História da borracha

Dr. Aluísio Telles de Meirelles.

Fonte: Manual do Executivo. 
Novo Brasil editora brasileira.
   
 

 

A BORRACHA    

HÁ muitos anos um explorador francês, Charles Marie de la Condamine, ao analisar uma amostra de látex que lhe chegou às mãos, teve a intuição de sua excepcional importância e logo partiu para o Peru, em busca da árvore da borracha.

Explorou toda a Amazônia, vagou pelas imensas florestas virgens, enfrentou tribos e animais ferozes, mas não se desanimou nas suas pesquisas, até que na Guiana Francesa recebeu de alguns índios, as primeiras descrições sôbre a árvore da borracha que por tanto tempo procurava.

Logo depois teve a confirmação de que em várias partes da América do Sul existiam espêssas plantações, nas terras dos selvagens ameríndios, pelas margens dos rios da Amazônia.

Desde aquele momento, a borracha despertou grande interêsse também na Europa, até que, em 1770, o inglês Naime obteve a primeira aplicação da borracha, misturando ao látex, substâncias próprias para polir metais.

Do produto obtido, fez uma pequena barra e com esta, tentou cancelar o que estava escrito numa fôlha de papel. Com espanto, notou que as manchas desapareciam.

Depois dessa experiência, os artigos de borracha foram sempre muito procurados, até que, muitos anos mais tarde, um químico americano, Charles Goodyear descobriu a vulcanização, esquentando a borracha em combinação com o enxofre.

Sobre a história da borracha, contam os historiadores que Colombo, na sua viagem à América, observou que os naturais da terra recém-descoberta se divertiam com jogos de bolas que saltavam, feitas com a seiva de determinada árvore denominada “cáu uc hu”, palavra de origem tupi, que passou a ser caucho.

Por ocasião das festas que o imperador Montezuma ofereceu a Herman Cortez em Tenochtilan, hoje México, os soldados do monarca azteca realizaram jogos com bolas feitas de uma substância que era ali conhecida pelo nome de “ulli”, que é acepção de caucho, que significa “árvore que chora”, denominação de várias espécies de árvores de cujo látex se fabrica a borracha.

Mas, o caucho, conhecido entre nós como borracha, era então o látex elástico e flexível ao natural, extraído diretamente da árvore e endurecido simplesmente pela ação do sol.

A borracha sob esta forma não se presta a aplicações industriais, como verificaram os primeiros fabricantes que tentaram impermeáveis, botas e sapatos com essa substância.

Aqui encontramos de novo Charles Goodyear que, com sua descoberta, marcou o início da era da química da borracha, importantíssimo ramo científico e industrial moderno.

Goodyear teve muitas dificuldades até chegar à sensacional descoberta, mas com inabalável tenacidade, foi transpondo as dificuldades, estudando e aperfeiçoando o látex com objetivo de tomá-lo menos rígido e mais resistente.

Quando, já cansado e quase sem esperanças, reduzido a desastrosas condições financeiras, resolveu abandonar tudo, o acaso veio em seu auxílio. Um saco de borracha por ele fabricado, caiu sobre a estufa e pegou fogo. O químico, para fugir às emanações, atirou-o pela janela. Na manhã seguinte, ao encontrá-lo, percebeu que estava menos rígido.

O fogo havia realizado o milagre. Estava descoberta a vulcanização, processo que serve para aumentar a elasticidade e a resistência da borracha e torná-la insensível ao calor e ao frio.

Dunlop, um médico veterinário de Belfort, na Irlanda, concebeu a idéia de um saco cheio de ar, para ser usado nas bicicletas. Obtida a patente em 188, formou logo uma companhia para explorá-la.

A procura da borracha cresceu então ràpidamente, sendo usada largamente em todas as partes do mundo e para os fins mais diversos.

Atualmente, a borracha sintética faz concorrência à natural e mais de 45 tipos de borracha sintética já foram aperfeiçoados.

A inteligência humana descobriu ainda, numerosas aplicações para a borracha, além dos pneumáticos. A mais recente é a chamada borracha-pluma, obtida reduzindo-se o látex ao estado de espuma e solidificando-o para que conserve a maciez e a leveza. Tal espécie de borracha é aplicada no fabrico de travesseiros, colchões e tapetes.

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