O que é o nada?

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  • #70690
    jota erre
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    O nada pode ser alguma coisa?Ou deve não ser alguma coisa?É possível falar sobre ele?

    #85115
    Cokk
    Membro

    Primeiro, eu diria que o nada é, por definição, o que não existe. Mas, podemos falar sobre o que não existe sem incorrer em contradição. Ilustro: quando falamos de um personagem fictício, literário no caso de Romeu, não pensamos que ele exista, tenha existido ou porventura existirá. Consequentemente, quando dizemos “não há minotauros”, não afirmamos que minotauros existam pela simples razão de termos podido enunciá-los, mas que não há, na realidade, tal coisa. Esse é o argumento central de Quine no artigo Sobre o que Há, que recorre à análise lógica de Russell chamada Teoria das Descrições Definidas.Segundo a Teoria das Descrições Definidas, a análise de uma sentença como "O homem de 200 anos é usuário de alucinógenos" deve ser feita da seguinte maneira:Existe um homem de 200 anosEle é usuário de alucinógenosExiste um e somente um homem de 200 anos usuário de alucinógenos.Evidentemente, a sentença acima tem sentido. Contudo, é falsa, pois não existe na realidade nenhum homem com 200 anos. Desse modo, podemos falar significativamente sobre entidades que não existem sem supor sua existência.

    #85116
    Brasil
    Membro

    Nada sei sobre o Nada, por isso só vou citar Heidegger e nada mais, hehehe"A ciência nada quer saber do nada. Mas não é menos certo também que, justamente, ali, onde ela procura expressar sua própria essência, ela recorre ao nada. Aquilo que ela rejeita, ela leva em consideração. Que essência ambivalente se revela ali?""O nada é a negação da totalidade do ente, o absolutamente não-ente""Por que existe afinal ente e não antes o Nada?""Existe o nada apenas porque existe o não, isto é, a negação ? Ou não aconteceu o contrário ? Existe a negação e o não apenas porque existe o nada ?  Nós afirmamos : O nada é mais originário que o não e a negação"(Martin Heidegger)

    #85117
    Cokk
    Membro

    É possível que a lógica interna da teoria do nada de Heidegger permita atribuir existência ao nada. Mas não vejo qual seria a vantagem dessa operação, se tanto no senso-comum quanto nas nossas melhores teorias do mundo o nada é simplesmente o que não existe.

    #85118
    Brasil
    Membro

    É possível que a lógica interna da teoria do nada de Heidegger permita atribuir existência ao nada.

    ...o nada é simplesmente o que não existe.

    Existe ou não existe? hehehe, desculpe a brincadeira, o nada tem a propriedade de confundir... "o nada tem a propriedade"  é ótima!   :D heheheDe certa forma concordo com vc, digo de certa forma pois, temos temas mais urgentes e intrigantes dos quais também ainda não se têm respostas.  Parece-me que  a questão acerca do Nada teria uma importância de fato menor. Mas, não deixa de ser mais uma questão sem explicação entre tantas outras.Não li Heidegger, mas pelo que sei ele entendeu que o desocultamento do nada libertaria a ciência de uma angustia. Ele aponta nas ciências o princípio dessa angustia mas, segundo sua visão, ela atinge também educadores. "Tão certo como é que nós nunca podemos compreender a totalidade do ente em si e absolutamente, tão evidente é, contudo, que nos encontramos postados em meio ao ente de algum modo desvelado em sua totalidade. E está fora de dúvida que subsiste uma diferença essencial entre o compreender a totalidade do ente em si e o encontrar-se em meio ao ente em sua totalidade. Aquilo é fundamentalmente impossível. Isto, no entanto, acontece constantemente em nossa existência."

    #85119
    jota erre
    Membro

    Olá, senhores,É curioso lembrar que Heiddeger defende que temos uma experiência sensorial do Nada, que é a angústia. Seria um momento em que nos "falta o chão". Segundo ele, não ficamos angustiados por alguma coisa, mas justamente por Nada. Sentimos o Nada neste momento.Também se pode lembrar que ele aponta a única ação possível para o Nada: "o Nada 'nadifica'", diz.De um ponto de vista lógico e lingúistico, dizer que o Nada é alguma coisa é, no mínimo contraditório. O Nada representaria o "Não-ser", contrário ao "Ser" (este com "S" maiúsculo). E aí entra novamente a discussão de Heiddeger, sobre se Nada é mais originário que negação.Mas o nosso pensamento embasa-se no Ser. Só pensamos as coisas que são, simplesmente porque, quando as pensamos, elas já passam a ser (idéias).Desta forma, parece impossível um linguagem falar exatamente sobre o Nada: falar ou pensar sobre ele é contraditório.Talvez por isso Heiddeger pareça entender o Nada como uma coisa. Não se trata de um erro dele, mas de uma limitação da linguagem.Quando digo: "o Nada é...", já estou aferindo-lhe uma qualidade que ele não tem: a de ser alguma coisa.Mas quando digo "o Nada não é", estou considerando o conceito como uma negação. Mas Aristóteles já ensino que o conceito só tem sentido se dissermos o que ele é, e não que não é, não que pode "não ser" uma infinidade de coisas.Mas a crítica de Heiddeger a justamente essa! De que todo a Lógica e o próprio pensamento se estruturaram historicamente numa ontologia unilateral, que elegeu o Ser como elemento maior e superior a tudo (que se lembre da "Árvore de Porfírio"), deixando uma "lacuna" não estudada.Claro, podemos dizer, mas esta "lacuna" é justamente...Nada!Mas a questão é que o Nada nem mesmo foi citado na História do Pensamento antes dele. (Claro que ele não consultou Kierkegaard...).Quanto ao fato de ser importante ou não a discussão sobre o tema, é algo discutível.É evidente que uma discussão sobre o Nada em "nada" ajuda em qualquer aspecto a sociedade, mas tal crítica é passível de crítica.Acostumamo-nos a estar atentos e discutir apenas as coisas que têm "utilidade", o que, para o senso comum, faz a Filosofia parecer mera conversa de bar.A Filosofia (tanto quanto a Ciência) está comprometida com o conhecimento e com a verdade, não importando se para isso (e aí ela se difere da Ciência) tivermos que elucubrar sobre coisas que estão além de nossa percepção sensível e, neste caso, da nossa limitação lingúistica - muito embora não se trate somente de limitação lingúistica, mas também racional.Abs.

    #85120
    Cokk
    Membro

    É curioso lembrar que Heiddeger defende que temos uma experiência sensorial do Nada, que é a angústia. Seria um momento em que nos "falta o chão". Segundo ele, não ficamos angustiados por alguma coisa, mas justamente por Nada. Sentimos o Nada neste momento.

    Esteticamente, a identificação do Nada com a angústia é irretocável. No rigor esperado da filosofia, não me convence. E, por reconhecer minha ignorância na matéria, não tenho a intenção de discutir a filosofia do Heidegger aos pormenores.

    Talvez por isso Heiddeger pareça entender o Nada como uma coisa. Não se trata de um erro dele, mas de uma limitação da linguagem. 

    Se é assim, como os que lêem Heidegger podem saber precisamente o que significa o Nada em sua teoria? Porque, uma vez que a linguagem é limitada, não se deve esperar uma interpretação precisa do seu objeto.

    Acostumamo-nos a estar atentos e discutir apenas as coisas que têm "utilidade", o que, para o senso comum, faz a Filosofia parecer mera conversa de bar.

    Pelo contrário, a filosofia recai no desdém do vulgo, e no de estudiosos de muitas áreas, por não insinuar nenhuma utilidade aos seus olhos. Fala-se, na filosofia, do Nada, mas não há depoimento razoável sobre sua experiência. Com a mesma pretensão, fala-se de mônadas; da realidade criada pela mente do sujeito; do Sublime; da Verdade em si mesma, etc. Tudo aquilo a que o homem não tem acesso nem valor imediato constitui o vulto da tradição filosófica.

    #85121
    jota erre
    Membro

    Se é assim, como os que lêem Heidegger podem saber precisamente o que significa o Nada em sua teoria? Porque, uma vez que a linguagem é limitada, não se deve esperar uma interpretação precisa do seu objeto.

    Não nos cabe entender o Nada a partir da Filosofia de Heidegger, mas apenas compreender o que o filósofo disse sobre o assunto. Outrossim, a limitação da linguagem é apenas mais uma linha de pensamento filosófica. Alguns defendem sua precisão...

    Pelo contrário, a filosofia recai no desdém do vulgo, e no de estudiosos de muitas áreas, por não insinuar nenhuma utilidade aos seus olhos. Fala-se, na filosofia, do Nada, mas não há depoimento razoável sobre sua experiência. Com a mesma pretensão, fala-se de mônadas; da realidade criada pela mente do sujeito; do Sublime; da Verdade em si mesma, etc. Tudo aquilo a que o homem não tem acesso nem valor imediato constitui o vulto da tradição filosófica.

    A Filosofia me parece muito mais comprometida com a realidade do que qualquer ramo de conhecimento. Sua composição permite, por exemplo, que se negue tudo o que se produziu até hoje em nome de uma nova idéia que se pretenda verdadeira.Abs.

    #85122
    Lee
    Membro

    Olá, Ed Júnior? Visitei o seu Forum e achei muito interessante a sua proposição, embora essa temática perpassar por vários pontos de vistas que ora divergem ora convergem. Mas como não queremos mentes escravas vamos a Ágora.Quando você  propõe a discussão sobre nada a idéia primeira é que o nada é alguma coisa, portanto tem uma definição. Isso me faz lembrar uma tématica interessante de se abordar - Modos de Pensamento - a linguagem expressa o pensamento e dá forma a ele. Mas tanto o pensamento quanto a linguagem possuem seus limites e sua especificidade. A linguagem verbal limita-se pela fisiologia dos sons da fala epela combinações destes, de modo a permitir a multiplicidade de significados das palavras e frases. O pensamento, por sua vez, limita-se pela fisiologia dos processos do cérebro humano responsáveis pelo seu funcionamento. Como sabemos, a inteligência pode funcionar de dois modos - intuitivo e racional-entendedor. Cada um desses modos de fucionamento da inteligência corresponde a procedimentos mentais distintos: procedimento análogos (pensamento intuitivo); procediemnto analítico (pensamento entendedor). Definir o nada consiste nessas duas classes de procediemntos que governam a atividade de pensamento que estão apoiadas numa peculiar configuração do cérebro. Este encontra-se dividido em dois hemisférios, cada um especializado em fuções diferentes em fase da produção de significados e da realização do pensamento em geral. Até a próxima!

    #85123
    Z
    Membro

    Ao contrario da posição cautelosa e curiosa de Heidegger, para mim o princípio é simples:O nada é tão importante e real como o tudo.O nada é tudo o que não existe O problema é que o nada existe, mesmo que apenas com conceito.Só sei que nada sei... e isso já não é saber pouco! ;)Para reflexão, e também para instruir os leigos deste pensamento, um artigo sucinto que exorta a ideia partilhada também por Heidegger:Fisicamente é preciso distinguir três coisas: o vácuo, o vazio e o nada. O vácuo é um espaço preenchido por matéria escura e [[energia escura]. A matéria escura não emite luz, por isso não pode ser vista diretamente, sua existência pode ser inferida indiretamente, observando sua interferência na matéria luminosa.O vazio já seria um espaço sem matéria e sem nenhuma outra coisa, nem campos, nem luz, nem ondas. Mas no vazio ainda haveria o espaço vazio, isto é, a capacidade de caber algo, só que não tem. No Universo não existe vazio completo, pois todo o espaço é preenchido por campo gravitacional e pela luz que o atravessa, além de neutrinos ou outras partículas e campos, mesmo que rarefeitos.No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma e nem um lugar vazio para caber algo. Além disso, o conceito de nada inclui a inexistência das próprias leis físicas que alguma coisa existente necessariamente tem que obedecer. De acordo com o modelo padrão da Cosmologia (o Big-bang), o Universo surgiu de uma singularidade primordial que, no instante zero, iniciou sua expansão, gerando tudo o que existe, inclusive o tempo e o espaço.Mas nesta singularidade estava contido todo o conteúdo de matéria-energia que sempre existiu e existirá. Antes dela, porém, havia o nada, isto é, não havia coisa alguma, nem vácuo, nem energia, nem leis físicas, nem espaço vazio para se poder ter alguma coisa e nem mesmo o tempo decorria. O nada não é um lugar. É algo que não é lugar, um não-lugar. É impossível estar-se no nada porque sempre tem-se que estar em algum lugar.Mesmo um ponto infinitesimal está em certo lugar do espaço (que é o conjunto dos pontos, isto é, das possibilidades de localização). Por definição quando se fala de existência se fala da existência de algo. E o nada não é coisa alguma. O nada é um signo, uma representação linguística do que se pensa ser o nada. Só se conhecem representações dele, mas essas representações têm origem mental, pois não existe o nada.A definição de "nada" se dá somente por meio da negação de tudo o que existe, portanto o nada não é definido ou conceituado positivamente (uma definição é se dizer o que a coisa é), mas apenas representado, fazendo-se a relação entre seu símbolo (a palavra "nada") e a idéia que se tem da não-existência de coisa alguma. O "nada" não existe, mas é concebido por operações de mente. Esta é a concepção de Bergson, oposta a de Hegel, modernamente reabilitada por Heidegger e Sartre de que o nada seria uma entidade de existência real, em oposição ao ser.Matematicamente o conceito é equivalente ao de "conjunto vazio", que é o conjunto que não possui elementos, mas que é um dos elementos do conjunto dos subconjuntos de um conjunto. Assim o "Nada" seria um dos elementos do "Tudo", ou do Universo. Esta concepção, aplicada à física, todavia, não possui base fenomenológica sustentável. - Fonte: Wikipediacumps ;)

    #85124
    jota erre
    Membro

    Olá Z,

    Ao contrario da posição cautelosa e curiosa de Heidegger, para mim o princípio é simples:O nada é tão importante e real como o tudo.O nada é tudo o que não existe O problema é que o nada existe, mesmo que apenas com conceito.

    Esse é problema Z!Se pensarmos o Nada, logo ele será alguma coisa: um conceito ou idéia.Mas essa idéia não é o nada em si, mas apenas a representação dele.É certo que a idéia é alguma coisa (a saber, uma idéia). Mas ela não é a mesma coisa que a coisa que lhe é correspondente. Salvo se for apenas uma idéia, sem referência a objeto externo (aí entraria a discussão entre racionalismo e empirismo). Pode ser, no máximo, a la Aristóteles, a essência da coisa.No caso do Nada, surge a questão: se ele tiver referência exterior ao pensamento, passa a ser uma coisa.Porém, se fizer parte apenas do pensamento, também será algum coisa: uma ideía (pura).Heiddeger defende que o Nada é mais originário que a negação. Sendo assim, para o autor, ele não poderia ser uma simples negação do Tudo (muito menos fazer parte dele). Portanto, não poderia ser apenas um pensamento.No entanto, se considerarmos o nada com alguma coisa, então já não tem sentido falar sobre ele. A discussão será inócua, pois estaremos falando de bananas ao nos referir a laranjas.Mas sejamos generosos com o tema... ele é realmente problemático.Façamos uma crítica a Heiddeger: será o nada "realmente" uma simples negação? (Alguém pode defender o autor?)Uma coisa é certa: certamente não podemos pensá-lo em seu não-ser.Em todo caso, acho que isto está longe de ser uma discussão sobre Física...Cumps.

    #85125
    jvictorr
    Membro

    O inexistente.

    #85126
    jota erre
    Membro

    Olá, jvictorr,Sua resposta é "O Nada é o inexistente", o que traz a tona as questões aqui propostas.Abs.

    #85127
    Brasil
    Membro
    O que é o Nada na opinião de pessoas importantes

    Moisés Gomes de Almeida (controlador de vôo, preso por dar entrevista) : É o que a gente vê na tela do radar de vez em quando.Bill Gates : É o valor pelo qual eu não poderia comprar o braço direito de uma pessoa.Mantega : São os problemas nos aeroportos devido a pujança do acelerado e altíssimo crescimento econômino brasileiro.Marta : É o que a crise aérea representa pro ministério do qual, por acaso, eu sou responsável; o Ministério do Turismo. Valdir Pires : É o que os ministros devem falar sobre a crise aérea.Juniti Saito : É o que os meus subordinados podem declarar.Henrique Meireles : É toda autonomia que o FMI nos dá, no mercado internacional e na fixação das taxas de juros.Pinotti : São as reivindicações dos estudantes da USP.Serra : É o que eu disse que dizia os meus decretos a respeito da autonomia das universidades, antes de mudá-los.Arnaldo Jabor :  É tudo o que eu tenho de importante pra dizer.Faustão : É o tempo que eu tenho pra deixar os entrevistados falarem, antes de eu ter de fazer os anúncios dos patrocinadores, ao vivo e em rede nacional.Bush : É a opinião mundial.Lula : É a oposição no meu governo.Vavá : São os lobbys que eu consegui fazer com toda a minha influência no Planalto. Renan : É tudo o que eu tenho com o lobista da Mendes Junior, além da amizade de longa data, é claro...Epitácio Cafeteira : É o que prétendemos apurar sobre as rélações do Prisidente do Senado com o lóbista da empréiteira Mendes Junior.Arlindo Chinaglia : É o objetivo do acordo que estamos fazendo entre os partidos, para colocar na pauta, a tão esperada reforma política.Jorge Rachid : É o que o Fisco pode  abrir mão na arrecadação, para facilitar a reforma tributária.Clodovil : O nada? haha... depende, meu amor!  Se vc chegar numa festa de gala vestindo jeans e camiseta, vc será o nada em pessoa... hahahaCaetano Veloso : Pode ser alguma coisa entre Londres e sampa... pra alguns... para outros pode ser a busca das respostas sobre o tudo, ou não...Gilberto Gil : O nada é o expoente maior da cultura perdida nas transcendências universais... é a expressão máxima do pensamento projetado na inexpressividade do ser, mas sempre com um pé na brasilidade, na bahianidade e nessas coisas tão prófundas...Marcola : É o que eu tenho a perder.Oswald de Souza : É o zero à esquerda.Contribuinte : É a minha restituição do IR.Consumidor : É o desconto que eu vou ter na minha dívida do cheque especial e do cartão.Empresário honesto : É o que esperamos dos governos no que diz respeito ao incentívo no crescimento econômico da nação e do conseqüente aumento dos postos de trabalho.Trabalhador brasileiro : É o que sobra do salário depois de pagar as contas, e o que eu posso fazer quanto a isso.

    #85128
    jota erre
    Membro

    quá quá quá!

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