Decadência de Sartre

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  • #77113

    Mas no caso, a consciência é a realidade a ser analisada com relação à realidade

    Quem possuiria um EU tão imparcialmente objetivo e racional para ter uma consciência assim?

    #77114
    nahuina
    Membro

    ñ tem relação com o EU, é uma analise metafisica!
    o ser da consciencia deve ser ser consciente de si e só pode ser assim.

    #77115

    o ser da consciência deve ser Ser consciente de si e só pode ser assim.

    Só pode ser assim ou é o que Sartre quer que seja?

    #77116
    nahuina
    Membro

    Como vc conhece alguma coisa se vc ñ sabe que a conhece?
    Sartre explica da seguinte maneira:
    “Se conto os cigarros desta cigarreira, sinto a revelação de uma propriedade objetiva do grupo de cigarros: são doze”.
    Esta propriedade aparece à minha consciência como propriedade existente no mundo. Posso perfeitamente ñ ter qualquer consciência posicional de contar os cigarros. Não me ‘conheço enquanto contador’.Prova é que crianças capazes de fazer espontaneamente uma soma ñ podem ‘explicar’ em seguida como o conseguiram.E, todavia, no momento em que estes cigarros revelam-se a mim como sendo doze, tenho consciência não-tética de minha atividade aditiva.Com efeito, se me perguntarem’o que vc está fazendo?’, responderei logo: ‘contando’; e esta resposta não remete somente à consciência instantânea que posso alcançar pela reflexão, mas àquelas que passaram sem ter sido objeto de reflexão, àquelas que são para sempre irréfléchies no meu passado imediato(…)

    #77117

    Mas e quando a consciência é falaciosa, quando, por exemplo, minha interpretação da realidade sofre distorções de ótica causadas pela minha limitação (ou pela idiossincrasia) de idéias (material significante)?

    #77118
    nahuina
    Membro

    mesmo assim ela é consciente daquela interpretação,mesmo que seja uma interpretação equivocada, se ñ fosse assim então ñ seria.
    ou ñ?

    #77119

    Nem sempre: para que a consciência fosse consciência também de que fosse interpretação, ela deveria deixar de ser consciência de algo e passar a ser consciência da interpretação de algo.

    Será que um astrônomo tem consciência de que um dos principais motivos por que gosta tanto da astronomia é que ela o mantém afastado dos pensamentos sobre os problemas da civilização?

    Será que ele tem consciência disso enquanto pesquisa uma distante galáxia? A consciência da galáxia irá lhe contar?

    #77120
    nahuina
    Membro

    ñ consciência de que era interpretação, a ideia seria conehcimento da “coisa”. A consciência que ñ é “consciência de ser consciente de algo” é uma ‘consciência inconsciente”,
    Consciência inconsciente é como “perfeição imperfeita”

    #77121

    Acho que eu me perdi, então eu vou voltar:

    O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes e alienantes que determinam a consciência. – ou seja, parece-me que Sartre acredita que o pensamento consciente é confundível com a própria realidade, jamais uma interpretação baseada numa ótica idossincrática.

    Esse é o ponto em questão…}

    #77122
    nahuina
    Membro

    O problema de Sartre é a negação dos fatores inconscientes e alienantes que determinam a consciência
    Mas estes fatores REALMENTE tiram a possibilidade de escolha do homem?
    Já disse isto em outros tópicos: mesmo influenciado pelos “fatores inconscientes e alienantes” é ELE quem escolhe o que faz e/ou o que deixa de fazer…

    #77123

    Mas estes fatores REALMENTE tiram a possibilidade de escolha do homem?

    Não, mas limitam: se ele não tem em sua mente os elementos significantes para estruturar o seu plano de forma que a ação se torne eficiente, eficaz e efetiva, sua tomada de decisão estará sujeita ao fracasso. Não poderá mudar coisa alguma. Ou pior do que isso, não tenha cabeça sequer para formular um plano qualquer…

    é ELE quem escolhe o que faz e/ou o que deixa de fazer…

    Mas nem sempre depende só dele a elaboração de seu repertório de opções ou alternativas…

    #77124
    nahuina
    Membro

    Mas a liberdade se dá no ponto em que você escolhe o que você vai fazer,se conseguir ou ñ isso é outra coisa.

    …eu acho…

    #77125

    Achou errado, pois a liberdade sartriana é liberdade de escolha para ação:

    “É sempre nossa a decisão de quem somos.”

    #77126
    nahuina
    Membro

    então?…
    “liberdade de escolha para ação” = ” você escolhe o que você vai fazer”….
    Não é a mesma coisa?

    #77127

    Daí eu diria: “liberdade de escolha para agir” e, não, “para ação”…

    Por quê? Por que é tão difícil se desapegar de uma idéia? Por que é preciso defender com unhas e dentes as velhas certezas, os velhos ídolos?

    Por que é tão difícil passar adiante???

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