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_epikouros_Membro
Estou me arriscando a sair um pouco do tópico… Essa observação de Epicuro, que já deu origem a todo tipo de reflexão, tem suas raízes filosóficas no Atomismo de Anaxágoras. Epicuro tinha uma visão científica (ou pré-científica) do universo, não aceitava a "vontade divina" como mola propulsora do destino. No entanto, essa citação tão famosa não representa, como muitas vezes tenho visto, uma tentativa de imputar um certo caráter à Divindade (ex: Epicuro insinua que Deus é mau). No final, o mais importante na filosofia de Epicuro é sua capacidade de definir o bem, e tracejar um caminho para a prática do bem que pode ser seguida por seres humanos, finitos e mortais. Também gostaria de dizer que é sempre bom encontrar referências a esse filósofo, que considero um de meus mestres. Abraços a todos!
_epikouros_MembroEntendo esse ponto de vista, mas nem É o Tchan nem “outras porcarias” devem entrar em uma discussão sobre Rock. Não cabe a explicação de que o rock está banalizado porque existem esses artistas de outros gêneros, que falam deste ou daquele assunto. É preciso encontrar as razões para essa banalização (se ela existe mesmo) no próprio Rock. Também não acho que o individualismo (que sempre fez parte da cultura do rock) seja um fator incompatível com a política. Em um sentido amplo, o individualismo também pode ser considerado uma política, ou seja, é tembém um discurso político. Por último, ainda não ficou claro para mim a relação entre alienação e a estética vigente no Rock (letras fáceis, melodias simplistas, etc.) Também não considero o Rock nacional atual como sendo "de qualidade" segundo meus critérios, mas para discutir a banalização do Rock ainda estão faltando critérios mais claros. Um abraço a todos!
_epikouros_MembroEm primeiro lugar, seria válido, ao encararmos essa questão, fazer a simples pergunta: “o Rock está, de fato, banalizado?” Apesar de concordar com algumas das observações propostas–especialmente no tocante a bandas de rock que copiam o formato importado–eu também fico em dúvida se o que está ocorrendo não é uma valorização (talvez excessiva) da “estética” do rock sobre outros valores associados a essa subcultura. Afinal, o que significa banalização em relação a uma forma de música não erudita? Pessoalmente considero as bandas CPM 22 e Detonautas, que foram citadas acima, muito sem-graça musical e literariamente (como estudante de literatura sou sempre tentado a ver as letras das músicas como poesia). Mas isso em si não invalida a música dessas bandas como "arte", seja lá o que isso for. Talvez tenha chegado o momento, como já ocorreu antes na história da arte, de passar a seguinte mensagem: não vamos misturar rock com política, filosofia ou religião, pois rock é rock e não deve ser nada além disso. Não sinto atração por posturas ou filosofias esteticistas, mas acho que devemos todos estar abertos a essas possibilidades. Gostaria de sugerir que a discussão continuasse, mas agora sobre os critérios para se avaliar a profundidade ou banalidade do rock.
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