Lucro dos Bancos / Empresas

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    O próprio Lula disse uma vez, que a elite empresarial que comanda verdadeiramente o país deveria estar satisfeita com ele pois nunca antes na história desse país tinha lucrado como agora. Notícias dão conta do lucro crescente dos bancos, enquanto outras denunciam um aumento estratosférico das taxas nos “serviços” bancários. Estamos sendo roubados descaradamente, sem que nada seja feito. Essa apatia e passividade soam um pouco estranha. Vejam abaixo notícia recente:_______________________________________________________________Lucro do Banco do Brasil cresce 50,3% no trimestre e chega a R$ 1,4 biPublicidadeda Folha OnlineO Banco do Brasil (BB) registrou um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre de 2007, um crescimento de 50,3% em relação ao mesmo período de 2006 e de 27,7% em relação ao observado no segundo trimestre. O lucro acumulado em nove meses foi de R$ 3,8 bilhões.A carteira de crédito do BB no país cresceu 27,5% no trimestre passado, contra o mesmo trimestre um ano antes, atingindo R$ 137,6 bilhões, com destaque para as operações com pessoas físicas e com micro e pequenas empresas. A inadimplência, no entanto, manteve-se sob controle, o que trouxe estabilidade para as provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD).O resultado do período corresponde a retorno sobre patrimônio líquido anualizado de 26,3% no trimestre e lucro por ação igual a R$ 0,55, contra R$ 0,37 em setembro de 2006. Com esse resultado, a título de remuneração aos acionistas, serão distribuídos R$ 545,6 milhões R$ 333,4 milhões como juros sobre o capital próprio e R$ 212,2 milhões na forma de dividendos.O Banco do Brasil era dono da marca recorde em termos de lucro no ano passado, quando obteve, de janeiro a dezembro, R$ 6,224 bilhões --valor ajustado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) até setembro de 2007. Neste ano, no entanto, o Itaú, entre janeiro e setembro, registrou um lucro de R$ 6,444 bilhões. O resultado supera o lucro anual (em 12 meses) de qualquer banco brasileiro de capital aberto nos últimos 20 anos.O lucro do Itaú representa um crescimento de 112,7% em relação ao resultado obtido no mesmo período de 2006, de R$ 3,029 bilhões. No terceiro trimestre, o lucro do banco ficou em R$ 2,428 bilhões, uma expansão de 14,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.Até agora, os três maiores bancos que já publicaram seus números dos nove meses de 2007 (Itaú, Bradesco e Santander) já ultrapassam o lucro anual de 2006.O Bradesco teve lucro de R$ 5,817 bilhões em 2007, ante R$ 5,205 bilhões (janeiro a dezembro de 2006 ajustado pelo IPCA). O Santander anotou R$ 1,309 bilhões nos nove meses de 2007 contra R$ 828 milhões. _______________________________Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u345153.shtmlÉ...são números nada modestos. O que vocês tem a propor sobre este tema? Já era um dos pontos de crítica na campanha contra o Lula da última eleição. O presidente, por outro lado, se orgulhava de ter aumentado o crédito no país. Ora, o crédito aumentou, e em consequência disso, os lucros advindo da agiotagem, já que a taxa de juros é bem maior que a da Selic, ultrapassando facilmente os 11% ao mês e aumentando a concentração de renda.

    #85501
    EfeGueiros
    Membro

    Caro Miguel,(Estou chegando agora...)Tudo bem... Este tópico ficou sem nenhuma consideração, tal qual, é o nosso povo.Comodismos... Aceitações tácitas deste nosso dia a dia nada comum a outros povos.Gostaria que Karl Marx fosse vivo, e vivesse neste nosso Brasil. Ele com suas teorias, que só poderiam dar resultados positivos se vivêssemos no comércio de escambos.O lucro é inerente a uma boa administração. Ponto. E próprio do capitalismo.Mesmo exacerbado. E alguém numa ponta qualquer desta “corda” paga a conta.Quem na verdade vem pagando esta conta?Abraços,

    #85502

    Não me importo que o tópico não tenha deslanchado, o trabalho é desinteressado mesmo.Mas mais uma vez o "e se".. "gostaria que Karl Marx fosse vivo".. aí aquilo outro. Karl Marx não é vivo, não foi brasileiro, não viveu no Brasil, isso só pode resultar em equívocos teóricos essas suposições, em achismos subjetivos."O lucro é inerente a uma boa administração. Ponto. E próprio do capitalismo."Isso é um mito do primeiro capitalismo, aquele que aponta o mercado como algo bom, já que há troca, a troca é justa, substitui a exploração do servilismo. Aquela imagem de que um indíviduo se empreender vai se dar bem, porque tem a concorrência, o livre mercado. Não tem nada mais falso hoje, que o mercado é monopolizado por grandes conglomerados e um indivíduo não consegue se meter, ainda tem carga tributária o escambau, como vai acumular para investir? Crédito?Falando em crédito vale lembrar, o caso recente dos EUA está aí...GM mal administrada, que ocorre, estatismo,  o estado intervém e salva a empresa.No Brasil o BNDES empresta bilhões para empresas gigantescas que estão no vermelho devido a má administração, até empresas italianas.Grandes fazendeiros são grandes porque se apropriaram de terra pública, grilagem.Grandes empresas foram incentivadas pelo governo: empreiteiras, licitações irregulares ou fraudulentas, todo tipo de mumunha e mamata rola, então se uma coisa dá certo, não é só por mérito do "grande administrador" não.E também exploração abusiva do cliente consumidor, reserva de mercado, lentidão da justiça trabalhista, produtos falseados ou com qualidade baixa etc não me parecem fazer parte da boa administração, mas propiciam o lucro.

    #85503
    Brasil
    Membro

    O lucro é inerente a uma boa administração. Ponto. E próprio do capitalismo.

    E alguém numa ponta qualquer desta “corda” paga a conta.

    Se você admite que alguém numa ponta da corda paga a conta, então não há nada de “bom” neste tipo de administração. Ainda mais se lembrarmos que o número de pessoas que ficam do lado que paga a conta é muitíssimo maior que o número de pessoas que se beneficiam disso.

    #85504
    EfeGueiros
    Membro

    Não me importo que o tópico não tenha deslanchado, o trabalho é desinteressado mesmo.

    Por MiguelTambém não, e nem sequer passou pela minha mente pensar da forma que você concebe um problema.

    Mas mais uma vez o "e se".. "gostaria que Karl Marx fosse vivo".. aí aquilo outro. Karl Marx não é vivo, não foi brasileiro, não viveu no Brasil, isso só pode resultar em equívocos teóricos essas suposições, em achismos subjetivos.

    Por MiguelVocê, talvez urgentemente deva pensar em fazer alguma análise para o seu problema com o “SE”. E agora com os achismos. E achismos só podem ser, por excelência, algo subjetivos.Mas, vamos lá... Tudo pode ser concebido, ou trocado idéias com os tais dos “SE” (que parece ser um problema para você). Aliás, quando analisamos algo, do presente, podemos fazer analogias com coisas passadas ou do passado, e aí podemos considerar se aquilo; alguém, ou algo fosse em nosso presente.

    Isso é um mito do primeiro capitalismo, aquele que aponta o mercado como algo bom, já que há troca, a troca é justa, substitui a exploração do servilismo. Aquela imagem de que um indíviduo se empreender vai se dar bem, porque tem a concorrência, o livre mercado. Não tem nada mais falso hoje, que o mercado é monopolizado por grandes conglomerados e um indivíduo não consegue se meter, ainda tem carga tributária o escambau, como vai acumular para investir? Crédito?

    Por MiguelNão... De forma alguma. Estás totalmente errado. À exemplo bem recente, países com ojerizas (irracionais) ao capitalismo, e nada mudou na base do capitalismo atual, ou seja, sem primeiro ou segundos, temos a China a dar exemplos de como se capitalizar, até com muita marginalidade, é algo ótimo.

    Falando em crédito vale lembrar, o caso recente dos EUA está aí... GM mal administrada, que ocorre, estatismo,  o estado intervém e salva a empresa.

    Por MiguelObrigado. É como enfatizei... Lucro é inerente a boas administrações. Más administrações (marginais) como as havidas nos EUA só levam a danos (perdas).Entretanto, tentar se considerar que houve estatismos nos EUA é algo de louco. O que houve, foi uma evidente (e excelente) ação de se salvar milhares de empregos, e conseqüentemente um mau maior que é ver famílias destroçadas.

    No Brasil o BNDES empresta bilhões para empresas gigantescas que estão no vermelho devido a má administração, até empresas italianas.Grandes fazendeiros são grandes porque se apropriaram de terra pública, grilagem.Grandes empresas foram incentivadas pelo governo: empreiteiras, licitações irregulares ou fraudulentas, todo tipo de mumunha e mamata rola, então se uma coisa dá certo, não é só por mérito do "grande administrador" não. E também exploração abusiva do cliente consumidor, reserva de mercado, lentidão da justiça trabalhista, produtos falseados ou com qualidade baixa etc não me parecem fazer parte da boa administração, mas propiciam o lucro.

    Por MiguelBom concordo com tudo, apesar de ser algo muito genérico, e nada condizente com capitalismo. São erros e malandrazens.Porém... Fez-se isto ontem (com estardalhaços dos intelectuais economistas do PT) e faz-se agora, e se fará amanhã. Em economia ou economês, quando se aporta um capital (créditos fornecidos) o mau muito maior é se deixar “alguém” quebrar. Afora, o dano de não se receber os créditos fornecidos, temos que se pensar no problema social. E isto, principalmente com empresas de grandes portes vira uma corrente.Fraternos abraços,

    #85505
    EfeGueiros
    Membro

    O lucro é inerente a uma boa administração. Ponto. E próprio do capitalismo.

    E alguém numa ponta qualquer desta “corda” paga a conta.

    Se você admite que alguém numa ponta da corda paga a conta, então não há nada de “bom” neste tipo de administração. Ainda mais se lembrarmos que o número de pessoas que ficam do lado que paga a conta é muitíssimo maior que o número de pessoas que se beneficiam disso.

    Há sim... E muito. Uma coisa, é uma coisa... outra coisa é outra coisa.Disse e repito: O lucro é inerente a uma boa administração. Ponto. E próprio do capitalismo.Ou se atem aos lucros, ou se atem aos prejuízos.Não se pode é generalizar.Disse apenas prosaicamente, que alguém haveria de pagar (uma ponta) os lucros havidos. Ou dá mesma forma que alguém também paga os prejuízos (uma ponta ou pontas).Contudo é bem melhor quando o resultado é lucro, e nisto o “povo” pago menos.Fraternos abraços.

    #85506
    Brasil
    Membro

    Disse apenas prosaicamente, que alguém haveria de pagar (uma ponta) os lucros havidos.

    Isso que você disse prosaicamente é o “x” da questão. Se uma massa fica desassistida, então não há justiça. E, se não há justiça, então há conflito. E aí está a razão dos problemas.

    #85507

    EfeGuerreiros, não sei se é “coisa de louco” não, porque foi constantemente apontado como mais um indício do fracasso neoliberal. O liberalismo clássico levou ao crack de 1929, por isso surgiu o keyseniasmo. O neoliberalismo agora resultou nessa crise, é o que tenho visto. Depois elenco uns links. Mas,ademais, é preciso ressaltar que o Estado dos eua é gigantesco, mastodôntico, eles tem um sem número de departamentos, orgãos etc; muito além do que podemos conceber.E o negócio do mito existe sim, a coisa do engraxate que vira mega empresário, tipo Sílvio Santos, o carroceiro que vira dono da casas Bahia, Fievel, um sonho americano, terra das oportunidades etc. Isso está cada vez mais raro. O fato é que o mercado é fechado e os conglomerados empresarias transnacionais, privados, são muitas vezes maiores que estados.Além disso existe toda uma corja de parasitas não-produtores, autistas da economia real, da economia de produtos, que enriquece, triplica, quadruplica os lucros sem ter nenhum trabalho efetivo. Você pode comprar um touro pela internet e revender com lucro a tarde sem jamais tê-lo visto ao vivo. Os chamados "piratas especulativos". Dinheiro é papel pintado, hoje nem isso tem mais, é virtualizado, aliás.. é legal pesquisarmos sobre o impacto do fim do "lastro ouro" na economia. Já bois, terras, madeira, petróleo, carne, minério, água etc são factíveis, reais, materiais. O quanto um representa verdadeiramente o outro é de se discutir.Outra coisa: querer enterrar Marx também é coisa de louco. Apontei que essa visão idílica do mercado, pós feudalismo, que aparece como uma forma de justiça, pois o comércio pressupõe a troca, a equivalência entre as partes, foi justamente desmontada pelo marxismo,que aponta a alienação no trabalho e a exploração do trabalhador. Você quando usa um termo como "capitalismo" está sendo marxista por tabela. Quem escreveu "O Capital"?. As definiões classistas, como classe média etc, essa visão materialista da história com base na economia e relações de produção, é tudo marxismo.Por fim bem X mal , bom x mau.

    #85508

    EfeGuerreiros, outra coisa a se notar é uma visão pessimista que você demonstra em relação ao Brasil, colocando sua identidade única em relação aos outros povos como algo ruim, nefasto, sei lá, lei de Gerson, ah isso é muito comum, e isso também é ideologicamente imposto. Não falando de ti, mas o niilismo em relação ao Brasil, o “complexo de vira lata” que fala Nelson Rodrigues. Muitos falam mal da figura do “Brasileiro” como algo a parte, como se não fossem brasileiros. Todos querem pertencer à outras terras, outros povos. Claro, supostamente sempre aos “melhores” povos, às potências. Você fala mal da China, já é algo, pois sempre que vejo comparam o Brasil com suas mazelas às potências européias e EUA, nunca à miséria asiática Africana, Haiti ou algum outro país mal das pernas na AL. Bem, não existe isso de povo melhor, cada um tem seus defeitos e vergonhas históricas, muitas…Assim como o Brasil tem aspectos lamentáveis, também tem sua grandeza, no presente e no passado. Depende do que se quer focar, é um país continental, gigantesco.

    #85509

    EfeGueiros: Veja o que é o achismo subjetivo, você adota o tom intransigente de dizer que estou “totalmente errado”, isso é totalitarismo do Ego, impróprio para um ambiente de diálogo. Bom, eu "acho" que não estou totalmente errado, seu exemplo da China não me convenceu. Algo a se dizer também é que o capitalismo e a economia em si não são racionais, tem vários aspectos irracionais. Existe a artimanha de achar que é tudo bonitinho e necessário, tudo funciona, tudo tem um motivo e uma base teórica na economia, aí usam um "economês" sofisticado, um jargão impopular para justificar medidas malévolas e qualquer um que fale contra é um ignorantão que não sabe do que está falando. Argumento de autoridade.  Essa é a base do discurso da equipe econômica tipo Puc-Rio, formada nos eua e que adotou o Consenso de Washington. Isso já foi bastante denunciado.O fato é que frequentemente o lucro não é fruto de boa administração, mas sim de aspectos inescrupulosos. Isso vai do grande ao pequeno. Desde o traficante que mistura bosta de vaca à maconha e bicarbonato à cocaína pra "tirá mais" até uma multi como a Monsanto que patenteia uma semente transgênica de soja. O Boff diz uma vez que no interior de SC, onde surgiu a Sadia, quando ela era pequena, colocava pedra no presunto para pesar mais. Hoje está aí, com sua alegada qualidade. "Carcamano" é uma expressão para os imigrantes e descendentes de italianos paulistas, que nos mercadinhos punham a mão (mano) na hora de pesar para pesar mais. E aí, quantos é preciso explorar, quanta gente é preciso pisar em cima para se tornar um novo-rico com os lucros?Na outra ponta iniciativas pioneiras de qualidade que oferecem alternativas, bem administradas, muitas vezes não conseguem deslanchar. Um industrial brasileiro de automóvel como o Gurgel não consegue conquistar mercado num panorama dominado pelas gigantes. E são tantos exemplos disso!Existem vários outros aspectos irracionais, o próprio fetiche da mercadoria, vejamos algumas citações de Debord na "Sociedade do espetáculo" (via @neiduclos) "A mercadoria fetichizada da sociedade do espetáculo perde seu valor quando entra na casa dos consumidores" Guy Debord    "Stalin foi descartado como mercadoria obsoleta da sociedade do espetáculo concentrado, o capitalismo burocrático" Guy Debord "O capitalismo se apropriou de todo espaço urbano, que ficou tão sujo, feio e barulhento quanto uma fábrica" Guy Debord "A abundância gerada pelo capitalismo permitiu que a transgressão fosse incorporada como mercadoria da sociedade do espetáculo". Guy Debord. A publicidade apela para o irracional, para a "paixão", para a "emoção".Vejamos o que diz Chaui no "Convite":

    A propaganda trata todas as pessoas – crianças, jovens, adultos, idosos – comocrianças extremamente ingênuas e crédulas. O mundo é sempre um mundo “defaz-de-conta”: nele a margarina fresca faz a família bonita, alegre, unida e feliz; oautomóvel faz o homem confiante, inteligente, belo, sedutor, bem-sucedido nosnegócios, cheio de namoradas lindas; o desodorante faz a moça bonita, atraente,bem empregada, bem vestida, com um belo apartamento e lindos namorados; ocigarro leva as pessoas para belíssimas paisagens exóticas, cheias de aventura ede negócios coroados de sucesso que terminam com lindos jantares à luz develas.A propaganda nunca vende um produto dizendo o que ele é e para que serve. Elavende o produto rodeando-o de magias, belezas, dando-lhe qualidades que são deoutras coisas (a criança saudável, o jovem bonito, o adulto inteligente, o idosofeliz, a casa agradável, etc.), produzindo um eterno “faz-de-conta”.

    Então, também pensar que o capitalismo mantém a sua base inalterada não se justifica muito, a não ser que você tome a ambição como a base, a frase eclesiástica de "nada há de novo debaixo do sol". É tudo vaidade. O capitalismo tem  várias fases, ensinam os materiais de história. Em determinadas épocas  e no início e o empreendedorismo indiividual e a consequente "asceção burguesa" era mais propício, em outros não. Tem a primeira era da revolução industrial, do capitalismo clássico, depois esses imbróglios que mostrei para você, liberalismo, keysenianismo, bah, são muitas correntes, reviravoltas e tendências. Então veja, o esforço teórico socialista surge porque o capitalismo de seu tempo tem problemas, e procura uma alternativa. A aplicação prática que tomou nos cenários políticos posteriores já é também outra coisa. Na época o operariado trabalhava mais de 12 horas por dia. E então?!Nada mudou? Houve conquistas, direitos trabalhists, muitas em parte por causa das reinvindicação, o direito de greve, atuação de sindicato etc. São indiretamente conquistas socialistas e do trabalhismo, este não é anti-capitalista nem socialista, mas a síntese entre os dois. Brizola disse uma vez para Che Guevara nos anos 60: "achamos que  a propriedade privada é algo muito bom, tão bom que queremos para todos".Mesmo que todos os regimes que se digam socialistas acabem, o mote inicial da exploração e injustiça social que o gerou não foi iniciado, ou seja, uma queda na urss e uma capitalização da China não representa necessariamente uma vitória do "capitalismo", no sentido de que esse é triunfante porque não tem problemas. E também nunca falam do Vietnã, que ganhou a guera e é socialista até hoje. Ou não também?Nem toda atividade humana visa o lucro, nem se sobrepor aos demais. No caso do terremoto do Haiti, como enxergar a atuação privada X pública? Não foram os Estados a socorrer o outro estado? Não foi o voluntariado sem ambição de lucro? À parte dos que querem lucrar com a reconstrução e a exploração midiática do tema. O homem possui aspectos solidários também,além de atividades artísticas e teóricas que não são movidos pela ambição do lucro, base de toda atividade comercial...Para isso há o estado, o Procon faz valer o código de defesa do consumidor, no que as teles são campeãs de reclamação, por sinal. Tem a justiça, onde cada parte que quer o "lucro" para si e para os seus tem uma intermediação supostamente imparcial etc. Então a atividade precisa ser legalizada para diferenciar da postura clássica de querer tudo para si e seu sangue nada para os outros. Mas, como a justiça é falha e também atende aos interesses dominantes, e nem tudo é bonitinho e racional, não é isso que acontece. Se as alternativas pensadas a partir do marxismo, que alega ser o antagonista histórico do capitalismo, não "deram certo", isso significa o "fim das utopias"? Só com lobotomização, com a incapacidade completa de imaginar-se fora dos sistemas, de forma talvez até química e biológica. Isso aliás, temo ser uma ameaça real.O capitalismo envolve essa idéia de "capital" que é também um sinônimo de centralização, que pressupõe que haja uma "metrópole" e uma "periferia", o primeiro mundo e o submundo. Diz-se que o Brasil ainda é pré-capitalista, e um dos aspectos disso é que o consumo não é de massa. A sociedade é polarizada entre carência e privilégio. Mas com consumo de massa a indústria causa mais danos ainda, existe então o problema ambiental e a utopia tem que continuar, é preciso continuar a pensar alternativas, como desde a antiguidade: por ex, ao invés de cada um ter um carro, transporte coletivo de qualidade, ao invés do arcaico e bruto motor a explosão,  transporte elétrico etc.Sobre o "Tudo bem... Este tópico ficou sem nenhuma consideração, tal qual, é o nosso povo." Concordo em parte, o Brasil tem muito disso, coisas são feitas e ninguém dá a mínima. Mesmo os debates teóricos em filosofia, por exemplo, não seguem uma linha sistemática de evolução do pensamento, publica-se algo sobre um tema e outro que vai pensar sobre ele não se interessa, e faz algo completamente a parte. A mídia promove medíocres e nulidades, achando que é disso que o povo gosta, o talento fica de fora.O Fórum está crescendo, as visitas aumentando, já são mais de 100 mil esse mês, mas também acredito que já tenha sido mais movimentado nas mensagens. Veja, é antigo, desde 2000, usava até um software em pel que ficou totalmente defasado com as alternativas que sugiram depois, em php. Tivemos muita "subida de concorrentes" (hehehe) que diminuíram nosso impacto quando éramos pioneiros, teve o surgimento das redes sociais, como o orkut, foram todos para lá, e não param de surgir  novas. Então acredito que temos que buscar um diferencial que é justamente de um debate mais aprofundado e civilizado. Não que o orkut por exemplo não tenha comunidades com ótimos fóruns, mas pensamos em evitar repetições de abobrinhas e buscar uma maior amplidão nas visões defendidas, reforçando assim nossa proposta tanto cultural quanto pedagógica, dentro dos nossos limites. Como diz  Nietzsche "apenas as camadas superiores merecem atenção"

    #85510
    Brasil
    Membro

    O fato é que frequentemente o lucro não é fruto de boa administração, mas sim de aspectos inescrupulosos. Isso vai do grande ao pequeno. Desde o traficante que mistura bosta de vaca à maconha e bicarbonato à cocaína pra "tirá mais" até uma multi como a Monsanto que patenteia uma semente transgênica de soja.

    Sem falar no leite com água oxigenada, no café moído com palha, no frango com injeção de água e nos remédios piratas.  ;D

    #85511
    nickoss
    Membro

    Caros colegas, nesta altura do campeonato(enquanto se busca uma saída ética para um relacionamento mais humano nas transações comerciais), só mesmo com a socialização do capitalismo. Por mais defeituoso que seja, o capitalismo(ao meu ver) promove e estimula a criatividade e a competitividade entre as pessoas e organizações(vide a falência da URSS e o socialismo de mercado da China !?). A socialização do capitalismo, significa a volta do excedente de capital para todos e, a ser empregado no social: escolas, centros de pesquisa, saúde, habitação, segurança, meio ambiente, etc.). Dessa maneira, as pessoas(naturalmente) mais capazes, ou de maior potencialidade para o trabalho, as mais criativas, ficariam a vontade para desenvolverem os seus projetos e trabalhos, sem serem censuradas por aqueles de "crenças ou ideologias" diferentes.Poder-se-ia começar pela taxação das grandes fortunas; depois pela distribuição real de parte dos lucros das empresas para os trabalhadores.  :rolleyes_mini:AbraçosNickoss 

    #85512
    Brasil
    Membro

    Poder-se-ia começar pela taxação das grandes fortunas

    Existe um projeto com tal proposta há mais de 20 anos no Congresso...Depois que os milionários, elegendo(financiando) os seus candidatos e mobilizando os seus lobistas nos Três Poderes, bolarem um jeito de burlar o controle fiscal, ou neutralizar (livrar matematicamente) os seus prejuízos com o tal imposto, aí o projeto pode até ser aprovado...  Com difusão na grande mídia e tudo... Quem irá pagar a "taxação" seremos nós mesmos.

    #85513
    EfeGueiros
    Membro

    Isso que você disse prosaicamente é o “x” da questão. Se uma massa fica desassistida, então não há justiça. E, se não há justiça, então há conflito. E aí está a razão dos problemas.

    Por: BrasilQue massa? Você mistura alhos com bugalhos...O tema é “Lucro dos Bancos...” Lucro nada tem a haver com massas (aqui entendido com pobres)!Pelo parco tempo que estou por aqui, você me parece o “Nick” número dois do Miguel.As “mumunhas” (termo do Miguel) se parecem os mesmos. O que o Miguel, me parece muito “sábio”, é ser tergiversante aos temas, aos assuntos propostos. Voltando ao tema: Por falta de conhecimentos (em pesquisar), os lucros dos bancos (maior lucratividade) não advêm de juros. Estes lucros em sua quase maioria vêm de taxas de serviços. Em segundo plano: Do excesso de caixa, aplicados em papéis do governo. E por último de taxas de juros, cobrados sobres os empréstimos.E quem pensa que não havendo lucros se arranja formas de se governar para massas... Enganou-se.Por óbvio, Eu sei que você sabe que só se arrecadam grandes valores de impostos em empresas de grandes portes (com grandes investimentos) e boas lucratividades. A causa da pobreza, ou da “MASSA DESASSISTIDA”, que você menciona não são das grandes empresas, e nem tampouco de empresas alguma.Massas desassistidas são problemas de maus governos. Simplesmente isto.E, portanto, já que você corroborou com as prosaicas colocações do Miguel, também nada tem a haver com maracutaias de empresas, ou de traficantes, ou da pretensa e errada tentativa do Miguel, de vir querer corrigir, gramaticalmente, os outros, no que foi escrito, quando mais, ao postar (ele), não consegue ter duas orações em que não haja erros gramaticais e ortográficos, e dos piores.O Miguel deveria aprender, como administrador que é, ou parece ser, que este procedimento é péssimo num fórum, tanto quando ser ofensivo, OU BESTIALMENTE GALHOFEIRO em seus termos.Miguel: Aprenda!NUM FÓRUM, TEMOS PARA QUE SE VENHA A TER BOAS PARTICIPAÇÕES E DISCUSSÃO, SE ATER SOBRE OS TEMAS (ASSUNTOS) PROPOSTOS.Fora disto... É errado. É, sobretudo, empobrecer o fórum.Fraternos abraços...

    #85514
    EfeGueiros
    Membro

    Poder-se-ia começar pela taxação das grandes fortunas

    Existe um projeto com tal proposta há mais de 20 anos no Congresso...Depois que os milionários, elegendo(financiando) os seus candidatos e mobilizando os seus lobistas nos Três Poderes, bolarem um jeito de burlar o controle fiscal, ou neutralizar (livrar matematicamente) os seus prejuízos com o tal imposto, aí o projeto pode até ser aprovado...  Com difusão na grande mídia e tudo... Quem irá pagar a "taxação" seremos nós mesmos.

    Concordo.... Todavia, é lá mesmo que existe, ou passam a existir grandes fortunas. Você acha que alguém de sã consciência venha criar algo que lhe prejudique.E por outro lado, a salvação não vem da taxação de grandes fortunas. Isto é utopia. De Petista, quando fora da administração do governo federal.É como diz, o Lula "dos silvas", ou como já dizia o "seu" Fernando Henrique... Esqueçam o que Eu dizia, já que para ele não é muito fácil escrever.Fraternos abraços,

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