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A VERBA DO TESTAMENTO
Fonte: Os melhores contos Populares de Portugal. Org. de Câmara Cascudo. Dois Mundos Editora.
COMO se conta de um homem, que tinha uma filha bastarda; quando veio a hora da morte, fez um testamento e disse: — Leixo a foam por meu herdeiro, e mando que dê a ‘inha filha, pêra seu casamento tudo aquilo que êle quiser de minha fazenda.
Crecida a moça, dava-lhe o herdeiro cem mil reais para casamento, que era mui pouco; e sobre isso, vieram a juízo.
Perguntando o Juiz ao herdeiro quanto valia a fazenda e quanto dava à moça, respondeu: que valia um conto e que lhe dava cem mil reais.
Disse o Juiz:
— Logo vós quereis desta fazenda novecentos mil reais?
Respondeu o herdeiro: — si.
— Pois segundo a verba, do testamento — disse o Juiz — vós havereis cem mil reais, e a moça novecentos; porque ela hade haver aquilo que vós quereis da fazenda, do testador, e esta foi a sua vontade, mas leixou a verba emfibológica por oulhardes milhor pola fazenda de sua filha, té ela ser em idade pera casar.
E destes exemplos há muitos, de que os oráculos dos gentios usavam para enganar os seus devotos.
João de Barros, 1495-1570, Gramática, p. 170, um dos opúsculos na Compilação de varios obras, etc. 1539-40, reeditada em 1785. O penúltimo trabalho é a Gramática da linguti por tugueza, onde há o exemplo citado. Gonçalo Fernandes Trancoso aproveitara o assunto, na turalmente na versão popular corrente em Por tugal, dando extensão literária, na prrolixidade peculiar ao seu conto, publicado na segunda par te, Lisboa, 1575, Oontos e histórias de proveito e exemplo, já incluída na coleção italiana II No vellino, conto X. Na Antologia que o prof Agostinho de Campos fez da obra de Trancoso é o conto XVI, A letra do testamento, tirada da segunda parte, conto VIII, transcrito, resumi damente, por Teófilo Braga que lho denominou Quem tudo quer, tudo perde, 2.°, 165, p. 165, edição de 1883.
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