Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Você acha que existe um Deus? › Crer sem ver
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
28/04/2001 às 11:41 #69897Miguel (admin)Mestre
Um Imperador disse ao rabino Yeoschoua ben Hanania:
—- Eu gostaria muito de ver o vosso Deus.
—- É impossível —- respondeu o rabino.
—- Impossível? Então, como posso confiar minha vida a alguém que não posso ver?
—- Mostre-me o bolso onde tem guardado o amor por sua mulher. E deixa-me pesá-lo para ver se é grande.
—- Não seja tolo. Ninguém pode guardar o amor no bolso —- respondeu o imperador.
—- O sol é apenas uma das obras que o Senhor colocou no universo e, no entanto, você não pode olhá-lo diretamente. Tampouco pode ver o amor, mas sabe que é capaz de apaixonar-se por uma mulher e confiar sua vida a ela. Não lhe parece que evidente que existem certas coisas em que confiamos sem ver?Saulo
29/04/2001 às 17:09 #74559Miguel (admin)MestreAqui vemos mais do que mera subjetividade arrebatadora. Aqui vemos como a Bíblia convence tantas ovelhas e como Paulo Coelho vende tantos livros. Basta que você misture uma boa dose de termos abstratos para tocar o coração das pessoas.
“O ar que você respira leva o Meu nome.”
“Somos todos irmãos de um mesmo pai bom e justo.”
“Há verdades que estão acima dos olhos dos homens.”
“A vida se torna eterna e incondicional para aqueles que crêem.”
Lindo, não é. Sabe de onde eu tirei? Inventei agora mesmo enquanto estou escrevendo essa mensagem. Não levei nem dois minutos.
O abstrato toca o homem onde ele é mais sensível, por isso arrebata. Por isso a religião (que trata justamente do que não vemos) parece tão correta perante olhos hipnotizados pelo arrebatamento.MHanemann
29/04/2001 às 18:15 #74560Miguel (admin)MestreO tema do acreditar no invisível é tratado pela filosofia de uma forma muito mais profunda do que a exposta pelo Paulo Coelho. O principal defeito de Coelho, ao meu ver, é que ele não tem um pensamento original. Ele apenas coleta coisas de diferentes fontes. O que é dele mesmo costuma ser ruim. E no meio dessa coleta, há claro, uma simplificação e perda de significado e de qualidade.
29/04/2001 às 21:40 #74561Miguel (admin)MestreNão basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós como uma cave.
Há só uma janela fechada,e todo mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse.
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Fernado Pessoa25/02/2002 às 2:48 #74562Miguel (admin)MestreAo meu ver, Paulo coelho, é o que diriam os revoltosos…: um mercenário! sua meta é atingir vendas, o simples prazer de escrever, passa longe de seu universo, enquanto ao acreditar,concordo com o que Mhanemann disse… o ser humano é inflamado pela insegurança, esta que causa um colapso dentro de cada um que faz buscarmos em pequenas palavras, grandes soluções.
01/05/2002 às 13:48 #74563Miguel (admin)MestreO QUE TEMOS HOJE EM DIA OU DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO PARA QUE POSSAMOS REALMENTE CRER? CREMOS NA VIDA POR QUE VIVEMOS, CREMOS NA MORTE POR QUE VEMOS AS OUTRAS PESSOAS MORRENDO, CREMOS NA DOR POIS TEMOS SENTIDO OU VEMOS ALGUMAS PESSOAS CONVIVENDO COM ELA A TODO TEMPO. OU EM CITAÇÕES OU EXPRESSÕES, LIVROS, SONHOS E TANTAS QUIMERAS E DAÍ? O SER HUMANO E UM SER QUE CRER, CRER NO QUE VÊ (PRINCIPALMENTE) OU INTERAGE.OU CRÊ NO INSÓLITO E NÃO VISÍVEL…CREMOS UM UMA MÍDIA QUE NOS VENDE A FELICIDADE ATÉ EM LATINHAS DE CERVEJA OU BELAS GAROTAS DE SILICONE NO QUAL SONHAMOS…CRER NOS ELEGE A UM GRAU AO QUAL ALMEJAMOS ALCANÇAR SEJA O CÉU OU A TERRA. ESTAMOS CRENDO NO QUE É CERTO?
01/05/2002 às 21:05 #74564Miguel (admin)MestreHanna apresenta trecho de Caeiro, heterônimo deveras “inculto” de Pessoa, de nenhum estudo formal, e só com vivência reclusa em ambiente rural, tudo empírico tosco. Evidente que Caeiro está a falar figurativamente, não deve haver leitura literal sobre “é preciso não ter filosofia nenhuma para ver árvores”. A totalidade dos filósofos está conforme a natureza; filosofar não antagoniza as idéias versus coisas da natureza. Qual a impressão de Hanna quanto ao poema? Concorda, discorda, ou está a marcar presença? No que a filosofia impede de “ver as árvores”? E quem marcasse cinco estrelas, estaria satisfeito com o quê?
Abs.01/05/2002 às 21:27 #74565Miguel (admin)MestreAna bate forte em P. Coelho. Idem empresário paulista aposentado, bibliófilo, que disse “O autor P. Coelho seria para a Literatura o mesmo que seria o bispo Macedo para a Religião”. Idem autora Raquel de Queirós, da Academia de Letras, que disse “Eu comecei a ler um livro de P. Coelho, que me recomendaram, na primeira página, a oito do texto, e não consegui nem virar a folha”. O livro no qual o autor faz relatos, em modo de entrevista, de sua vida vivida é um acumulado de excrescências humanas. Mas de onde é que Ana tirou “humano inflamado pela insegurança”? Seriam todos uns quase neuróticos, com nervos à flor da pele? “Inflamado” e “insegurança” não seria exagero? Ana poderia esclarecer? Abs.
06/11/2003 às 13:06 #74566Miguel (admin)MestreQuem disse: “Fé é crer no absurdo”.
Não costumo crer em absurdos…14/09/2004 às 16:55 #74567Miguel (admin)Mestreo simples fato que faz nós crermos sem ver é as hipoteses… o homem criou a ciência pela fé de que uma teoria seja verdadeira ou falsa, o mesmo vem acontecendo com a religião o fato que leva tudo é a fé ou a simples pergunta. A diferença de quem se apega a ídolos religiosos é que eles afirmam assim como a ciência afirma .. em ambos buscamos o mesmo caminho o saber , e realmente coisas abstratas tocam mais as pessoas e paulo coelho é um vazio querendo se encher de dinheiro.
abraços..17/09/2004 às 14:35 #74568Miguel (admin)MestreO “crer sem ver” não está presente somente na religião, por exemplo, ao vermos a água evaporando, se tentarmos acompanhar o trajeto do vapor diremos (se não conhecermos nenhuma teoria científica relacionada a isso)que ele desaparece, bem alguns estudiosos elaboraram uma teoria de que o vapor são as particulas da água que em contato com o calor se dispersam de tal forma que chega um ponto em que não conseguimos mais visualizar o elemento, bem nisso nós cremos sem ver, assim como cremos no pensamento sem o ver, isso é uma “prova de que os sentidos são tão enganadores quanto o intelecto.
18/09/2004 às 1:34 #74569Miguel (admin)Mestrelizard correto isso é o elo entre a fé e a ciência ,também acredito nisso parcialmente … abraços…
18/09/2004 às 19:20 #74570Miguel (admin)MestreDe forma alguma passar a acreditar nas teorias científicas é da mesma cepa do que a crença religiosa…
Primeiramente, a crença do cientista é pragmática e não dogmática como na religião. Ou seja, o cientista passou a acreditar em seres invisíveis depois de inventar as lentes (microscópio), ao passo que o religioso acredita em qualquer coisa que se lhe diga se for convenientemente coagido a acreditar, do tipo “se não tiver fé vai pro inferno” a começar pelo ostracismo social do grupo…
19/09/2004 às 15:32 #74571Miguel (admin)Mestreolá sr nomade .. vc acaba de concordar comigo sem perceber
Primeiramente, a crença do cientista é pragmática e não dogmática como na religião. Ou seja, o cientista passou a acreditar em seres invisíveis depois de inventar as lentes (microscópio),
sim mas oque manteve ele pra fazer o microscópio foi a fé de que existem seres invisíveis certo ? então … segundo oque penso o homem descobre as coisas apartir do momento que tem fé de que algo exista .isso sustentou a ciência isso a sustenta . No caso da igreja isso também sustenta ela mas oque é diferente no caso da religião é o fato das “descobertas” deles serem muito abastratas ow mal trabalhadas para que pessoas integralmente racionais se deixarem convencer. a religião e a ciência tiveram o mesmo ponto de partida mas a religião no caminho deixou se levar por histórias e mitos pra chegar em uma verdade mais rápido,já a ciência caminha pacientemente no caminho certo.. a igreja se apegou em uma ilusão acreditando ser algo real… enfim é isso . abraços.19/09/2004 às 17:32 #74572Miguel (admin)Mestre>> olá sr nomade .. vc acaba de concordar comigo sem perceber
– Só se for na lua…
>> Primeiramente, a crença do cientista é pragmática e não dogmática como na religião. Ou seja, o cientista passou a acreditar em seres invisíveis depois de inventar as lentes (microscópio), sim mas oque manteve ele pra fazer o microscópio foi a fé de que existem seres invisíveis certo?
– Não, o cara nem era cientista, estava curioso, consturiu um microscópio e começou a ver mais do que queria.
>> então … segundo oque penso o homem descobre as coisas apartir do momento que tem fé de que algo exista .
– Fé é crer no absurdo ou, pelo menos, no pouco provável…
>> isso sustentou a ciência isso a sustenta.
– Tenho certeza que não. Nem todos são como Descartes que começam na dúvida e depois trocam-na pela garantia de um deus não-enganador.
>> No caso da igreja isso também sustenta ela mas o que é diferente no caso da religião é o fato das “descobertas” deles serem muito abastratas ow mal trabalhadas para que pessoas integralmente racionais se deixarem convencer.
– Não, a religião estabelece dogmas. Não há nada de muito abstrato nisso. Deus não quer que comas carne de porco e fim!
>> a religião e a ciência tiveram o mesmo ponto de partida mas a religião no caminho deixou se levar por histórias e mitos pra chegar em uma verdade mais rápido,…
– Que verdade? A realidade ou a fantasia?
>> …já a ciência caminha pacientemente no caminho certo.. a igreja se apegou em uma ilusão acreditando ser algo real… enfim é isso . abraços.
– Agora é você quem diz…
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.