O que é grande no homem, é que ele é uma ponte e não um fim: o que pode ser amado no homem, é que ele é um passar e um sucumbir.
O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo usom parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias.
Vós olhais para cima, quando ansiais por elevação. E eu olho para baixo porque estou elevado. Quem é, entre vós, aquele que pode ao mesmo tempo rir-se e estar nas alturas? Quem sobe às mais altas montanhas ri-se de todas as tristezas, lúdicas e graves.
Superai-me, ó homens superiores, as pequenas virtudes, as mesquinhas prudências, os escrúpulos ínfimos como grãos de areia, a agitação própria de formigas, o contentamento deplorável, a felicidade da maioria! E mais vale desesperardes do que render-vos. E, em verdade, gosto de vós, porque não sabeis viver nos dias de hoje, ó homens superiores. É por isso mesmo que viveis…da melhor maneira!
Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você.
Ouve-se sempre nos escritos de um ermitão algo também do eco do ermo.
Uma crítica da faculdade do conhecimento não tem sentido: como poderia uma ferramenta criticar a si mesma quando só pode usar a si mesma para a crítica?
Paulo quer desvalorizar a sabedoria deste mundo: seus inimigos são os bons filólogos e médicos da escola alexandrina – a guerra é feita contra eles. De fato, nenhum homem pode ser filólogo e médico sem ao mesmo tempo ser anticristo. O filólogo vê por detrás dos livros sagrados, o médico vê por detrás da degeneração fisiológica do cristão típico. O médico diz incurável; o filólogo diz fraude…
A coragem mata também a vertigem à beira de abismos! E onde estará o homem senão à beira de abismos? Mesmo olhar, não será olhar abismos? (…) Mas a coragem, a coragem que ataca é o melhor dos matadores, mata a própria morte pois diz: “ISTO é a vida? Pois então, outra vez!
A mesma palavra amor significa com efeito duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. O que a mulher entende por amor é bastante claro: não é apenas dedicação, é dom total de corpo e alma, sem restrição, sem nenhuma atenção para o que quer que seja. É a ausência de condição que faz de seu amor uma profissão de fé, a única que ela tem.
Entre minhas obras ocupa o meu Zaratustra um lugar à parte. Com ele fiz à humanidade o maior presente que até agora lhe foi feito. Esse livro, com uma voz de atravessar milênios, é não apenas o livro mais elevado que existe, autêntico livro do ar das alturas […] é também o mais profundo, o nascido da mais oculta riqueza da verdade, poço inesgotável onde balde nenhum desce sem que volte repleto de ouro e bondade
O local amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basilisco deve ser demolido e transformado no lugar mais infame da Terra, constituirá motivo de pavor para a posteridade. Lá devem ser criadas cobras venenosas.
O que alguém é começa a se revelar quando o seu talento declina – quando ele cessa de mostrar o quanto pode. O talento é também um ornamento; um ornamento é também um esconderijo.
O homem só muito lentamente descobre como o mundo é infinitamente complicado. Primeiramente ele o imagina totalmente simples, tão superficial quanto ele próprio.
O homem bom também quer ser verdadeiro e crê na verdade de todas as coisas. Não só da sociedade, mas também do mundo… De fato, por que razão o mundo deveria enganá-lo?
Se são anormais, não têm então nada a ver com o povo? Não é assim: o povo tem necessidade das anomalias, embora não exista por causa delas.
Todo homem possui sua finalidade particular, de modo que mil direções correm, umas ao lado das outras, em linhas curvas e retas; elas se entrecruzam, se favorecem ou se entravam, avançam ou recuam e assumem desse modo, umas com relação às outras, o caráter do acaso, tornando assim impossível, abstração feita das influências dos fenômenos da natureza, a demonstração de uma finalidade decisiva que abrangeria nos acontecimentos a humanidade inteira.
O choque, a ação de um átomo sobre o outro, pressupõe também a sensação. Algo de estranho em si não pode agir sobre o outro.
Só se escolhe a dialética quando não se tem mais nenhuma saída.
Cada partido compreende o que interessa à própria conservação não permitir que se esgote o partido o novo império, tem mais necessidade de inimigos do que de amigos: só pelo contraste é que ela começa a se sentir necessária, a tornar-se necessária.
Os grandes problemas estão na rua
Já dei tudo. Nada me resta de tudo quanto tive, exceto tu, esperança!
Se queres elevar-te, exercita a arte de esquecer.
Diante da necessidade, todo idealismo é ilusão.
Diante do pouco prazer que basta à maioria dos homens para acharem a vida agradável, como lhes admiro a
modéstia!
Amar e desaparecer: eis coisas que andam juntas desde a eternidade. Querer amar é também estar pronto para
morrer.
Os insetos picam, não por maldade, mas por precisarem viver. O mesmo se dá com os críticos: querem o nosso sangue, mas não a nossa dor.
Os livros que agradam a todos cheiram mal; adere-se–Ihes o cheiro da plebe. Onde a plebe come e bebe, e também onde venera, há sempre mau cheiro.
Desejo eu aos que me interessam, o sofrimento, a solidão, a enfermidade, as perseguições, o opróbrio. Desejo que conheçam o profundo menosprezo de si próprios, o tormento da sua desconfiança, a angústia da derrota. E não os lastimo, pois que lhes desejo a coisa única capaz de demonstrar se valem ou não: a resistência.
Necessário se faz, quando tratamos com os homens, recorrer a uma bondosa dissimulação, como se não pudéssemos penetrar os móveis do seu procedimento.
O verme pisado encolhe-se. É a sua astúcia. Diminui, asam, a probabilidade de ser novamente pisado. Na língua da moral, chama-se isto humildade.
Se eu arrancasse os vossos véus, os vossos trapos, as vossas cores e os vossos gestos, de vós todos, restaria apenas c necessário para assustar pássaros.
Quando nos vemos obrigados a mudar de opinião com lespeito a um indivíduo, fazemos com que pague caro o trabalho que nos deu.
Dizes que uma boa causa justifica tudo, inclusive a guerra? Contesto: uma boa guerra é que justifica qualquer causa.
És jovem e desejas filhos e casamento. Mas eu te pergunto : és vencedor de ti próprio, és o soberano dos teus sentidos? Ou fala em ti a necessidade física, o isolamento, a discórdia contigo próprio?
Raramente erramos, se atribuirmos os atos extremos à vaidade, os médicos ao hábito, e os pequeninos ao temor.
De que serve um livro que não saiba levar-nos para além de todos os livros?
Vede, vede… êle foge dos homens… mas os homens seguem-no, porque êle corre à frente… tal como animais de rebanho!
Estado chama-se o mais frio de todos os monstros frios. Mente friamente, e eis aqui a mais mesquinha mentira que sai de sua boca: “Eu, o Estado, sou o Povo”. Mentira! Os que criaram os povos e suspenderam sobre eles uma fé e um amor, eram criadores: serviram à vida. Os que estendem laços ao maior número e a isso chamam Estado, destruidores: suspendem sobre eles uma espada e cem apetites.
Ali onde acaba o Estado, só ali começa o homem que não é supérfluo; ali começa o canto da necessidade, a melodia única, a nenhuma outra semelhança. Ali onde acaba o Estado… olhai, irmãos! Não vedes o arco-íris e a ponte do Super-homem?
Por longo tempo se ocultou na mulher um escravo e um tirano. É por isso que, ainda hoje, ela é incapaz de amizade e só conhece o amor.
O melhor amigo terá também, provavelmente, a melhor esposa, porque o bom matrimônio repousa no talento da amizade.
Enquanto em todos os homens produtivos o instinto é uma força afirmativa e criadora e a consciência uma força crítica e negativa, em Sócrates, o instinto torna-se crítico, e a consciência, criadora.
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