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A iminência de uma escassez de água em médio prazo nos diz que o racionamento e o uso consciente se fazem hábitos de suma importância. As campanhas midiáticas nos alertam para o problema e nos dão orientações e sugestões para fazermos um uso racional da água, reaproveitamento, etc. Encostamos a cabeça no travesseiro e imaginamos que nossos filhos e netos não deverão sofrer as consequências mais severas desta escassez, mas sim, “inevitavelmente” os seus descendentes. Os especialistas da geopolítica nos dizem que conflitos múltiplos serão deflagrados em decorrência da disputa por territórios privilegiados com água. Isso na verdade já acontece, haja vistas ao conflito Israel / Palestina.Calma, pessoal! Isto não é mais um daqueles apelos ecológicos que estamos cansados de ver. Isto não é mais uma daquelas ingênuas reflexões que têm como objeto a observação dos costumes e comportamentos sociais nocivos, tidos como intrínsecos aos seres humanos, e que na verdade são mimetizados por força do hábito e das consequências dos hábitos, ao longo dos séculos e séculos. Tampouco se trata aqui daquelas explanações fatalistas que terminam exatamente como começaram; dizendo que não temos saída; dizendo que devemos nos resignar e nos conformar diante de nossa própria “natureza gananciosa”.Quer me parecer que o “iminente” problema de escassez de água, antes de ser um problema ecológico, é um problema econômico. Dentro deste nosso sistema monetário, hierarquizado e fundamentado sob os interesses dos mais ricos, a dessalinização das águas oceânicas é um processo demasiadamente caro. Então, a mídia, que na realidade está sob o controle de empresários riquíssimos, tenta nos alertar, amedrontar, conscientizar e dar sugestões para abrandar e procrastinar o problema.Sugestões “fantásticas” para o “uso consciente” da água, como a de urinar durante o banho, por exemplo, são apresentadas à população. Lavar calçadas e carros passa a ser ecologicamente incorreto. Mostra-se o quanto se gasta de água com o simples mau costume de deixar a torneira aberta ao escovar os dentes, ou o “crime” que representa o hábito de tomar banhos demorados. Somos solapados com a informação de que somos uns esbanjadores irresponsáveis e que a água tratada está muito barata. Chegam a dizer que este é um dos motivos de “tanto” desperdício.
Contudo, eu entendo que se queremos mesmo RACIONAR água, devemos direcionar estas campanhas “preocupadíssimas”, primeiro aos usuários que mais gastam e DEPOIS aos que menos gastam.Como se fôssemos idiotas vemos campanhas educativas orientando para fechar a torneira ao escovar os dentes, mijar no banho, etc. , e não nos damos conta de que uma piscina particular consome por semana, aproximadamente a mesma quantidade de água que você gastaria em toda a sua vida, sem ter o cuidado de fechar a torneira ao escovar os dentes.Os artistas, autoridades e celebridades que aparecem em propagandas e entrevistas fazendo apelos para economizar água, não abrem mão de suas piscinas...Você já viu alguma campanha de racionamento da água SEQUER CITAR as piscinas particulares? Abaixo, uma foto aérea de apenas uma quadra do bairro do Morumbi, São Paulo/SP:
Poupe água ao escovar os seus dentes... A minha piscina é de água quente.Uma das imensas tristezas que tenho é que Platão não está mais vivo e não ressucitou. Suas idéias, seus conhecimentos e sua genialidade são e estão presentes na vida humana atual desde a primeira sistematização do pensamento. Nesta Era que já se pode chamar de “Era Digital” tais pensamentos estão a circular nas novas tecnologias, por exemplo, google. Acontece que em muitas épocas recentes o homem ainda possuia a “afeição natural” e, consequentemente, a educação era acolhida, assimilada e colocada em prática. Hoje, a educação para o não disperdício da água atua como mensagens automáticas, ecos de Platão. Então, necessitamos de políticas para se fazerem cumprir a ordem. Mas, cadê os políticos competentes do sistema? Estão feitos “memes”. Memes aqui colocada como miméticos, produto do sistema. O sistema não se preocupou com as reais necessidades humanas. O homem possui alma que jamais deveria ter sido deixada em segundo plano. Priorizou-se o cérebro, o “eu penso” e esqueceu-se do “eu sinto”. Em outras palavras, “A poli perfeita de Platão sem poetas”. Desta forma a civilização humana se vai…lá se vão as lágrimas, lá se vão os sorrisos, lá se vão as águas, lá se vai a natureza enfim, e lá se vai a civilização humana…E quem vem lá? Lá se vem a cavalaria que pensa ter a sabedoria de Platão …Bip BIp BIp…Economizem água seus miseráveis pois do contrário fecharemos as comportas e morrerão de sede pois a evolução não pode parar! Mandarei as campanhas educativas do quarto poder em comunhão com os políticos miméticos que fazem tudo por dinheiro (ainda escapam alguns)…E quem se importa com suas almas…Chamem Jesus mas chamem através dos teólogos pois eles sabem o que fazem… E viva a democracia!!! E viva a era robótica!!! E viva o “Exército de um homem só”… Viva!!! A culpa é de Platão? Não…A culpa é de quem não soube gerenciar tamanha sabedoria ou seja, do mordomo. Eis um pensamento ainda entre a cruz e a espada!
Obrigada pela informação. Nada contra os teólogos desde que não me falem do Cristo morto ou ressucitado através de pesquisas. Quanto a crítica ao sistema, bem, sempre é uma parte de difícil compreensão. Eu sei que não deve ser fácil gerenciar tantas pessoas que não sabem usar o cérebro, outras que não têm alma (sentimentos, afeição natural pela vida e seus semelhantes) egoístas, etc. Mas, acredito que o sistema não está ajudando como deveria porque não leva em conta as reais necessidades humanas. É possível ter uma sociedade justa sem o indivíduo? Então não se pode estabelecer regras para a sociedade sem que antes disponibilize os meios para tornar os indivíduos aptos a cumpri-las. Exigir é fácil. Controlar os que estão na base através de rédeas ou descaso também é fácil. Fazer mídias falsas também. Mas desta forma, pode-se dizer que as máquinas estão no comando. E quem as colocaram lá? O voto obrigatório, a única opção de candidato multiplicado por 100 e uma sociedade igualitária, fraterna e justa mas não para com os humanos.
Caro Eduardo, nossa geração descobriu por que no mundo precisam existir ricos e pobres … por que senão o planeta não aguenta tanto desperdício!Desde sempre houveram aqueles que comandam e os que obedecem, e será que alguém que vive de fato vai ver isto deixar de ser assim ?Eu vou economizar, não para abastecer as piscinas destas mansões, mas para cuidar da minha (nossa) casa que se chama Terra.
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