citei Aristóteles, ele define que existem alguns fins que são subordinados a outros. Isto é, os buscamos para encontrar estes outros. Assim, pelo seu discurso,parece que a verdade pode ser, no máximo, um fim subordinado para se encontrar a felicidade.3) Desculpe, mas minha intenção era que as duas perguntas norteadoras tivessem o mesmo significado.Msa talvez eu não tenha feito um aboa formulação. Que as pessoas em comum busquem a felicidade é notável. Porém quero saber se a verdade é o teríamos de mais correto a buscar, mais correto do que a felicidade.Quando fala-se em correção, logo se pensa em moralidade. Neste caso, a verdade seria buscada em nome de uma moral. No entanto, a moral normalmente está relacionada à felicidade (eudaimonia), seja em que sentido for.Começo a pensar que se deveria pensar, na verdade, em uma reformulação da moralidade (ou melhor, da Ética), para que se possa pensar numa moralidade que busque não a felicidade, mas a verdade.Acho que as palavras até aqui não lhe convenceram. Me senti tentado agora a postar exemplos (o que é bastante didático para Ética, mas péssimo para a filosofia em geral), mas não consegui pensar em algo não problemático. Assim,para tentar dar ênfase à minha afirmação da verdade como sumo bem, pergunto:- Vc consegue colocar a felicidade acima de tudo?- A sua ou a das outras pessoas? Ou a de todos? Nesse caso, vc aceitaria ser infeliz para garantir a felicidade coletiva?- Buscar a felicidade não é considerá-la algo de puro e verdadeiro? E, nesse caso, não acabamos buscando, por fim, a verdade acima de tudo?Abs.
07/07/2007 às 21:11 #85105BrasilMembroOlá Ed Junior
Assim, pelo seu discurso,parece que a verdade pode ser, no máximo, um fim subordinado para se encontrar a felicidade.
Não. Acho que a verdade existe, deve ser encontrada á seu tempo e que a felicidade pode ser encontrada antes da verdade, porém há sempre um vazio que para uns é insignificante e para outros é muito importante.
Desculpe, mas minha intenção era que as duas perguntas norteadoras tivessem o mesmo significado.
Eu é que te peço desculpas por ficar analisando frase a frase e respondendo-as separadamente antes de responder o conjunto de idéias que elas quiseram representar. Mas, continuarei assim, se vc não se importar...
Que as pessoas em comum busquem a felicidade é notável. Porém quero saber se a verdade é o teríamos de mais correto a buscar, mais correto do que a felicidade.
Acho que não. Pois ela é incognoscível, por isso essa busca é vã.
Quando fala-se em correção, logo se pensa em moralidade. Neste caso, a verdade seria buscada em nome de uma moral. No entanto, a moral normalmente está relacionada à felicidade (eudaimonia), seja em que sentido for.
Concordo. Buscamos na realidade a felicidade, a verdade será uma conseqüência disso.
Começo a pensar que se deveria pensar, na verdade, em uma reformulação da moralidade (ou melhor, da Ética), para que se possa pensar numa moralidade que busque não a felicidade, mas a verdade.
Interessante! Contudo essa “reformulação da moralidade” deveria ser espontânea e não influenciada de forma alguma por agentes externos à consciência, refiro-me a uma consciência livre de interesses individuais e informações teorizadas, não provadas literalmente. Algo muito difícil!
Vc consegue colocar a felicidade acima de tudo?
Claro que não! Apesar de saber que muitos conseguem fazer isso “com o pé nas costas”.
vc aceitaria ser infeliz para garantir a felicidade coletiva?
Isso é muito fictício e pouco provável que pudesse acontecer! Mas pelo que conheço de mim, a resposta é não. Vislumbro uma sociedade justa e isso não seria justo. Já, em se tratando de família, a resposta é sim.
Buscar a felicidade não é considerá-la algo de puro e verdadeiro? E, nesse caso, não acabamos buscando, por fim, a verdade acima de tudo?
Acho que, inconscientemente sim.Abs
13/09/2007 às 3:40 #85106AlanoMembroGentem, O maior bem dos seres vivos é a vida. Entrementes, a vida do outro ser vivo é,, intrinsecamente, um impecílio a minha lprópriia vida! Cada ser vivo é, fundamentalmente, uma guerra a todos os outros seres vivos. Assim vivemos um tremendo PARADOXO! A análise deste paradoxo é todo o esforço filosófico de nossa história. Boa filosofia faziam os gregos, enquanto prativam o ESCRAVAGISMO! Gente, pés no chão!Abraço!
24/10/2007 às 20:32 #85108BrasilMembroO maior bem dos seres vivos é a vida. Entrementes, a vida do outro ser vivo é,, intrinsecamente, um impecílio a minha lprópriia vida!
Se vc vê a coisa dessa maneira... não tem filosofia nem método de auto-ajuda que vai te aclarar as idéias... Essa sua conclusão tem fundamentação político-econômica. A vida humana não se exprime nem se resume na Economia, tampouco na Geopolítica.
25/10/2007 às 21:03 #85107BrasilMembroO maior bem dos seres vivos é a vida. Entrementes, a vida do outro ser vivo é,, intrinsecamente, um impecílio a minha lprópriia vida! Cada ser vivo é, fundamentalmente, uma guerra a todos os outros seres vivos. Assim vivemos um tremendo PARADOXO!
Sob a ótica da coerência e do racionalismo puro; a vida do outro é um pré-requisito para a minha.A felicidade do outro é um pré-requisito para a minha.A harmonia social é um pré-requisito para a vida e para a felicidade da sociedade. Todos os fatores geradores de conflitos e impecílios sociais, se devem às nossas próprias opções. Se devem às nossas próprias invenções e costumes.A Terra é capaz de prover vida digna a todos, sem conflitos “necessários”.
A análise deste paradoxo é todo o esforço filosófico de nossa história.
Creio que não. A análise deste paradoxo passa necessariamente pela análise crítica sobre o sistema de convívio das sociedades. Alguns poucos adentraram nesse campo muito superficialmente, os que foram um pouco mais longe, na minha opinião foram; Proudhon, Engels e Marx, porém nenhum deles produziu uma receita aceitável e/ou coerente. No papel funcionaria, mas na prática não funcionou. Fatores externos influenciaram e é exatamente sobre os fatores externos que se assentam os problemas. Se estamos falando em “sociedade”, não poderia haver fatores externos capazes de inviabilizar a manutenção desta sociedade nestes novos moldes. Sociedade é união, coesão. Se uma sociedade altera totalmente o seu sistema de convívio, porém, perante o mundo ela continua a participar do “jogo” econômico, financeiro, industrial, comercial e especulativo, ou seja; nas relações exteriores continua usando os mesmos expediêntes, naturalmente ela estará sujeita aos obstáculos e impecílios impostos por outras. Não há o que reclamar; jogo é jogo...O que é o Mercado de Capitais senão um jogo? O que é a Geopolítica, senão um jogo?Por que falar numa sociedade que não usa dinheiro é utópico e, esperar que a corrupção e a criminalidade acabem sob decreto ou pela simples boa-vontade das pessoas não é? ::)
07/01/2009 às 22:48 #85109jota erreMembroOlá a todos,Recentemente vi alguns filmes que põem em questão a ideía deste tópico: Matrix, A Ilha, o Show de Truman e, na verdade, podemos considerar como exemplos todos aqueles que, como estes, fazem referência à alegoria da caverna de Platão.Por julgar a questão ainda sem resposta, pergunto-vos novamente: é mais importante ser feliz do que qualquer outra coisa, mesmo que seja uma vida falsa, de mentiras?Abraços a todos!(Espero que alguém ainda leia isto...)
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.