Fim da Moral e futuro do homem

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    Gostaria de abrir um novo debate quanto aos valores morais, espirituais e materiais. Primeiramente lançando a questão sobre o que realmente são valores morais, visto que nosso valores resumem-se na “ética religiosa” – formação mitológica dos deuses gregos e do Deus cristão -, ou nos valores racionais instituídos pela ciência moderna – a disciplinarização e a formação do sujeito. O homem da modernidade, centrado em sua vontade saber, fez-se objeto de seu próprio conhecimento, esmiuçou cada nova possibilidade de sua existência; e o que descobriu? que a consciência faz parte das rupturas históricas e não pertence a um mundo transcendental, e o mais importante ou trágico, Deus morreu, não existe ou nunca existiu. Nietzsche declarou este como sendo um pensamento sem volta. Nada mais resta ao homem moderno do que a formação de um super-homem, “ainda bem”, responderia Nietzsche, “porque este sabe que o trágico da vida é saber viver”, como Dioniso.
    Diante deste novo homem da modernidade, formado pela ciência, pela sua vontade de verdade e por toda a disciplinarização, eu me questiono: o que realmente deve ser mantido como valores morais?
    Viver como Sócrates e Cristo ou tornar-se um Dionisio?

    #73351

    Vanderlei:

    Certamente foi um duro golpe este que a moral sofreu na filosofia, ao retirar dela seu caráter universal, necessário, sua fundamentação absoluta. Diante do pluralismo, da contingência dos valores, e mesmo da morte de Deus e decadência da Igreja, a questão de como impor uma moral, ou regras de conduta se vê com difícil fundamentação, já que o contrário de uma norma moral pode ser justificado pode ser provado por um ponto de vista conflitante.

    Mas na segunda parte de sua mensagem eu já discordo. O homem moderno não é somente formado pela ciência, nem tampouco a ciência busca a verdade. A ciência busca apenas a repetição de fenômenos, da onde ela pode extrair regras, constâncias, sabendo porém que essas regras não representam uma “verdade” fora do sujeito. Por exemplo, a física busca leis gerais, mas segundo alguns autores modernos (do século XVIII), ela não pode ser uma ciência. A ciência deve buscar as leis em objetos particulares. Num espaço infinito não há como garantir a validade de leis universais, na minha humilde opinião.

    Nietzsche é um autor que passou faz mais um século. Seria a crítica de Nietzsche à ciência e à religião válida ainda hoje? Assim como sua proposta de viver a vida tragicamente?

    #73352

    O homem moderno esqueceu que é humano, ELE pensa que é uma máquina e por sua vez pensa como máquina. ELE deseja criar métodos para viver a vida..ELE quer ter o controle da situação…ELE quer decidir, pois com isso está seguro…mas não só seguro como tb quer ter esperança de viver mais um pouco.. e planeja o futuro e vive um tempo que ainda não passou….ELE deixou de viver a vida uma aventura… e pergunto: ELE é mais feliz com tudo isto????

    ….. mas o que será preciso para ele perceber que é humano????

    no filme terra das sombras antony hopkins ensina que “…a dor é o megafone de Deus para um mundo surdo….”(nemesis).

    quanto ao fato do homem descobrir que a consciência faz parte de rupturas históricas e não do transcendental não posso concordar… certo de que até hoje o homem com o seu conhecimento não foi capaz de firmar entendimento razoável quanto ao que seja a consciência….

    penso que hoje o homem começa a viver valores mais humanistas, bem como vivemos tb o início do fim do cientificismo exagerado… pois como já disse o Miguel as verdades cientificas possuem o campo de atuação limitado… acredito que ilimitado é o homem…

    “..muitos são os chamados, poucos são os escolhidos…”

    pq aceitar as duas verdades; a mística e a cientifica, e tão difícil quanto ver um corintiano de braços dados com um palmerense…

    mas não somos todos amantes do futebol?????

    não sou filosofo tão pouco estudo filosofia, mas dou minhas lidinhas aqui e ali.. Nietzsche é bom aqui e ali… todos temos filtros.. mas nada substitui a experiência.. talvez necessário seja ir fundo em nietzche…. para quem sabe ter a experiência de que nietzsche é bom,… mas nem tanto…

    #73353
    jocax
    Membro

    META-ETICA-CIENTIFICA



    By Joao Carlos Holland de Barcellos Nov/2000

    Gostaria de fazer alguns comentarios sobre uma parte do
    excelente artigo do R. Dawkins…

    >
    > QUANDO A RELIGIÃO PISA NO GRAMADO
    > DA CIÊNCIA: A ALEGADA SEPARAÇÃO
    > ENTRE OS DOIS NÃO É TÃO ORDENADA
    >
    >
    >
    > por Richard Dawkins
    >
    > Um afrouxamento covarde do intelecto aflige de outra
    > maneira pessoas racionais confrontadas com as
    > religiões longamente estabelecidas (se bem que,
    > significativamente, não na face de tradições mais novas
    > como Cientologia ou os Moonies). S. J. Gould,
    > comentando
    > em sua coluna História Natural sobre a atitude
    > do papa para com a evolução, é representante de um
    > esforço dominante de pensamento conciliatório,
    > igualmente entre crentes e descrentes: “A ciência e a
    > religião não estão em conflito, por seus ensinamentos
    > ocuparem domínios distintamente diferentes … Eu
    > acredito, com todo o meu coração, em uma respeitosa,
    > até mesmo amorosa concordata (ênfase minha) …”
    >
    > Bem, o que são esses dois domínios distintamente
    > diferentes, esses “Magistérios Não-sobrepostos” que
    > deveriam se aconchegar em uma concordata respeitosa e
    > amorosa? Gould novamente: “A rede da ciência
    > cobre o universo empírico: de que é feito (fato) e
    > porque ele funciona dessa maneira (teoria). A rede da
    > religião se estende sobre questões de significado
    > moral
    > e valor.”
    >
    > Quem Possui A Moral?
    >
    > Seria assim se fosse tão ordenado. Em um momento eu
    > vou
    > olhar para o que o papa realmente diz sobre
    > evolução, e então às outras afirmações de sua igreja,
    > para ver se elas realmente são tão ordenadamente
    > distintas do domínio da ciência. Primeiro entretanto,
    > um
    > breve parênteses na afirmação que a religião têm
    > alguma perícia especial para nos oferecer em questões
    > morais. Isso é freqüentemente aceito alegremente
    > mesmo pelos não religiosos, presumivelmente no curso
    > de
    > uma civilizada “curvada sobre as costas” para
    > conceder o melhor ponto que seu oponente tem a
    > oferecer
    > – não importa quão fraco esse melhor ponto
    > possa ser.
    >
    > A pergunta “O que é certo e o que é errado?” é uma
    > pergunta genuinamente difícil que a ciência certamente
    > não pode responder.



    Por certo Dawkins se refere aqui a atitudes de cunho moral.
    Se analisarmos a origem da moral e uma de suas fontes, as religioes,
    poderemos destacar um fator e um objetivo comum : Ordenar os individuos
    a um convivio harmonico e feliz. A harmonia significa um consenso e
    aceitacao, por parte de todos, com vistas a maximizar a felicidade
    do grupo.

    Entao, o que parece buscar todo codigo etico, eh compatibilizar as
    aspiracoes de cada a individuo de modo a maximizar a felicidade do
    grupo.

    Se entendermos a felicidade momentanea como um estado mental
    de prazer e, a feliciade, de modo geral, como um somatorio destes
    estados,
    ponderados pelo tempo, poderemos, a priori, quantificar a felicidade
    desde que possamos medir o estado mental de prazer num dado instante.

    Ou seja, se pegarmos o amago da etica, como uma norma que visa a
    maximizar
    a felicidade do individuo dentro do grupo, o problema estara bem
    definido,
    e assim a pergunta : “Que relacao tem, uma determinada acao, no computo
    da felicidade do grupo?” que eh a traducao da pergunta moral :
    “O que eh certo / ou errado ?”
    Tal questao poderia entao ser tratada quantitativa e cientificamente.
    E a moral cairia para o dominio cientifico !


    Roberto Mitsuo Takata wrote:
    >
    > > Note a felicidade, segundo jocax, deve ser dada sob a somatoria
    > > de prazer ao longo de toda a vida ( o tempo de vida entra na formula
    > !
    >
    > se sempre havera' uma variavel oculta na sua formula, ela nao serve
    > pra
    > nada: 'ah! mas isso nao pode, porq. *pode* ocorrer issoutro e
    > aquiloutro'… se nao ha' determinacao das consequencias, nao temos
    > previsao — adeus objetividade…

    Vc esta enganado.
    Veja por exemplo a formula relativistica-quantica de Dirac.
    EH complexa e podemos apenas “soluciona-la” para um simples atomo de
    hidrogenio !. O que diriamos entao quando aplicada em um sistema
    complexo como uma molecula de DNA ou mesmo um corpo humano?
    Sem utilidade nenhuma?

    As formulas encerram conceitos importantes. Pode-se atraves delas
    se fazer analises qualitativas de cunho abrangente mesmo sem calculos
    quantitativos minuciosos. Veja o principio da conservacao da energia
    ou mesmo o do aumento da entropia. Pode-se deduzir muito da evolucao de
    sistemas complexos, com estes conceitos, fazendo-se apenas analises
    qualitativas com eles.

    A formula da felicidade tambem :

    Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)

    Onde Prazer = Medida quantitativa do nivel de prazer(+) ou de Dor(-) do
    cerebro.

    A felicidade portanto eh o somatorio destes estados de prazer ponderados
    pelo tempo q eles duram. Simples e importante.

    Eh bastante objetiva tambem.
    Analisando-a, poderemos ateh saber em que direcao seguir na busca da
    felicidade:

    Para maximizar a Felicidade vemos que o tempo de vida eh importante
    pois a integral se estende pela vida do individuo.
    Portanto devemos maximizar nosso tempo de vida.
    Mas nao eh soh isso : A felicidade
    depende de nosso estado de prazer : Portanto devemos buscar o maior
    prazer. E essa eh uma solucao de compromisso pois, muitas vezes, ao
    maximizarmos o prazer diminuimos o tempo de vida !!!

    Ponderar estas duas variaveis esta o segredo de uma vida feliz.

    >
    > e nao se tera' nenhuma vantagem sobre as hipoteses ad hoc das
    > 'teorias' de cunho religioso sobre a moral.
    >
    > segundo: vc baseia em uma teoria previa do utilitarismo moral — moral
    > eh
    > o q. nos faz felizes. primeiro tem q. provar essa teoria… ah! mas
    > nao se
    > pode 'provar' isso no sentido cientifico… por q. nao? por q. ela
    > mesma
    > eh uma 'teoria' moral. de novo, adeus objetividade.
    >
    > dados alguns parametros, podemos em funcao desses parametros dizer se
    > algo
    > eh ou nao valido. se esses parametros sao eticos, entao poderemos
    > dizer se
    > algo esta' ou nao de acordo com esses parametros eticos. objetividade
    > acaba aqui… nao teremos nada q. nos diga se esses parametros por sua
    > vez
    > sao ou nao validos.
    >
    > dizer q. algo eh bom porq. esse algo eh natural, implica primeiro em
    > aceitar q. 'se algo eh natural eh bom' — soh q. aceitar ou rejeitar
    > nao
    > tem conotacao objetiva.

    Veja bem, voce nao entendeu quando disse que todo codigo de etica
    visa um OBJETIVO NAO CONFESSO que eh maximizar ( harmonizar ) a
    felicidade
    do grupo.

    Porque nao confesso?

    Pq, antes do jocax :-), ninguem sabia definir felicidade com precisao
    matematica !!

    Os principios eticos portanto, nada mais sao do que regras de bolso,
    para este objetivo simples !! Esta eh sua verdadeira origem. Seu
    amago.

    Agora que sabemos sua origem e podemos, em principio, quantifica-la
    ( desde q tenhamos uma medida para o nivel de prazer instantaneo ),
    poderemos tratar a etica do ponto de vista de um problema cientifico
    de MAXIMIZACAO.

    >
    > dizer q. seguimos nossa 'programacao genetica' eh uma afirmacao
    > testavel,
    > mas nao tem nenhum carater valorativo. isso eh bom ou ruim? nao
    > importa,
    > isso eh ou nao eh. ou as pedras caem ao chao ao serem abandonadas no
    > ar ou
    > nao caem, nao importa se isso eh 'bom' ou 'ruim'.
    >
    > da mesma forma dizer 'ajudar as pessoas eh bom' nao tem nenhum carater
    > testavel. dizer assim: ah! mas podemos verificar se ajudar as outras
    > pessoas traz algum beneficio — seja material, seja 'psicologico',
    > seja de
    > sobrevida genetica — eh nao entender o q. o 'bom' significa em
    > 'ajudar as
    > pessoas eh bom'. isso eh tao somente uma manifestacao de valoracao
    > moral.

    Apartir de agora, ( marque a data por favor :) ) dizer se eh bom ou
    ruim
    deixa de ser simplesmente um problema de valoracao moral. Desde que
    assumamos
    que a valoracao moral esta vinculada ao principio de maximizacao de
    felicidade.

    Mas vc tem razao quando diz q as pessoas nao precisam aceitar esta nova
    ETICA-CIENTIFICA ! Mas, nao o fazendo elas corem o risco de cairem
    num perigoso ostracismo.

    SIM !, estou deduzindo e propondo uma nova meta-etica cientifica e
    conclamando a todos a engajarem-se neste NOVO PARADIGMA META-ETICO.



    Assim, em teoria, poderiamos descobrir as melhores atitudes eticas
    simplesmene medindo o nivel de felicidade do cerebro. Claro q para isso
    precisariamos de um grupo humano de cobaia o q tornaria isto
    impraticavel.

    Contudo, eh bem sabido o que causa prazer e sofrimento sem recorrer a
    tais
    experimentos maquiavelicos. Sabemos, por exemplo, que ser roubado traz
    sofrimento e ser elogiado eh prazeiroso. Ou seja, temos um conjunto
    grande de acoes e sabemos avaliar, de algum modo, o prazer ou
    sofrimento que
    elas provocam.

    Mas, infelizmente, nao temos medidas NUMERICAS para tais e as vezes fica
    dificil
    comparar duas atitudes. Isso poderia ser feito se tivessemos uma tabela
    numerica
    do nivel de prazer e dor relativo aas acoes humanas.

    E esta tabela poderia ser feita se tivessemos esta medida instantanea
    do grau de felicidade.

    A tabela serviria para compararmos o grau de felicidade em diferentes
    grupos de normas eticas possiveis, selecionando aquelas que maximizariam
    a felicidade.

    >
    > > Nesse caso, a somatoria dos niveis de excitacao cerebral ou dos
    > > neurotransmissores envolvidos, deverao mostrar qual sera a
    > felicidade
    > > total deste masoquista dando um valor numerico ao seus estado de
    > > felicidade.
    > > Bem objetivo.
    >
    > ta' mas o q. isso diz a respeito da etica? tudo o q. vc esta' propondo
    > eh
    > uma previsao de comportamento. mas vc queira q. isso fornecesse um
    > guia
    > etico…

    Aqui surge uma importante BIFURCACAO desta teoria toda.
    Vejo dois niveis de codigo etico:
    TIPO 1- As regras de bolso, estaticas, imutaveis, rigidas :
    as de oredem Pratica.

    TIPO 2- As regras dinamicas dependentes do tempo, das circunstancias, da
    situacao
    de contorno particular.

    As primeiras, Tipo 1, sao as convencionais as q estamos acostumados
    regras simples e praticas q por serem fixas MUITAS VEZES NAO MAXIMIZAM
    a felicidade !! Eh aquela historia q vc colocou do bandido que pergunta
    a
    vitima onde esta o refem: Se a vitima MENTE o bandido leva o refem e
    infringe
    a norma se ele nao mente e segue a norma ( nao mentiras ) o refem eh
    capturado.
    Percebe q estas normas eticas rigidas , Tipo 1, deixam a desejar ?

    As do Tipo-2 soh possiveis com a etica dinamica que AVALIA o grau de
    felicidade da ACAO NO CONTEXTO EM QUE ELA OCORRE e isto poderia ser
    feito considerando o PRINCIPIO DE MAXIMA FELICIDADE DO GRUPO ou seja
    maximizar a equacao de felicidade.

    SIM, claro q esta avaliacao NEM SEMPRE eh facil de se fazer
    mas, assumindo q pocamos avalia-la com algum grau de precisao ja teremos
    alguma coisa. As discussoes eticas passariam a ser mais objetivas.

    Eh o principio da politica : Qual acao politica trara o maior retorno
    de felicidade para a populacao?


    >
    > a) Por que a sociedade humana não é como a sociedade das
    > formigas, ou
    > seja, uma sociedade cujas relações entre os indivíduos são
    > geneticamente programadas? Ou, dito em outros termos, por que as
    > normas que regem as sociedades humanas são, em larga medida,
    > normas
    > que podem ser “violadas” pelos indivíduos?

    Basicamente porque estas 2 especies seguiram caminhos evolutivos
    diferentes ocupando nichos distintos.

    As formigas, diferente dos humanos, nao desenvolveram um cerebro
    grande e/ou complexo o suficiente para permitir a propagacao memetica.

    Assim, a programacao genetica das formigas nao sao conflitadas com
    memes de especie alguma e, uma vez que todas herdem a mesma programacao
    genetica, todas agirao da mesma forma.

    No homem, alem dos genes existem os memes : Forma de instrucoes
    culturais
    que induzem o ser humano a agir ou se comportar segundo estas
    instrucoes.

    Como os memes podem ser muito volateis e tambem muito mutaveis :
    UMA DAS RAZOES DESTA MUTABILIDADE EH O FATO DE QUE, DIFERENTEMENTE DOS
    GENES,
    OS MEMES SAO TRANSMITIDOS ANALOGICAMENTE. ( Este insight me ocorreu
    agora
    e eh preciso verificar com rigor esta assercao )

    Esta mutablidade permite q seres sigam camimhos muito discrepantes entre
    si. Outro fator q se deve levar em conta eh o conflito intra-comunidade
    Como a maioria da formigas (as operararias ) sao estereis um grande foco
    de conflito genetico eh eliminado.

    >
    > b) O que explica essa distinção entre norma jurídica, garantida
    > coercitivamente por uma autoridade externa, o Estado, e norma moral,
    > sancionada por uma autoridade interna, a “consciência”? Qual a
    > razão
    > desse duplo grau de sanção?

    Note q ambas as normas , a juridica e a moral, atuam muitas vezes no
    mesmo objeto ( Por exemplo : nao roubaras, nao mataras.. etc.. )

    Acredito q a sancao juridica decorra do pacto social humano que eh
    organizado atraves de normas sociais escritas que devem servir de fonte
    da moral grupal.

    A sancao interna eh uma forma de adequacao cultural social para
    que a juventude seja doutrinada ao convivio grupal e ACEITE as normas
    sociais com mais naturalidade.

    >
    > c) Existe uma norma ou um conjunto de normas deontológicas
    > universais, isto é, válidas para a todas as épocas da
    > história e para
    > todos os homens, que estabeleçam um bem e, por conseguinte, um mal
    > absoluto? (absoluto não no sentido de “cósmico”, transcendente
    > à
    > espécie humana, mas no sentido de que todos os homens possam
    > discernir como um mal.)

    Acho q sim. Veja por exemplo estas :
    -Nao se deve tomar o filho dos outros.
    -Nao se deve roubar pertences alheios.
    -etc..

    Acho poderia ser compilada uma grande lista destas regras eticas basicas
    que serviriam como moldes para as normas jutidicas modernas.



    [email protected] wrote:
    > porem mesmo pra falar bobagens soh por falar eh melhor ter um certo
    > conheci=
    > mento de terreno. eu sei q. vc nao fala essas coisas a serio, porem
    > mesmo pr=
    > a ser
    > poha louca eh preciso saber o q. se esta' a combater. uma imagem
    > bastante =

    Nao eh a primeira vez , nem sera a ultima, que para nao levarem em conta
    o que digo, as pessoas, como voce, dizem que eu nao estou falando serio.

    Eh um modo de fugir do novo paradigma e nao encarar a teoria de frente.

    Ao mesmo tempo, busca afugentar qualquer outras pessoas que tentam
    perceber algum indicio de verdade no novo paradigma.

    “Eu sei que o q vc diz nao eh para se levar a serio!”, Eh um modo de
    tentar
    desacreditar totalmente, perante os outros, o autor revolucionario e
    sair da discussao, quem sabe, com uma desculpa para si mesmo.

    Existem pessoas que PRECISAM de DOGMAS sejam religiosos sejam eticos.
    Eh uma maneira delas se sentirem seguras, uma ilha num oceano memetico
    mutante e perigoso : “Onde estas revoltas aguas nos levarao ?”.

    O Dogma faz o papel desta ilha, deste porto-seguro.
    Nada de mais se esta ilha-dogmatica nao evitasse que estas aguas
    turbulentas
    nos levassem, quem sabe, a alguma praia paradisiaca !!

    Quando eu propus um criterio cientifico para a verificacao e mesmo
    construcao da etica, eu estava propondo uma REVISAO dos dogmas eticos
    atuais atraves de uma nova luz : Uma analise cientifica tendo por base
    o criterio comparativo de felicidade.

    Verificar se isso ja existe? Nao me importo. O importante eh ter a a
    base
    teorica construida e, se eu perder a paternidade da ideia, o prejuizo eh
    soh meu. Caso contrario ganharemos todos.

    Sim, Claro q para a construcao da meta-etica-cienifica ( que deveria
    originar todas as eticas ) eu assumi, como principio, que se deve
    buscar
    a maximizacao da felicidade do grupo. Pode-se argumentar q este eh um
    princio etico tambem… Que seja, mas eh o unico, assim como a partir do
    principio da conservacao da energia toda(?) a fisica classica pode ser
    levantada assim sera tambem para as novas eticas.

    A meta-etica-cientifica poe em cheque toda dogmatizacao etica atual
    e propoe uma revisao dela com base em criterios objetivos e cientificos.

    Claro que nem tudo esta feito. Mas a base ja esta definida, resumindo:

    Toda etica deve ter como objetivo maximizar a felicidade do grupo.

    A felicidade de cada individuo eh dada pela formula :

    Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt

    Onde Prazer(t) eh um valor numerioco associado ao bem estar do individuo
    no instante t ( que pode ser um mal estar ).

    O prazer(t) poderia ser medido atraves do nivel de excitacao neuronal
    nas
    areas do cerebro responsaveis pelas sensacoes, dores e prazeres.

    A medida do bem estar instantaneo eh um topico ainda em aberto.

    Podemos observar, pela formula acima, que a felicidade maxima do
    individuo, eh dada quando se maximiza o tempo de vida dele e
    tambem do seu prazer.

    Nem sempre, contudo, maximizando-se o prazer aumenta-se o tempo de vida
    e
    por vezes ocorre o inverso. Portanto a maximizacao da felicidade esta em
    uma solucao de compromisso entre o prazer instantaneo e o tempo de
    vida.

    O problema principal da maximizacao do prazer do grupo surge da
    constatacao
    de que nem sempre o que traz mais felicidade para o individuo tambem
    traz
    para o grupo e, muitas vezes, ocorre o inverso.

    O codigo de etica deveria entao procurar maximizar a felicidade do grupo
    em
    detrimento da felicidade de um individuo particular de modo q todos
    possam,
    sob esta nova perspectiva restritiva, ter sua felicidade maximizada.

    Para q se possa comparar numericamente os efeitos que diversas acoes
    causam na felicidade das pessoas, propus um tabelamento destes efeitos
    no que chamei de “tabela da felicidade”. Esta tabela, construida a
    partir
    de medicoes quantitativas da funcao prazer(t) serviria para comparar
    e mesmo construir uma escala de valores de acoes ou mesmo servir
    de base para a construcao de um novo sistema etico.



    Ver Discussao em :
    http://groups.yahoo.com/group/Genismo

    #73354

    Olá,

    Existem tambem filosofias de vida que visam chegar a felicidade atraves da ausencia de Deus.Deve ser interessante debater sobre elas.

    #73355

    Antes de nos ausentarmos de Deus ou ausentarmos Deus de Nós, seria interessante questionar quem e qual o papel que O DEUS exerce na nossa existência.

    Qual a visão que temos de DEUS?? O que é DEUS?

    Por que temos que aceitar ou não a DEUS?

    #73356

    Realmente, Deus(e a especulação sobre “ele”) não ocupa um papel preponderante a meu ver.O Existencialismo é um Humanismo de Sartre joga Deus pra escanteio simplesmente porque seu existencialismo, que podemos chamar de sua ética porque afinal de contas é isso que ele é, não precisa de Deus, é a relação de um homem com seus semelhantes e a procura do homem em agir com uma consciencia universal de seus atos(?), em que ao escolher si próprio escolhe o agir de todos os outros.Simplesmente imaginar como seria o mundo se todos agissem da forma como vc age.Eu, particularmente, acredito que é impossível o homem se desvincular da ética.O homem escolhe em todos os momentos e em todos os momentos tem de ponderar.Isso é ética.E a partir do momento em que nunca temos certeza sobre a validade de nossas ações(se são corretas ou não) e por isso mesmo sempre agimos em dúvida, todo o pregador de moral é um pouco canalha.De fato, nunca saberemos se, como diria Kant, a vontade de determinado pregador de moral é boa ou não.”Qual sua intenção?”.Vivemos inundados na dúvida e ainda assim agimos.Essa é uma das angústias.Agora, nossa vida é a relação com as pessoas, não é relação entre a pessoa e Deus.Deus está no seu mundo e nós estamos aqui.Estamos sós, vejamos então o que podemos fazer.Virar existencialistas?

    #73357

    Mas, respondendo.Como a hipótese Deus sempre será válida sempre existirá moral(não apensa por causa disso).Muito do que é moral é devido aquela conscienciazinha:”E se eu fizer isso?Será que vou pro inferno?”Sem a idéia de Deus o mundo teria acabado.Mas enquanto tiver essa idéia haverá de ter moral.Se tentarmos fundamentar a moral veremos que é apenas uma espécie de “teologia aplicada”.Alguém conseguiu fundamentar a moral com sucesso?Todos que tentaram se deram mal.Kant com seus castelinhos de carta metafísicos(como diria Schopenhauer) foi um destes.E vai por aí…

    #73358

    Não posso concordar que “sem a idéia de Deus o mundo teria acabado”. Para mim, a fundamentação da moral é estritamente egoísta, sendo Deus apenas o “irmão mais velho”, que, através do medo, garantiria que todos agissem de acordo com as mesmas regras. E estas regras surgiram, como o amigo mesmo disse, de “simplesmente imaginar como seria o mundo se todos agissem da forma como vc age”.Eu já disse algo parecido em outro tópico:Não desejar aos outros o que se não se deseja para si mesmo é uma convenção que se impregnou profundamente nos costumes, nada mais que isso. A sociedade precisa dessa atitude generalizada para que seus membros continuem submissos e satisfeitos, e o indivíduo precisa da sociedade, logo, tem que se adequer às convenções. Se fosse algo inato, sobrenatural, não precisaríamos ensinar às crianças que não se deve matar, roubar e etc, elas já saberiam de antemão. Porém o que vemos é que o primeiro instinto das crianças é o egoísmo, que vai sendo gradualmente reprimido pela sociedade.A propósito: coincidentemente, estava lendo "A Desobediência Civil" minutos antes de entrar neste fórum e ver uma mensagem de Henry Thoreau  :o

    #73359

    Mas o que acontece é que este “egoísmo” de que tanto se fala soa sempre como sendo um conceito muito vago.O que é este egoísmo?Se egoísmo é estar sempre interessado tão somente no próprio bem-estar e os outros que se virem não acho que somos egoístas e nem que este seja o princípio da moral.Mas se este egoísmo for simplesmente a afirmação de um viver, no sentido em que nunca faremos algo que vá nos prejudicar eu tendo a concordar.No caso de ajudar uma velhinha a atravessar a rua, por exemplo, é por uma atitude altruísta que nos sentimos melhor.Neste caso utilizamos a velhinha como meio para um determinado fim(me sentir melhor por ter ajudado a velhinha).Aí seríamos egoístas, pela própria impossibilidade de não sermos, mas nem por isso o lema “os outros que se virem” é cabível para esta determinada situação.Agora, vc e eu podemos falar o que quisermos assim como todos os filósofos a respeito do fundamento da moral.Não ratifico que o fundamento da moral é egoísta(seja lá o que isto queira dizer) nem altruísta, simplesmente porque permanecerá sempre obscuro e inacessível.Podemos julgar as ações da forma que elas se dão empiricamente, mas não podemos pegar uma chave de fenda, abrir a cabeça do sujeito, procurar e talvez achar a intenção que aquele sujeito teria com aquela atitude qualquer.unVolt, o indivíduo realmente PRECISA da sociedade?E realmente TEM que se adequar as regras?Com relação a precisarmos ensinar as crianças a não matar etc…Será que se numa situação hipotética deixarmos as crianças livres e soltas, só dando comida a elas, estas crianças se matariam umas as outras ou roubarim a comida uma das outras porque não teria nenhum adulto para dizer que “isto é errado”?Será que a causa de sermos sujeitos morais(a moral de Nietzsche era combater a moral) é devido a uma lavagem cerebral que a sociedade exerce sobre nós desde que nascemos???

    #73360
    Brasil
    Membro

    Olá amigos

    o indivíduo realmente PRECISA da sociedade?

    Acho que sim...  como viver entre outras pessoas sem algumas regras básicas? E os "espertinhos"? Seriam éticos ou conscienciosos e respeaitariam seu semelhante como a si mesmo?Talvez não precisa-se, se fossemos mais evoluídos, mas no estágio de evolução humana em que nos encontramos atualmente, seria impossível.

    Será que se numa situação hipotética deixarmos as crianças livres e soltas, só dando comida a elas, estas crianças se matariam umas as outras ou roubarim a comida uma das outras porque não teria nenhum adulto para dizer que "isto é errado”?

    Penso que, a princípio não, mas na medida em que as crianças vão crescendo e desenvolvendo naturalmente outros sentimentos como: Vaidade, ciúme, sentimeto de posse, egoísmo etc., acho que sim...Acredito que as regras, quando bem intencionadas, são, não só úteis, mas imprescindíveis. Até que possamos um dia, não precisarmos mais delas, ou seja, elas serão esquecidas, pois não será necessário lembrá-las a ninguém.Esse assunto é complicado...Abs

    #73361
    Brasil
    Membro

    Certa vêz, estava eu numa maternidade visitando minha mulher e ouvi um médico dizendo para uma mãe que estava claramente querendo dar mamadeira para seu filho, que ela não deveria de forma alguma fazer isso, disse que  amamentar no peito era imprescindível, pois o leite materno tem propriedades únicas como o colostro, que age diretamente nos sistemas nervoso e imunológico da criança, evitando doenças gravíssimas no futuro e que o ato de mamar no peito, fazia desenvolver-se fortes, os músculos cardíacos e, isso também era muito importante.Mesmo assim a mãe disse pro médico: Mas ele PREFERE a mamadeira eu já percebí isso, tenho certeza!E o médico disse: O Ser Humano é malandro por natureza, para sugar o leite do peito, requer esforço e, o bico da mamadeira é uma "moleza".Esse é o Ser Humano, "malandro" por natureza.Nesse caso particular, tanto a mãe, como o filho estão ou estavam sendo malandros e precisou da "intervenção" do médico, para lembrar e/ou ensinar, quais são as "regras", e no que implica o não cumprimento das regras.

    #73362

    Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.Acho precipitado afirmar que o ser humano precisa da sociedade.De fato, as pessoas se acostumaram com a sociedade e demonstram uma certa tendência a seguir seu rumo.Mas não foi sempre assim.Um homem auto-suficiente não tem porque precisar da sociedade.O primitivo que caçava e conseguia seu próprio alimento e traje de frio e fazia deste tipo de tarefa sua maior ocupação muito provavelmente não veria necessidade de “confraternizar” com ninguém.A sociedade não é para o homem uma necessidade como é a comida ou a vestimenta contra o frio, por exemplo.E nem precisamos ir muito longe.Filósofos como Descartes, Kierkegaard, Nietzsche ou Schopenhauer viveram uns boa parte outros grande parte da vida na solidão, e tudo indica que suportariam quma vida inteira assim.Quanto ao caminho que crianças livres seguiriam…é realmente um exercício de imaginação.Podemos falar o que quisermos. O que disse o colega unVolt, que deixa transparecer que as crianças precisam que adultos digam que não se deve matar, roubar etc. é difícil de engolir.Quando presenciamos uma assassinato não queremos saber o motivo do assassinato, nem se o assassino foi determinado a isso ou não.Simplesmente achamos inconveniente, não importanto estas variáveis.Um adulto que não rouba, não o faz muito mais porque ELE acha inconveniente do que porque quando criança certa pessoa chegou para ele e falou:”Não roubarás”.O ser humano pode até ser “malandro”(que isso?), mas seu exemplo comprova pouca coisa.A meu ver, apenas que é mais útil, prático, chupar a mamadeira do que o seio da mãe.No máximo comprova algo bem evidente.Que o ser humano prefere o que é mais fácil, melhor, útil, prático.Mas tomemos cuidado quando falamos coisas como:”Ele faz isso porque é da natureza dele”.A existência preceder a essência será sempre uma possibilidade entre outras.O “bom selvagem” de Rousseau também é apenas um exercício de imaginação como outros.Mas, de fato, é um assunto complicado, como todos os outros que competem aa filosofia(alguns diriam que a ética não compete aa filosofia, mas vá lá), pois a filosofia lida com a verdade.Por isso, nunca conseguirá cumprir sua missão.Pelo menos no planeta Terra a verdade é incerta.Ética é opinião.Opinião pode ser verdade.Mas entre nós, só pode ser comparada com outra opinião do que seja a verdade.

    #73363
    Brasil
    Membro

    o homem auto-suficiente não tem porque precisar da sociedade

    Ninguém é auto-suficiente por muito tempo. O homem precisou de “sociedade” para construir barragens que puderam abastecer com água, civilizações inteiras por séculos.Quando uma casa se incendeia, há que existir vizinhos para ajudar a apagar o fogo.Quando se está doente, alguem corre para buscar ajuda.

    Filósofos como Descartes, Kierkegaard, Nietzsche ou Schopenhauer viveram uns boa parte outros grande parte da vida na solidão, e tudo indica que suportariam quma vida inteira assim

    Não é porque se está só, que vc não está na sociedade, vc está importando para a sociedade, tanto quanto você pensa que não se importa com ela.Boa parte das obras dos filósofos tratam específicamente sobre o tema “sociedade”.

    O primitivo que caçava e conseguia seu próprio alimento e traje de frio e fazia deste tipo de tarefa sua maior ocupação muito provavelmente não veria necessidade de "confraternizar" com ninguém.

    Bem, o que a história nos mostra é outra coisa. O homem primitivo, vivia em sociedade, caçava em grupos, utilizavam inclusive animais para ajudar, e dividiam a caça. Depois faziam grandes festas, cada sociedade à sua maneira, uns para agradecer a Deus, pela caça, outros simplesmente para comemorar e apreciar os seu momentos de prazer.

    O ser humano pode até ser "malandro"(que isso?), mas seu exemplo comprova pouca coisa.A meu ver, apenas que é mais útil, prático, chupar a mamadeira do que o seio da mãe.No máximo comprova algo bem evidente.Que o ser humano prefere o que é mais fácil, melhor, útil, prático.

    Malandro é aquele que pensa estar facilitando as coisas, mas na realidade está se prejudicando, ou muitas vezes prejudicando outros.Você acha mais prático e útil, mesmo sabendo que poderá vir a desenvoilver doenças incuráveis por isso? Ou deixar que a criança desenvolva? Não entendi!Prático e útil sim, desde que não seja nocivo, senão não será prático, muito menos, útil.

    #73364

    Brasil, se me compreendesse certamente concordaria comigo.Se eu o comreendesse, também concordaria com vc.Vc parece ser um cara legal, provavelmente inteligente.Mas a verdade é que sempre procuraremos informações e formularemos nossas opiniões de acordo com o que já somos.Ao invés de procurar informações e opiniões para daí sermos nós mesmos.Alguém que tenha lido o que escrevi aqui antes pode ter achado compreensível e provavelmente concordado(caso achasse compreensível).Sinto que mesmo que aperfeiçoe o que escrevi, isto não terá muito efeito sobre vc.Acho que quem quiser entender o que escrevo consegue, com um pouco de boa vontade.Em resumo:Não quero ter uma discussão infinita.O curioso é que eu concordo com, diria, 90 por cento de suas réplicas.O problema todo é que são réplicas, e por isso, tem de terem a ver e replicarem o que eu disse.E suas réplicas simplesmente não anularam(invalidaram) nada do que escrevi antes.Vou exemplificar:Vc disse que o ninguém é auto-suficiente por muito tempo.Eu diria que realmente a grande maioria das pessoas não é.Porém isso não anula o que eu disse.Pois enquanto se é auto-suficiente(seja lá pelo tempo que for), não se precisa de ninguém.Quanto a objeção sobre a solidão dos filósofos:Concordo com o que vc disse.Mas vejo que sua intenção era me replicar, já que destacou o que falei sobre o assunto.Novamente, apesar de falar coisas que fazem sentido, não conseguiu.O tema era se o ser humano consegue viver sozinho ou não.E não se quando o ser humano está sozinho, ele está isolado ou não.Quanto ao fato de a história mostrar se o ser humano não precisava da sociedade ou não, apenas lembro que a história tem um limite.Com base no que ela capta, textos, referencias arqueológicas e coisas do tipo ela supõe o que teria acontecido há muito tempo.Quando falo em homem primitivo, falo do homem primitivo real.Não do homem que a história conseguiu atingir e aí disse:”Este é o homem primitivo”.O homem primitivo do Rousseau, o bom selvagem, era solitário.Repito que a sociedade não é uma necessidade, mas é óbvio que somos propensos a ela.Vc disse que o homem precisou da sociedade para construir barragens.E o homem que não via a necessidade de construir barragens?O raciocínio é o mesmo para:E o homem que não via necessidade em construir uma ponte?E o homem que não via necessidade em abrir um comércio?E o homem que conseguia fabricar seu próprio anzol, pescar e conseguir seu alimento sozinho?Cuidado ao generalizar as coisas, de vez em quando eu faço isso também, mas temos de lembrar que este é um fórum de filosofia, temos de ser o máximo possível condizentes com a realidade.Agora, quanto a malandragem…acho que houve um mal-entendido.O bebê está interessado no que é melhor pra ele.Eu estou interessado no que é melhor para mim.Vc, Brasil, estará sempre interessado no que é melhor pra vc.É impossível fazermos coisas que vão nos prejudicar, se soubermos que de fato, IRÃO nos prejudicar.Se o bebê bebe leite da mamadeira e não do seio, é porque isso lhe parece melhor.No caso, quem afirma que isso é prejudicial a ele é o médico, não o bebê.O bebê não tem este discernimento, estará sempre interessado no que achar melhor pra ele no momento PRESENTE.Digo isso de acordo com sua inovadora e criativa definição de malandro:”Aquele que pensa estar facilitando as coisas, mas na verdade está se prejudicando”.Ainda que não fosse a partir desta definição, a estorinha que contou não comprova ao meu ver nenhuma afirmação do tipo “o ser humano é malandro por natureza”.

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