Como surgiu a eletricidade

A ELETRICIDADE    

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personagens e cientistas da eletricidade 

Dr. Aluísio Telles de Meirelles.

Fonte: Manual do Executivo. 
Novo Brasil editora brasileira.
   

É Um fato conhecido desde a antigüidade que o âmbar, quando friccionado, passa a atrair pequeninas bolas de sabugueiro e outras coisas leves semelhantes.

Tales, um sábio grego, que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo, descobriu, certa vez, que, aquecido pela fricção, o âmbar adquiria o estranho poder de atrair vários corpos leves.

Muitos estudiosos fizeram pesquisas sobre a força elétrica, procurando aplicá-la a mecanismos diversos. Plínio, no ano 114 da nossa era, fez várias observações a respeito.

Passaram-se os séculos. Um dia, William Gilbert, um inglês curioso, começou a estudar o ímã e o âmbar, isso no começo do século XVI. Suas conclusões foram publicadas em sua obra “O Magnetismo”, escrita em latim e da qual foram feitas algumas traduções para o inglês.

Robert Boyle, nascido em 1627, mais de vinte anos depois da morte de Gilbert, tratou de quase todos os ramos da ciência, tendo escrito uma obra sobre “A ori-gem da Eletricidade”.

No que diz respeito a origens, não sabia grande coisa, mas teve uma idéia nova que viria auxiliar futuros investigadores: a atração entre o âmbar friccionado e as bolinhas de sabugueiro é uma atração mútua.

Depois de Gilbert, um alemão, Otto von Guerick, construiu a primeira máquina geradora de eletricidade que o homem possuiu: uma simples esfera de enxofre girando sob fricção.

Em seguida, O francês Du Fay, falecido em 1739, descobriu que a eletricidade produzida pelo âmbar friccionado não é a mesma produzida pelo vidro friccionado. Isto levantava a questão de saber-se quantas espécies de eletricidade existem.

Por mais de cem anos, tal questão ficou sem resposta. Outros pesquisadores apareceram, cada qual concorrendo para que a eletricidade chegasse ao ponto em que a conhecemos, atualmente.

Dentre esses sábios um se destaca particularmente: Michael Faraday, físico e químico inglês, nascido no ano de 1791, em Ncwington Butts, próximo de Londres, e falecido no ano de 1867.

Seguiu Faraday as lições dc Davy, a quem mandou seus trabalhos, pedindo-lhe que o ajudasse a sair de sua precária situação. Davy, atendendo ao pedido de Faraday, fez com que ele fosse nomeado ajudante preparador e levou-o consigo, em 1813, numa viagem à França e à Itália.

Faraday fez dar um grande passo à Física, liquefazendo o gás carbônico e o protóxido de azoto. Fez sofrer depois a mesma transformação ao cloro e a um grande número de gases.

Os belos estudos de Faraday sobre eletricidade e magnetismo datam de 1821. Foi nessa época que, investindo a experiência de Ersted, reconheceu a ação exercida por um magnete fixo sobre uma corrente móvel e empreendeu, desde então, concorrentemente com Ampère, os famosos trabalhos que constituíram a teoria do eletromagnetismo.

Um pouco mais tarde, anunciou o célebre princípio  chamado depois “princípio de Faraday”, e que constitui  a lei principal da electrólise.

Em 1832, descobriu Faraday os fenômenos da indução produzidos num circuito metálico por uma corrente, por um magnete ou pela terra. Emitiu, então, uma teoria nova da eletrização por influência. Rejeita

completamente a idéia da ação à distância do corpo que exerce a influência sobre o corpo influenciado e supõe que a transmissão se faz por intermédio do ar e mesmo do éter.

As duas últimas descobertas de Faraday são as da ação exercida pelo magnete sobre a luz polarizada, e a do diamagnetismo. Datam de 1845.

A 27 de agosto de 1867, falecia o sábio. Sua missão na terra estava completamente realizada. Tornara possível a era da eletricidade em que vivemos, com todas as maravilhas que ela nos trouxe e com todas aquelas que nos próximos séculos ainda trará para os nossos descendentes.

* * *

Dissemos que Tales, um sábio grego que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo, descobriu certa vez que, aquecido pela fricção, o âmbar adquiria o estranho poder de atrair vários corpos leves.

Realmente, quando se esfregam dois corpos, um contra o outro, há a formação de duas espécies de ele-tricidade: uma eletricidade “positiva’’ e a outra eletricidade “negativa”. Cada uma delas se manifesta sobre um dos corpos friccionados, e entre eles, aparecem pequeninos clarões.

Isto se dá porque as duas espécies de eletricidade tendem constantemente a se combinar. Esta combinação de duas eletricidades é quase sempre acompanhada de pequenos ruídos e faíscas.

Muitos estudiosos fizeram pesquisas sobre a força elétrica, procurando aplicá-la a mecanismos diversos. Dentre esses destacamos Alexandre Volta, físico italiano, nascido em Como, no ano de 1745, e autor de notáveis trabalhos de eletricidade e inventor da pilha que traz o seu nome.

Regente da Escola Real da sua terra natal, onde foi pouco depois nomeado professor de Física, deu-se a investigações sobre a eletricidade e imaginou o eletróforo e o condensador.

Em 1776, várias pesquisas sobre a natureza e a composição do gás inflamável dos pântanos, sugeriram–lhe sucessivamente a idéia do eudiômetro e da lâmpada perpétua, e do gás hidrogênio, etc.

Sendo criada em 1779 uma cadeira de Física na escola de Pavia, Volta foi convidado a regê-la e nela se conservou até 1819.

Desde 1780 até 1782, visitou a França, a Alemanha, a Holanda e a Inglaterra, e concorreu com Lavoisier e Laplace para a importante descoberta da. causa a que se pode atribuir a eletricidade atmosférica. Infelizmente, esta descoberta deu motivo a reivindicações amargas entre Volta e os dois sábios franceses.

Foi em 1792 que êle começou suas investigações sôbre a singular observação feita por Galvani, dos mo-vimentos executados por membros de uma rã, pela interposição de um arco metálico entre duas partes diferentes do tronco do animal.

Essas investigações levaram-no, por hábeis induções, à descoberta da pilha que tem o seu nome. Napoleão Bonaparte, que o havia chamado a Paris, em 1801, deu-lhe uma pensão e fê-lo senador do reino da Itália.

A partir de 1810, cortou quase que de todo suas relações com o mundo científico e retirou-se para a sua cidade natal. Oito anos depois, falecia o grande sábio, a quem a humanidade deve o desenvolvimento considerável da eletricidade, essa maravilha da civilização.

* * *

No século XVIII, Guilherme Gilbert fez novas experiências com substâncias diversas, a fim de descobrir se, .1 semelhança do âmbar, elas adquiriam a estranha propriedade de atrair outros corpos. Chegou mesmo a provar que o enxofre, o lacre, a resina, etc., atraem os metais, as pedras, as terras e até a fumaça, quando muito espêssa.

Gilbert é conhecido como “o pai da eletricidade”. Outros ainda procederam a novas pesquisas, tais como Kobert Boyle, Othon de Gueriche, o francês Du Fay, o inglês sir Guilherme Watson e, mais recentemente, Luiz Galvani.

Luiz Galvani, célebre médico e físico italiano, nasceu em Bolonha no ano de 1737 e faleceu nessa mesma (údade no ano de 1798.

Depois de uma tese notabilíssima sobre a “Formação dos Ossos”, obteve a cadeira de anatomia da Universidade de Bolonha.

O acaso pô-lo, em 1786, na via de uma das mais famosas descobertas da física moderna. Tinham pousado em cima de uma mesa onde estava uma máquina elétrica, várias râs mortas.

Um dos ajudantes que cooperavam nas experiências, aproximou sem querer, a ponta de um escalpelo dos nervos internos dêsses animais; imediatamente, todos os músculos dos membros foram agitados por fortes convulsões.

A experiência foi repetida sob diferentes formas e Galvani julgou dever concluir que os animais são dotados de uma eletricidade particular, inerente à sua anatomia.

Os princípios teóricos de Galvani não resistiram à prova das numerosas experiências que provocaram.

Alexandre Volta demonstrou que o pretenso fluido nervoso nada tinha de real e os músculos dos animais, em todos os fenômenos observados, desempenhavam simplesmente o papel de condutores da eletricidade e podiam ser substituídos por outros corpos como pano molhado, papel, etc. Mas Galvani fechou os olhos à evidência.

Por ocasião da República Cisalpina, Galvani preferiu renunciar à cátedra a prestar juramento a uma ordem de coisas que melindrava as suas convicções políticas e religiosas.

Os resultados das suas pesquisas estão contidos nos seus manuscritos, sob o título de “Experiências em tôrno da eletricidade dos metais”.

As obras de Galvani chegaram até nós através dos manuscritos legados à Academia de Ciências do Instituto de Bolonha, que haviam sido legados por seu sobrinho Giovani Aldini.

Pelo exame dos seus trabalhos, verifica-se que Galvani já se ocupava da fisiologia da rã muitos anos antes de sua descoberta mais antiga sobre a eletricidade animal.

Km sua época, os conhecimentos sobre eletricidade estavam limitados a algumas noções devidas ao físico a Irmão Guerick, e Du Fay, Benjamin Franklin e eram vilãos os conhecimentos a respeito de correntes elétricas.

Daí, a importância das revelações de Galvani, que lhe permitiram desvendar a densa cortina de novos conhecimentos científicos.

Entusiasmado com as suas descobertas sobre a eletricidade “artificial’, estendeu suas pesquisas a animais

de sangue quente e frio, como pássaros, peixes, aves domesticas e no próprio homem.

Vai mais além. Fez experiências sôbre insetos e vermes, para, afinal, constatar que as espécies inferiores uno apresentavam o fenômeno das contrações sob a ação do arco metálico.

Luiz Galvani faleceu a 4 de dezembro de 1798, deixando ligados a seu nome, os fenômenos elétricos provocados nos músculos.

* * *

Outro grande homem que muito contribuiu para o conhecimento e aplicação da eletricidade foi o sábio americano Benjamin Franklin, que estabeleceu os conceitos de pólo positivo e negativo.

Em 1752, demonstrou Benjamin Franklin o grande

I ato, até então ignorado, de que o raio era provocado por cargas elétricas acumuladas nas nuvens. Para isso empregou um papagaio de papel, provido de fio de cobre, durante uma tempestade.

Conta-se que o pára-raios foi recebido com hostilidade em alguns lugares, por incompreensão de seu alcance. Em certa aldeia francesa, os camponeses chegaram a promover um levante contra o invento, o que forçou a municipalidade local a interditar o seu uso.

A celeuma levantada ou provocada pelo movimento camponês contra o pára-raios, repercutiu em Paris, onde foi defendida as suas vantagens pelo revolucionário Ro-bespierre.

A descoberta do pára-raios e de outros inventos menores levaram Benjamin Franklin à consagração internacional. Foi, em conseqüência, admitido na Sociedade Real de Londres, na Academia de Ciências de Paris e as Universidades da Escócia e de Oxford outorgaram-lhe o título de doutor.

Outro grande precursor da eletricidade foi André Maria Ampère, físico, matemático e filósofo, nascido na cidade francesa de Lion, a 20 de julho de 1775.

Em 1881, foi nomeado professor de Física da Escola Central de Bourg, onde compõe seu primeiro trabalho científico intitulado “Considerações sôbre a teoria matemática do Jogo”.

Em 1803, é nomeado professor do Liceu de Lion. Dois anos depois segue para Paris, ingressando na Escola Politécnica, onde, em 1809, conquista a cadeira de professor de análise matemática e de mecânica.

Em 1814, é eleito membro da Academia de Ciências, na seção de Geometria.

Ampère descobriu a lei fundamental da eletrodinâmica, segundo a qual, dois fios condutores, atravessados pela corrente elétrica, se atraem ou se repelem, conforme a corrente sc mova no mesmo sentido ou em sentido contrário.

As relações estabelecidas por Ampère entre a eletricidade e o magnetismo deram origem ao eletroímã e ao  telégrafo elétrico. Foi o primeiro a distinguir claramente  os efeitos da tensão elétrica dos efeitos da intensidade.

Para aumentar a sensibilidade, inventou o sistema de agulhas estáticas, formadas por dois ímãs de pólos inversos.

Ampère fez parte do Instituto da França e das mais renomadas academias da Inglaterra, Escócia, Alemanha, Suécia, Bélgica, Suíça e Portugal.

Como todos os inovadores, entrou em choque com aqueles para quem as novas idéias incomodam. Seu espírito audacioso, entretanto, não titubeou diante dos obstáculos. Foi um trabalhador infatigável. Suas preocupações científicas estão indissoluvelmente ligadas com as

preocupações por seus semelhantes. Era um espírito generoso e trabalhou sempre com a certeza de que sua obra poderia concorrer para tornar os homens mais felizes, Faleceu em Ruão, na França, a 13 de agosto de 1836.

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