ALCA

[Miguel (admin)]

GOSTARÍA DE LEVANTAR A DISCUÇÃO, NESTE ESPAÇO, SOBRE A IMINENTE IMPLANTAÇÃO DA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS. PESSOALMENTE ACREDITO QUE NÃO TRARÁ MUITOS BENEFÍCIOS AO BRASIL, UMA VEZ QUE SÓ TENDE A AUMENTAR A EXPLORAÇÃO QUE SOFREMOS PORA PARTE DOS EUA.

[márcio]

Ola Wilian. Antes de tudo, seria possivel se voce usasse a caixa baixa ? (usando a caixa alta da a impressao que voce esta gritando).

Muito boa a sua iniciativa. Temos uma discussao e tanto pela frente.

No momento tenho uma opiniao divergente da sua. Pessoalmente resumo esse tema da seguinte forma:

1. O mundo esta em plena 3.a guerra mundial (nao com projeteis mas com euro-dolares).
2. Mais cedo ou mais tarde vamos ter que entrar de cabeça nessa guerra.
3. As barreiras (comerciais) que temos sao ilusorias (fazem mais mal que bem).

O Alca seria bom, para definitivamente aprendermos a entrar na guerra para ganhar.

Ou podemos ficar atras da barricada esperando o inevitavel.

[Miguel (admin)]

É a velha , mas ingênua história….as barreiras comerciais fazem mais mal que bem…temos que competir. Quem sempre repete estes chavões? Um economista , um ou outro adepto desta fase do capitalismo dita neo-liberal,mas em geral, o povão, o senso comum, que de tanto ouvir que temos que ter livre comércio, entra nessa, mesmo sem entender nada de política internacional. Não há livre mercado, de forma pura no mundo, todos os ricos subsidiam fortemente suas economias( posso dar vários exemplos outro dia). Claro os EUA,por exemplo dizem que o mercado deles está livre, par que lhes vendamos produtos com alta tecnologia, ships, computadores, etc, mas taxam e sobretaxam nosso aço, têxteis, etc. Sacaram a malandragem? Ou seja o mercado deles está aberto para o que não temos condições de competir. Uma comparação mais simples, para essa cabecinha ingênua do Marcio…Sim…uma luta a mão desarmada, mas um dos lutadores tem 1,90, pesa 100 kg,e ainda é especialista em artes marciais e o outro um nanico,franzino, míope, adepto do zen budismo. Sim, tem que lutar, aprender…ora..ora!! a chance do nanico sair em estado de coma, ou mesmo morto é muito grande. Mesmo sem subsídios, os juros que os empresários, americanos, pagam para alavancar seu negócio é da ordem de 10% ao ano, aqui, no Brasil , 19% ao mes. É mole? Ia dar mais dados, mas acho que o Marcio não iria entender mesmo! Eita povinho colonizado/alienado. Desculpem, mas de fato, não tenho paciência para discutir coisas tão óbvias…. Vou relaxar um pouco, neste chatíssimo feriado Abraços.

[márcio]

Ola Fernando. Vou pular essa parte da “cabecinha” ingenua e permita-me abordar o tema “mais mal do que bem”, sob a minha perspectiva, usando um ponto por voce colocado: Computadores.

Temos uma barreira que dificulta a entrada de hardware, certo ? O objetivo dessa barreira seria permitir o crescimento dessa industria no pais, afinal o dominio dessa tecnologia é fundamental para o sucesso do pais no contexto global, certo ?

Pergunto: Onde esta essa industria ? Eu nao consigo ver. A minha expectativa de “ver” era algo como: Chegar em um supermercado e encontrar uma gondola com a seguinte indicacao: Promocao de memoria da Itaucom com precos de arrasar (mas de arrasar mesmo, por exemplo: R$ 70 para 256Mb – para ficar igual ao que os americanos estao pagando la). No entanto, voce (e outros poucos) podem comprar essa memoria aqui, hoje, por R$350 (estamos falando de 5 vezes mais). E por ai vai …

Passados 20 anos com essa politica, acho que podemos concluir que nao vamos construir essa industria, certo ? Ou sera que ainda existe alguma cabecinha ingenua por ai que acredita que sim ?

Mas o problema nao fica ai. O grande problema mesmo, é a exclusao da massa populacional dos recursos computacionais necessarios para fazer o pais competir.

Pergunto: Quantas criancas brasileiras estao tendo acesso a computadores de ultima geracao com os recursos necessarios para definitivamente prepararem o pais para competir nesse cenario ? Digo no futuro, porque hoje nao dá mais, uma vez que essa acao deveria ter sido disparada 10 anos atras.

E porque isso ? Porque existe uma barreira comercial que impede a entrada desse equipamento no Brasil por um preço acessivel. E vou alem, eu acho que esses equipamentos ou componentes, deveriam entrar com subsidio do governo (para recuperar o tempo perdido).

Emprego: Quantas vagas sao efetivamente fornecidas pela industria de hardware ? Versus, Quantas oportunidades seriam abertas se estivessemos completamente inundados e adaptados a essa tecnologia ? Até a agricultura passa pela informatica.

Essa é mais uma das velhas-mas-igenuas historias do “Mais-Mal-Do-Que-Bem” …

Abracos,

[Miguel (admin)]

A questão da reserva de mercado na informática , esteve em voga, mas já foi abolida faz tempo. Há hardwares e softwares por aí a vontade.
Em termos de tecnologia de ponta, Márcio, vc pode até estar certo. Mas eu coloco a questão de outra maneira. De fato o problema não é ” quantas crianças vão ter acesso a computadores” ,mas quantas crianças , adultos, continuarão passando fome, sendo excluídos. Vc abre o mercado a um preço muito alto, no sentido social. Sim, nos não temos a curto prazo, condições de produzir sequer chips. Se nos fechássemos, talvez até ficássemos sem simples fornos de micro-ondas. Mas a questão é mais profunda que pensa, sim, sua cabecinha de classe média( eu sou da classe média alta, mas tenho a visão de terceiro mundo…um dia explico, se tiver saco, melhor isso). Ou seja , abrir mercado para dar computador a filhinhos de papai e ter gôndolas automáticas de supermercados é um preço muito alto, no sentido que não sobrarão recursos para acabar com a exclusão, a fome no país e por extensão no terceiro mundo. Que Fazer? Isolar-se? Não..a questão é mais complexa e me tornaria muito extenso se a abordasse neste instante, mas há que pressionar, procurar aliados em outras partes, como a China, por exemplo, copiar desavergonhadamente ,as patentes, os softwares que forem possíveis, numa terrível luta contra o tempo. Entrar em luta contra o Imperialismo( não uma luta frontal, mas dissimulada, inteligente). Essa é, resumidamente, a visão de um esquerdista, alguém que não quer ser lacaio para sempre. Teríamos sucesso? Difícil dizer, ainda mais com esta classe média alienada, reacionária ( da qual sou originário, mas digamos que…superei, meus condicionamentos sociais), mas acredito na luta. Daí, na dúvida todas as pessoas progressistas, que não são capachos dos EUA, dizem NÃO, a Alca.

[márcio]

Infelizmente, nessa luta, nao tem como queimar etapas. Temos que construir cada metro da nossa estrada e nao adianta ficar chorando e esperando alguem ajudar. Ninguem vai ajudar, muito pelo contrario. China ? O rolo compressor China ? Eles estao construindo uma estrada na economia global de tal forma que se bobearmos nao vamos nem saber o que possou por cima de nos.

Assunto sobre informatica: Talvez eu nao tenha deixado claro, mas nao estou falando de computadores para filhinhos de papai, mas sim num nivel mais massivo (talvez pudesse ser referenciado algo como classe media baixa ou classe baixa media ou como queira). Considerando essas classes, em termos pragmaticos, ter hardware a vontade por ai a precos inacessiveis é o mesmo que nao ter.

Copiar desvergonhadamente … é um assunto meio complicado, mas basicamente é o que a China faz, so que eles fazem isso TAO bem e de uma forma tao predatoria que nem mesmo as barreiras tarifarias sao efetivas.

[márcio]

Ops, relendo sua mensagem, percebi que talvez houvesse algum desalinhamento com relacao a gondola de supermercado. Nao me referia a gondolas automatizadas mas sim a uma bacia (de palha ou plastico) cheia de chips de memoria de uma empresa brasileira (Itaucom por exemplo) a precos acessiveis, afinal eles tiveram todas as condicoes de fazer isso. A proposito, uma vez, numa viagem aos USA, comprei um pente de memoria numa bacia dessas e para minha surpresa … era do Brazil, da Itaucom !! (ate parece que estou pegando no pe da Itaucom … nao tenho nada contra eles).

[márcio]

Naturalmente, essa via é de mao dupla. Por exemplo, o Aço. Mantidos os devidos ajustes, bastaria trocar Hardware por Aço e Brasil por USA.

[Miguel (admin)]

Marcio, vc faz repetidas mensagens,mas destituídas de profundidade. Acha que descobriu a “pólvora”, não é?…que existem regras justas de mercado entre economias tão díspares como o gigante USA, e o Brazil( que seja o Mercosul). Assim vc acha que basta trocar aço, por hardware. Santa ingênua ignorância! Antes, é bom saber que os EUA, taxam pesadamente, nosso aço, nossos têxteis, suco de laranja e mais outros cercas de 250 produtos, que uma vez, em uma publicação do Itamaratí, foram listados pelo diplomata , especialista em comércio exterior, Jório Dauster. Jamais irão suspender as taxações sobre o aço por exemplo, pois há pressões , enormes das suas empresas, e principalmente dos sindicatos. Na agricultura a mesma coisa, se for época de eleições, então, os gringos, sempre subsidiam pesadamente, sua agricultura. Os argentinos tiveram uma bela lição cerca de 10 anos, quando acharam que poderiam vender seu trigo a clientes dos EUA. Enfim, o Império sempre criará, barreiras econômicas, sanitárias, o diabo, para preservarem sua hegemonia. Mas, entre nós sempre irá haver , gente como o Márcio, que acha que existe um jôgo, ético, limpo,baseado em livres transações comerciais. A libertação do terceiro mundo, não está em adesão a Alcas, e outros acordos com os grandes “lôbos”, mas aí já entraríamos em outra questão, hoje é sábado, e eu tenho mais o que fazer que discutir com cabecinhas ôcas, colonizadas, que jamais serão capazes de debater , em profundidade os grandes temas, não só do Brasil, como do terceiro mundo. Aí está a chave da questão, mas como eu disse, fica para uma outra se eu tiver paciência, pois a ingênua burrice, espalhada , por aí( na forma do senso comum colonizado, crentes na liberdade dos mercados) vem me cansando.. Antes o senso comum dos sem terras, dos estudantes, da esquerda, ainda viva e radical( não de petistas que usam publicitários para a campanha do Lulinha paz e amor) , que gritam slogans contra a Alca.

[Miguel (admin)]

O que devemos fazer é isolar o Brasil do resto do mundo. Construir a grande muralha entorno do país, e expulsarmos daquí todas as pessoas egoístas que só pensam em lucro e riqueza.A partir daí passaríamos a viver como os verdadeiros brasileiros que já estavam aquí quando este país foi descoberto. Afinal este é o único país que tem de tudo o que é essencial para viver (terras férteis, água em abundãncia, flora e fauna magníficas).Aboliríamos o capital e todos viveriam como numa colméia ou num formigueiro, em que o único objetivo é servir a comunidade.
PENSEM O SEGUINTE:
1-Voces preferem viver na sociedade acima.
2-Voces preferem poder ter escolhas,mesmo que a probabilidade de ter sucesso seja mínima.
3-Tanto faz.
4-Nada faz.

[márcio]

Vamos tentar de outra forma …

Marcio, vc faz repetidas mensagens,mas destituídas de profundidade.
Nao sao mensagens. Sao ideias, argumentos para identificar onde existe alinhamento e onde nao e onde devemos/podemos/conseguimos aprofundar.

Acha que descobriu a “pólvora”, não é?…
Isso nao soma … sem comentario.

que existem regras justas de mercado
Nao falei isso. (se possivel, procure nao usar essa tecnica – ao inves, faça um copy/paste onde necessario)

entre economias tão díspares como o gigante USA, e o Brazil( que seja o Mercosul).
Concordo com isso.

Assim vc acha que basta trocar aço, por hardware.
É, realmente aqui eu forcei. Achei que entenderia o ponto. Vou comentar isso um pouco mais abaixo.

Santa ingênua ignorância!
Isso nao soma … sem comentario.

Antes, é bom saber que os EUA, taxam pesadamente, nosso aço, nossos têxteis, suco de laranja e mais outros cercas de 250 produtos,
Sei disso (obs: acho que nao existe pessoa nessa planeta que nao saiba disso).
Portanto, nao soma … sem comentario.

que uma vez, em uma publicação do Itamaratí, foram listados pelo diplomata , especialista em comércio exterior, Jório Dauster.
Eu ja perdi a conta das publicacoes/listas que li sobre isso …
Portanto, nao soma … sem comentario.

Jamais irão suspender as taxações sobre o aço por exemplo, pois há pressões , enormes das suas empresas, e principalmente dos sindicatos.
Primeiro, permita-me explicar o “trocadilho” que eu quis fazer: Hardware/Brasil, Aço/USA.

O Brasil por 20 anos protegeu a industria de Hardware e fracassou.
Os USA por 30 anos protegeram a industria do Aço e fracassaram.

A industria do Aço Norte-americana nao consegue competir no mercado aberto.
Entao eles protegem parcialmente o mercado (deles).
Mesmo assim essa industria mergulha num processo de decomposicao.
Entao eles protegem ainda mais o mercado (deles).
O preço do Aço no mercado interno (deles) aumenta.
E parte da industria (deles) que depende do Aço, neste momento esta fazendo pressao na direcao contraria (ironicamente portanto, a nosso favor).
Afinal, nos USA, existem muito mais empregos nas industrias que usam o Aço do que na industria do Aço (Siderurgica).

Na agricultura a mesma coisa,
Agricultura é mais complicado (muito mais). É um capitulo a parte.

se for época de eleições, então, os gringos, sempre subsidiam pesadamente, sua agricultura.
Nao somente em epoca de eleicoes e alias, nao somente os gringos, mas muitos paises, de uma forma geral.

Os argentinos tiveram uma bela lição cerca de 10 anos, quando acharam que poderiam vender seu trigo a clientes dos EUA.
Nao tenho mais dados aqui …

Enfim, o Império sempre criará, barreiras econômicas, sanitárias, o diabo, para preservarem sua hegemonia.
Sim (isso faz parte do tal processo de Manter a Vida).
As barreiras nao-economicas é que sao as piores.
De qualquer forma, é aqui que se trava o jogo. Como estabelecer a situacao win-win ? Negociacao, relacionamento, conteudo, força, etc …

Mas, entre nós sempre irá haver, gente como o Márcio, que acha que existe um jôgo, ético, limpo, baseado em livres transações comerciais.
Nao. Eu disse que é uma guerra e que alias já estamos nela. No momento ela é travada na esfera comercial inclusive com retaliacoes (comerciais).
Mas, se voce quiser usar as palavras “etico” e “limpo”, mesmo na guerra podemos encontrar alguns traços de “etico” e “limpo”.

A libertação do terceiro mundo,
O que sera que deve ser entendido por “libertacao” ?
(“terceiro mundo” esta finalmente caindo em desuso)

não está em adesão a Alcas,
Concordo, seja lá o que deve ser entendido por “libertacao”.
Um ALCA, seria apenas mais uma etapa do processo maior: Globalizacao.

e outros acordos com os grandes “lôbos”,
Felizmente vamos ter que aumentar a intensidade e capacitacao na nossa confrontacao com os “lobos”. E esse é um dos pontos favoraveis que vejo.

mas aí já entraríamos em outra questão,
(?)

hoje é sábado, e eu tenho mais …
Nao soma … sem comentarios.

[Miguel (admin)]

“ainda mais com esta classe média alienada, reacionária ( da qual sou originário, mas digamos que…superei, meus condicionamentos sociais), mas acredito na luta”

até parece

quase certamente menino rico, alimentado com danoninho, com micro e net em casa, provavelmente carro na garagem e casa própria, possivelmente com algum diploma, pensando que está acima do condicionamento social… kriptonita nele!!

esse papo “propelariado esclarecido” é coisa de classe média metida a pobre para aliviar a consciencia, é facil gritar contra a ALCA, coisa que pobre mesmo alias nem conhece. Será que estaria disposto a ficar sem seu micro, carro, casa propria, tenis, paozinho de ló para dar de comer a umas duas familias a mais nesse nosso país? porque é justamente isso que está em questao.

ALCA é fria. Fechar o mercado tipo a famigerada e extinta politica de informatica é pior. Nao tem outro caminho? Taxaçao é obvia, mas quanto? E os juros? E como vai desenvolver sem pesquisa nesse país? Pensar que fechar o mercado vai gerar industria é inocencia, informática que o diga, vai sim é gerar monopolio e engordar ainda mais o bolso de uns poucos que nao terao que competir e nao investirao em desenvolvimento mas sim na especulaçao monetaria – e diminue geraçao de empregos. É tolice essa ideia de estado minimo, e nao funciona o estado elefante-branco. Nao tem nada simples em economia, mas estao todos vendo que como está é que nao deve ser.

[carlos]

O problema é o seguinte: O sistema é esse aí, é injusto, terrível, sanguinário e, bom, olhe para o mundo, olhe os 50 mi de brasileiros que vivem com menos de 1 dólar por dia. A ALCA está pensando nisso? Lógico que não. Esse é o sistema!! Tentar achar solução dizendo sim ou não, não levará a lugar pacífico, estamos pisando numa m. e tentar limpar o pé com a mão só sujará a própria mão, mas a m. é mesma. O sistema é isso aí. Por isso tanta dificuldade em achar a solução, ou sujamos a mão de m. ou deixamos o pé sujo. Qual a solução? Hj não tenho idéia alguma. Só vejo uma possibilidade. Repensar o sistema. Quem quer isso?

[Miguel (admin)]

Ninguem quer, ou, alias, cada um quer… do seu modo. No fundo entao é assim: eu contra os outros que pensam diferente de mim e por isso sao alienados e nao esclarecidos!!

(os que falam em favor dos pobres, em geral, pensam que os pobres nao tem nada que preste para dizer. sao alienados pq nao tem as “informaçoes” que eles têm. mas deixar o pobre falar, qd é para reclamar das muitas injustiças que sempre há, e das quais eles principalmente sao as maiores vitimas, é otimo e recebe todo apoio desses messias, pq “mostra” que só na “revoluçao deles” que está a salvaçao do caos… afinal, tudo está errado, e eles sao tao informados, logo, eles tem a soluçao. claro. evidente.)

E viva os Dons Quixotes! Vamos derrubar os moinhos de vento, eles produzem farinha capitalista. Vamos agora colocar os pobres para moer os graos na mao, orientados pelo estado, é claro, e entao produziremos farinha nao-capitalista. e tudo será otimo como no paraiso.

[Miguel (admin)]

“Um grupo de pessoas estava presa numa ilha deserta, possivelmente sobreviventes de um naufragio, fazia anos… até aumentaram a prole.

Mas crescia o desejo, principalmente nos mais novos, de fugir daquela ilha, para chegar à civilizaçao. E começaram a construir uma jangada com os troncos de coqueiro que tinha à mao. Era o projeto COCK1, que, depois de construido, foi lançado ao mar. Nao resistiu, a primeira leva de ondas o fez em pedaços.

Decidiram entao reforçar a jangada com piche, o COCK2…. mas ficou muito pesada e as ondas ficavam muito perigosas e sempre varriam a jangada levando todos os víveres. Entao teve o COCK3, COCK4, COCK5… Um dia um rapaz disse:
– basta. todos esses projetos falham e assim nao chegaremos a lugar nenhum. temos que tentar uma coisa que ainda nao foi tentada. vamos a nado!

Tentaram entao lhe mostrar os perigos daquela louca jornada, mas nada adiantava. Foi-se entao lá o jovem a nado. E a 1 kilometro da praia um tubarao o fez em pedaços….”

[Autor]

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