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29/12/2010 às 17:09 #71022105_torre_norteMembro
Senhores,A Era da Informação, ou seja, as últimas duas ou três décadas, não cansa de nos encantar. Desta vez é o fenômeno Wikileaks, enquanto não seja substituído por outro fenômeno este estará nas nossas páginas virtuais. Se bem que este assunto já esta morno, ou como dizem o mundo virtual: já é old. Este fato, além de ser um prato cheio para jornalistas e historiadores, traz a tona elementos que nos permitem travar debates em várias linhas: Liberdade de Imprensa, Segurança Nacional, Interesses econômicos e políticos, Estado versus Sociedade Civil, Imprensa, Estado e Sociedade Civil, a relação de grandes empresas e os Estados (evidenciado no boicote da mastercard ao Wikileaks), Formas de Resistência ao Poder Estatal, etc...Porém, inicialmente, vou me centrar na questão proposta no título do tópico: Até que ponto o Estado pode justificar a censura no discurso da Segurança Nacional? Sei, esta não é uma questão nova, é tão velha quanto as relações entre Estados e o surgimento da imprensa. Contudo o diferencial, neste instante, acredito, é o meio pelo qual as informações podem ser divulgadas, a Internet. É mais difícil para o Estado censurá-la, não é como um jornal impresso, uma rede de televisão, uma rádio. Um site pode estar em qualquer parte do mundo e ao ser exposto, suas informações estarão em toda parte do mundo e para sempre, mesmo considerando que a maior parte (?) da população mundial não tem acesso a internet. A dificuldade do Estado é tão grande que nem encontram bases legais para acionar a justiça, pois um dos fundadores do site foi prese sim, mas em virtude de uma acusação alheia ao conteúdo do Wikileaks.Na tentativa de eliminar/censurar o Wikileaks, a justificativa a ser adotada pelo Estado que teria mais chance de atrair olhares aprovadores da população, seria o recurso ao discurso da Segurança Nacional. Expor documentos tão importantes, secretos e com conteúdos, digamos, constrangedores, poderia causar a ira dos nossos inimigos. É o que diria um membro do alto escalão do governo de um Estado envolvido nas denúncias. Já a outra parcela da população, que não se submeteu ao discurso da Segurança Nacional, poderia pensar: se a natureza do Estado, sua razão de ser - pelo menos no discurso que o funda - é a manutenção de forma geral do cidadão, este indivíduo que contribui para a manutenção da máquina teria então o direito de conhecer suas ações, seus objetivos. Ou seja, as relações internacionais de um país não podem estar trancafiadas sob a guarda de pequenos grupos de pessoas com interesses estranhos ao cidadão.Por mais que existam elementos ainda não revelados por traz do caso Wikileaks, parece que aos olhos do grande público este debate se suscitará neste terreno: Direito a Liberdade de Informação versus Segurança Nacional. Contudo, o que eu acho mais interessante é como atualmente, de forma relativamente fácil, o Estado, as Autoridades, as celebridades, as grandes corporações podem ser postas em check por um desconhecido ou por um grupo.E vocês, estão de qual lado?
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