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02/08/2002 às 1:32 #70036Miguel (admin)Mestre
Gostaria de saber pq o existencialismo de Sartre é considerado ultrapassado? Apesar de ter influênciado a arte (principalmente na literatura e música), filósofos não consideram relevante as suas teses.
21/08/2003 às 14:36 #77099Miguel (admin)MestrePq quem disse isso ou nao leu as obras dele, ou nao entendeu patavinas!
04/07/2004 às 22:13 #77100Miguel (admin)MestreO existencialismo em geral é ultrapassado. Uma imanação última do presencismo da cosnciencia, que passou nasceu com Sócrates, teve um grande salto em Aristoteles, passou nas mãos de Descartes e então veio de Kant, Hegel, Husserl, até chegar nas mão do nosso hábil Sartre.
Não diria que são teses irrelevantes, mas apenas que afundaram junto com as anteriores citadas. De uma maneira grosseira e rápida, poderia se dizer que em O Ser e o Nada se trata de uma visão da realidade humana a partir de sua instantaneidade pura – a impossibilidade de ausentar-se de seu próprio mundo, que é a sua própria negação. Tendo de ser aquilo que não é, o Ser humano está ausente para si mesmo, no futuro e no passado, na angústia de uma existencia de dever e de insatisfação. É pela realidade humana que o Tempo aparece.
A Ação aqui,assim como o pensar, é aquilo que é lúcido no seu próprio agir, e portanto, enquanto negação absoluta – consciencia de sue próprio Nada – tende a afirmar-se e positivar-se. Agir é encontrar o mundo, presentifica-lo, atualiza-lo. Por isso nunca é um agir só. Nunca é um excesso e nem uma pulsão instintiva ignorante de si mesma.05/08/2004 às 15:43 #77101Miguel (admin)MestreTodos os discurssos assim que elucidam para outro nível pontualizado de existência perde seu significado inercial puro é está fadado ao desgate da interpretação simbólica!
O primeito embate para a decadência da doutrina é para-o-outro uma tentativa de rendenção forjado por parte de uma experiência divina por outra força emanente de estar presente em sua consciência como uma forma mecanicista de lhe direcionar para “a verdade”. O principal questionamento enquanto existencialista é de se encontrar a liberdade pela liberdade… ou seja, ser livre sem temer ou estipularmos como seres livres sem à prioris culturais e sem continuarmos a retroceder o discursso às questões esteticamente metafísicas e/ou coercitivas de explicações de extrema dogmaticidade.
O individualismo Sartriano (por sua inicialidade Solipsista) põe em risco os seus argumentos por esteriotipizar a existência externa como mera “intencionalidade de nossas representações mentais” ou “imagens imagens” colocadas como pontualidades contemplárias que se constituem enquanto ação ideal de nossas ações sensíveis motoras….
O materialismo em Sartre ganha bastante de obscurecimento quando ele nega a importância da auto-crítica do solipsismo e tenta se justificar pelos ilogicismo de seus paradoxos racionalizados.23/08/2004 às 14:47 #77102Miguel (admin)MestreO erro fundamental de Sartre foi o de considerar a consciência humana como um ente capaz de apreender a pura realidade.
A consciência é antes de mais nada uma imagem construída com idéias e conceitos que não são absolutamente originais e das quais não somos plenamente conscientes.
Logo, o grande risco de alguém agir baseado nessa crença ultrapassada de uma fenomenologia da consciência pura é o de que essa pessoa passe a repetir inconscientemente tudo aquilo pelo qual ela se propõe a mudar…
10/06/2005 às 20:04 #77103Miguel (admin)Mestre“O erro fundamental de Sartre foi o de considerar a consciência humana como um ente capaz de apreender a pura realidade.”
Não, isso não é verdade. Se fosse assim, ele não teria feito distinção entre o ser-em-si e o ser-para-si.
O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes que determinam a consciência (o ser-em-si da consciência). A consciência não pode ser somente ser-para-si.11/06/2005 às 2:11 #77104Miguel (admin)Mestre“O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes que determinam a consciência”
Você foi muito subjetivo, quais são os fatores inconscientes?Isso pode parecer correto psicologicamente falando, Porém “O Ser e o Nada” é um livro de Ontologia Fenomenológica, e o Sartre explica que a existência de uma consciência inconsciente é inviável, sendo assim ,” fatores inconscientes” não podem determinar a consciência…
11/06/2005 às 2:31 #77105nahuinaMembroDe certa forma eu concordo com vc existencialista….
Mileto: concordo a “distinção entre o ser-em-si e o ser-para-si.”
A realidade é complexa e é muito perigoso tentarmos arriscar uma definição, mas o Sartre foi muito cauteloso e sábio nesse aspecto.
Mas vc diz que:”O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes que determinam a consciência”…E eu acho arriscado tentar falar em consciência com fatores inconscientes que a determinam…
A Afirmação soa estranha…é como falar em “sobrenatural” ou “existência que ñ existe” coisas do gênero11/06/2005 às 4:06 #77106Miguel (admin)MestreIsso pode parecer correto psicologicamente falando
Psicologismo? Isso tá ultrapassado, existencialista, sou derridiano…
11/06/2005 às 4:11 #77107Miguel (admin)MestreA Afirmação soa estranha… é como falar em “sobrenatural” ou “existência que ñ existe” coisas do gênero
A consciência seria consciente de si mesma? Um ser-em-si-para-si?
11/06/2005 às 4:14 #77108nahuinaMembroClaro!
A consciência deve ser consciente de si mesma
Acho que o Sartre explica isso no 1º Capitulo.Vou reler depois te conto
11/06/2005 às 15:07 #77109Miguel (admin)MestreA consciência deve ser consciente de si mesma
Um ser-em-si-para-si? Isso é um deus, não seria o homem…
11/06/2005 às 16:29 #77110nahuinaMembroAntes de qualquer coisa, acho que vc deve ler O Ser e o Nada Mas td bem.
Na introdução Sartre explica pq uma consciência deve ser consciência de si mesma…
Seria ridículo transcrever a introdução inteira por isso acho que vc deve lê-la, mas é mais ou menos o seguinte:
pág.22- (…)Toda consciência , mostrou Husserl, é consciência de alguma coisa.Significa que ñ há consciência que ñ seja posicionamento(em fenomenologia sinônimo de “tese” (do grego thésis)N.doT.)de um objeto transcendente, ou , se preferirmos, que a consciência não tem “conteúdo”. (…) Toda consciência é posicional na medida em que se transcende para alcançar um objeto, (…).Nem toda consciência é conhecimento (há consciências afetivas, por exemplo), mas toda consciência cognoscente só pode ser conhecimento de seu objeto.
Contudo, a condição necessária e suficiente para que a consciência cognoscente seja conhecimento de seu objeto é que seja consciência de si como sendo este conhecimento. É uma condição necessária: Se minha consciência ñ fosse consciência de ser consciência de mesa, seria consciência desta mesa sem ser consciente de sê-lo, ou, se preferirmos, uma consciência ignorante de si, uma consciência inconsciente – o que é absurdo. É uma condição suficiente: basta que eu tenha consciência de ter consciência desta mesa para que efetivamente tenha consciência dela. Não basta, decerto, para que eu possa afirmar que esta mesa existe em si – mas sim que ela existe para mim.(…)
Depois ele explica que a definição de consciência sendo consciência de si mesma seria uma idae ideae (Em Latim : idéia da idéia – N.do.T) à maneira de Spinoza,um conhecimento de conhecimento.”Portanto ela se transcenderia, e, como consciência de posicional do mundo, esgotar-se-ia visando o seu objeto.Só que este objeto seria uma consciência.”
Para acabar com este dilema, a idéia de consciência levada a uma regressão ao infinito (Idea ideae ideae, etc), o que é absurdo, ou para em um termo qualquer da serie conhecido e esbarrar sempre com uma reflexão ñ consciente de si. Ele explica que a consciência de si ñ é dualidade, “tem de ser relação imedia ta e não cognitiva de si a si.”
Mas na frente ele diz que: “(…) Toda existência consciente existe como consciência de existir(…).
Esta consciência de si não deve ser considerara uma nova consciência, mas o único modo de existência possível para uma consciência de alguma coisa.Assim como um objeto extenso está obrigado a existir em segundo as três dimensões, também uma intenção, um prazer, uma dor não poderiam existir exceto como consciência imediata de si mesmos(…)11/06/2005 às 17:14 #77111Miguel (admin)MestreO problema é que essa consciência que deve ser consciência de alguma coisa de Husserl não põe a princípio a questão se a tal coisa é só um idealismo ou uma realidade, se é um subjetivismo ou se é só uma costatação objetiva ou empírica, se trata-se de um fenômeno imparcial ou se deformado pelo desejo.
A consciência de Sartre é pura consciência. Mas será que é assim mesmo na realidade???
11/06/2005 às 18:17 #77112nahuinaMembroMas no caso, a consciência é a realidade a ser analisada com relação à realidade; e não a realidade analisada através do analise da consciência.
Mesmo que a tal coisa seja um subjetivismo ou ñ, a consciência só existe a partir do momento em que ela é consciênte.
sei lá isso me parece obvio.ñ sei nem como argumentar… -
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