A Reflexão sobre a política de Hannah Arendt, um novo tema!

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  • #77922

    Olá Shirley, o que você procura está no livro Crises da República, todos os textos seriam de grande utilidade para você, mas se você pretende ir direto ao ponto, leia o ensaio intitulado Desobediência Civil. Há também uma tese de doutorado que se transformou em livro sobre o mesmo tema: O problema da Legitimidade no rastro do pensamento de Hannah Arendt, de João Maurício Leitão Adeodato. Acho que este livro só é encontrado em sebos e bibliotecas. Um abraço

    #77923

    Gustavo,
    o ideal seria que você lesse as obras: A Condição Humana, Entre o Passado e o Futuro, para começar, mas se não der tempo, ou já tiver lido, sugiro os livros Crises da República,a compilação dos fragmentos póstumos por Ursula Ludz intitulado O que é a política? mais o ensaio de Entre o passado e o Futuro, O que é liberdade? que aborda o problema do equacionamento da liberdade com a autonomia e apresenta a ameaça iminente de aniquilação da humanidade como reflexo disso no mundo atual.
    P.s.: Shiley, a editora de O problema da legitimidade… é Forense Universitária./
    Boa Sorte!!!

    #77924

    Prezada Luci,
    Fiquei super feliz em ter a resposta, fiquei extasiada! Deus continue te abençando!
    Com certeza irei ver as referencias. Obrigada.
    Tenho uma informação sobre Hanna Arendt: ela fugiu do campo de concentração na Alemanha e foi morar em Nova Yorque em 1933. Penso que todos já sabem, mas para mim foi novidade.

    #77925

    Shrirley, vejo que você está pesquisando! Não se zangue, mas tenho mais uma informação: Arendt nunca esteve em um campo de concentração. Ela esteve num campo de internação, em Gurs na França se não me engano. Você pode obter informação seguras a respeito desse fato através das correspondência trocada por Arendt e Mary McCarthy intitulado Entre Amigas, publicado no Brasil pela ed. Relume-Dumará. Na introdução escrita por Carol Brightman é narrado um episódio, p.10 em que essa distição é explicitada.

    #77926

    Cara Luci,

    A distinção entre uma busca da verdade e uma busca pelo sentido que você vê em Arendt é uma interpretação sua que eu até respeito, apesar de discordar dela. Partir disso para afirmar que meu texto tem mais de comentador que da autora eu não pude compreender, foi puro ataque sem sentido. Uma distinção tal aliás, faria de Arendt uma “clone” de Gadamer, que como se sabe, diferenciou o método científico voltado ao objeto ou fato (que você relacionou com o ponto arquimediano de
    The Human Condition, interpretação sua também) em “Verdade e Método”, e à compreensão da linguagem, portanto, de uma busca de sentido.

    Você não demonstrou em momento algum haverem elementos suficientes para provar que tal distinção “permeia toda a obra de Arendt”. Em meu texto fui explícito em diferenciar o conceito de política de Arendt da filosofia clássica. Quando disse que em BPF Arendt busca uma nova maneira de compreender a verdade era justamente pois ali havia um trabalho tanto da investigação da política quanto uma análise do trabalho do pensamento na história. Você parece analisar as obras de Arendt como um bloco homogêneo, como uma bíblia (aliás, como os crentes lêem a bíblia).

    É claro que na política se desenvolve uma razão não monológica que pode ser compreendida (ser “objetiva”) como a somatória dos pontos de vista e de fala quando há isegoria (como explicitado nos fragmentos póstumos) não diríamos haver uma “verdade” neste caso mas compreensão da estrutura desta razão dialógica, múltipla, etc. Tudo isso está no meu texto, na forma de um resumo introdutório que foi o propósito com que foi escrito (há alguns anos atrás).

    Senão vejamos colega:
    “Em todos esses exercícios põe-se em suspenso o problema da verdade; a preocupação é somente como movimentar-se nessa lacuna – talvez a única região onde algum dia a verdade venha a aparecer.” EPF, Prefácio, p. 41 isso eu chamei de um novo modo de ver a verdade, cabe apenas julgar se minha interpretação é ou não condizente com o texto da autora (e não de comentadores, conforme sua acusação imotivada).

    Carinhosamente

    J. N.

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