Deus mito do homem

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  • #69854

    Como se comportar quando descobre-se que Deus não passa de um mito do homem. Refiro-me ao comportamento da grande massa, pois ainda acredito que a igreja exerce um papel preponderante de normalização e coerção social. Ou será que excluir a fé em Deus seja uma alternativa para a liberdade do ser humano?
    Até aonde descobrir que Deus não existe é interessante quando vivemos em um mundo onde fomos formados por um intenso processo de psicologização religiosa e moral.

    #73321

    Pois é, somos criados e educados desde pequenos a “crer sem ver”, não seria a frase perfeita da Igreja para manipular milhões de pessoas? “Crer sem ver”, a frase perfeita, não acham? Por exmplo, Jesus realmente existiu? Ou será uma farsa criada para dar explicação a algo inexplicavel? Ah! é simples, “Feliz aquele que crê sem ver”, não é assim que as pessoas se comportam? Não? Concordo em partes que Deus é um mito, algo criado pelos humanos para dar explicações, como na mitologia grega, eles acreditavam segamente em Deuses, e hoje não ocorre o mesmo mas com um Deus só?

    #73322
    jocax
    Membro

    “…….Antes de tentar discernir qual seria a função “normal” do
    “circuito de deus” do cérebro, devemos notar uma dica final. As
    experiências religiosas desde as épocas remotas freqüentemente foram
    associadas com transe induzido por fenômenos hipnóticos tais como
    dançar, cantar e outros fatores que aumentam a
    sugestibilidade……”

    http://www.strbrasil.com.br/Atheos/dificil.htm

    #73323

    A “verdade” é que as nossas sociedades são alicercadas na “moral cristã”, mesmo não acreditando na existência de Deus todos sofremos influências dessa moral cristã, a mim parece-me que é fundamental deitar por terra essa moral, iniciar um novo periodo na história com a designação D.M.D. – “Depois da Morte de Deus”, reconstruir a moral assente em principios reais e transformadores das sociedades e dos individuos, por de lado a ambiguidade e negatividade da moral cristã. Enfim, seria interessante observar a tranformação/revolução das sociedades quando os individuos se apercebessem que a vida é esta e agora -a nossa- e que o sentido da vida pode não existir simplesmente… Talvez que se ganhasse-mos consciência que o estado das coisas depende real e somente de nós Seres Humanos (terrível acaso)as coisas mudassem… Não sei… é apenas uma divagação…

    Cumprimentos pa Todos(as)

    #73324

    concordo com carlos. vcs sào uns humanistas que nào entendem o plana da graça. Santo agustinho pode resolver o problema dos intelectuais que pensam que suas explicações lógicas estam certas. A própria ciência já comprovou que o homem é composto de corpo, alma e espírito, coisa que a bíblia já diz faz é tempo.

    #73325

    um típico exemplo de projeções

    #73326

    Jesus foi um fenomeno de seu tempo! apesar dele dizer que “ceus e terras passarão mas minha palavra nao passará” ela passou!Jesus falava em um Reino dos Céus! A monarquia caiu ha muito tempo! porque nao uma democracia nos ceus? ou um socialismo nos ceus? ou ate mesmo um anarquismo nos ceus? além do mais ele mesmo falava que veio somente para os judeus,nao sei quando foi que sua mensagem virou universal!

    #73327

    A minha consciência me diz que Deus existe. Portanto, para mim, ele não é um mero mito do homem. Mas, por outro lado, tal afirmação faz-se verdadeira, porque Deus é para a humanidade a caricatura mal feita que fizemos dele ao longo da história. Não somos merecedores da visão de Deus, logo ele não deixará de ser para cada indivíduo a caricatura única que pintamos com os pincéis da nossa inteligência e sensibilidade. Não sendo detentores da verdade, cada um de nós terá a sua próprio visão meio certa ou meio errada da divindade. Eu arriscaria dizer que há uma infinidade de Deus e, em meio ao mar de “deuses” que a nossa inteligência deficiente criou, está o verdadeiro, único e perfeito.

    #73328

    Uma criança qualquer manifesta sua intelectualidade através de freqüentes questionamentos, aos seus familiares em princípio.
    O “Por quê?” é sua marca registrada. Mas não nos esqueçamos do “onde?”, do “quando”? ou do “como”?… Ao saciar as curiosidades manifestas pelas perguntas, ela desenvolve sua relação com a realidade, desenvolve seu raciocínio, estabele relações de causalidade, entre outras, e este é o procedimento pelo qual o intelecto humano naturalmente percorre seu caminho. Até que, de repente, surgem o bicho-papão, o papai-noel, coelhino da páscoa, o velho do saco e, é claro, DEUS. DEUS não tem um porquê, nem um quando, nem um onde nem um como. É uma “verdade” incontestável, e se a criança não acreditar em mais esta personagem, ela não vai pro Céu, vai ser castigada, tal qual a criança que, não acreditando no Papai Noel, não ganhará seus presentes. E é exatamente quando a criança “aceita DEUS em seu coração” é que ela rompe a forma de conhecimento anterior, natural, isto é, racional. Passa então a acreditar em “verdades”, sem preocupar-se em conhecer a realidade. Essa ignorância coletiva resultante da fé religiosa interessa a muitos. Imaginem se os fiéis do Edir Macedo condicionassem o pagamento de seus dízimos a uma explicação razoável dos dogmas da Igreja Universal?
    Imaginem se, ao longo de seu des-Governo, FHC tivesse que conviver com um povo esclarecido, influenciando nos rumos do país, decidindo por exemplo onde investir o dinheiro público, tal qual num “Orçamento Participativo” ? Certamente, a ele não seria interessante, pois não poderia então ter privilegiado os grupos econômicos que o sustentaram por 8 anos…
    Imaginem se a gloriosa Igreja Católica Apostólica Romana tivesse que justificar aos seus fiéis o imenso patrimônio de que dispõe em todos os cantos ? E se tivesse que justificar a grande “churrascada humana” que promoveu ao longo de séculos, exterminado os que exigiam que os seres humanos voltassem a usar de seu atributo mais nobre e que, fundamentalmente o distingüe dos demais mamíferos: a razão?
    A existência de DEUS é muito conveniente, para os que se aproveitam da ingenuidade e ignorâcia das massas. É também uma forma de “castração intelectual”, instrumento de manutenção da ordem estabelecida.
    Se existe ou não, podemos discutir mais adiante. Primeiro, façamos um balanço das consequências nefastas desta fé em sua existência.

    #73329

    application/mswordA interpretação do Pai Nosso. À luz da ciência, Porém…, só Deus é absoluto.
    aPHILO.doc (26.6 k)

    #73330

    O perigo que caimos atualmente é de fazer como os primitivos de criar um deus pessoal para tudo. cada um tem uma noção de deus criada apartir da familia de origem, e conforme é esse primero contato somos levados a reflexionar sobre deus de uma maneira positiva ou negativa. Por isso creio que todas as opiniões dadas aki sao verdadeiras e falsas ao mesmo tempo ja que sao apenas impressões de um deus pessoal que cada um tem

    #73331

    É inquestionável o papel degradante da Igreja Católica em toda história, e são evidentes as vantagens de manter o povo na fé cega; mas não é só isso; Dostoiévski – recomendo-o a todos vocês –
    já dizia que a humanidade precisa de um guia, pois tendo a liberdade ela teme, por isso precisa ser reprimida por dogmas ou líderes… mas isso não vem ao caso agora; o que interessa é que ao meu ver, Deus não é tão simplismente um mito do homem, e sim o própio homem projetado ao infinito, e isto se dá pela busca da vida eterna que é a causa primeira de toda motivação humana;o temor é, sem sombra de dúvida, o que motiva todas as ações humanas

    #73332

    temor, medo, troca…Deus não é isso é?…caracterizando-O assim podemos emitir críticas, q não são dirigidas a Ele, mas à ignorância humana…

    #73333

    ALERTA ÀS CRÍTICAS…é muito fácil falar em fé cega, mas qual não é? em criticar os dogmas e mitos, quem não os tem?

    em relação à fé “cega”:
    ponto 1- a fé não é da instituição, mas do homem individualmente:quem não conseguiu requintar sua fé na igreja católica, não conseguiu não por causa da igreja, mas por erro exclusivo seu…
    2- a liberdade não está no corpo, mas no pensar, ou seja, pode-se estar dentro de uma igreja medieval, mas ter pensamento de física moderna, isso elimina qualquer forçar de barra, ou coação da igreja junto à fé de cada um…não pensou melhor pq não quis e pronto…
    3- o homem adora se pintar como Deus e os outros como o diabo no planejamento, na teoria(os outros=errados; eu=certo)…por outro lado se pinta como o diabo e os outros como Deus na resolução, na prática(os outros=Deus; eu=diabo)
    por isso Beatriz, amanhã, quando surgir um novo pensamento, vamos dizer, da física, q renove totalmente o pensamento atual, cuidado para não dizer q a leitura de dostoiévski foi-te totalmente inútil e te deixava alienada…TUDO SERVE AO SEU TEMPO…quem não tem uma fé mais racional (como queira), não é por culpa da igreja, ou da filosofia, ou da ciência, mas por culpa sua…em conclusão, a fé, quando vista de frente pra trás, do futuro pro passado, sempre será cega, mas que não deve nunca ser criticada como imposição de quem quer q seja… criticamos os mitos e os fortalecemos…queremos afastá-los mas os aproximamos…
    se LIBERTAR está mais para COMPREENDER do que CRITICAR por criticar…a crítica é estágio q está contido na compreensão, mas q não a preenche por si só.

    #73334

    Não, não estou caracterizando Deus, estou dizendo que a imagem de perfeição com a qual, indescutívelmente, todos nós caracterizamos Deus ou o que quer que cultuemos não passa de uma imagem nossa, projetada ao infinito.
    Por exemplo, temos uma noção do que seja ser “bom”, independente de temos a moralidade da sociedade X ou da Y; mas, não existe a “Bondade” total, sem qualquer interesse, não em nós, homens. Daí que instituimos em uma imagem divina essa bondade absoluta, talvez por medo de não termos nossas falhas perdoadas, ou que não se faça para nós – individualmente – “Justiça” (e bota aspas nisso)

    Em relação a fé cega, por mais que seja tentador usar de argumentos psicologicos contra determinado autor, não vale!{=-D Quem não gosta de criticar Nietzsche dizendo que ele fala mal das mulheres em sua filosofia por que era um solteirão odiado pela irmã e pela mãe?

    “2- a liberdade não está no corpo, mas no pensar”
    Desculpa aí, mas nem Descartes e sua ordem das razões conseguiu convencer-me de que uma mente existe sem um corpo… e eu gostaria que você explicasse melhor esse trecho:

    “pode-se estar dentro de uma igreja medieval, mas ter pensamento de física moderna, isso elimina qualquer forçar de barra, ou coação da igreja junto à fé de cada um…não pensou melhor pq não quis e pronto… ”

    no ponto do pensar melhor, queria que fosse mais claro.

    “3- o homem adora se pintar como Deus e os outros como o diabo no planejamento, na teoria(os outros=errados; eu=certo)…por outro lado se pinta como o diabo e os outros como Deus na resolução, na prática(os outros=Deus; eu=diabo)”

    outro trecho que eu gostaria que você explicasse mais.

    Dostoívski, alienante? De forma alguma, ele propunha justamente o que você está defendendo, pelo que pude compreender, de uma “fé racional”
    leia “Os Irmãos Karamazov”, mas especificamente o capítulo d”O Grande Inquisidor”, para você ver.Aliás, você está se contradizendo, pois pareceme-me que você justifica a fé ora na física, ora na razão – pura e simples -, ora na fé absoluta (como quando você se refere ao requintar a fé na Igreja)

    Mas quando eu refiro-me a fé cega, não digo dos filosofos; há um abismo muito grande em um trabalhor rural simples e eu; eu tive chance de estudar e optar pelo que queria, ao passo que muitos não podem; nesse caso a fé cega(dele e de tantos outros) podia ser usada como instrumento de manipulação.

    Para finalizar, não há liberdade, qualquer que seja o sentido a que você atribuí esta palavra nesta discussão. Posso aprofundar isto, no próximo post se você estiver interessado, mas por ora, basta.

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