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JoaoGuedesMembro
Se você não tivesse citado G, eu iria citá-lo aqui….Enfim, o princípio da auto-observação é muito trabalhado na Gnosis, pela qual Gurjieff colaborou de forma significativa.Mas não somente nela, existe também variações para o termo "auto-observação", ele existe no budismo (todas as suas variações) com o nome de meditação da atenção plena, descrevem como sendo a corda de três cordões, analogamente, atenção plena, concentração e consciência. Podemos encontrar citações deste princípio até mesmo na Bíblia cristã, a ela, se referem por "Orai e vigiai" (Que é, literalmente, orar e vigiar a oração, ou seja, uma forma de meditação da atenção plena)...Enfim colega, se você procurar, sempre irá encontrar referências à auto-observação, com diferentes nomes e formas, porém, com a mesma essência, de que o ser humano é responsável por suas respostas e atitudes.Até então, a fonte que mais me apresentou conteúdo voltado para a auto-observação foi o "quarto caminho", mas para chegar a uma compreensão mais ampla, pesquisei diferentes fontes e uni todos os conhecimentos, pois, cada um acaba complementando o outro em termos de entendimento.Com relação a dificuldade, é certo que ela existe, mas também é certo, por experiência pessoal, que o resultado é significativo e uma vez que se atinge um nível maior de consciência, não se retorna ao anterior. É como alguém acostumado em mansão e não se adapta ao casebre.Alguns links em ordem de excelência (opinião pessoal)http://nokhooja.com.br/temas/quarto%C2%A0caminho/http://www.divinaciencia.com/indice.php (Lição 4 trata especificamente da auto-observação, mas o site em si é muito bom)http://www.acessoaoinsight.net/jhanas.php (Parte do Budismo Theravada que trata da meditação)Auto-observação é também citada no livro "Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes", (Encontra-se no primeiro hábito, da proatividade, entitula-se auto-consciência nas palavras do autor) de forma mais superficial, mas posso dizer que ajudou no meu entendimento.Abraço
JoaoGuedesMembroPor experiência própria é possível encontrar os 0.2 segundos descritos pela teoria do Libet do “Mind Time” (Cronômetro da Mente), através do exercício da atenção.A atenção pode ser trabalhada para que se atinja níveis elevados e, dessa forma, possamos tomar consciência de todas nossas atitudes e pensamentos...Para ilustrar melhor estes "níveis" de atenção, segue um exemplo:Um ser humano normal, disperso em atividades cotidianas, não consegue se lembrar qual foi seu primeiro pensamento do dia, se perguntado à ele no período noturno, é bastante provável que também não consiga descrever como tomou banho, se começou pelo pescoço, pela cabeça, pelos pés, etc...Pois estas atividades acontecem de forma automática. Ao meu ver, neste nível pobre de atenção, não somente o ser deixa de tomar consciência do estímulo/reação, como esta reação torna-se um estímulo para nova reação, logo, é desencadeada uma sucessão de estímulos/respostas inconscientes, responsáveis pela nossa automaticidade. Creio que isto explica porque constantemente nos vemos cometendo os mesmos erros.Em um nível mais elevado, o ser passa a tomar consciência do processo estímulo/resposta, sem poder interferir.Ou seja, ele consegue se lembrar de mais eventos ocorridos no seu dia, pois pode se auto-observar, ele tem consciência do que está fazendo, e pode se perguntar o porquê de estar fazendo. Neste nível, o ser passa a aprender mais, pois sua atenção já está treinada para vigiar-se.Naquele que eu acredito ser o último nível de atenção, o ser toma absoluta consciência de todo o processo de estímulo/resposta, podendo interferir até nos instintos (ex: Uma abelha nos pica e instintivamente batemos a mão no local onde dói), aqui encontra-se o livro arbítrio. Pois, uma vez que conseguimos capturar o mais sútil dos estímulos, temos total liberdade para escolher nossa resposta."A importância do Livre-Arbítrio (LA) relaciona-se não somente à ética, através da responsabilidade pelos atos e escolhas, mas também ao nosso próprio sentimento de que estamos no controle de nossas ações: seriam estes sentimentos simples alucinações?"Uma boa maneira de testar na prática este nível último de atenção plena, é neste momento, de frente para o computador e sentado em sua cadeira, parar, ou seja, permanecer imóvel, e então, direcionar a atenção para seu próprio corpo. Ao primeiro estímulo (Independente do momento em que este tenha acontecido no cérebro, cedo ou tarde tomará consciência disso, e então, veta-lo, e, através do pensamento, tomar uma atitude diferente..)Abraço
JoaoGuedesMembroPrimeiro post, vou deixar aqui o que compreendo por “Verdade”.Pois bem, a verdade é, que não compreendo a verdade. Porque como verdade, apenas entendo que à ela jamais chegaremos enquanto procurarmos por ela.Se não me engano foi Isaac Newton que disse algo assim "Não encontram a verdade, pois procuram no lugar errado"...Neste caso ele referia-se a física. Pois bem, até agora não faço idéia de que verdade este tópico trata. É verdade que meu corpo físico cessa suas funções depois de certo tempo, é verdade que ao queimar o dedo meu cérebro aciona um comando que faz com que eu sinta aquilo que é chamado dor.Pois então; entende-se por verdade aquilo que é verdadeiro, 2+2 = 4 e isso temos como verdade, verdade absoluta, 2+2 é de fato, 4, isto é inegável, é verdade absoluta.Partindo deste princípio de que verdade é aquilo que pode ser provado. Absolutamente tudo e qualquer coisa que deixa espaço para dúvida, trata-se de hipótese e não verdade.Portanto, amigos, a verdade está diante de vossos narizes o tempo todo...Logo, não há o menor sentido questionar a existência, pois a própria pergunta vai em buscar de algo que jamais poderá ser provado e portanto, a verdade não está em responder tais questões.De onde viemos, para onde vamos, qual o sentido da vida? A constante tentativa para responder tais questões apenas levará a humanidade em um constante e proporcional distanciamento da verdade. Pois, tudo que for respondido para tais, trata-se de hipótese.A verdade é que, vejo, sinto, escuto, cheiro e gosto da sensação que produz um sorvete de chocolate. Também é verdade que consigo pensar, imaginar, raciocinar e tomar consciência destas estados.Abraço...
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