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01/06/2000 às 5:47 #69790Miguel (admin)Mestre
Segundo alguns comentadores, Santo Agostinho não teria estudado Platão diretamente, mas que sua influência de Platão se deu mais segundo o neoplatonismo místico de Plotino. Vale lembrar que a Academia já se encontrava bem distante do pensanemto do mestre na época de Agostinho e que a este tinha aversão pelo grego desde a infância, conhecendo muitas obras do grego só pela tradução, nem sempre confiável, para o latim.
Alguém tem uma informação segura a esse respeito?
01/06/2000 às 5:52 #71225Miguel (admin)MestreUm pesquisador certa feita fez um trabalho, que é de pescar todas as citações Bíblicas de Agostinho, e compará-la com o a Bíblia que temos hoje. Parece que ele chegou à conclusão de que As duas versões são muito diferentes, e que nossa Bílica não chegou sem adulterações, afora os problemas de tradução/retradução.
Alguém conhece este pesquisador e a referência bibliográfica?
10/10/2000 às 19:17 #71226Miguel (admin)MestreO que Onofre Veiga diz em sua participação do forum, é verídico. Agostinho não estudou as obras de Platão diretamente, mas foi através de Plotino, um neo-platônico, que Agostinho conheceu a filosofia do velho Platão. Quanto a sua aversão ao grego também é verídica. Na sua obra intitulada Confições, nos dá o relato de sua pouco inclinação à língua grega. Praticamente toda a sua formação foi de língua latina, tanto que é chamado de o primeiro dos padres latinos.
Eu tenho agora algo a deixar no fórum. Agostinho foi um homem que muito influenciou o pensamento católico até o surgimento de São Tomás de Aquino, mas acredito que ambos estão na idéia de um mundo espiritual onde nós encontraremos a “verdadeira verdade”. Agostinho como Platão, busca a verdade através da contemplação de idéias. Aristóteles já busca um caminho inverso parte das coisas reais para chegar ao sumo bem. O que quero dizer é que os homens devem buscar na realidade e não na idealidade o conhecimento. Não é possível universalisar o homem e seu ser, é possível conhecer sua realidade que está em constante mudança. O homem é o ser-aí de Sartre, e seu conhecimento está a sua volta e não em outro mundo. Como Kant,concordo que não é possível fazer metafísica do trascendente mas da forma de conhecimento do homem; de como ele é capaz de conhecer. Enfim os idealistas até o mesmo Kant são homens pusilânimes que cultivam a esperança de que o mundo será melhor, magnânimo são os realistas que vivem de acordo com seus impulsos e força de caráter, são homens de grandes virtudes,sabem conviver com a glória e com a desgraça. Como Ortega y Gasset o disse, “A maturidade começa quando descobrimos que o mundo é sólido, que a margem de folga concedida à intervenção de nosso desejo é muito escassa, e que um pouco além dela levanta-se uma matéria resistente, de constituição rígida e inexorável.” Digo que estas palavras são uma higiene das idéias e uma volta para a realidade.07/11/2000 às 5:22 #71227Miguel (admin)MestreSem dúvida, Fernando. Tanto que essa noção do “mundo verdade” caiu definitivamente em desuso na modernidade. Depois do ateísmo do século XIX, o que temos é uma tentativa de superação da metafísica, mas que parece que mal sucedida, segundo ela própria. Heidegger, Derrida, Foucault, tentam superar a metafísica, enquanto outros filósofos sequer se preocupam mais com a questão do “mundo – verdade”. De qualquer forma, p grande impulso é dado por Nietzsche. No final do Crepúsculo dos ídolos, ele faz uma “evolução do mundo verdade”, acessível, primeiro ao sábio , ao virtuoso (Platão), inacessível por agora, mas prometido ao sábio, ao casto, ao virtuoso (Cristianismo), inacessível, incognoscível (Kant), inacessível? Pelo menos desconhecido. Ou seja inútil. Nos livramos dele. O que restou? O mundo de aparências? Nãp, ao acabar com o mundo verdade acabamos também com o mundo de aparências.
24/04/2001 às 14:11 #71228Miguel (admin)MestreSanto Agostinho nunca deixou de ser o que sempre foi mesmo após “sua conversão” ao cristianismo – um grande filósofo. E pra mim o lindo em S. Agostinho é justamente essa capacidade maravilhosa de encontrar Deus a partir da razão e tendo aceitá-lo na fé se tornou consequência do seu ser inteligente. Quão tarde te encontrei dizia Agostinho. Não diria isso. A questão é “Quão tarde te admiti em mim como verdade revelada pela fé, porque como iluminação sempre soube da sua existência”. Solange Pereira do Nascimento
01/07/2001 às 3:04 #71229Miguel (admin)MestreAgostinho foi uma bênção!
03/11/2001 às 20:14 #71230Miguel (admin)MestreST.Agostinho pulverizou o fanatismo das mentes católicas,peneirou o que há de bom na crensa filosófica nos trazendo um humanismo concreto, que vem a nós, ao colocarmos em pratica os seus ensinamentos, duvidara para que nào duvidassemos,arriscara o purgatório para nos livrar de qualquer dúvida sobre a existência de Deus. Ao alcansá-lo nas suas divagaçòes, percebemos o quanto somos incredulos e impuros em alma e corpo.
09/07/2002 às 18:58 #71231Miguel (admin)MestreBem, se esse tal “pesquisador” usou a palavra “adulteraçao”, em se tratando da biblia, e se baseando em Agostinho, entao falou bobagem!
S.Agostinho foi contemporaneo de S.Jeronimo, inclusive se tornaram grandes amigos (uma amizade forjada em meio a dificuldades). Agostinho nao poupava elogios à qualidade do trabalho de Jeronimo, reconhecidamente um dos maiores, senao o maior, conhecedor dos textos sagrados, tanto do hebraico, aramaico, qt do grego. O respeito de Agostinho pelo trabalho de Jeronimo pode ser atestado em muitos de seus escritos.
E considerando que S.Jeronimo foi o tradutor que escreveu a Vulgata, texto que se tornou meio que “padrao” para todo o ocidente latino, entao, falar de adulteraçao com base em textos agostinianos soa bastante estranho.
Sem contar que uma infinidade de estudos de filologia e de hermeneutica relacionados aos textos biblicos desautorizam a maioria das criticas feitas qt à qualidade da traduçao deles. Bem, a nao ser que… Há muitas traduçoes, vc está falando de alguma em especial?
07/01/2004 às 11:32 #71232Miguel (admin)MestreEm um tempo em que o gnosticismo ganhava espaço na comunidade cristã da época, visto que aproximadamente +- 100 d.c ele se torna forte, agostinho surge em 354 d.c como consolidador do pensamento cristão.
Sintetiza e dá pareceres em quase todos os temas “polêmicos” da bíblia.
Ele nasce como resposta racional e filosófica contra aqueles que queriam tonar híbridas as verdades de Deus reveladas através da sua palavra (bíblia).Abraços
07/02/2004 às 3:51 #71233Miguel (admin)MestreCaros amigos,
Gostaria de contar com a ajuda de vocês para esclarecimentos sobre o pensamento de Agostinho de Hipona:
1. de fato, como Onofre Veiga mencionou, Agostinho não teria estudado diretamente Platão, mas recebido influências do neo-platonismo – como, por exemplo, Plotino. Nesse ponto, tenho uma certa defasagem de conhecimentos: gostaria de conhecer mais os pensadores neo-platônicos. Assim, gostaria de obter sugestões de bibliografia sobre o assunto;
2. Duas questões têm despertado meu interesse sobre o pensamento agostiniano: sua original concepção de livre-arbítrio; e, também, suas discussões sobre o tempo e a eternidade. Desta maneira, gostaria de propor-lhes uma discussão sobre o primeiro tema mencionado, iniciando-a com a seguinte questão: de que maneira Agostinho procurou conciliar fé e razão em suas obras, em especial nas “Confissões”? Aguardo contribuições.Abraços.
06/04/2004 às 23:04 #71234Miguel (admin)Mestrequais as influencias de platão para santo agostinho
03/02/2005 às 21:00 #71235Miguel (admin)MestreWalace, vale lembrar que a Vulgata pode ter sido padrão para a igreja romana do ocidente latino, não da ala reformada / protestante / evangélica, que, até onde sei, utiliza-se diretamente dos originais hebraicos e gregos ou no máximo da Septuaginta (VT em grego).
19/07/2005 às 22:35 #71236Miguel (admin)MestreSanto Agostinho não era filósofo, apenas um Sábio Religioso, pois partia de uma verdade Revelada e não da razão natural(mesmo que a usasse diversas vezes), nem por isso deixa de ser um sábio e ser uma leitura indispensavel.
24/09/2005 às 5:00 #71237Miguel (admin)MestreGostaria de saber se alguém tem informações mais aprofundadas acerca do conceito de trabalho para Santo Agostinho.
09/11/2005 às 16:27 #71238Miguel (admin)MestreOI ESTOU COM MUITA URGENCIA, GOSTARIA DE SABER QUEM INFLUENCIOU SANTO AGOSTINHO?
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