Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Um mundo, até então, inédito!
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08/02/2010 às 14:38 #70964SicaMembro
“A República”, Platão, livro VII, “A alegoria da caverna”, 514 – 517 a.CPodemos relacionar essa alegoria à realidade que presenciamos, realizando algumas adaptações, é claro.Durante a nossa trajetória temos experiências tolas e conquistas chulas que entendemos ser se suma importância, mas, talvez, pensemos assim, pois nosso conhecimento sobre os que nos cerca não nos permite fazer uma comparação, e conseqüentemente obter uma conclusão que nos leve a algo maior. É como pesquisar preços em apenas uma loja, você nunca saberá se é barato ou não, ou seja, sem conhecimento não questionamos e sem questionarmos nos prendemos ao que é proposto, e, ironicamente, evoluímos, mas nunca passaremos de um ponto pré estabelecido, como uma planta crescendo dentro de uma garrafa. Em “Mito da Caverna”, a planta consegue transpor essa garrafa e acaba vislumbrando o mundo e tudo que até então era inédito. A primeira reação é negar tudo aquilo e enxergar essa experiência como algo surreal, mas após refletir e raciocinar, compreende os mistérios que o cercava e conclui, por fim, que levava uma vida, me desculpem, de merda. Raciocinem, comentem e concluam. Exponho esse texto e nele meus pensamentos, pois gostaria de saber vossa opinião. Grato ;)
09/02/2010 às 13:02 #87778BrasilMembro(...)nosso conhecimento sobre os que nos cerca não nos permite fazer uma comparação, e conseqüentemente obter uma conclusão que nos leve a algo maior. É como pesquisar preços em apenas uma loja, você nunca saberá se é barato ou não, ou seja, sem conhecimento não questionamos e sem questionarmos nos prendemos ao que é proposto, e, ironicamente, evoluímos, mas nunca passaremos de um ponto pré estabelecido(...)
Essa “evolução” é uma evolução mimética: Dá-se por imitação.Algo muito conveniente para exemplificar o mimetismo cultural é o habito de fumar. Há aproximadamente 30 anos atrás éramos convidados a fumar. Ia-se a um cinema e lá estava a charutaria (pequeno comércio de cigarros e afins) e os cinzeiros que pareciam verdadeiras “bacias de luxo” de tão grandes e bonitos que eram.Há 40 anos podia-se fumar dentro dos ônibus e em qualquer lugar.Ia-se a uma empresa e, onde se encontra hoje o cafezinho para as pessoas se servirem da cordialidade do anfitrião, estavam também os cigarros, os fósforos e os cinzeiros; tudo prontinho para o cidadão pseudo-cosmopolita se deliciar com seu hábito “charmoso”, importado (mimetizado) dos estadunidenses.O hábito de fumar foi um grande mimetismo cultural.Mas os memes (unidades de informação que se propagam por imitação) não são necessariamente ruins. Veja você que hoje, mais evoluído também nas ciências e não só na imitação de hábitos desnecessários, o Homem condena e abomina o tabaco.Hoje o fumante sente-se como um panaca soprando fumaça na cara dos outros...Os memes também fazem evoluir positivamente. Antes havia fumantes e não-fumantes, hoje há fumantes e críticos combatentes do habito de fumar.O consenso mudou completamente e, o meme agora é NÃO fumar.Este é só um exemplo de como as pessoas navegam ao sabor dos ventos, enquanto imaginam estarem conduzindo firmes as suas vidas.
09/02/2010 às 18:28 #87779BrasilMembro:dirol_mini: :dirol_mini: :music_mini: :music_mini: :drink2_mini: :drink2_mini: =8) =8) :wacko_mini: :man_in_love_mini: :crazy_mini:
18/02/2010 às 20:49 #87786SicaMembroO consenso mudou completamente e, o meme agora é NÃO fumar.Este é só um exemplo de como as pessoas navegam ao sabor dos ventos, enquanto imaginam estarem conduzindo firmes as suas vidas.
Mas o consenso ao qual voce se refere mudou devido a evolução da medicina e dos conhecimentos cientificos. Há quarenta anos nao se sabia dos maleficios que o cigarro causava a saúde dos fumantes / fumantes passivos.A evolução que gostaria de ver é algo muito maior que a simples opção de ascender um cigarro ou ser vegetariano. Quando falo de evolução, me refiro as respostas de todas as perguntas que ainda nao sabemos responder de maneira lógica e muitas vezes recorremos ao miticismo para resolve-las. É possivel dizer até que caso a medicina nao tivesse evoluido, as pessoas furmariam até hoje e ridicularizariam aqueles que nao aprovassem o hábito . O que tento dizer, é que todas as evoluções que vemos na humanidade sao fruto de alguma descoberta científica. Talvez nem todas sejam, porem, aquelas que valorizamos são.
18/02/2010 às 22:54 #87787BrasilMembrotodas as evoluções que vemos na humanidade sao fruto de alguma descoberta científica. Talvez nem todas sejam, porem, aquelas que valorizamos são.
“Evolução” significa mudança, movimento, não necessariamente para melhor. Pode-se evoluir para pior.Veja, é realmente uma evolução o fato de as pessoas estarem cada vez mais fumando menos... Mas também foi uma evolução quando em meados do século passado, com a industrialização o cigarro passou de um habito de poucos caipiras, pois antes eram manufaturados pelos próprios fumantes, a um produto consumido por aproximadamente metade da população do planeta.Outra coisa que é importante salientar é que desde a década de 1950 a Ciência já dizia que o cigarro causa câncer.
19/02/2010 às 3:12 #87788nickossMembro“A República”, Platão, livro VII, “A alegoria da caverna”, 514 – 517 a.CPodemos relacionar essa alegoria à realidade que presenciamos, realizando algumas adaptações, é claro.Durante a nossa trajetória temos experiências tolas e conquistas chulas que entendemos ser se suma importância, mas, talvez, pensemos assim, pois nosso conhecimento sobre os que nos cerca não nos permite fazer uma comparação, e conseqüentemente obter uma conclusão que nos leve a algo maior. É como pesquisar preços em apenas uma loja, você nunca saberá se é barato ou não, ou seja, sem conhecimento não questionamos e sem questionarmos nos prendemos ao que é proposto, e, ironicamente, evoluímos, mas nunca passaremos de um ponto pré estabelecido, como uma planta crescendo dentro de uma garrafa. Em “Mito da Caverna”, a planta consegue transpor essa garrafa e acaba vislumbrando o mundo e tudo que até então era inédito. A primeira reação é negar tudo aquilo e enxergar essa experiência como algo surreal, mas após refletir e raciocinar, compreende os mistérios que o cercava e conclui, por fim, que levava uma vida, me desculpem, de merda. Raciocinem, comentem e concluam. Exponho esse texto e nele meus pensamentos, pois gostaria de saber vossa opinião. Grato ;)
Percebemos que ainda hoje, o homem civilizado tem essa sensação surrealista perante a natureza. Há poucas décadas atrás, um milionário inglês ia para a África e com um rifle, matava em poucas horas, tantos quantos elefantes passassem à sua frente. Esse animal racional, tinha o prazer de realizar essa destruição insana, porque foi-lhe ensinado desde a infância que, o único ser dotado de razão era o homem. Tal insanidade racional, também o levou a subjulgar os índios, as florestas, os rios, os mares, o ar, e todas as coisas e seres que a mãe natureza criou e fez evoluir, durante os 1,5 ou 2.0 bilhões de anos, em abundância. Hoje, ainda que tarde, essa consciência está mudando, pois estamos começando a perceber que um índio(branco, vermelho, amarelo ou negro) na idade da pedra, se trazido da floresta e for educado na cidade(civilizado), poderá tornar-se um engenheiro, um médico, um advogado, um químico, etc.AbraçosNickoss
19/02/2010 às 3:45 #87789BrasilMembroTal insanidade racional, também o levou a subjulgar os índios(...)
Caro totó, a “palavra” subjulgar simplesmente NÃO EXISTE.Acho que o senhor pensa que subjulgar é uma palavra para denominar “julgar por baixo”... heheheEu só fico lhe mostrando as suas ignorâncias porque o senhor é muito convencido com seu curso de Química. ;D
19/02/2010 às 12:45 #87783AcáciaMembroA importância está não no mundo que a planta vislumbrou e sim, de que forma, quais os meios que ela, a planta, conseguiu sair da garrafa para poder vislumbrar o novo mundo! Como foi que ela saiu da garrafa?
19/02/2010 às 12:51 #87784AcáciaMembro“A República”, Platão, livro VII, “A alegoria da caverna”, 514 – 517 a.CPodemos relacionar essa alegoria à realidade que presenciamos, realizando algumas adaptações, é claro.Durante a nossa trajetória temos experiências tolas e conquistas chulas que entendemos ser se suma importância, mas, talvez, pensemos assim, pois nosso conhecimento sobre os que nos cerca não nos permite fazer uma comparação, e conseqüentemente obter uma conclusão que nos leve a algo maior. É como pesquisar preços em apenas uma loja, você nunca saberá se é barato ou não, ou seja, sem conhecimento não questionamos e sem questionarmos nos prendemos ao que é proposto, e, ironicamente, evoluímos, mas nunca passaremos de um ponto pré estabelecido, como uma planta crescendo dentro de uma garrafa. Em “Mito da Caverna”, a planta consegue transpor essa garrafa e acaba vislumbrando o mundo e tudo que até então era inédito. A primeira reação é negar tudo aquilo e enxergar essa experiência como algo surreal, mas após refletir e raciocinar, compreende os mistérios que o cercava e conclui, por fim, que levava uma vida, me desculpem, de merda. Raciocinem, comentem e concluam. Exponho esse texto e nele meus pensamentos, pois gostaria de saber vossa opinião. Grato ;)
Percebemos que ainda hoje, o homem civilizado tem essa sensação surrealista perante a natureza. Há poucas décadas atrás, um milionário inglês ia para a África e com um rifle, matava em poucas horas, tantos quantos elefantes passassem à sua frente. Esse animal racional, tinha o prazer de realizar essa destruição insana, porque foi-lhe ensinado desde a infância que, o único ser dotado de razão era o homem. Tal insanidade racional, também o levou a subjulgar os índios, as florestas, os rios, os mares, o ar, e todas as coisas e seres que a mãe natureza criou e fez evoluir, durante os 1,5 ou 2.0 bilhões de anos, em abundância. Hoje, ainda que tarde, essa consciência está mudando, pois estamos começando a perceber que um índio(branco, vermelho, amarelo ou negro) na idade da pedra, se trazido da floresta e for educado na cidade(civilizado), poderá tornar-se um engenheiro, um médico, um advogado, um químico, etc.AbraçosNickoss
Mas o fato deste pobre índio ser civilizado pode acontecer dele, após adquirir com muito sacrifício (sim porque ´´indios não conseguem com facilidade tal privilégio) ser motivado a se sentir um "deus" e, ao invés de matar elefantes ir querer exterminar sua própria raça. Então não é SOMENTE esta a soluçao.
19/02/2010 às 16:21 #87785AcáciaMembroA importância está não no mundo que a planta vislumbrou e sim, de que forma, quais os meios que ela, a planta, conseguiu sair da garrafa para poder vislumbrar o novo mundo! Como foi que ela saiu da garrafa?
Desculpe-me pela resposta´´E que o exposto me fez refletir bastante sobre a realidade da planta dentro da garrafa...Se tiver sido alimentada como "toupeira" pode também se "encantar" com qualquer Novo Mundo!
20/02/2010 às 14:17 #87782nickossMembro“A República”, Platão, livro VII, “A alegoria da caverna”, 514 – 517 a.CPodemos relacionar essa alegoria à realidade que presenciamos, realizando algumas adaptações, é claro.Durante a nossa trajetória temos experiências tolas e conquistas chulas que entendemos ser se suma importância, mas, talvez, pensemos assim, pois nosso conhecimento sobre os que nos cerca não nos permite fazer uma comparação, e conseqüentemente obter uma conclusão que nos leve a algo maior. É como pesquisar preços em apenas uma loja, você nunca saberá se é barato ou não, ou seja, sem conhecimento não questionamos e sem questionarmos nos prendemos ao que é proposto, e, ironicamente, evoluímos, mas nunca passaremos de um ponto pré estabelecido, como uma planta crescendo dentro de uma garrafa. Em “Mito da Caverna”, a planta consegue transpor essa garrafa e acaba vislumbrando o mundo e tudo que até então era inédito. A primeira reação é negar tudo aquilo e enxergar essa experiência como algo surreal, mas após refletir e raciocinar, compreende os mistérios que o cercava e conclui, por fim, que levava uma vida, me desculpem, de merda. Raciocinem, comentem e concluam. Exponho esse texto e nele meus pensamentos, pois gostaria de saber vossa opinião. Grato ;)
:dirol_mini:Cara Sica, relendo a passagem citada, percebo que chegando por aqui fosse ser mais fácil, mas terei que primeiro acostumar-me a enxergar nas trevas. De início, parece-me muito difícil o resgate de seres com personalidades consolidadas na escuridão, e voltadas para o mal. Certamente, será preciso muita sabedoria e um longo tempo. Já não será fácil mostrar o caminho, da própria realidade que as cerca, àquelas voltadas para o bem. Mas, tenho esperança que possam ser reeducadas para a nova realidade que as espera, levando-se para a caverna escura, luz de pouca intensidade e bons livros de filosofia para a leitura.Fácil mesmo, é trilhar os caminhos da realidade que nos cerca, livremente e, de mãos dadas com as crianças. Abraços Nickoss
20/02/2010 às 18:54 #87780SicaMembroA importância está não no mundo que a planta vislumbrou e sim, de que forma, quais os meios que ela, a planta, conseguiu sair da garrafa para poder vislumbrar o novo mundo! Como foi que ela saiu da garrafa?
Desculpe-me pela resposta´´E que o exposto me fez refletir bastante sobre a realidade da planta dentro da garrafa...Se tiver sido alimentada como "toupeira" pode também se "encantar" com qualquer Novo Mundo!
Prezados,Bom, primeiramente, devo dizer que a garrafa e a planta fazem uma analogia ao personagem criado por Platão e o novo mundo por ele vislumbrado após conseguir se livrar das correntes que o prendiam aquela obscura "realidade". Sendo assim, os meios que levaram a planta a sair da garrafa sao os mesmos que levaram nosso personagem a Luz! Um dos motivos pelo qual criei esse tópico é justamente encontrar uma resposta, ou melhor, varias respostas que podem nos tirar dessa escuridão em que vivemos hoje.A saída mais confiavel, para mim, sempre foi o conhecimento. E para voces?Obs: Sou homem meu caro Nickoss! hehehehe
20/02/2010 às 20:15 #87781BrasilMembroA saída mais confiavel, para mim, sempre foi o conhecimento. E para vocês?
Penso que você está certo. Eu sou um entusiasta das tecnologias. Mas penso que se os humanos não mudarem radicalmente o seu padrão de convívio social, ela mesma (tecnologia)poderá significar ou vir a ser o final da vida humana.
05/03/2010 às 14:47 #87790nickossMembroA saída mais confiavel, para mim, sempre foi o conhecimento. E para vocês?
Penso que você está certo. Eu sou um entusiasta das tecnologias. Mas penso que se os humanos não mudarem radicalmente o seu padrão de convívio social, ela mesma (tecnologia)poderá significar ou vir a ser o final da vida humana.
Fala cério Pit ! :laugh_mini2:Mudança de padrão de convívio social ? A culpa agora é dos humanos, como se V. Sa. fosse um deus.Au, au, au...! Pense na vida que leva Pit. Como a comida chega ao seu prato ? Através de dinheiro ganho honestamente ? Está sobrando muito ? Para a maioria está faltando. Muitos indivíduos já estão gordinhos demais e, assim, pensar fica mais fácil, porém, esse excesso de peso mascara o significado da vida. Qual é o limite da sua ganância ? Você tem medo que te roubem os bens ? Muitos bens despertam cobiça. Procure perceber se seus "amigos" e familiares cobiçam o que tens. Muitos bens podem levar ao sacrifício do corpo, e consequentemente da mente(alma ou espírito)A tecnologia é produto do pensamento científico, e pensamento científico é amoral. Se existem deuses, pela lógica que nos deixou, estes são amorais. E pelo fato de sermos a sua imagem, originalmente, somos amorais. Devido a esse fato, é que temos o poder de viver em paz ou em guerra. De aproveitarmos o conhecimento para o desenvolvimento ou para a destruição. Pense, raciocine, reflita, estude, pondere, planeje, considere, intente, medite, cogite, maquine, ou seja, combine idéias, e tente compreender que as galáxias nascem de uma explosão. AbraçosNickoss
05/03/2010 às 15:08 #87791BrasilMembroMudança de padrão de convívio social ? A culpa agora é dos humanos, como se V. Sa. fosse um deus.
Se a culpa não é dos humanos, então é de quem? De Deus?Aliás, as suas “teses” para negar a existência de Deus são absolutamente ridículas! Parece que pediu a Deus para ganhar na loteria e não teve o pedido atendido.
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