Sebastião Marques Cardoso, em seu artigo Caminhos da Crítica Literária Brasileira: Roberto Schwarz e Luiz Costa Lima, afirma que “A mola crítica de Roberto Schwarz pensa a relação entre o crítico e a obra dicotomicamente: racionalidade versus irracionalidade. Luiz Costa Lima, contemporâneo de Schwarz, pensa o lugar da obra literária e do crítico tomando por base um mesmo contexto. O fenômeno da mímesis tanto explica o modo de recepção da obra literária quanto o seu modo de intelecção, pois ela não supõe exatamente a diferença, e sim semelhança. Enfim, a concepção crítica de Roberto Schwarz e a de Luiz Costa Lima se opõe drasticamente.”Silvia L. Lopez, ainda na esteira comparativista da abordagem crítica entre Schwarz e Costa Lima, afirma que “como um crítico de esquerda, (Schwarz) constrói estratégias formais de escrita que lhe permitem legitimar a si próprio como um brasileiro que defende a abordagem socio-histórica da literatura, ao mesmo tempo oferecendo uma perspectiva da codificação social da forma literária que lhe permite tomar distância do debate estéril entre realismo e o modernismo que Luiz Costa Lima insiste em trazer a tona.” Como Roberto Schwarz a partir de Adorno concebe o conceito de forma artística e como esse conceito; diferente do modelo de Luiz Costa Lima, implica um modo de olhar interno aos mecanismos externos da obra?