PSOL e FMI

  • Este tópico está vazio.
Visualizando 15 posts - 1 até 15 (de 30 do total)
  • Autor
    Posts
  • #70448

    6) Ruptura com o FMI. Não ao pagamento da dívida externa. Não a ALCA. Auditoria da dívida externa e da dívida interna. Desmontagem e anulação da dívida interna com os bancos. Controle de câmbio e de capitais. Por um plano econômico alternativoOs trabalhadores brasileiros não podem mais seguir pagando por uma dívida que não contraíram e nem os beneficiou. Se incluirmos a dívida interna com os grandes bancos, os gastos do setor público somente com o pagamento dos juros da dívida atingiram ao fim do primeiro ano do governo Lula R$ 145,2 bilhões, o que corresponde a 9,49% do PIB. Dois meses de pagamento dos juros equivalem ao gasto anual com o Sistema Único de Saúde. Dez dias de juros superam as verbas anuais do Programa Bolsa-Família. Uma montanha de recursos drenados para o cassino financeiro, superior inclusive a 2002, quando os juros pagos foram de R$ 114 bilhões, ou 8,47% do PIB. Por sua vez, o endividamento externo se aprofunda e atinge hoje quase US$ 220 bilhões de dólares.É preciso romper essa lógica. Centralizar o câmbio e controlar a saída de capitais. É preciso dizer não ao FMI e ao acordo da ALCA -- projeto de anexação do Brasil --, encabeçando um chamado pela constituição de uma frente dos países devedores. Em relação à dívida interna é preciso fazer uma auditagem da dívida, desmontar sua composição interna, anular a dívida com os bancos e preservar os pequenos e médios poupadores.Assim, nosso programa resgata a decisão do tribunal da dívida externa realizado de 26 a 28 de abril de 1999, no Rio de Janeiro. Neste tribunal foi assumido um veredicto claro: a dívida externa brasileira, por ter sido constituída fora dos marcos legais nacionais, sem consulta ao povo e por ferir a soberania é injusta e insustentável, ética, jurídica e politicamente. Assumimos também o resultado do plebiscito realizado nos dias 2 a 7 de setembro de 2002, quando 94% de um total de mais de seis milhões de eleitores, sem campanhas na mídia e sem voto obrigatório, votaram soberanamente e definiram seu repúdio ao pagamento da dívida externa sem a realização prévia de uma auditoria pública. Um número também expressivo repudiou também o uso de grande parte do orçamento público para pagar a dívida interna aos especuladores.[/Quote]

    Olá amigos... ??? Gostaria de saber a opinião de vocês quanto às propostas do PSOL. São justas? São viáveis? Quais as consequências a curto e longo prazo?Abraços.

    #82317
    Brasil
    Membro

    Caro unVoltNão tenho muito conhecimento técnico sobre esse tema tratado no item 6 do programa de governo do PSOL, mas vou usar um exemplo bem arroz e feijão: Se você está numa briga, você também tem que bater ou no mínimo, se defender, se não, vai apanhar feio.O mesmo ocorre na política internacional. O não pagamento da dívida, pra mim, é um tanto complicado se não for impossível, mas um BOM acordo, com DESCONTO REAL, e aí sim, usando de todos os argumentos usados, inclusive da decisão do Tribunal da Dívida Externa.Não podemos esquecer que a Argentina vai pagar só 25% de sua Divida Externa e os especialistas estão dizendo que eles têm mais credibilidade financeira agora do que quando deviam 100%. Eles se defenderam bem, os panelaços argentinos trocaram 12 presidentes em cinco dias. Isso é que é briga!

    #82318

    Olá Brasil,Em um outro tópico vi que vc se declarou eleitor da Sen. Heloísa Helena, e me vejo obrigado a concordar que ela será, provavelmente, a única opção "éticamente viável" para as próximas eleições precidencias.Entretanto é necessário notar que, caso ela cumpra o que está em seu programa com relação ao FMI, as consequências serão drásticas, e teremos de nos habituar a viver isolados economicamente.Por outro lado, caso ela não cumpra um dos principais itens de seu programa, não seria este um sério abalo à pretensa "honestidade" do partido?Uma outra questão é a viabilidade de um governo nos moldes Chavez e Morales, pois por mais acusações que se façam, parece-me que seus respectivos países tem conseguido grandes avanços... O que vc acha?Abraços.

    #82319
    Brasil
    Membro

    unVoltRealmente, essa é uma questão complicada. Penso que o governante só teia força internacional, se tivesse força popular em seu país, ou seja, um grande apoio. No caso da Argentina, o que aconteceu, não foi exatamente isso, mas teve o mesmo efeito. O que aconteceu na Argentina foi a insatisfação popular, incansavelmente manifestada por todos e, não só por algumas classes.Quando o Nestor Kirchner foi ao FMI, ele não precisou falar como estavam as coisas em seu país, pois eles (o FMI) já sabiam que, o POVO não queria pagar a divida. Daí a negociação fluiu naturalmente e ele saiu de lá com um desconto total na divida externa da Argentina, da ordem de 75%,  mais do que uma ótima negociação, graças a fibra, o espírito politizado e a indignação do povo argentino. Como todos sabemos, não se governa sozinho. Acordos e assentamentos políticos nas empresas públicas, são inevitáveis, dento do atual sistema de governo, mas vejo que em política, quanto mais duro no trato, melhores são os resultados.Não ponho a mão no fogo por ninguém, mas não podemos nos conformar com os mesmos políticos de sempre que, já nos provaram que estão comprados por bancos e muitas outras empresas, que dirá pelos banqueiros internacionais que estão ganhando fábulas com a nossa dívida externa. Temos que exigir algo e fazer-se cumpri, assim como os bolivianos fizeram Evo cumprir a promessa de nacionalização do gás e assim como os argentinos fizeram Nestor fechar um bom acordo com o FMI, bom é apelido.

    #82320

    Boa noite,Sei que nao temos muitas outras opcoes na politica nacional, mas com relacao a senadora Heloisa Helena vc deve concordar que, se ela cumprisse todos os itens que defende em seu programa haveria um grande choque, tanto interno quanto externo, nao eh mesmo? Alem do mais, como vc mencionou, para que um governo consiga atingir seus objetivos eh necessario um macico apoio da populacao, o que obviamente nao sera o caso em uum governo do PSTU...Mas isto nos leva a uma questao triste: estamos tendo que votar em candidatos com os quais nao concordamos, simplesmente porque eles parecem ser os unicos em que ainda sobrevive a tao escassa honestidade.Abracos.Ps.: desculpe a falta de acentuacao, eh que estou usando o pc na faculdade e ele esta com o teclado desconfigurado..rs... :P

    #82321
    Brasil
    Membro

    Olá a todosEntendo que seria impossível o próximo presidente, seja Heloísa ou qualquer outro, não pagar ou se negar a pagar a divida externa. Porque? Para fazer isso, iria-se alegar que a divida foi contraída por governos corruptos e a revelia do povo etc, mas como? Se todos estão soltos. Como? Se muitos estarão compondo o próximo governo? Para alegar essas coisas, teria-se que prender algumas dezenas de ladrões. A começar de Sarney, passando por Collor, Itamar, FHC e Lula. Será que Heloísa faria isso? Sinceramente acho que não.Por outro lado, penso que a predisposição para a uma negociação dura e muito mais a manifestação popular, seriam bons “coringas” para um bom desconto.O risco de não receber e não emprestar mais, diminui drasticamente os valores cobrados e, foi exatamente isso que aconteceu com a Argentina. Ex-Presidentes foram presos, Menem ficou vários anos preso por desvios de verbas e tráfico de armas, Dela Rua teve que fugir do país senão o povo iria trucida-lo. Nessas condições e depois de fazer um verdadeiro rodízio de Presidentes rejeitados pelo POVO, ficou bem mais fácil para eles conseguirem. Para o FMI, era pegar ou largar os 25% propostos pelo Kirchner e, eles pegaram. Agora ainda os ajudam, pelo menos não os desmoralizaram e ainda indicam investimentos na Argentina, óbvio, pois eles querem receber pelo menos os 25%.Manifestação popular, a gente já sabe que aqui não tem, só restaria a opção de o próximo governante fazer uma dura negociação, tentando conseguir um bom desconto, como a Argentina conseguiu. FHC fez? Não. Lula fez? Não. Geraldo fará? Não. Heloisa promete fazer, diante disso deveríamos “acreditar” e elege-la, mas, uma vez descumprida a promessa(pelo menos um bom desconto), o POVO deveria tira-la e dar o mesmo tratamento a todos os outros subseqüentes. Só assim obteríamos resultado favorável nas negociações com o FMI. Isso é o que eu acho.

    #82322

    Manifestação popular, a gente já sabe que aqui não tem(…)

    Putz, ate hoje ainda nao tinha me tocado, mas ter colocado a capital a milhares de quilometros de qualquer grande centro urbano foi uma bela jogada do Kubischeck... (Mas eh claro que esta eh soh uma minuscula parte do problema :( )

    (...) só restaria a opção de o próximo governante fazer uma dura negociação, tentando conseguir um bom desconto, como a Argentina conseguiu.

    Neste ponto, penso que seria interessante um estreitamento das relacoes entre os paises latino-americanos, pois ja percebemos que a dupla Chavez-Morales fara um grande estrago nos planos norte-americanos.Abracos.

    #82323
    Brasil
    Membro

    Você tem toda razão sobre a distancia da Capital Federal, das Capitais Estaduais, a distancia dificulta em muito as manifestações à porta do Planalto, mas o povo pode se manifestar em seus Estados, mesmo contra as deliberações federais e não o faz.Acredito que Jucelino não tenha pensado nisso quando construiu Brasília, pois terminou a construção ao final de seu mandato. A construção da Capital Federal no centro do Brasil, era projeto antigo, estava determinado na constituição e os seus antecessores não cumpriram, quando Jucelino assumiu, o povo estava cobrando muito essa determinação constitucional.Quanto a um estreitamento com nossos visinhos, acho interessante, mas, desde que não nos prendamos a algo irreversível, como dependência de algum recurso como o gás etc.Na hora do vamo-vê, não sei se seriam confiáveis. Além disso, um estreitamento visando fortalecer uma frente anti-USA, seria algo como um argumento tático militar totalmente interessante para os USA prooporem sanções,  boicotes e até a invasão.O Brasil não depende de praticamente nada de fora. Poderia muito bem acertar as coisas dentro de casa e depois acertar lá fora, sozinho.

    #82324
    Brasil
    Membro

    Quando o Brasil tiver um BOM governo e um povo politizado, isso aqui vai melhorar muito, só espero que isso não demore demais. Quanto maior o estrago, mais difícil consertar.

    #82325
    Brasil
    Membro

    (...) seria interessante um estreitamento das relacoes entre os paises latino-americanos, pois ja percebemos que a dupla Chavez-Morales fara um grande estrago nos planos norte-americanos.

    Acho que tal parceria só interessaria a eles, pois há muitas incoerências no discurso de Chaves, por exemplo: Ele prega que os USA são imperialistas etc, mas vende quase todo o seu petróleo para os USA.Além disso, tenho uma visão particular totalmente negativa quanto a associações e parcerias em assuntos em que se trate de dinheiro e/ou poder. Acho que o que falta ao Brasil, não obteremos dos outros países. O que falta aqui é um povo mais participativo.

    #82326

    hehehe… vc falou tudo! Tenho que concordar 8)O Brasil realmente tem potencial para pleitear melhores posições (blz, agora posso usar acentuação..rs...) na economia internacional, mas temos de tomar cuidado para que este fato não nos torne novos imperialistas dispostos a espoliar os nossos "irmãos" latino-americanos.Abraços.

    #82327
    Brasil
    Membro

    UnVolt,É muito triste constatar que os nossos jovens (a maioria) não se interessam pelos assuntos políticos e sociais. Fico contente quando encontro alguém jovem e que não fica só dizendo babaquices, pois brincadeira eu também gosto, mas há coisas que merecem muita seriedade e nessa parte, os jovens brasileiros deixam muito a desejar. Têm uma visão à parte, dizem  que não gostam de política porque todos os políticos são ladrões, etc, mas não percebem que quanto mais desinteresse, pior fica a situação e os ladrões vão colocando as manguinhas de fora, vão se criando e ganhando força em meio a eleitores desinteressados e outros ignorantes, é lamentável.  Antigamente, quem dava as cartas políticas eram os jovens, vacilou os jovens protestavam mesmo e isso mantinha uma certa seriedade por parte dos políticos. As manifestações de 1968 foram decisivas para as nossas vidas, propiciou a abertura política e a democracia.Depois, os jovens foram se desinteressando e as coisas foram descambando, os cara pintadas, foram uma grande armação da mídia, pois naquela época os jovens já não participavam mais do cenário político e eleitoral.  Meu velho dizia que o aparecimento ou a facilidade ao acesso às drogas, foi uma coisa arquitetada para corromper nossos jovens e eu sempre discordei, achava que  o “bum” das drogas fosse uma coisa puramente interessada nos dividendos proporcionados pelo seu comércio. Hoje já estou tendo uma visão diferente e mais aproximada da visão que meu velho tinha a mais de 30 anos atrás.E note que coisa interessante: Naquela época, (60-70) protestar publicamente era coisa arriscadíssima, o cara podia ser preso e desaparecer ou então ser preso e torturado. Hoje não e, no entanto, não se vê jovem protestando.Só pra dar um exemplo, os jovens do meu pedaço se tratam pela denominação “carinhosa” de ladrão. Ex: Oi ladrão, tudo bem?ou então Esse carro é de ladrão! Como se ladrão fosse sinônimo de coisas boas. Esses jovens, algum dia decidirão algo a favor da população? Algum dia eles participarão de uma manifestação política séria? Infelizmente não. E o mais ridículo é que nenhum deles é ladrão, a impressão que dá é de que eles estão pretendendo, são aspirantes.Há que se reconhecer que a falta de vagas de emprego é grande corroboradora desse quadro, mas a mídia ajuda bastante no processo de emburrecimento juvenil.Outro aspecto interessante é a formação ou criação de falsos ídolos, como Escadinha, Marcola, e tantas outras figuras patéticas. Na década de 70, tivemos o caso Claudia Lessing, uma modelo assassinada por um cara chamado Doca Street. Esse cara virou ídolo de meninas jovens que simpatizavam com seu perfil. Nos dias de audiência na Justiça, formavam-se multidões de meninas na porta do Fórum para homenageá-lo e apoiá-lo, algo nitidamente organizado e orquestrado por seus advogados ou por inteligências mal intencionadas.Gosto de rock, mas não posso deixar de admitir que o advento do rock no Brasil e no mundo, desvirtuou muitas cabeças que não souberam separar as coisas. Não souberam desvincular aquele jeito despojado e irreverente do rock, da vida cotidiana em que é preciso estar atento e ter muito senso crítico. O rock e seus costumes deixaram os jovens do mundo inteiro, desligados e desinteressados nos assuntos que diziam respeito ao seu futuro e hoje vemos uma juventude totalmente apática ou então querendo protestar, mas sem saber exatamente contra o que ou quem. Criticam os USA, mas não sabem exatamente o porque criticam. Usam Lee,  Levis Straus, Sonham em conhecer NY e serem muito ricos e poderosos, ou então viram bixo grilo e perdem totalmente o respeito próprio, deixam-se largados e não têm interesse para nada, quanto menos em se tratando  de política ou direitos dos cidadãos.Cabe dizer que, entre o bixo grilo e o filhinho de papai capitalista, eu prefiro o bixo grilo.Também é fácil notar que os meio de comunicação obedecem algum tipo de regulamento ou imposição, pois não vemos mais os grandes artistas que arrastavam multidões com seus pensamentos altamente politizados e de conotação subversiva, ou seja, uma postura contraria aos governos entreguistas e corruptos. Onde estão os Chicos, Miltons, Vandrés de hoje? Quem está tendo a capacidade de cantar coisas bonitas dizendo coisas feias, reais e pertinentes? Quem está protestando contra algo que realmente mereça um bom protesto? Da impressão até que, o Chico, o Milton e o Vandré estão mortos.Isso, com certeza agrada muito a plutocracia que se formou nos gavernos democráticos que vieram após o militarismo.Cadê aquela conotação política e orientadora das músicas nacionais de antigamente? Esse negócio de dizer que eles tocam o que o povo quer ouvir é chavão de gravadoras pilantras, que invariavelmente têm veículos de mídia jornalística e comercial, participando de seus capitais, suas ações.Bem... acho que já ta virando desabafo e é melhor encerrar... No mais, felicito-lhe por se interessar, também, em assuntos de “velhos” e, ter uma postura aberta , sempre disposta ao debate, considerando o que é verdadeiro e cabível e o que é ou pode ser, ideológico e inconcebível e nunca agindo como um torcedor ou alguém que já tem uma opinião pré determinada e ninguém conseguirá muda-la nem, com argumentos reais...Abração.

    #82328
    Brasil
    Membro

    Aproveitando o gancho do que eu disse sobre o filhinho de papai e o bixo grilo, gostaria de fazer mais algumas observações. Prefiro o bixo grilo, porque ele é menos nocivo, ou seja: peca por não participar, já o filhinho de papai capitalista, peca por participar negativamente.Pessoas endinheiradas, geralmente, com pouquíssimas exceções, dão maus frutos, os filhos dessas famílias podem até ter um bom desempenho financeiro, etc, mas são alienados e têm uma visão muito curta, entendem que estamos numa selva e salve-se quem puder.Por não terem bandeira alguma à levantar, carregam bandeiras racistas, preconceituosas e violentas. Muitos pregam a diferença de raças como solução aos problemas brasileiros, outros chegam a “demarcar” regiões do país que seriam “aceitáveis” em suas concepções.Ignoram o fato de que, uma região ter sido excessivamente privada de cultura não a torna menos brasileira, não a torna “dispensável”, isso é uma ignorância absurda. Mesmo uma região com um índice cultural per capta menor, é muito importante para o País, em vários aspectos, como agricultura, produção, etc. A desunião dos povos é caráter inerente ao capital.Herdam de seus pais essa concepção desagregadora e nociva, só enxergam o consumo, a vantagem a qualquer preço, como se fosse isso uma maneira de sobreviver. De certa forma é uma maneira de sobreviver RICO.

    #82329

    Olá Brasil,ótimo texto, discordo apenas nos seguintes pontos:

    Gosto de rock, mas não posso deixar de admitir que o advento do rock no Brasil e no mundo, desvirtuou muitas cabeças que não souberam separar as coisas. Não souberam desvincular aquele jeito despojado e irreverente do rock, da vida cotidiana em que é preciso estar atento e ter muito senso crítico. O rock e seus costumes deixaram os jovens do mundo inteiro, desligados e desinteressados nos assuntos que diziam respeitos ao seu futuro e hoje vemos uma juventude totalmente apática ou então querendo protestar, mas sem saber exatamente contra o que ou quem.

    Não creio que o rock em si seja uma má influência, pois o que há é uma má compreensão (ou total ausência dela) deste estilo musical, e, porque não, poético.Posso citar como exemplo dois dos maiores ícones do rock, um nacional e o outro britânico: Beatles e Legião Urbana. Você se arriscaria a dizer que algum deles, que atraía multidões de fãs, não era politizado (excetuando-se a fase inicial dos Beatles)?É óbvio que ambos possuíam uma poesia completamente engajada e consciênte, mas qual a porcentagem de fãs que via algo além de um simples fenômeno pop?O rock'n'roll, assim como as drogas (e agora os celulares, ô praga!), serviu como um escape para uma juventude que, como vc disse, não sabe contra quem ou o que protestar.

    No mais, felicito-lhe por (...) ter uma postura aberta

    Tá bom, mas não espalha muito isso se não pega mal pra mim..hehee... ;D[hr]The Beatles - Revolution 1You say you want a revolutionWell you knowWe all want to change the worldYou tell me that it's evolutionWell you knowWe all want to change the worldBut when you talk about destructionDon't you know you can count me outDon't you know it's gonna be alrightAlright AlrightYou say you got a real solutionWell you knowWe'd all love to see the planYou ask me for a contributionWell you knowWe're doing what we canBut when you want money for people with minds that hateAll I can tell you is brother you have to waitDon't you know it's gonna be alrightAlright AlrightYou say you'll change the constitutionWell you knowWe all want to change your headYou tell me it's the institutionWell you knowYou better free your mind insteadBut if you go carrying pictures of Chairman MaoYou ain't going to make it with anyone anyhowDon't you know it's gonna be alright

    #82330

    Ignoram o fato de que, uma região ter sido excessivamente privada de cultura não a torna menos brasileira, não a torna “dispensável”, isso é uma ignorância absurda.

    A ausência de uma cultura ocidental (leia-se européia) não faz dos nortistas e nordestinos povos "privados de cultura"; Eles tem uma vasta cultura, só que a seu modo.

    Mesmo uma região com um índice cultural per capta menor, é muito importante para o País, em vários aspectos, como agricultura, produção, etc. A desunião dos povos é caráter inerente ao capital.

    Então a importância destas regiões com  "índice cultural per capta menor" reside unicamente na sua capacidade de produção? Este não é um argumento essencialmente capitalista?Abraços.

Visualizando 15 posts - 1 até 15 (de 30 do total)
  • Você deve fazer login para responder a este tópico.