Interessante nesse tópico de natureza humana é lembrar a Profissão de fé do vigário saboiano, que Rousseau expõe no livro Emílio. Em todo caso de dúvida, o homem deve tomar como verdadeiro aquilo que seu coração aponta quando perguntado em seu íntimo. Esse é o sentido também das Confissões, em que Rousseau pretende se apresentar com toda verdade em seu espírito.
Não admitir como verdadeiro aquilo que o coração aponta como falso é um dos princípios. Será que esse coração do vigário saboiano pode ser aproximado do coração de Pascal, o das frase de que o coração tem razões que a própria razão desconhece?
Uma das concepções mais antigas de virtude é a de agir segundo a natureza. Thomas More foi um otimista ao acreditar que a virtude é possível, bastando para isso o homem cumprir sua natureza de ser racional.
Algo interno é belo, quando, visto de fora, cumpre sua natureza, sua razão de ser.