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11/06/2005 às 18:31 #77113Miguel (admin)Mestre
Mas no caso, a consciência é a realidade a ser analisada com relação à realidade
Quem possuiria um EU tão imparcialmente objetivo e racional para ter uma consciência assim?
11/06/2005 às 18:40 #77114nahuinaMembroñ tem relação com o EU, é uma analise metafisica!
o ser da consciencia deve ser ser consciente de si e só pode ser assim.11/06/2005 às 18:46 #77115Miguel (admin)Mestreo ser da consciência deve ser Ser consciente de si e só pode ser assim.
Só pode ser assim ou é o que Sartre quer que seja?
11/06/2005 às 19:01 #77116nahuinaMembroComo vc conhece alguma coisa se vc ñ sabe que a conhece?
Sartre explica da seguinte maneira:
“Se conto os cigarros desta cigarreira, sinto a revelação de uma propriedade objetiva do grupo de cigarros: são doze”.
Esta propriedade aparece à minha consciência como propriedade existente no mundo. Posso perfeitamente ñ ter qualquer consciência posicional de contar os cigarros. Não me ‘conheço enquanto contador’.Prova é que crianças capazes de fazer espontaneamente uma soma ñ podem ‘explicar’ em seguida como o conseguiram.E, todavia, no momento em que estes cigarros revelam-se a mim como sendo doze, tenho consciência não-tética de minha atividade aditiva.Com efeito, se me perguntarem’o que vc está fazendo?’, responderei logo: ‘contando’; e esta resposta não remete somente à consciência instantânea que posso alcançar pela reflexão, mas àquelas que passaram sem ter sido objeto de reflexão, àquelas que são para sempre irréfléchies no meu passado imediato(…)11/06/2005 às 19:29 #77117Miguel (admin)MestreMas e quando a consciência é falaciosa, quando, por exemplo, minha interpretação da realidade sofre distorções de ótica causadas pela minha limitação (ou pela idiossincrasia) de idéias (material significante)?
11/06/2005 às 19:34 #77118nahuinaMembromesmo assim ela é consciente daquela interpretação,mesmo que seja uma interpretação equivocada, se ñ fosse assim então ñ seria.
ou ñ?11/06/2005 às 20:58 #77119Miguel (admin)MestreNem sempre: para que a consciência fosse consciência também de que fosse interpretação, ela deveria deixar de ser consciência de algo e passar a ser consciência da interpretação de algo.
Será que um astrônomo tem consciência de que um dos principais motivos por que gosta tanto da astronomia é que ela o mantém afastado dos pensamentos sobre os problemas da civilização?
Será que ele tem consciência disso enquanto pesquisa uma distante galáxia? A consciência da galáxia irá lhe contar?
11/06/2005 às 21:20 #77120nahuinaMembroñ consciência de que era interpretação, a ideia seria conehcimento da “coisa”. A consciência que ñ é “consciência de ser consciente de algo” é uma ‘consciência inconsciente”,
Consciência inconsciente é como “perfeição imperfeita”11/06/2005 às 22:51 #77121Miguel (admin)MestreAcho que eu me perdi, então eu vou voltar:
O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes e alienantes que determinam a consciência. – ou seja, parece-me que Sartre acredita que o pensamento consciente é confundível com a própria realidade, jamais uma interpretação baseada numa ótica idossincrática.
Esse é o ponto em questão…}
14/06/2005 às 3:31 #77122nahuinaMembroO problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes e alienantes que determinam a consciência
Mas estes fatores REALMENTE tiram a possibilidade de escolha do homem?
Já disse isto em outros tópicos: mesmo influenciado pelos “fatores inconscientes e alienantes” é ELE quem escolhe o que faz e/ou o que deixa de fazer…14/06/2005 às 4:00 #77123Miguel (admin)MestreMas estes fatores REALMENTE tiram a possibilidade de escolha do homem?
Não, mas limitam: se ele não tem em sua mente os elementos significantes para estruturar o seu plano de forma que a ação se torne eficiente, eficaz e efetiva, sua tomada de decisão estará sujeita ao fracasso. Não poderá mudar coisa alguma. Ou pior do que isso, não tenha cabeça sequer para formular um plano qualquer…
é ELE quem escolhe o que faz e/ou o que deixa de fazer…
Mas nem sempre depende só dele a elaboração de seu repertório de opções ou alternativas…
14/06/2005 às 4:04 #77124nahuinaMembroMas a liberdade se dá no ponto em que você escolhe o que você vai fazer,se conseguir ou ñ isso é outra coisa.
…eu acho…
14/06/2005 às 4:32 #77125Miguel (admin)MestreAchou errado, pois a liberdade sartriana é liberdade de escolha para ação:
“É sempre nossa a decisão de quem somos.”
14/06/2005 às 15:29 #77126nahuinaMembroentão?…
“liberdade de escolha para ação” = ” você escolhe o que você vai fazer”….
Não é a mesma coisa?14/06/2005 às 15:37 #77127Miguel (admin)MestreDaí eu diria: “liberdade de escolha para agir” e, não, “para ação”…
Por quê? Por que é tão difícil se desapegar de uma idéia? Por que é preciso defender com unhas e dentes as velhas certezas, os velhos ídolos?
Por que é tão difícil passar adiante???
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