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05/03/2003 às 21:30 #78364Miguel (admin)Mestre
Certamente que o constante questionamento sobre nosso sistema de ensino é importantíssimo para o seu desenvolvimento, porém temos que ter em mente: a) Ele nunca estará pronto, perfeito; b) ele sempre será um “indutor” de mentes – indução que deverá ser ajustável de acordo com o que consideremos necessário ou valoroso. Caro Marcello, perceba que nosso sistema não está tão ruim assim, já que ao menos te deu condições de questioná-lo.
PS.: Quanto a essas histórias sobre livros de geografia americanos e internacionalização de áreas territoriais brasileiras, não passam de balela, a mais pura balela.
09/03/2003 às 13:49 #78365Miguel (admin)MestreÉ mesmo…
Nunca vi um livro desses.
P.S. olha que sou estudante e tenho acesso aos livros dos colégios militares.16/08/2003 às 3:50 #78366Miguel (admin)Mestrediscordo do sr. Miguel, pois ao dizer que o sr Ricardo está sendo apodítico, acaba ocorrendo-se do mesmo erro, visto que opinião é um conceito relativo… a pior piada é aquela que é explicada, não acha?
16/08/2003 às 13:43 #78367Miguel (admin)MestreDiscordo da srta Gisele, uma vez que meu intuito desde o início foi o de problematizar, colocar em debate, e não o de fazer uma afirmação definitiva sem explicá-la com argumentos como fez Ricardo.
abs
19/08/2003 às 1:41 #78368Miguel (admin)Mestresr. Miguel, eu não acredito que a melhor maneira de se colocar uma questão em debate seria por meio de uma PEGADINHA!
não acho que só por que o sr Ricardo vê algo positivo nos sofistas quer dizer que ele concorde com o que eles dizem, e se ele concordar estaria , do seu ponto de vista,correto, visto que pelo que eu entendi ele não precisa provar nada, apenas a sua opinião é válida, nesse caso a pergunta não necessita de argumentos.11/06/2004 às 4:24 #78369isabelaMembroRelacione o movimento sofistico e a democracia na Grécia antiga e
procure mostrar em que sentido a democracia pode ser considerada como
um dos fatores que favoreceu a consolidação do relativismo nos
sofistas.24/06/2004 às 4:17 #78370Miguel (admin)MestreOs sofistas tiveram, desde logo, uma conotação negativa na tradição filosófica dominante, que é platônico-aristotélica. E restaram muito poucas fontes de seu pensamento, não foi conservado. É através de seus adversários que sabemos um pouco mais sobre eles, como nos diálogos Górgias e Protágoras de Platão, dos mais importantes. Isso ajudou a consolidar tal denotação.
Mas os estudos helenísticos estão sempre se renovando. A partir do início do século XX ficaram fortes outras correntes interpretativas que mudaram esse prisma. Foi aí que se defendeu o papel do sofista na democracia.
Parte importante da democracia grega é o debate, o falar bem diante da assembléia, quando se argumenta antes das votações relativas a polis. É aí que se torna importante a figura do orador, que prega o pluralismo, sabe pensar sob diferentes aspectos e provar, pelo discurso, tanto uma coisa quanto seu contrário. O importante na retórica é a persuasão, independente do conhecimento. Um sofista podia prestar serviço para as duas partes envolvidas num debate.
Além disso, os sofistas ficaram famosos por viajar por toda a Hélada, absorvendo uma rececptividade para diferentes tipos de legislação e a diversidade de costumes e idéias de cada povo. Sócrates, há que se lembrar, quase nunca saiu de sua cidade natal, Atenas.
Leia esse estudo para saber um pouco mais. Não tente conseguir seu trabalho ou prova prontos, pela Internet.
27/06/2004 às 18:44 #78371Miguel (admin)Mestre1. Conceito e problema – A sofística pode entender-se de dois modos: como um movimento intelectual particular que surge primeiramente na Grécia no século V a.C, e como uma constante possível na história e na vida humana. No primeiro caso, a sofística tem características bem precisas: os sofistas eram os sábios, os mestres do saber que, em virtude de uma crise no espírito grego – a primeira crise da filosofia – apareceram e proliferam-se na Grécia, convertendo, segundo o clássico esquema de Windelband, o período cosmológico em antropológico. Certo é que, segundo o próprio Windelband reconhece, a investigação da filosofia natural havia preparado tal virada, porque abandonou, depois de sua evolução inicial e criadora, os temas gerais da cosmologia para desembocar em uma série de problemas de caráter especial. Mas o surgimento dos sofistas tem outras causas além da evolução interna do pensamento helênico. Primeiro, causas históricas: se descobre um novo mundo no Oriente, se forma uma consciência nacional ou comum, as massas irrompem na vida pública. Esta irrupção condiciona o predomínio de certos saberes – estudo do homem, da sociedade da educação – que, de vagas intuições se transformam em ciência precisas. Daí a necessidade de convencer e, especialmente, de refutar, necessidade que acaba sobrepondo-se ao afã da verdade e ao desejo de forjar racionalmente um universo harmônico. Antes da sofística, a filosofia era especulação solitária e incluisve desdenhosa; o intelectual era o homem solitário, que monologava ou no máximo dialogava. Com a sofística aparece o filósofo como homem da sociedade que discute em vez de meditar ou dialogar. Tampouco isso quer dizer que se deve dar à sofística um caráter excluisvamente pejorativo; a sofística descobre realidade que, sem essa crise, permaneceriam ocultas. O homem não encontra diante de si a realidade humana nem o universo, mas uma realidade instável, e por isso problemática. Esta seriedade da sofística vale sobretudo para aqueles sofistas que foram autênticos “criadores” – Protágoras, Pródico Hippias, talvez Górgias. Senão houvesse profundidade em sua discussão não teria sido possível a contínua polêmica com que Sócrates e Platão mantiveram com eles. Ao menos, a sofística coincidiu assim com as outras características desta crise histórica e espiritual: o desvio do heróico e a tendência ao humano que a evolução da tragédia nos conserva; a aparição da comédia e do realismo anti-heróico; um conservadorismo oposto a toda novidade e um desmedido anseio pela utopias. A ciência e a filosofia se tornaram então o que nunca haviam sido antes: populares. Mas esta popularidade é muito diferente da que adquiriu a filosofia quando ocorreu outra crise histórica – a do final do mundo grego – e se fez, paulatinamente, sobretudo nos estóicos e neoplatônicos uma espécie de concepção global do mundo e mesmo uma religião. A popularidade da sofística era, mais do que a popularidade da ciência, a popularidade da poesia. O intelectual se converteu assim numa força social. Daí se deriva o uso e o abuso da retórica, da eloquência e do ensino destas artes por cima dos saberes propriamente ditos. A sofística fazia, além disso, algo escandoloso para sua época: ensinar por remuneração.
O fato de que a sofística seja a expressão de uma crise mais do que o resultado da evolução interna de um pensamento fica evidente quando se considera que, mais do que o problema do Ser e sua essência, se questionava o problema de um conhecimento válido da Natureza, de uma verdade em que possa confiar o homem. E este problema desde logo se transformou: a pergunta por um saber universalmente válido foi sobrepujada pela pergunta de uma lei universalmente válida. o homem desconfiava da eternidade da lei, advertia que a lei é uma coisa humana e portanto precária e transitória. A sofística nasceu, em suma, de uma desconfiança moral.
Se logo a sofística decaiu, se dela deriva inclusive a acepção de um sofisma como um pensamento incorreto, formulado com consciência de sua falsidade, é porque se esqueceu da crise da crise pela qual surgiu e o fato que foi das maneiras pela qual se procurou superá-la. Do ponto de vista da História da Filosofia, a sofística pertence à época mencionada. Retóricos como Díon de Prusa e Flavio Filostrato, do século II d.C, que se limitaram a defender uma posição retórica e a defender um aticismo diante de um orientalismo, não podem ser ditos parte do movimento sofistíco, a não ser com muitas reservas. Com isso destacamos que os termos 'sofista' e 'sofística' devem ser empregados primariamente em um sentido histórico, ou seja, deve-se limitar sua significação a momentos determinados da história intelectual do Ocidente, e, em particular, a um certo momento determinado da história da cultura grega.
Em segundo lugar, os termos em questão podem ser empregados, sem dúvida, como a designição de uma constante no pensamento humano, desde que se advirta o leitor previamente. Este é o significado que Splenger deu à sofística ao propor uma comparação entre os sofistas gregos do século V. a.C e os enciclopedistas franceses do século XVIII. Para além disso, não se deve adotar a morfologia cultural específica que propõe Spengler com o fim de tratar a sofística como uma constante cultural. Neste sentido, a sofística designa a atitude daqueles que, antes de tudo, buscam o triunfo dialético sobre o interlocutor ou adversário, sem se importar se, ao alcançar tal triunfo, defenderam uma tese verdadeira ou plausível. Um exemplo se dá na filosofia chinesa, com a escola às vezes chamada “os dialéiticos” (Hui Shi e Kung-Sun Lung em particular), ou também a “escola dos nomes” (Ming Chia e a “escola das formas das Formas e dos Nomes” ( Hsing Mincg Chia). Desta escola sabemos principalmente pelo capítulo 33 de Chuang tse. Os membros apresentam teses tais como “há plumas num ovo”, “o olho não vê”, “a sombre de um pássaro que voa, não voa” etc. Interessante são teses como “um cachorro poderia se chamar um cordeiro” (temos aqui a manifestação de um nominalismo linguístico) e “Se se tira de um bastão cada dia metade dele, não desaparecerá em incontáveis anos” (que recorda os paradoxos de Zenão). Segundo conta Chuang tse, os dialéticos consideravam a maior vitória a derrota de seu interlocutor, ganhando a disputa por meio da argúcia. Naturalmente Chuang tse se opunha a este modo de pensar, dizendo que é comparável à atividade incessante de um mosquito, mas que não conduz a lugar nenhum. “É como silenciar o eco com um grito, ou correr contra a própria sombra”.
2.O nome 'sofista'. Ainda que na época considerada como clássica, o vocábulo 'sofista' sofistés não foi sempre usado com o significado que hoje lhe atribuímos. Isto se deduz dos textos que se referem aos Sofistas (cfr. Platão, Ap.19-29; Men, 76 e seguintes; Prot.317B – 328B; Gorgias, 482 e seguintes; Rep, I, 363B e seguintes; Teet, 151 S – 152 A – 166 D seguintes; Sof, 231D; Leis, 889 E; e Aristóteles, Met. T1007b 18; Ret. III 24, 1402 a 23; Sof. El., 183 b 36; Diógenes Laércio., IX, 50 seguintes; Aristídes, Orat., 46; Plutarco, Tem., 2; Xenofonte, Men., I, 1,11; Filostrato, Vita Soph., V, 19; Sexto Empírico, Pyrr. Hyp., I, 216 e seguintes e Adv. Math., VII, 65, 69, 389, entre outros). Em Aristides se diz explicitamente que Sólon, Pitágoras, Sócrates, os erísticos, os dialético e até o próprio Platão foram chamados de sofistas, sem que contar que Androcion, discípulo de Isócrates é autor de um escrito intitulado Sócrates, o sofista. Por isso Aristides defendeu o problema de como deviam ser chamados os sofistas se Sócrates era qualificado como sofista. Isto se deve- diz ele – ao fato de que sofista foi durante muito tempo um nome comum ou genérico. Somente em Platão parece ter sido dado, portanto, um sentido claramente pejorativo ao termo. Esse sentido foi reforçado por Aristóteles, quando escreveu que a sofística é uma sabedoria aparente, fainomenè sofia. Pois bem, essa significação é mais filosófica que geral. Do ponto de vista geral, parece razoável ater-se à significação que deu Plutarco a 'sofista' ao afirmar que foram chamados sofistas os que mesclaram a doutrina da atividade política com a arte da eloquência, e moveram sua profissão – ou praxis – do exercício ao discurso.
Pois bem, tanto o ponto de vista geral quanto o estritamente filosófico constituem dois extremos entre quais tem lugar uma efetiva evolução histórica dos significados de 'sofista' . Assim reconheceu Mario Untersteiner na “Nota sulla parola 'sofista'”, publicada como introdução a sua edição e tradução de textos sofistícos. Neste parágrafo seguiremos este autor, que tem proporcionado dados muito elucidativos. Segundo ele, os momentos, os momentos principiais da evolução da significação de sofistas dentro da história da cultura grega são os quatro seguintes: 1) Surge primeiramente o conceito de sábio ou 'sapiente' como uma afirmação da individualidade, especialmente ameaçada na época da colonização. 2) Logo há a mudança do conceito de sábio como homem de experiência e recursos para uma personalidade dotada de riqueza espiritual, e não somente de capacidades determinadas para resolver certas situações. Disto surge o caráter excepcional do saber propriamente dito a que se referiu W. Jaeger em Paidea (tomo I). 3) Dentro deste contexto se insere o termo sofikestaés, ou seja, que exerce a atividade de sofistés. A voz média (Usada de forma passiva por Hesíodo, 649, já que a forma ativa – diz Untesteiner – foi usada somente na época helenistíca) é comentada em Teognis, 19, significando tanto comunicação como posseção da sabedoria (segundo observou pertinamente Bertini em seu artigo “Della varia fortuna della parola 'sofista'”, em Atti della R. Accademia delle Scienze di Torino, IX [ 1873-1874] , págs. 850-866). Em todo caso, o termo adquira cada vez mais o sentido de “possuidor de um saber universal”, e se aplica adequadamente a Pitágoras e os pitagóricos em particular. 4) No Banquete, 208 C, de Platão sofistés designa literalmente o sábio, o conhecedor do universal (cfr., além dos textos antes mencionados, Rep., VI, para uma significação claramente pejorativa). Constitue um preblema por sua vez histórico, filosófico e semântico o determinar de que modo o significado laudatório de 'sofista' passou a ter um significado pejorativo, especialmente na obra de Platão. Untersteiner adverte que a evolução de 'sofista' até um signficado claramente pejorativo tem várias causas e não somente a que é alegada em comum por várias histórias da filosofia ( a reação socrático-platônica para o movimento sofistíco). Entre estas causas podem mencionar-se distinções que no começo tinham um aspecto meramente literário – como a distinção, proposta por Damasio (um comteporâneo de Górgias), entre o poeta o sofista, em sua obra Perì poietõn, equivalente a uma distinção entre o poeta e o prosista-. Na mesma época, Diógenes de Apolonia chamava sofistaí aos jônicos, diferentes de filosofoi. A isto se agregou a contraposição entre o saudável sentido comum e a artificiosidade, entre a busca séria da verdade e o jogo intelectual. Os primeiros traços foram considerados próprios dos sábios; os segundos, dos sofistas.
Não obstante o sentido pejorativo do nome 'sofista, derivado de Platão e Aristóteles, o sentido deste nome como mestre ou sábio persistiu até o final do mundo antigo, especialmente dentro das escolas filosóficas organizadas para o ensino. Segundo F. Henry (apud Ernst Robert Curtius, Europáische Literatur und Lateinisches Mitelalter, 1948, XI, 3), no século IV d.C se dava o título de sofistés ao chefe de uma escola, dando-se o nome de retor (orator) aos que se seguiam ao chefe.
3. Grupos de sofista e tipos de sofística. A maior parte das definições que demos se referem aos sofistas que hoje são considerados os mais importantes: Protágoras, Pródico, Hippias, Górgias, Trasímaco, Cálicles, Antífon, Polo, Crítias dos quais se destacam os quatro primeiros. Sem dúvida, os historiadores nem sempre colocaram os sofistas em grupo único. Scheileimacher (Geschichte der Philosophie, 1839, ed. Ritter, págs 71 e seguintes) falou de dois tipos de sofística: a heracletiana e a pitagórica. Ritter (Geschichte, Livro IV) incluiu entre os sofistas Leucipo e Demócrito; ambos – argumenta o historiador – se opuseram, como o resto dos sofistas, ao “verdadeiro espírito da filosofia”. Roller apud Zeller, I, 2a ed., 799) distribuiu a sofística em três grupos: a eleática, a heraclítea e a abderita. Os historiadores do princípio do século XIX tendem, no geral, a considerar a sofística num sentido muito amplo. Esta tendência foi refutada por Zeller (loc. cit., que considerou os sofistas como formando um grupo bem determinado e diferente dos pré-socráticos. A orientação de Zeller foi continuada pela maior dos historiadores. Mas dentro desta concepção mais restrita de sofística foram propostas várias agrupações. Assim, Ueberweg fala das diferenças entre “sofistas anteriores” (Protágoras, Górgias, Hippias, Pródico e os chamados “sofistas criadores”) e os “sofistas posteriores” (que compreender as figuras menores: Polo, Trasímaco, Cálicles, Antífon). Th. Gomperz (Geschichte, I, cap. IV) não estabelece propriamente uma classificação, mas trataa Protágoras e Górgias separadamente, como “figuras principais”, de modo que o resto pode ser considerado como “grupo secundário”.M. C. Nahm ( Selections from Early Greek Philosophy, 1950;3a ed., págs. 222 e seguintes) divide os sofistas em “sofistas da cultura” (Protágoras, Górgias) e “sofistas da erística” (Trasímaco, Cálicles, Crítias). Alguns autores distinguem entre “sofistas educadores” e “sofistas retóricos”. Eugene Dupréel negou que os quatro grandes sofistas (Protágoras, Górgias, Pródico, Hippias) podem ser tratados como um grupo único: no seu entender cada autor possuir uma doutrina original, irredutível a todas os outros sofistas.
4. Evolução e reevaliação dos sofistas e da sofística. Seguindo Platão, muitos filósofos e mesmo historiadores da filosofia julgaram os sofistas negativamente. A acepção usual de 'sofista' – o que produz argumentos aparentes (e geralmente intrincados) para defender uma proposição falsa, e também o que está disposto a defender qualquer proposição, seja verdadeira ou falsa – testemunha a vasta influência platônica. Juizos menos pejorativos dos sofistas e da sofistíca começaram a formular-se quando foram estudados historicamente e se advertiu sobre seu contexto histórico. Alguns historiadores da filosofia deixaram de lado o fato de que nem Sócrates e nem Platão seriam possíveis sem os sofistas, e isso não só por constituir um horizonte histórico dentro do qual se desenvolveu seu pensamento, mas também porque usaram abundantemente de recursos sofísticos.
Ortega y Gasset destacou em algumas ocasiões a “modernidade” dos sofistas. Em outro pontos de vista, vários autores consideraram os sofistas como “libertadores” (cfr. Fernando Savater, Apologia do Sofista, 1974. De certo modo, os sofistas fizeram para seu tempo o que Nietzsche fez – e segundo alguns, para sempre -: desmascarar as pretensões de se conseguir verdades absolutas e mostrar que toda suposta “verdade” é uma construção humana com o fim de obter interesses vitais.
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J. FERRATER MORA, Sofista, Diccionario de Filosofía, Q-Z, Ariel, Barcelona, 1994.28/06/2004 às 0:16 #78372Miguel (admin)MestreOlá
traduzi e transcrevi acima o artigo “sofista” do dicionário de filosofia do Ferrater Mora, como forma de nos introduzir ao tema de forma mais precisa. Se quisermos seguir o debate e a pesquisa, seria interessante seguir a bibliografia indicada, primeiramente os trechos dos clássicos que ele apontou. Alguns dos comentadores que ele fala são muito difíceis de achar aqui no Brasil.
Não transcrevi a extensa bibliografia do final do verbete, farei se for do interesse, e os caracteres gregos do programa do fórum estão com alguns problemas na acentuação.
Movi também a discussão para o fórum sobre filósofos de Questões sobre Filosofia em Geral e do Pedidos de Ajuda. Espero que quem já participou disso ache a página.
(Mensagem editada por miguel em Junho 27, 2004)
28/04/2005 às 2:20 #78373Miguel (admin)MestreOi Miguel sou academica de Pedagigia é muito bom encontrar pessoas assim como vc.
Um verdadeiro Sofista, agradeço pois vc, me ajudou muito.11/05/2005 às 20:24 #78374Miguel (admin)MestreOlá,
Meu nome é Cleuza e eu estou começando a fazer um curso de Filosofia e no último encontro a discussão era mesmo sobre os sofistas e ler este texto, Miguel, foi bastante esclarecedor. obrigada.12/05/2005 às 3:14 #78375Miguel (admin)MestreObrigado Neuza
Olá Cleuza, de nada.
Você verá, com o decorrer do curso, que esse dicionário é um dos mais amplos e responsáveis já elaborado, e retornará a ele com frequência. Embora sempre com a ressalva que o melhor ou mesmo a única via seja partir diretamente dos textos.
abs
18/05/2005 às 8:12 #78376Miguel (admin)MestreFALAR NOS SOFISTAS É ALGO QUE CHAMA MINHA ATENÇÃO, POIS ESTES FORAM OS PRIMEIROS A TRABALHAR A RETORICA E A PERSUASÃO COMO FORMA DE MANIPULAR AS PESSOAS E AS SITUAÇÕES DE ACORDO COM SEUS INTERESSES, INDEPENDENTEMENTE DISTO SER MORAL OU NÃO. COM ELES TEREMOS O INICIO DA “PROFISSIONALIZAÇÃO” DA POLITICA EM MOLDES SEMELHANTES AOS UTILIZADOS ATUALMENTE, ONDE O MUNDO DA ÉTICA SEPARA-SE DO MUNDO DA POLITICA NÃO POR SEREM ANTAGONICOS MAS PELO FATO DE EM MUITAS SITUAÇÕES UM “INVIABILIZAR O OUTRO”. COM RELAÇÃO AO ENSINO NÃO CONSIGO VER NENHUMA INTERFERENCIA OU INFLUENCIA DOS SOFISTAS NO SISTEMA DE ENSINO ATUAL, ALIÁS SE EXIXTE ALGO QUE MEREÇA SER DESTACADO,TALVEZ SEJA O FATO DE NOSSOS ALUNOS NÃO ESTAREM PREPARADOS PARA DEFENDER SEU PONTO DE VISTA DE NENHUMA FORMA, POIS GERALMENTE NEM PONTOS DE VISTA TEM, ESTÃO OCUPADOS DEMAIS ATÉ PARA PENSAR.
18/05/2005 às 17:50 #78377Miguel (admin)MestreSr Francisco. Por favor evite a caixa alta nos seus textos (caps lock)
18/05/2005 às 17:54 #78378Miguel (admin)MestreOs sofistas fizeram algo mais além de desenvolver a retórica da persuasão. Eles também criticaram a razão humana, demonstrando os limites da lógica racional.
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