Agnosticismo

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  • #70066

    Sempre encarei as indagações sobre a existência (seja lá o que ela for) de Deus muito paradoxais. Pois bem, sem tomar partido, de minha parte, sobre deismo ou ateismo, pergunto eu: Como cogitar sobre a existência ou inexistência do que se ignora?
    De fato, todos haveriam de reconhecer que a razão humana, e sua insignificância em relação à maioria dos fenômenos do universo, não pode pretender ser a palavra máxima, o instrumento judicatório da existência do que considera-se perfeito, absoluto ou necessário. Penso que o deismo e o ateismo tendem compulsivamente, e quem sabe inconscientemente, ao mesmo ponto: Falam demais sobre o que sabem de menos.
    Como poderia alguem comprovar ou refutar uma existência? O que autoriza alguem a atacar dogmas religiosos a partir de dogmas cientificistas e vice-versa? No final temos apenas argumentações inconclusivas.
    Há quem diga que a partir deste ponto de vista cheagamos também a conclusão alguma. Isso mesmo. É preferível habitar a ignorância inerente ao ser humano em relação ao perfeito do que tomar uma conclusão infundada sobre algo que não se pode comprovar.
    Óbvio que os céticos diriam ser equivocado compactuar ser ignorante, um comodismo. Concordo, mas quando deixamos de pensar sobre a política, a moral, a sabedoria, o amor… Como pensar Deus? Por onde começar? Se o considerarmos perfeito, não podemos separa-lo de sua existência, senão algo o faltaria – a existência – e o Ser não seria mais perfeito. Por outro lado, considerando-o inexistente já tendemos a ser dogmáticos, a perder a razão e submetê-la a nossos desejos.
    Algo me diz que entramos então num círculo, ou quem sabe numa inconclusiva guerra de supostas conclusões. O que fazer? Prefiro simplesmente observar e tentar encontrar a razão máxima a mim dentro de toda essa indefinição. Cada um decida por si mesmo.

    “É melhor ser Sócrates insatisfeito do que um porco satisfeito. É melhor ser Sócrates insatisfeito do que um idiota satisfeito. E, se o idiota e o porco são de opinião diferente, é que só conhecem um lado da questão: o deles. A outra parte, para fazer a comparação, conhece os dois lados.”
    John Stuart Mill (no lugar de idiota, originalmente, temos uma palavra sensurada por este programa moralista)

    #77685

    Acho que o que escreveu é um manual do pragmatismo!

    John Stuart Mill era um positivista inglês, a um passo ou já no pragmatismo!

    Também acho que é o que nos resta!

    #77686

    Sócrates mesmo insatisfeito não arquivou o caso como “inconclusivo, arquivo X, ou sei lá o que”.

    “Se não encontramos a resposta estamos no caminho certo” algum filosófo disse alguma coisa parecida.

    Mas concordo que deve haver mais opções além de deismo e ateísmo.

    Obs: Não sou muito bom com nomes, não faço a menor idéia de quem são esses caras que voces citaram (já ouvi falar de Sócrates), e não sei o que é positivismo e pragmatismo, o que são essas coisas?
    (Se ignorancia matasse eu já teria morrido milhares de vezes… rs…)

    #77687

    De forma muito resumida:

    Positivismo – Nasce o nome em 1830 na Escola do Socialista Utópico Saint – Simon (1760 -1825), mas a teoria ganhou fama com Augusto Comte. Ë uma teoria fundamentada no criticismo de Kant, quando este lança barreira às pretensões metafísicas, ou seja à filosofia racionalista.

    Embora criticada no plano teorico, é uma doutrina muito influente no plano prático, pois reduz o conhecimento ao experimentável.

    Pragmatismo – Surgiu o pragmatismo como reação em duas frentes – reação ao racionalismo e ao positivismo, ao qual ele mesmo pertence, buscando todavia ultrapassá-lo através do seu critério de verdade, o sucesso.

    Não podendo o principio ordenador ser detectado pela via expeculativa, resta somente a utilidade, o proveito, o resultado. O verdadeiro é aquilo que é útil, que da certo, que serve aos interesses das pessoas na sua vida prática. Seu precursor foi Charles Sanders Peirce

    #77688

    Até onde entendi, minha observação foi rotulada de pragmática e inconclusiva… Pois bem, são opiniões pessoais e devem om toda certeza ser expressas, porém até o momento em que se baseiam em algo realmente válido.
    Pouco me importa de que lado, de Deus os dos pagãos, as respostas vieram, mas gostaria de ver algum fundamento em cada uma delas. Classificações e outros enquadramentos pseudo-intelectuais não refutam argumentos, e, até certo ponto, devem ser limitados à privacidade do pensamento.
    Se for de seu interesse chegar a algum lugar, discutir idéias, ou, enfim, aumentar o prórpio conhecimento sobre o assunto, é pertinente que sejam um pouco mais explícitos em suas respostas, as quais aguardo anciosamente….

    #77689

    Até onde entendi, minha observação foi rotulada de pragmática e inconclusiva… Pois bem, são opiniões pessoais e devem com toda certeza ser expressas, porém até o momento em que se baseiam em algo realmente válido.
    Pouco me importa de que lado, de Deus ou dos pagãos, as respostas vieram, mas gostaria de ver algum fundamento em cada uma delas. Classificações e outros enquadramentos pseudo-intelectuais não refutam argumentos, e, até certo ponto, devem ser limitados à privacidade do pensamento.
    Se for de seu interesse chegar a algum lugar, discutir idéias, ou, enfim, aumentar o prórpio conhecimento sobre o assunto, é pertinente que sejam um pouco mais explícitos em suas respostas, as quais aguardo anciosamente….

    #77690

    Minha mensagem não dizia que sua observação era inconclusiva, dizia que não devemos desistir e dizer que o assunto é sem solução, e arquiva-lo como inconclusivo.
    Mas não entendi a sua crença: quer dizer que vc não é deista nem atéia…
    Então vc acredita em alguma outra coisa ou está em cima do muro…, se acredita em outra coisa, em que acredita?
    E, cade as suas argumentações?

    abraços

    #77691

    Depois de muitos dias…
    Voltemos ao ponto. A essência de meu pensamento não é a inconclusão (talvez o tenha expressado mal). Na realidade, o que não posso entrever no meio de todas as relações pertinentes ao assunto é um bom motivo para assumir um dos lados. Tanto um quanto outro apresentam argumentos que tomam para si as proposições absolutamente verdadeiras, sem no entanto ser algo exatamente conclusivo.
    Ora, uma verdade só é uma verdade se não puder ser refutada por outra verdade (ou o que se supõe verdadeiro). Todos os argumentos apresentados pelos pagãos e deistas, alguns até muito interessantes, podem, até agora, ser refutados a partir de algum esforço mental, e nada tem de absoluto, portanto. Em sendo assim, não é cientificismo, mas é que não vejo causas suficientes que me façam tender a qualquer uma das crenças.

    #77692

    Muito interessante este tópico sobre o agnosticismo, depois quando tiver mais tempo comento alguma coisa.Por hora não é porque uma pessoa não é partidária de nenhum dos dois lados, teista ou ateista, que ela está em cima do muro, é só que a opinião dela é não aceitar nenhuma das duas propostas, assim como o alysson falou não há argumentos suficientes em nenhuma das duas vertentes.
    Até logo

    #77693

    Me desculpe, acho q interpretei mal…. e pior é que depois me deixei levar e talvez tenha até sido rude….. porisso me desculpe(obs. não costumo ser assim: rude)
    Mas acredito q existam outras opções, eu por exemplo acredito em algo q chamo de teoria do “Sim e Não”, que assume q duas idéias opostas podem ser aceitas, dessa forma, as duas opções podem estar certas e erradas ao mesmo tempo.

    #77694

    Você poderia falar um pouco mais sobre essa teoria do “sim e não” confidencial.Por exemplo como ela se aplica na quatão deus? De certa forma não seria quase que não aceitar nenhuma das duas?

    #77695

    sim, vc efetivamente náo aceita nenhuma das duas(pq sabe q as duas estáo erradas), e ao mesmo tempo vc aceita as duas(pq sabe q as duas estáo certas).

    #77696

    a teoria do “Sim e Não”, é assim mesmo, o pior dela é aceitar e ver como ela se aplica a tudo, sem nenhuma excessão, depois disso, tudo se encaixa….
    eu não sei se isso já existe, e se existe um nome para isso, eu chamei de teoria do “Sim e Não” pq qualquer pergunta q se faça, a resposta é “Sim e Não”, por exemplo, na questão de deus:
    ele existe?
    Sim e não.

    #77697

    É um pensamento muito peculiar… Não estaria você sugerindo o relativismo do conhecimento? Reduzindo as questões a estas poucas respostas talvez fosse o caso de dizer que tais como as coisas me parecem, tais serão em absoluto, sendo a recíproca verdadeira em relação a qualquer um. Assim sendo, o conhecimento não passa de sensação, sendo portanto sujeito às opiniões e inseguranças típicas do ser humano.
    Gostaria que você explicasse com mais detalhes sua hipótese, ou que sabe linha de pensamento, para que possa construir uma opinião mais fundamentada.

    #77698

    tem gente q pensa:
    -eu ñ sei no q acreditar:
    –pois acreditar em deus me parece uma boa:
    —ñ tenho nada contra
    –e ñ acreditar em nada tambem me parece uma boa.
    tem gente q escolhe, tem gente q continua em cima do muro e tem os loukos q encontram outra opção.
    e tem um kara mais louko ainda q arranja um jeito de conciliar tudo isso: sou eu

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