O cão e o tamanduá – Fábula
Farejando a fazenda que o rendeiro Lhe confiara um dia,
Ia um cão, sua cauda sacudindo,
Repleto de ufania.
Eis vê na touça que crescia além,
No meio dum caminho,
Tendo no chão fendido oculta a língua, Tamanduá sozinho.
Para e grita de longe: “õ bruto, ó fera, que buscais aqui?
Não estragues o campo prestimoso,
Retira-te daí.”
“Enquanto vigilante o teto guardas, (Diz-lhe o tamanduá),
Eu mato o insetozinho que da cana O colmo estragará.
“As formigas, que eu como, causariam À terra grande mal:
Bem vês, faço um serviço; ou bruto ou fera, A ti me julgo igual.”
Foi-se o cão, e correndo êle dizia,
Ladrando sem maldade:
“Necessário ao bifolco 1) , eis um bichinho Bem útil à herdade.*’
Sem um valor qualquer nada há no mundo:
Os grandes e os pequenos Todos podem ser úteis; só diferem 2)
Num pouco mais ou menos! (Idem)
Fonte: Seleta em Prosa e Verso dos melhores autores brasileiros e portugueses por Alfredo Clemente Pinto. (1883) 53ª edição. Livraria Selbach.
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