Lucro dos Bancos / Empresas

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  • #85530
    Brasil
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    Quanto “as massas” nada terem a haver com o tema, continuo afirmando, haja vista, que “as massas” por ti colocado, se entendi, e entendi bem (foram à forma de pobreza), e estás, estão bem enormemente distante de lucros de Bancos.De empresas... Talvez. Mas, sua participação é bem pequena, quando estamos a falar de lucros “enormes”.

    A importância das massas nos lucros de bancos e grandes empresas é pequena? É isso o que o senhor pensa?Pois bem, não sei se o senhor sabe, mas as grandes empresas não mexem uma palha sem que os governos injetem dinheiro público nelas.  Sabia disso? Acho que não!O BNDES emprestou dinheiro público, a juros de pai pra filho, para uma empresa estadunidense comprar a Eletropaulo. Alem de favorecer uma empresa internacional bilionária, subsidiando-a com dinheiro público, ainda por cima NÃO RECEBEU o pagamento do empréstimo, o que “obrigou” o governo brasileiro a tornar-se sócio da tal empresa (sócio só nos prejuízos).  O senhor sabia disso?Estes abusos não resumem o capitalismo, pois toda e qualquer empresa grande só trabalha com dinheiro público. E as pequenas só fazem é pagar impostos.Uma grande empresa explora o mercado por anos a fio, seus proprietários enriquecem, investem em terras, imóveis, etc. e, quando enfrentam algum problema, como uma queda nas vendas, por exemplo, alegam estarem quebradas...  O governo, ao invés de confiscar o que lhe sobrou e usar para pagar funcionários e fornecedores,  o que faz? As presenteia com dinheiro público. Recentemente as montadoras internacionais de veículos aqui do Brasil receberam muitos bilhões dos governos estadual e federal a título de ajuda financeira... Dinheiro público!Os bancos,  o que deveriam fazer? Emprestar o seu próprio dinheiro, não é mesmo? Mas é isso o que eles fazem? Claro que não!  O que eles fazem é emprestar papel (ilusão) para as pessoas!No recente escândalo financeiro descobriu-se que os bancos estavam alavancando 30 vezes o seu capital real! Sabes o que é isto? É uma bolha que ultrapassa em muito o valor  da somatória de todo o dinheiro circulando no mundo! Algo em torno de 33 trilhões de dólares.Este dinheiro simplesmente não existe!  É apenas um engodo para levar o sistema um pouquinho mais adiante.Para isso também receberam dinheiro público a título de ajuda dos governos. Senão a bolha iria estourar.Quando o senhor diz que os pobres nada têm a ver com os lucros dos bancos e grandes empresas,  se esquece que até um mendigo que mora na rua, quando compra uma caixa de fósforos ou uma lata de salsichas, paga imposto. O dinheiro público vem da arrecadação de impostos... Então como é que os pobres nada têm a ver com os lucros dos bancos e grandes empresas?

    #85531

    E, portanto, já que você corroborou com as prosaicas colocações do Miguel, também nada tem a haver com maracutaias de empresas, ou de traficantes, ou da pretensa e errada tentativa do Miguel, de vir querer corrigir, gramaticalmente, os outros, no que foi escrito, quando mais, ao postar (ele), não consegue ter duas orações em que não haja erros gramaticais e ortográficos, e dos piores.

    Você quem começou fugindo do tema, agressivamente falando para eu fazer tratamento psiquiátrico por causa do "e se", que eu falei originalmente justamente para que se atenha ao tema. E continua depois com provocações e assuntos off-topic, isso no que consigo entender suas mensagens, que parecem obedecer a alguma forma de idioleto. A própria chamada de como se deve gerenciar um fórum é offtopic né mesmo? A propósito, como o Brasil já insinuou é TER A VER, essa expressão é um galicismo, nada tem a ver com o verbo "haver", nem com o substantivo da contabilidade teres e "haveres", n'avoir rien à voir. Agora você aprendeu mais essa comigo, e sabe mais do que ontem. Não precisa ficar bravo se alguém te ensina algo. Não que eu me ache o tal, também cometo erros e aprendo aqui, mas como me formei em universidade pública, considero que a formação é também pública, e procuro repassá-la sempre que posso. Também chamei atenção, além das agressões e "viagens" no tema, para os seus "totalmente errado" e os seus "Ponto.", que são contrários ao diálogo e à dialética e mostram uma posição intransigente em relação às opostas. Outra coisa deveras "noob" no fórum foi insinuar que o Brasil é meu clone, essa foi bem fora da casinha, ainda mais tendo em vista os acontecimentos recentes aqui. No início do fórum meu nick era "onofre veiga", além desse e do Miguel, não tem outro.De qualquer forma você propor que o evento X não tem a ver com o evento Y já é um adianto de que o capitalismo é a mesma coisa "desde a antiguidade", capitalismo não existia na antiguidade. É algo bem específico, o Marx cunhou o termo ao analisar a ascenção da burguesia mercantil a partir da Revolução Industrial. A burguesia é aquela classe que surge do nada, acabando com todas as sólidas bases (tudo que é sólido desmancha no ar) da sociedade de antes. Marx a chama de "a mais revolucionária das classes" no "Manifesto Comunista", um dos seus livros mais acessíveis, todos deveriam ler. Para termos um exemplo, ele fala como a burguesia destronou de certa forma a aristocracia, as antigas relações baseadas em nobreza e sangue foram destituídas a partir do poder de consumo advindo das relações comerciais. A burguesia, segundo a análise dele, perverteu até mesmo as arcanas relações familiares, tornando-as comerciais, e colocando pais X contra filgos, por ex. A ambição por riqueza e a sacanagem em cima dos outros, perene, não justifica que se diga que o capitalismo é algo natural e que sempre existiu. Não, é algo contemporâneo, relacionado diretamente à "modernidade".No Brasil isso mantém-se toscamente, já que não temos aristocracia consistente baseada em alguma "linhagem familiar", o povão tenta nobilitar-se através do poder aquisitivo e do poder político. Esse era o projeto pessoal do ex-comedor de calango Lula, aliás, que obedece apenas a si próprio, e pouco se relaciona com ideologias e posições partidárias. O deputado que foi pego com aquele "castelinho" também tem isso implícito como pano de fundo, quer castelo, quer nobreza das oropa. Cousa chic.Você parece querer minimizar a ação do Estado dos EUA na recente crise, e também a recente crise (nisso concordamos, o assunto era bombardeado diariamente na mídia, e mostrou-se bem menos afetante do que o que se anunciava).Eu coloquei que a economia tem várias tendências e escolas teóricas que vão sendo aplicadas e mudam com o correr do tempo. No caso da recente crise, alguns dos advogados do chamado "neoliberalismo" que atuavam sempre antes colocando a necessidade e a maravilha do deus-mercado e a ineficiência do Estado, que deveria ser mínimo, tiveram de rever suas posições.

    SÃO PAULO - A conseqüência da intervenção do governo norte-americano na economia do país para os fundamentos do neoliberalismo econômico, segundo os quais o mercado financeiro deve se auto-regular e a intervenção do Estado na economia é mínima, divide a opinião de economistas e políticos do País. Enquanto alguns, como o senador Aloizio Mercadante (PT), defendem que a teoria de auto-regulação naufragou com a atual crise financeira, outros, como o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, afirmam que os problemas no mercado de crédito mostram apenas que o liberalismo econômico tem limites, e que a participação dos governos ainda é um instrumento importante no funcionamento do sistema mundial. O ponto comum na avaliação deles, porém, é que as teorias adotadas hoje não passarão ilesas pela crise.

    http://www.estadao.com.br/noticias/economia,crise-afetara-neoliberalismo-dizem-analistas,252049,0.htmEssa "auto regulamentação" do sistema financeiro, aliás, é a justificativa para os juros abusivos, extorsivos dos emprésticos bancários. Tudo bem que o Banco tenha taxas, e muitas, mas não "fatura" somente com elas não, o lucro é composto de várias fontes, dentra elas a dos juros. Como falei no início a taxa selic estatal, que todos criticam por ser alta, não passa de 1% ao mês, a taxa do cartão de crédito e cheque especial vão de 13 a 15% ao mês.Acontece que agiotagem é proibido por lei, e também empréstimos não podem ultrapassar o dobro da tala selic, segundo a constituição (não é isso?). Para manter uma legalidade dessa grande sacanagem, alegam que o "sistema financeiro tem suas regras próprias". O empréstimo bancário a juros extorsivos é agiotagem oficial.Como falei jocosamente no caso do traficamente, a maior parte dos crimes como roubo e tráfico tem o mesmo principio do lucrar, tirar, eu-e-meu-sangue, só que um é extra-legal, o outro age dentro da legalidade, era para ser honestamente, mas frequentemente não é, em vário níveis.E não me parece que o lucro dos bancos mereça ser minimizado com ironias, tanto mais que cresceram como nuncas. Claro, alguém paga a conta, e somos nós. A propósito, o grosso dos impostos não é nem empresa que paga, é a classe média mesmo.Sobre taxar fortunas eu sou contra, não tem que criar mais impostos, eles só querem aumentar e aumentar, tem é que diminuir os impostos. Subir por exemplo o limite de isenção, que apesar de ter aumentado, ainda é bastante baixo.

    #85532

    Sem falar no leite com água oxigenada, no café moído com palha, no frango com injeção de água e nos remédios piratas.  Grin

    Na minha frase que você destacou podem ser dados vários outros exemplos, eu havia lembrado do frango, mas você colocou bem esse e vários outros, o da palha não sabia. Podemos ver também um caso como o do esgoto na praia, cada hotelzinho, pousada residência etc se acha no direito de colocar o seu nos córregos que desaguam no mar. Se fazem isso por egoísmo e inconsequência na ambição imediatista, fazem também pela ausência da ação do estado, do interesse público. É preciso que tenha lá o poder público impondo normas e fiscalizando, além de propiciar a estrutura de saneamento. Enfim, não é ruim que haja "mercado", mas o mercado é só o que é, mercadim do seu João, que quer enricar e dar uma vida mió pra sua famiglia. (Aliás, você falou no café, transpondo analogicamente pro caso do Brasil, este deve querer sempre o melhor para a famiglia dos outros, para as suas "progenitoras", por mais inimigos que os outros sejam, já que o melhor da produção nacional de café, frutas, carne etc é exportado pros mercados internacionais, nós ficamos com refugos encarecidos, de baixa qualidade). O mercado é o comércio, são os serviços, é a parte, não o todo. Não pode regulamentar nem reger além do que deve e lhe cabe, e também não pode também ser "endeusado" como fim último da existência. Todas as instituições existe para servir o homem, inclusive a financeira, e não o contrário. O valor do dinheiro é abstrato e nem sempre representa o valor das coisas do mundo e da vida, muito menos do ser humano. Além do mercado, existe o Estado e o contrato social, a realizaçáo máxima da razão abstrata civilizada, a noção de coisa pública. O Estado também é diferente dos governos, que são transitórios e podem querer se apossar do Estado, quando não temos uma noção de esvaziamento impessoal do poder, do rotativo. O Estado tem um fundamento teórico e uma razão prática para existir, além dos problemas que lhe acompanham. Os problemas do Estado (como corrupção e ineficiência) náo justificam sua anulação nem a diminuição da sua competência, do que lhe cabe. Além do Estado, a existência humana tem outros propósitos além do simples comércio, religião, arte etc. Se tudo hoje é mercadoria, nem sempre o foi, ou nem sempre deveria ser.Hoje está muito na moda uma expressão que vem do "mundo mano", mas já se popularizou. Ao invés de falar em "ganhar" o sujeito fala em "tirar". Os ganhos ou o salário, a remuneração, mostram que houve um trabalho e uma justa recompensa para o tal, ou deveria haver. Mas dizer "tou tirando x por mês" mostra que ele quer tirar de alguém, inverter a exploração, ou seja, alguém vai ficar sem para que ele tenha o dele. Esse é um dos problemas dessa pseudo democracia que estamos formatando: todos querem ser aristocratas, aí não dá certo.O povão admira a elite e aceita tacitamente a ideologia que é passada. Existem asseclas mais realistas que o próprio rei, brasileiros mais anti-brasil que estrangeiros, ou mais pró-eua que os estadunidenses, e defendem com unhas e dentes os sistemas e o discurso oficial, por mais evidente que se mostre dados contrários. A esquerda só é esquerda enquanto está fora do bolo, quando consegue sua fatia, por qualquer meio, passa a defender qualquer status quo, o bom é gastar, consumir, explorar, dominar, as mumunhas e mordomias são mesmo sedutoras. No fim das contas toda essa competitividade acaba gerando um "mal estar na civilização".Outro exemplo que poderíamos dar na questão do aquecimento irracional do consumo é da manufatura de bens duráveis. Qualquer vovó sabe que as máquinas de lavar duravam décadas, é a mesma desde os anos 1950, estava lá o bicho, indevassável. As coisas não são feitas mais para durar, apesar de todos os padrões de qualidade e normatização. Dura uns anos e estraga, para se obrigar a mais "consumo". A tecnologia, que é a ciência aplicada à economia, também insiste na sedução do novo, as "novidades", mesmo que seja um novo design de farol, tornam tudo obsoleto rapidamente. Os carros exigem oficina logo depois de um certo uso, e precisa de carro novo depois de uns anos. Os tênis podiam durar mais que uma pessoa, mas são feitos para que logo desmanchem. Uma lâmina de barbear podia durar um semestre inteiro, mas fica cega depois de poucas barbeadas. E por aí vai. E quem não tem tudo novo e up-to-date sofre de forte estigma social. Uma maneira de diminuir o problema ambiental, nesse sentido, é desacelerar essa forma de consumo forçada baseada na volatibilidade dos produtos. Isso é um dos pontos da reinvindicação do Brasil em relação às metas ambientais, que já são modestas. Os países ricos consomem / consumiram muito mais, não só em seus próprios territórios mas também usando os dos outros como fazenda. Os "países em desenvolvimento" querem poder consumir também, então não seria justo a mesma meta para todos, agora.

    #85533
    Brasil
    Membro

    O mercado é o comércio, são os serviços, é a parte, não o todo. Não pode regulamentar nem reger além do que deve e lhe cabe, e também não pode também ser "endeusado" como fim último da existência. Todas as instituições existe para servir o homem, inclusive a financeira, e não o contrário.

    É a teoria em explícito confronto com a prática...   Se é possível acumular dinheiro, nada mais lógico aumentar preços, “malhar” os produtos, “carcar” a mão na balança, usar sementes transgênicas sem que se saiba com certeza se é seguro ou não, despejar esgoto no rio mais próximo, etc.  A lógica dita a prática. Por outro lado, dizer que as pessoas têm de ter consciência e ética eu também digo, mas pra quê é que existe polícia, Justiça, leis, etc.? Se essa consciência e ética idealizadas fossem alcançadas dentro deste sistema, estas instituições, polícia, etc., nem sequer existiriam, seriam totalmente desnecessárias.

    O povão admira a elite e aceita tacitamente a ideologia que é passada. Existem asseclas mais realistas que o próprio rei, brasileiros mais anti-brasil que estrangeiros, ou mais pró-eua que os estadunidenses, e defendem com unhas e dentes os sistemas e o discurso oficial, por mais evidente que se mostre dados contrários. A esquerda só é esquerda enquanto está fora do bolo, quando consegue sua fatia, por qualquer meio, passa a defender qualquer status quo, o bom é gastar, consumir, explorar, dominar, as mumunhas e mordomias são mesmo sedutoras. No fim das contas toda essa competitividade acaba gerando um "mal estar na civilização".

    Penso que ela (a competição) acaba gerando praticamente todos os problemas da civilização. De resto concordo com tudo o que escreveste aí acima.

    A tecnologia, que é a ciência aplicada à economia, também insiste na sedução do novo, as "novidades", mesmo que seja um novo design de farol, tornam tudo obsoleto rapidamente.

    As coisas deveriam ser feitas para se usar e não para se vender.  Ou seja, o objetivo principal de  fabricar algo deveria ser o conforto de todas as pessoas e não o conforto de quem pode pagar.Acho possível sim! Acho possível que usemos tecnologia totalmente limpa e sustentável para praticamente tudo! Mas para isso não pode haver dono disso e dono daquilo.Tudo é de todos!  Existem tecnologias totalmente limpas e sustentáveis, mas o problema é o “custo”? Oras!! Se elas JÁ existem, então não usamos porque custa muito?O que é “custo” senão um denominador comum para quantificar algo convencionado? Seja convencionado pela demanda ou por cartéis corporativos, o fato é que o custo é convencionado dentro de um sistema preestabelecido “pelas pessoas”.Quem faz o mundo acontecer são as pessoas!  Para usar a tecnologia limpa e sustentável, basta fazê-lo! Pois elas já existem!O mundo não precisa de competição! A competição não estimula nada a não ser conflitos!Para atingirmos este estágio de evolução sem competição é preciso concordar com ele. Este é um estágio que jamais será imposto por este ou aquele governo sem que antes praticamente todos concordem com ele.

    Nem toda atividade humana visa o lucro, nem se sobrepor aos demais.

    Sim é verdade, naturalmente não.   Já, obedecendo ao sistema monetário, as atividades são “naturalmente” obrigadas a convergir para o sentido lógico da coisa.O que nos leva a pensar o quanto o sistema monetário está atrasando a evolução da humanidade.

    O homem possui aspectos solidários

    “O povo gosta de ver luxo! Quem gosta de ver miséria é intelectual.”(Joãozinho Trinta)

    #85534
    Brasil
    Membro

    E quem pensa que não havendo lucros se arranja formas de se governar para massas... Enganou-se.

    Poxa, isso mais parece uma profecia ou um mandamento, que uma afirmação ponderada e refletida.  Quantos sistemas de convívio social e gestão de recursos foram experimentados até hoje? O senhor saberia elencar alguns para que possamos fazer  comparações?O senhor vai responder que foi o Socialismo e QUAL mais? Tem mais algum? Se não tem, então a sua afirmação é, além de precipitada, também condicionada, alienada.

    Por óbvio, Eu sei que você sabe que só se arrecadam grandes valores de impostos em empresas de grandes portes (com grandes investimentos) e boas lucratividades.

    Que papo é esse? QUEM não paga imposto neste País? Quando um mendigo vai no bar tomar uma pinga e comprar um maço de cigarros ele gasta algo em torno de R$ 4,00, destes 4, 3 é imposto! O Tesouro fica com 3, e a cadeia de produção só fica com 1.  Deste 1 paga-se desde a plantação e colheita das matérias primas, passando pela industrialização e finalmente o comércio. Todos com suas respectivas despesas com empregados e necessidades operacionais: Máquinas, equipamentos, veículos e manutenção disso tudo. O imposto é proporcional. A empresa grande paga imposto com valor “grande” porque o seu faturamento é grande!  E as pequenas pagam imposto proporcional ao seu faturamento! Sendo o imposto algo PROPORCIONAL ao faturamento, então todas pagam igual! Se analisarmos os incentivos dados às micro e pequenas empresas, como a unificação de impostos no Super Simples, por exemplo, chegaremos à conclusão de que isso é apenas um engodo, uma vez que empresas grandes não podem se creditar do imposto pago em transações coma as pequenas. Em outras palavras, as empresas pequenas estão fadadas a serem sempre pequenas, pois as grandes jamais compram produtos ou serviços das pequenas por absoluta falta de interesse. Não compensa.Ex. Se uma pequena empresa enquadrada no Super Simples (com incentivos) vende algo a uma empresa grande, a grande tem de pagar a diferença do imposto concedida como incentivo pelo governo. Então, por este motivo as grandes só negociam entre elas mesmas. Não compensa negociar com as pequenas, uma vez que,  se a grande fizer isto, quem pagará a diferença do imposto dada como incentivo pelo governo, será ela.  Este incentivo do governo só é real se a transação for feita entre duas pequenas ou entre a empresa pequena e o consumidor. Entre grande e pequena não funciona, pois não compensa para a grande. E por este motivo as grandes não querem negócios com as pequenas. Se tens uma pequena fábrica de parafusos, por exemplo, seus parafusos só serão vendidos a pequenos como você ou ao consumidor final.  Uma VW, ou uma Ford, por exemplo, JAMAIS comprará seus parafusos.Porém, quando a VW ou a Ford está mal das pernas, o governo as socorre com dinheiro público... E o dono da fábrica de parafusos, quem socorre?Outra coisa: Antes de dizer que quem paga “mais” impostos são os grandes, algo óbvio, se considerarmos individualmente cada uma das partes e, não de maneira coletiva,  há que se considerar que 70% dos postos de trabalho deste País advêm das micro e pequenas empresas!  E, como sabemos, os encargos trabalhistas são os mais altos e indigestos para os empresários.  E estes, (os encargos trabalhistas) não têm nenhum incentivo. Os grandes robotizam e fogem dos encargos trabalhistas e, os pequenos pagam as contas.

    A causa da pobreza, ou da “MASSA DESASSISTIDA”, que você menciona não são das grandes empresas, e nem tampouco de empresas alguma.Massas desassistidas são problemas de maus governos. Simplesmente isto.

    Os maus governos, assim como a pobreza, são apenas efeitos nefastos do sistema.Onde não há pobreza? Se apontares alguns poucos países que no passado colonizaram, escravizaram e exploraram seu semelhante, já estarás explicando os evidentes  motivos de sua “fartura”.

    #85535

    Brasil,"Os maus governos, assim como a pobreza, são apenas efeitos nefastos do sistema.Onde não há pobreza? Se apontares alguns poucos países que no passado colonizaram, escravizaram e exploraram seu semelhante, já estarás explicando os evidentes  motivos de sua “fartura”."Até hoje fico intrigado com esta questão: A relação entre a riqueza de alguns países e seu passado colonizador. Acredito que a questão da riqueza ou pobreza de alguns países vai além da sua condição de colonizador ou colonizado. Muitos outros elementos fazem parte desta equação, senão vejamos a situação de Portugal e Espanha. Acredito que a situação econômica hoje dos países antes colonizados é resultado muito mais das decisões dos seus governos nos dois últimos séculos, do que do fato de terem sido colonizados. Por hora, me faltam argumentos mais robustos para solidificar minha posição, mas acredito que apontar o sucesso econômico atual dos antigos colonizadores, seria uma visão um tanto simplista da relação politico-econômica entre os países.

    #85536
    Brasil
    Membro

    Acredito que a questão da riqueza ou pobreza de alguns países vai além da sua condição de colonizador ou colonizado. Muitos outros elementos fazem parte desta equação, senão vejamos a situação de Portugal e Espanha.

    É óbvio que uma má administração pode extinguir uma fortuna...Mas também é óbvio que a exploração de ouro, diamante e outras pedras preciosas é fautriz de sucesso econômico! O fato de administrar mal não invalida o fato de ter enriquecido à custa do minério e da escravidão alheia.O Brasil, países da África e muitos outros foram saqueados por séculos! Se isto não foi fautor da riqueza dos colonizadores, então foi o que?  Simplesmente uma boa administração dos "próprios" recursos? Acho que não.Se trazer milhões de pessoas da África para trabalhar de graça por gerações e gerações para seus carrascos não foi um fator preponderante de enriquecimento... Então eu já não sei mais nada...

    #85537

    Que os colonizados enriqueceram não há dúvida, alguns deles também não administraram bem sua riqueza. Mas dizer que eles ficaram ricos somente por serem colonizadores, e quem foi colonizado está condenado a pobreza, aredito ser uma visão demasiada simples.Exemplos distintos e que talvez nem sejam exemplos: O Japão foi destruído na Segunda Guerra mas se recuperou economicamente, a partir de posicionamentos de seus governantes.O EUA, foi colonizado, evidentemente que por um modelo de colonização diferente do que ocorreu na A. Latina, mas foi colonizado. Entretanto, a adoção de posicionamentos por parte de seus governantes o levaram a o que é hoje. O que quero dizer é que parece uma grande desculpa este discurso da Colonização. Até quando vamos usar esta desculpa para justificar nosa incompetência?

    #85538
    Brasil
    Membro

    Que os colonizados enriqueceram não há dúvida, alguns deles também não administraram bem sua riqueza. Mas dizer que eles ficaram ricos somente por serem colonizadores, e quem foi colonizado está condenado a pobreza, aredito ser uma visão demasiada simples.

    É, mas não foi isso o que eu disse. Eu não disse que esse foi o único motivo do enriquecimento dos colonizadores, eu usei a expressão “fator preponderante”.  Eu também não disse que quem foi colonizado está condenado à pobreza! Eu apenas apontei os motivos do fácil discurso capitalista.Obviamente que uma “boa” administração política e econômica, tanto no âmbito nacional como internacional, coaduna com o fato de a maioria dos países colonizadores permanecerem ricos.  (“boa”, evidentemente, dentro do que é pressuposto pelo sistema monetário e competitivo vigente, o qual eu não concordo.)

    O EUA, foi colonizado, evidentemente que por um modelo de colonização diferente do que ocorreu na A. Latina, mas foi colonizado. Entretanto, a adoção de posicionamentos por parte de seus governantes o levaram a o que é hoje.

    Pois é, e o posicionamento adotado por parte de seus governantes foi o posicionamento de subjugar seus semelhantes enquanto humanos que são: O Imperialismo econômico e militar. Este foi o posicionamento que o levou a ser o que é hoje.E é este o foco  de minha crítica ao sistema, não só o capitalista, como também o monetário.  A Rússia “comunista” também pilhou e explorou seus semelhantes (outras nações) enquanto humanos que são. Eles tinham lá o seu sistema monetário também. E este é matemático: Para sobrar dinheiro a alguns, deve impreterivelmente faltar a outros.Que chances tiveram até agora a Chechênia, assim como muitas outras nações pilhadas e dominadas, de tornarem-se Estados soberanos?

    O que quero dizer é que parece uma grande desculpa este discurso da Colonização. Até quando vamos usar esta desculpa para justificar nosa incompetência?

    Particularmente eu não compactuo com nenhum tipo de desculpa para não agir... Mas, se não subjugar as pessoas “é” incompetência... Prefiro continuar “incompetente”.

    #85539

    Olá Brasil,"Pois é, e o posicionamento adotado por parte de seus governantes foi o posicionamento de subjugar seus semelhantes "Mas eu estava centrado na questão do posicionamento, ou seja, de que lado ficar em situações importantes. Como foi o caso de Getúlio Vargas na Segunda Guerra. Assim como os norte-americanos neste mesmo conflito. Independente dos valores morais que permeiam a decisão, ainda não estava jugando isto. Hoje, por exemplo, a imprensa e a oposição acusam o governo de se aproximar demasiadamente dos "governos ditatoriais"  (Chaves, Castro, Ahmadinejad) se realmente existe esta aproximação deve ser por estratégia de negociação com os demais ou por ideologia, mas é uma tomada de posição. Quando o Brasil se meteu en Honduras foi uma tomada de posição, ao meu ver desastrosa, mas foi uma tomada de posição. Até antes do terremoto o Brasil estava bem no Haiti, contudo, após o desastre mostrou falta de coordenação e planejamento e foi necessário uma  presença mais efetiva dos americanos, contudo foi um "se fazer presente". Ou seja, são posicionamentos que foram e devem ser tomados, alguns serão acertados outros não, evidentemente que quem tem mais poder economico possui um peso maior em suas decisões. Porém justificar a mediocridade na Colonização, no Imperialismo, no "Terceiro Mundo", no Capitalismo é desculpa esfarrapada ( não encontro outro termo mais adequado agora )PS. Lembrei agora de um fato muito engraçado assitido ontém nos tele jornais: Frase do Lula: "O Obama disse que eu sou o cara" O que é isso, senão se colocar na posição de "cachorrinho de madame"? Eu sou o cara porque o Obama disse!

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