Jean-Pierre Claris de Florian (1755-1794)
Nos desertos da África, nessas plagas arenosas e inóspitas [1]) em que o sol, crestando a terra, dardeja seus raios de fogo, encontraram-se dois formidáveis leões a quem a sêde atormentava. Ambos em procura do precioso líquido, chegaram a um lugar onde um tênue fio d’água, deslizando mansamente, despertou sua avidez. Correm ao mesmo tempo as duas feras e nenhuma quis ceder a vez à outra. Bem podiam elas beber ambas; a fraternidade e a urgência assim o exigiam; o orgulho, porém, abafou o entendimento.
Cada um quer beber só; com os olhos faiscando lume, medem-se reciprocamente, eriçando sôbre o colo a flutuante crina.
Com a cauda em terríveis estalos, açoitam os ilhais; depois investem-se furiosos e soltam tais rugidos, que os próprios tigres, ouvindo-os, se escondem, tremendo, no mais fundo de suas sombrias cavernas.
Iguais na fôrça e na coragem, prolongaram o combate.
Fonte: Seleta em Prosa e Verso dos melhores autores brasileiros e portugueses por Alfredo Clemente Pinto. (1883) 53ª edição. Livraria Selbach.
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