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03/06/2002 às 20:32 #70024Miguel (admin)Mestre
Copa do Mundo e Alienação
A notícia chegou rápido. Estávamos sentados à mesa, no último feriado, quando minha irmã contou que seu horário de aula iria mudar por causa dos jogos da Copa. De início, não consegui assimilar muito bem a notícia. Uma instituição de ensino superior mudar de horário por causa de um jogo de futebol? E como se não bastasse, fui informada que outros estabelecimentos adotariam a mesma postura.
Liguei a TV. Não se falava em outra coisa. Gincana entre bairros, a fim de verificar qual deles conseguiria maior quilometragem de ruas pintadas com temas da copa do mundo. Por que ainda estamos presos à cultura do pão e circo?
Porém, o mais marcante, ainda estaria por vir. A manhã de hoje, três de junho de dois mil e dois. Antes das seis da manhã, acordei ao som de cornetas, rojões e uma gritaria frenética da vizinhança – e dentro da minha própria casa! Não gostei nem um pouco de ser acordada de supetão. Pior que a campainha nem um pouco discreta de um despertador qualquer… E assim foi. Ouvi por toda parte comentários do tipo: “Você não é patriota?”; “Ah, a Copa é a confraternização entre os povos!”. Por favor, contem-me outra piada! Patriota? O que é ser patriota? Estendemos a mão a quem precisa? Pagamos salários dignos aos nossos funcionários? Somos bons pais, bons filhos, bons parceiros, bons sócios, bons empregados? Agimos de forma ética? Respeitamos a natureza, a dignidade da existência do menor dos seres? Patriota? Oras! A Terra é redonda! O mundo, a priori, não é de ninguém! Não existem fronteiras reais! Somos cidadãos do mundo!
Confraternização entre povos? Nada mais mentiroso! O FMI é impiedoso! Os países endividados têm que engordar as contas internacionais, não importa se às custas de um sistema de saúde e educação decentes! Ainda no Brasil, a mulher-objeto e a malandragem são os ídolos da população. Os Estados Unidos e sua ideologia hegemônica sentem-se no direito de controlar tudo o que estiver ao seu alcance! As guerras no Oriente que nunca têm fim! E os Argentinos? Quantas lágrimas devem estar escorrendo dos olhos de pessoas que perdem seus empregos e vêem a recessão do país quase aniquilar suas vidas? Certamente, essas lágrimas não vêm da emoção da glória de seu time de futebol…
Que ilusão.Ou melhor, que alucinação coletiva! Que tentativa (infelizmente bem sucedida) de anestesiar a maioria da população! E se nos indignamos, somos vistos com estranheza. Estranheza é ver esse povo madrugando para comemorar algo que não existe e por isso, não vai mudar em absolutamente nada suas vidas!
Agora, a questão chave: É muito comum ouvirmos dizer que o mundo não pode ser mudado, que sempre foi assim, e todos aqueles chavões. Entretanto, observem o poder de mobilização social que existe no Brasil! Se todos chegam a ponto de levantar mais cedo ou mudar o horário de trabalho só por causa de um jogo, porque não nos unimos para resolver nossos grandes impasses enquanto nação? – Nação como conceito didático, pois todas as questões, no fundo, são questões mundiais. Porque talvez ainda não tenhamos consciência de que cuidar do mundo e dos seus rumos está nas mãos de cada indivíduo? Precisamos então iniciar, ou intensificar imediatamente a compreensão dessa nossa responsabilidade!
Não há nada para ser comemorado. As cornetas matinais denunciam uma euforia infundada e fugaz. Só teremos motivos para uma grande festa no dia em que pudermos ver todas as crianças sorrindo, sem pedir esmolas nas madrugadas. No dia que cada pessoa puder escolher qual caminho trilhar para sua felicidade, pois não foi privada dos pré-requisitos (educação e saúde) que a obriga a ser uma quase escrava. No dia em que o Mercado não for mais o “Big Brother” que determina o que vamos vestir, como nos comportar, que idioma dominar e quanto tempo teremos (ou não) para nossa família, para as pessoas que amamos e para desfrutarmos da vida. E pensar que ainda terei que agüentar muitas cornetas… Parafraseando Renato Russo, um dos melhores “Amigos da Escola” e do Brasil: “Vamos comemorar como tolos a cada fevereiro e feriado…”
Amo o ser humano. Amo a Terra e a vida. E por isso, fico indignada em ver todos serem massa de manobra.
Ao leitor que chegou até aqui, obrigada por considerar minhas palavras.E que eu e você sejamos parceiros na construção de um mundo melhor de verdade.
Thelma03/06/2002 às 23:11 #76821Miguel (admin)MestreThelma,
parabéns pela sua mensagem…ainda bem que assim pensa.Disse TUDO o que eu também penso.Obrigada pela sua honestidade e pela forma sã como encara a vida.
abs04/06/2002 às 1:10 #76822Miguel (admin)MestreObrigada Isabel!
Se quiser trocar idéias, me mande um email!
Um abraço
Thelma04/06/2002 às 1:42 #76823Miguel (admin)MestreEu compreendo as afirmações de Thelma, mas não concordo totalmente.
Embora haja essa crítica clássica, um chavão também, do futebol como pão e circo, é algo meio simplório. Existe uma ligação, sim, entre futebol e soberania. A atividade desportiva movimenta uma força social muito grande, mas é esnobe chamar de alienação. A seleção é essencial para a construção da auto imagem do brasileiro, de como ele se pensa e representa externamente. É preciso separar os problemas. Não é porque existam crianças morrendo de fome que o país não deva acompanhar uma atividade como o futebol. A felicidade de torcer para um time não apaga as agruras que o povo é vive, mas é parte válida, por que não? de suas atividades de lazer. Tem de se evitar a condenação da massa, o espírito panfletário de que todos são manipulados que precisam ser conscientizados.
A questão é que existe uma apropriação muito grande por parte dos grandes blocos capitalistas, como em tudo. A rede globo, nike, ambev etc se adonaram da seleção, tirando desse acontencimento seu caráter popular e cívico para lhe dar um caráter instrumental, uma festa dentro dos controles com fins econômicos. Isso se verifica dentro das grandes falcatruas existentes nas estruturas de poder até ingerência da TV em campeonatos, monopólio da transmissão, no Brasil que é pago para perder, como em 98. Os jogadores são submissos a esse esquema, e a recompensa para eles participarem nesse jogo é fama, dinheiro etc. Os jogadores tem pouco sentido patriota. Um jogador como Romário, já consagrado, que não se submete a esse esquema e joga para deixar o povo feliz, é boicotado.
Bem, enfim, as afirmações da Thelma são pertinentes, mas eu creio que a copa é uma festa que tem sua força, e de forma válida, apesar dos pesares. O Brasil vem perdendo a soberania de forma escancarada há alguns anos. Existe uma negação e uma perda de força dos símbolos e tradições nacionais, e o país cumpre um papel subalterno no jogo internacional, com remessa de divisas , matéria-prima etc. É bom ter ainda algo que possamos nos expressar como nação. Nesse sentido a copa deveria ser encarada com seriedade, e não essa comemoração sem sentido, onde tudo vira motivo de festa. E não nos enganemos, não existe fronteiras reais, mas o ser humano não percebe a realidade, mas usa politicamente o espaço.
04/06/2002 às 9:33 #76824Miguel (admin)MestreBem..vou só dar uma achega e dizer porque é que concordo a 100% com a Telma…em vez do futebol, poderia ser outro fenómeno qualquer. É evidente que as pessoas têm direito à “sua” felicidade e que todos esses fenómenos têm o seu sentido. O que me parece fundamental é a total inversão de valores!!! Pára-se um país inteiro (Portugal quase que vai parar amanhã!!) por causa de um jogo de futebol!!! O país está a atravessar uma grave crise económica e para-se para ver um jogo onde alguns fulanos (talentosos, sem dúvida) correm atrás de uma bola sem saírem do mesmo rectângulo relvado, quando meio mundo morre de fome…parece haver sempre meios para pagar o supérfulo…sim, temos que ordenar necessidades…na base da pirâmide estão as necessidades primárias (Maslow)e, no entanto, um país paga milhões e milhões a indivíduos que correm…metade do ordenado de um desses futebolistas faria a vida feliz a umas poucas dezenas de pessoas, não??? É exagerado chamar isso de alienação??? Não me parece…um país para para ver um jogo e, no entanto, não são concedidas “pontes” pelo estado porque o país não pode parar!!! Não é o máximo???
Parece-me que há uma relação directa entre o subdesenvolvimento e a alienação do futebol..quanto mais miséria, mais folia…Portugal é, também disso, um bom exemplo…
Lamento…não tenho nada contra o futebol em si mas sim contra a alienação e..concordo com a Telma, sim…
abs.04/06/2002 às 16:20 #76825Miguel (admin)MestreERRATA
Por mais que a gente leia, confira, sempre acaba encontrando alguma coisa…
No 3 parágrago ” Confraternização… na frase`” às custas de um sistema de saúde e educação decentes…”, LEIAM INDECENTES.
Miguel, obrigada pela contribuição.Assim que puder, opinarei sobre seus comentários.Isabel,até Portugal??? Nossa…}04/06/2002 às 16:50 #76826Miguel (admin)MestreThelma, a historia mostra que isso sempre foi assim, vc está certa ao falar da política do pao e circo, no império romano. Mas perceba que se tratando de futebol e outras quinquilharias mundiais cada pais quer a sua e “proteje” como se fosse sua vida, então descordo um pouco do que vc disse, e prefiro acreditar que se eu conseguir mudar meu pensamento e tentar fazer aqueles que estão ao meu lado pensarem em pensar diferente em vez de me revoltar com um mundo tão distante como o da Copa (já que esse é o período em que a maioria é “patriota”) já terá me valido ao menos uns 30 anos de minha vida…
Apesar de ser um pouco anarquista, também sou socialista e capitalista, talvez até relativista.. mas como diz Fernando Pessoa, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Um abraço04/06/2002 às 16:55 #76827Miguel (admin)MestreMiguel, infelismente isso não ocorre apenas com o futebol, mas com as lágrimas de mães e crianças, jovens drogados e idosos, sei que há motivos por traz disso, mas acredito que outro sistema está por aparecer, não socialismo, não capitalismo, anarquismo,outro, pode-se dizer, uma evolução (crescimento) do capitalismo (não o new, nesse eu não acredito mesmo!!)
Bons debates…04/06/2002 às 19:03 #76828Miguel (admin)MestreSempre fiz parte do time da escola quando criança e adolescente, meu 1º sonho na vida era me tornar um jogador de futebol, mas nascer no interior do Maranhão atrapalhou muito minha trajetória, se tivesse nascido em Portugal talvez hoje estaria na copa
Mas se tivesse nascido em Portgual não traria em meu código genético um pouco da herança negra e índigena dos meus bisavós! aí talvez por isso não teria o biotipo adquado para se tornar um bom jogador de futebol(baixinho das pernas tortas)
pois bem esse talento que Deus deu para um hoje ateu
me fez conhecer um outro lado do mundo: o subúrbio onde o sonho da maioria das crianças também era se tornar um jogador de futebol depois vi meus amigos crescerem uns entrando no álcool outros nas drogas mas eu (mauricinho) que estudava em colégio bom apesar dos pezares estou inserido na sociedade. Jente esse sentimento do brasileiro pelo futebol é muito forte remonta a nossa infância sei que é exagerado a atenção do brasileiro pelo mesmo, sei que é exagerado os salários dos jogadores mas é porque virou um negócio muito lucrativo para quem paga esses mesmos jogadores(capitalismo) As vezes chego a torcer contra a seleção pra ver se o “poväo” se revolta e vota no Lula só de raiva
ou tento torcer contra pra ver se Ricardo Teixeira sai logo!
Se o nosso país fosse um país digno, acredito que os clubes e escolinhas de futebol também iriam contribuir em muito tirando crianças do mau caminho dando educação as mesmas, teriamos campeonatos universitários como vitrine para os campeonatos profissionais, como acontece com a NBA norte americana.04/06/2002 às 20:45 #76829Miguel (admin)Mestre“A seleção é a pátria de chuteiras.”
Nelson Rodrigues.O FUTEBOL E IDENTIDADE NACIONAL: O CASO DA COPA DE 1938. Plínio José Labriola de C. Negreiros.
“Esse momento de Copa contribuiu, de forma decisiva, para fazer com que o futebol aumentasse os seus vínculos com a sociedade brasileira. Essa competição, além de aumentar a paixão pelo futebol, foi capaz de suscitar inúmeras questões acerca da própria concepção de nação. Pessoas das mais diferentes regiões do país mostraram-se atentas e solidárias com o destino do futebol do Brasil. Os relatos sobre torcedores apaixonados, os mais estranhos possíveis, demonstra que nos campos de futebol da França disputou-se muito mais do que um torneio de futebol. O destino do Brasil estava sendo decidido, entre uma disputa de bola e outra.
Simbolicamente reforçou-se a idéia de que não era uma mera disputa esportiva, mas uma provação com o intuito de mostrar a força do Brasil, da seu povo, a partir do futebol. De diversas maneiras, cada brasileiro foi responsabilizado pelo desempenho dos atletas do Brasil.
Esse momento de reafirmação da nacionalidade foi um sucesso, apesar da derrota para a seleção italiana. Isso permitiu que se reacendesse velhas questões acerca do potencial do Brasil enquanto uma verdadeira nação, forte o suficiente para não ser prejudicada no campo esportivo. Entre cronistas esportivos, como Thomaz Mazzoni, surgiu a análise de que o time do Brasil havia sido várias vezes prejudicado no torneio, pois tratava-se de uma país sem qualquer prestígio internacional. Mais uma vez, a necessidade da construção de uma nação. Porém, o primeiro passo havia sido dado, já que o futebol estivera na Europa com sucesso, e a nação parou para acompanhar os seus novos heróis.”Por estes motivos, se não der Brasil, torço pela Argentina. Vcs. viram a festa dos senegaleses na França, em Paris.Não foi a melhor resposta para LePen? Ou vcs. estão tão alienados do mundo que não sabem que Senegal ganhou de 1 a zero?
05/06/2002 às 1:10 #76830Miguel (admin)MestreAcreditar que torcer, apreciar e comentar a atuação de sua seleção na Copa do Mundo aliena as pessoas é uma leitura um tanto estrábica deste fenômeno.
Que o desporto futebol tem alguma importância para as nações está claro (o NEGÓCIO FUTEBOL gira, anualmente, em torno de US$ 300 bilhões).
Porém, a Copa é realizada de quatro em quatro anos, com duração de 4 semanas. Podem ser de 3 a 7 partidas. De 4,5 a 10,5 horas. De 270 a 630 min. Portanto, por menos de meio-dia de atenção não pode-se chamar uma coletividade incomenssurável de “alienada”.
Os indivíduos são identificados como alienados por situações graves, dentre elas: a) escravas, b) doentes mentais e c) foras do contexto. Uma competição esportiva não se enquadra em nenhuma destas situações.Estaria oportuno buscar outras razões/expressões para explicar as interferências onerosas que atribuem a existência da Copa do Mundo.
06/06/2002 às 6:31 #76831Miguel (admin)MestreO que todos queremos é um mundo melhor, forçosamente se necessário for. Como bem lembrado pela Isabel não é apenas o Brasil o país que pára em razão da Copa do Mundo, outros tb assim procedem. Dentre eles Portugal, Japão, Alemanha etc: estes países ricos com cidadãos politizados e cultos. A Copa do Mundo é um fenômeno moderno de auto-afirmação entre as nações. A fome, a falta de lazer e educação são tb problemas mundiais, diz-se que muitos países são impedidos de obter o seu crescimento, pois os países ricos com os seus interesses não permitem a ascenção destes países pobres, neste sentido a alienação é coletiva(mundial pq têm gente morrendo de fome neste exato momento em algum país africano pq algum país rico não está nem aí para aquele africano moribundo magrelo e “feioso”) ou somos nós que queremos antecipar o resultado do jogo, isto é, desejamos de um mundo criança a maturidade de um mundo adulto e sábio. Penso que a história nos ensina que antecipar o resultado do jogo não é bom negócio, o comunismo que o diga. Já não somos(brasileiros) tão alienados assim pelo futebol, arrisco dizer que estamos preocupados com o resultado das eleições de outubro e os rumo que iremos tomar. Estamos jogando por um brasil melhor, e o intervalo para obter energia para o segundo tempo é fundamental. Quem sabe um dia a humanidade alcance o ideal que a thelma possui(eu particulamente acredito que isso irá acontecer um dia, mas não agora), por hora paramos tudo pq queremos replicar(vencer o oponente).
Não obstante, nós que acreditamos em um mundo melhor e que não temos tantos motivos assim para sorrir, pois sentimos que estamos em falta com o próximo e com nós mesmos, não devemos nunca deixar de passar para frente esta idéia de um mundo melhor: um mundo mais preocupado com o próximo, com o ser humano, do que com uma bola.
A diferença do brasil(brasileiros) para os países ricos(estrangeiros ricos) é que lá a sujeira está escondida debaixo do tapete.
o problema é do ser humano e não do Torneio Mundial de Futebol entre Nações. A fome mundial é divulgada todos os dias na mídia, nem por isso a alemanha ou o japão param. E olha que nesses países não temos analfabetos e semi-analfabetos como temos aqui no brasil, ou seja, acho que eles sequer estão “alienados” dos problemas. A necessidade primaria é em última instância uma necessidade mundial, desta forma, a base da pirâmide está inacabada. Dentro da esfera mundial e hierarquica de responsabilidades, podemos dizer que não cometemos mais erros que os outros ao pararmos para assitir uma partida de futebol. Ou cada um paga os impostos conforme a sua renda.
abs.
06/06/2002 às 15:26 #76832Miguel (admin)MestreOlá?
Que bom que o assunto está rendendo!
Vou lançar uma informaçao…
Meu irmao, disse que na sua faculdade, um professor contou que no Japão os organizadores da copa estão pagando para irem ver os jogos.. e fifa proibiu a TV de filmar as partes vazias das arquibancadas…. Fato ou boato?
Será que tem isso tem algum significado?07/06/2002 às 0:52 #76833Miguel (admin)MestreOlá Thelma.
Não acredito que seja um boato, até pq um ingresso para assistir um jogo da Copa gira em torno de $190,00 dolares(nessas horas é que me sinto um pobretão de marca maior). Contudo, não posso deixar de arriscar um palpite, apesar de estar do outro lado do mundo, acredito que os jogos do japão no japão devem custar mais de $190,00 dolares e não dever ser fácil encontrar um ingresso disponível. É claro que um jogo da Dinamarca x Senegal no Japão ou na Coreia não deve ter torcedores lotando os estádios(já a audiência televisava não deixa de ser alta). Vou acompanhar os jogos do Brasil aqui no Brasil por pura falta de tempo($$$$$), gostaria de estar em um hotel 5 estrelas com a minha amada curtindo a vida e assistindo os principais jogos, mas acho que os privilegiados são poucos não importanto a nacionalidade, ou seja, japonês, alemão ou brasileiro que têm a oportunidade de párar literalmente para tirar umas férias, gastar uma puts grana e torcer na Copa são poucos, minoria em qualquer lugar do mundo, até nos países sede da Copa.
De um modo geral todos assistem os jogos pela tv, e geralmente apenas os jogos de seu país. O Brasil deu um stop segunda(03/06/02) e dará outro sábado(07/06/02)agora.
abs.
07/06/2002 às 3:50 #76834Miguel (admin)MestreBom, gente, acho que todos tem direito a ter sua opiniao e suas razoes. mas vou comentar algumas coisas que acho equivocos.
A copa nao se limita ao tempo de jogo.
é um bombardeio de informações o tempo todo na tv, na lata de refrigerante, nas ruas, etc.
nao se fala em outra coisa.Ser louco é estar alienado? ou Ficar doente de tanto trabalhar e ambicionar, perder a conexao com o proprio limite organico ? o louco , aspas, esta perfeitamente conectado com seu mundo interno.Acho que temos que parar para pensar sobre o que é importante para se conectar.
Minha critica nao é a copa e sim o comportamento descabido, muitas vezes induzido. Nós temos o poder de mobilização social. Para todos os assuntos.
Um abraço pra todo mundo! -
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