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MarkMembro
Caro Nickos,Eu nem perdi meu tempo lendo o relato da destruição de Sodoma e Gomorra narrado por você. Poxa cara, as vezes você perde tempo com cada besteira.Pois bem, se você quer saber eu não concordo com você em relação às palavras que se ensinam quando as crianças são pequenas. Sabe por quê?Simplesmente porque seus argumentos são toscos. Tudo o que você falou acerca das palavras ensinadas para crianças vale também para os adultos. A palavra pênis, por exemplo, em si não tem nenhum sentido, nós é que significamos, logo, falar pênis ou falar "piu-piu", não faz diferença. Contudo, como nossa "arrogância" adulta é cheia de preconceitos quando alguém da mesma idade (adulto) utiliza este termo (piu-piu) logo o taxamos como infantil ou tolo. Em verdade, tanto faz chamar de piu-piu ou pênis. No entanto, em termos, de certa forma "pedagógicos", quando nos dirigimos a uma criança, que, digasse de passagem, ainda não está totalmente desenvolvida psicologicamente, o melhor mesmo é explicar a realidade por meio de alegorias, como por exemplo a segonha, o repolho...(Não estou dizendo com isso que essas historinhas devem sem ensinadas como verdades absolutas, e sim que deve-se "inculturar" à realidade de cada criança) Em sentido antropológico parece ser isso o mais racional a se fazer, em vista de que não se deve "queimar etapas" no desenvolvimento infantil. Mesmo porque, ao que parece, e eu poderia citar aqui Weber, Hegel, ou ainda o próprio Comte, o ser humano passa por determinados estágios de sua vida, assim como as sociedades, do mais elementar, caracterizado pela ludicidade até a mais desenvolvida (se é que se pode falar assim), caracterizada pela racionalidade "pura". E em se tratando de racionalidade meu amigo Nickos, em vista de seus argumentos serem pueris e apaixonados (no sentido escolástico do termo), eu diria que você também ainda está vivendo em um mundo de "faz de conta", mas veja bem, eu não lhe quero tirar deste mundo, antes, apenas lhe trazer à consciência que com sua idade (que suponho ser de um adulto, talvez girando em torno dos 30 aos 70) já não é sem tempo que deve começar a "pensar". Que ironia, não é? É justamente isto o que você pretende fazer com as crianças... Pois bem, então como o Oráculo de Delfos eu lhe exorto: "Conhece-te a ti mesmo" e cresce (a última parte é observação minha).Até.
MarkMembroCaro Nickos,Sinto muito se minhas palavras soam rispidas, não é minha intenção fundamental.O que estou tentando lhe demonstrar é que você não tem uma argumentação racional, todos os seus pressupostos, são ou históricos ou morais, e eles não valem para fundamentar um conhecimento necessário como é o caso da divindade. Logo, você é um grande preconceituoso em relação às religiões. Não estou dizendo que você não pode criticá-las, até pode, contudo não a partir de realidades que, como já disse, não fazem parte de sua "essência", e sim de seus "acidentes".Eu gostaria de chamar a atenção para as questões centrais de nossa discução, qual seja: Deus existe? é uma realidade transcendente à pessoa humana, ou apenas imanente?A discução não é acerca da legitimidade das religiões, ao menos não por hora, essa é uma problemática posterior.Até.
MarkMembroCaro Nairan,Sinto muito mas creio que você deva ler com maior atenção a filosofia kantiana, o que você afirmou acerca das ciências, em relação ao seu "avanço", não contradiz em nada até hoje o que Kant já afirmou, mesmo porque a filosofia kantiana é justamente aquilo que demonstra a possibilidade do avanço destas ciências. De fato, como o colega Brasil disse, Kant colocou uma pedra sobre o assunto e até que se tenha novos pressupostos, argumentos lógicos, tudo o que se disser é pura tergiversação.Então, se você não tiver argumento para contradizer o que Kant falou, que não tem nada haver com ciência natural, antes, com a própria possibilidade do conhecimento, não dê sua "opinião".Em relação ao outro cara, o Nickos, por favor cara, não fale besteira, não tem nada haver isso que você falou sobre "acho", "penso"... Filosofia ou é lógica ou é "conversa fiada".Até.
MarkMembroCaro Nickos,Não compreendi a relevância da questão do direito romano, mas tudo bem.Pelo visto você está confundido aquilo que faz parte da "essência" da discução acerca da existencia de Deus com aquilo que é acidente na discução. Por exemplo, o modo como as religiões interpretaram a divindade é "de certa forma" um acidente, em princípio, irrelevante. Se a Igreja Católica utilizou da idéia de Deus para fins escusos, é irrelevante. Se Deus é pessoa ou não, se é homem ou mulher... tudo "perfumaria", irrelevânte para a discução. A questão principal é a fundamentação de nossas afirmações, sejam elas a favor ou contra. Dentro desta mesma linha de pensamento as manifestações históricas das religiões não interferem na reflexão, não faça confusão, e não se arrogue o "dono da verdade", isso é o que algumas religiões fazem, e ao menos elas não são formadas por apenas uma pessoa.Até.
MarkMembroCaro Nickos, Minhas afirmações não devem ser tomadas em sentido teísta. O que eu afirmei pode ser afirmado por qualquer pessoa com um pingo de racionalidade e que não tenha preconceitos.Até.
MarkMembroCaro Nickos.Você alguma vez já estudou lógica?1º. Não é porque “os pensadores colocaram” alguma pensamento deles é que esse pensamento é verdade, logo, não se pode concluir nada. Isso é falácia da autoridade.2º. “Não se pode provar o que não tem existência. Logo, deuses não existem, daí a impossibilidade de se obter qualquer prova”. Isso é mais uma falácia. Da maneira como você escreveu dá a impressão de que é um argumento, um raciocínio, contudo não é. Da premissa inicial (não se pode provar o que não tem existência) não se pode inferir a segunda premissa (deus não existe), mesmo porque o “logo” dá a entender que foi uma conclusão o que não pode ser. A terceira parte (daí a impossibilidade de se obter qualquer prova) não tem nenhuma relação com as demais. Por isso é um pseudo argumento. Quando Kant, talvez o maior filósofo a tratar desse assunto, afirma que não é possível provar a existência de Deus e nem a sua inexistência ele têm bem em mente isso, ele não é ingênuo. Ele não quer afirmar que porque Deus não existe nós não podemos prova-lo. Antes, afirma que a capacidade racional humana não consegue conhecer intelectualmente nada daquilo que existe além da experiência sensível, contudo, ele não é pretensioso em afirmar que não existam coisas que existem independente da razão humana. Isso só Hegel iria tentar afirmar, mas que não consegue, porque também cai em incoerência.Ah, quase me esqueci, a premissa inicial já é a conclusão, quando diz que Deus não tem existência e quer provar bem isso, ou seja, falacia do "circulo" (não tenho certeza se esse é o nome): a conclusão é dada como argumento para provar a si mesma.3º. “Falso é tudo aquilo que se pode provar”. Taí mais uma falácia, e das grandes. Você não pode dizer que algo é falso simplesmente porque não pode provar, no máximo que você pode fazer é dizer que é improvável, que ainda não tem provas suficientes. Além do que o argumento de que “um dia a ciência conseguirá explicar” serve tanto para justificar os ateus quanto os teistas. Veja bem, os ateus utilizam este argumento em razão dos milagres, que um dia a ciência poderá demonstrar a todos. Já os teístas podem utilizar dos mesmos argumentos para dizer que um dia a ciência poderá demonstrar que o universo teve um início (teoria do Big-Bang). Veja que utilizei o conceito de ciência como demonstração, e não explicação, porque daí dá a entender que ela não explica nada, somente demonstra a corrente de possíveis causalidades. 4º. Outro ponto que você afirmou, que também tem haver com a questão daquilo que é falso tudo o que não se pode provar. Bem com essa afirmação você entra em contradição consigo mesmo. Isso porque um pouco antes você havia dito que antigamente acreditava-se que o átomo era indivisível e hoje se sabe que ele é divisível. Pois bem, você sabia que os filósofos que afirmavam a indivisibilidade do átomo tinham “provas” racionais para as suas afirmações? Além de que a divisibilidade do átomo também é questionável enquanto verdade, em vista de que “tudo é pura teoria”, não há “prova” que não seja questionável. Popper trata disso, afirma que a ciências contemporâneas, que por natureza baseam-se no método indutivo, não podem afirmar categoricamente que “todos os cisnes” são negros, a não ser que veja todos os cisnes, e como é impossível conhecer todos os cisnes... impossível afirmar verdades científicas, apenas teorias prováveis, mas não inquestionáveis.Portanto, não seja pretencioso, e não afirme o que não se pode afirmar. Ao menos, se quer ser ateu, abstenha-se de julgar (em sentido lógico e não moral).Até.
MarkMembroAo Oprofeta e a todos os “crentes” na não existência de uma divindade.Como Popper que deu uma estocada na arrogância das ciências eu gostaria de chamá-los à consciência de sua pretenção.Pois bem, em primeiro lugar, como já discorri em um outro tópico, não é possível provar que Deus existe e nem que ele não existe. Em segundo lugar, discordando daquilo que o colega Oprofeta afirmou acerca do Super Homem nietzschiano, se vocês acham que somente quando o ser humano se desatrelar de todo o pensamento "teista" é que ele conseguirá "se unir" então vocês vão ficar esperando sentados até a "próxima vinda do Senhor Jesus". heheheIsso porque é ilusão pensar que o homem é um ser autruísta por natureza. Sinto muito, mas Rousseau era um infantiu pensando desse jeito e quem pensa como ele também o é. Não é a ausencia de uma religião que irá dar paz ao ser humano. Em verdade, em um sentido sociológico, a religião é algo que dá uma certa ordem ao convívio humano ainda que possa gerar guerras entre povos e pessoas. Se você retira toda a crença transcendente do ser humano você terá um indivíduo, ai sim, como o Super Homem, auto-suficiente, mas no sentido que Maquiavel lhe dá, que só se preocupa com seu próprio bem estar, logo, sua ética só se sustenta na força e no poder. Com isso não quero fazer uma apologia à religião, antes apenas demonstrar que os argumentos são ingênuos. Se o objetivo da discução é uma sociedade mais pacífica então comecem a pensar em outros modos de fazê-la, e não simplesmente eliminando a religião porque não é nela que está o problema. O problema está naquele egoismo "natural" do homem. Egoismo que volta e meia se apresenta com maior ou menor intencidade.
MarkMembroEsta discução está muito pouco filosófica, muito “achismo”. A questão é ter ou não argumento a favor ou contra a existência de uma divindade.Pois bem, com base em Kant, posso afirmar, e não tenho medo de o fazer: não é possível nem demonstrar a existência de Deus nem a sua inexistência. Então, caso encerrado. Tudo o que quizerem falar a favor ou contra é pura especulação sem fundamento racional. Justamente porque a razão não dá conta dessas questões que transcendem a experiência.
MarkMembroCom base na crítica kantiana e também em toda a tradição cética. A vida não tem sentido, assim como nenhum outro “objeto”. Nós, seres efêmeros é que lhe damos um significado, e isso em função de que muitas vezes não temos estrutura psicológica para aceitar o fato de que ... A vida é um caos.Sem sentido.
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