ORIGEM DA INDÚSTRIA DE FIAÇÃO E TECELAGEM

A FIAÇÃO E    TECELAGEM
Dr. Aluísio Telles de Meirelles.

Fonte: Manual do Executivo. 
Novo Brasil editora brasileira.
   
 

AINDÜSTRIA de fiação e tecelagem muito deve a dois homens:    Ricardo Arkwrigt e José Maria  Jacquard.

Ao primeiro o mundo deve o sistema de fiação mo derno, cujos métodos já alcançaram, hoje em dia, um grau de perfeição quase absoluta.

A Ricardo Arkwrigt cabe a primazia na invenção da máquina de fiação. Nascido na Inglaterra, no ano do 1732, Arkwrigt, como a maior parte dos inventores, saiu das camadas mais humildes da sociedade, não tendo podido, em criança, freqüentar escola de espécie alguma.

Já rapazinho, ensinaram-lhe o ofício de barbeiro, qu(‘ abandonou, alguns anos depois, para se dedicar ao negócio de cabeleiras, profissão, aliás, muito lucrativa naquele tempo.

Data dessa época a sua inclinação para a mecânica. Todas as suas horas vagas eram dedicadas à construção de modelos de máquinas.

Certo dia, surgiu em seu espírito a idéia da fiação à máquina. Antes da invenção de Arkwrigt, o trabalho das fiandeiras era penoso. Para reduzir a fio as matérias filamentosas, elas gastavam um tempo imenso, pois tal serviço era executado à mão.

A idéia da máquina de fiação, absorvendo-o por completo, fez com que êle deixasse definitivamente o comércio de cabeleiras para entregar-se exclusivamente à construção da máquina que tinha em mente.

Após alguns meses de trabalho e privações, conseguiu, por fim, construir um modelo que expôs na sala da escola pública de Preston, sua cidade natal.

De um momento para outro viu-se Arkwrigt obrigado a abandonar a cidade e fugir para Nottingham, carregando o seu modelo. É que os operários dali ameaçavam despedaçá-lo, pois viam na invenção um perigo futuro para o seu trabalho manual.

Em Nottingham, um importante comerciante, reconhecendo o valor do seu invento, com êle se associou e assim, sua máquina foi patenteada e instalada.

O inventor sentiu, então, que a fortuna começava a ajudá-lo e. juntamente com o sócio, estabeleceu logo uma fábrica de fiar algodão, em Nottingham.

Pouco depois, abriram outra maior, em Cromford. Nesta última já o movimento era comunicado às máquinas por uma roda hidráulica, a qual deu origem, mais tarde, ao tear hidráulico.

Dia a dia a máquina se tornava mais perfeita, graças aos melhoramentos constantes introduzidos nela pelo inventor, cujo negócio, em pleno desenvolvimento, cada dia mais prosperava.

Aconteceu então o inevitável: os manufatureiros, iniciando uma enorme campanha contra a máquina de fiação, juntaram-se todos, dizendo que Arkwrigt era inimigo dos operários e que tôdas as suas máquinas deviam ser destruídas. E assim aconteceu: tudo foi completamente arrasado, completamente destruído.

Ricardo, porém, . não desanimou. Com o que lhe restava, estabeleceu nova fábrica, produzindo, cada vez mais, artigos melhores e por preços mais reduzidos.

Faleceu o grande inventor em 1792, com a idade de sessenta anos.

A MÁQUINA DE TECELAGEM

Filho de um pobre artesão, José Maria Jacquard, o inventor das modernas máquinas de tecelagem, nasceu na cidade de Lion, na França, em 1752.

Depois de experimentar muitos serviços, acabou sendo obrigado a continuar os trabalhos de tecelagem na oficina de seu pai, falecido pouco antes. Logo, tratou de introduzir modificações nos teares, aperfeiçoando-os. Não foi feliz, entretanto, em sua nova atividade.

Com o espírito desviado para as invenções, para as quais sentia desde criança grande inclinação, Jacquard descuidou-se do trabalho e o resultado foi que em pouco tempo viu-se obrigado a vender os teares para pagar as dívidas. Pouco depois, abandonou a cidade de Lion.

Alguns anos se passaram sem que ninguém tivesse notícias do tecelão. Ele, porém, continuava a trabalhar no aperfeiçoamento das máquinas de tecer, até que, em 1790, apresentou o modêlo de um aparelho destinado a separar os fios.

Tão útil era essa inovação que foi logo adotada em tôdas as fábricas. Mais alguns anos se passaram. A França, depois da revolução, em 1793, entrou num período de paz e trabalho.

Encontramos, de novo Jacquard, desta vez contratado por um manufatureiro, trabalhando durante o dia e dedicando a noite ao seu invento.

Algum tempo depois pode inventar um tear mecânico que permitia executar, ele sozinho, o trabalho de vários operários. Este modelo, tendo figurado na Exposição da indústria nacional, em Paris, no ano de 1801, foi premiado com medalha de bronze.

Um ano depois, a Sociedade das Artes, de Londres, abriu um concurso, oferecendo magnífico prêmio para a melhor invenção de uma máquina de fazer redes de pescar; Jacquard ganhou esse prêmio.

Já famoso, teve então, o Conservatório de Artes e Ofícios de Paris à sua disposição para ali estudar as diversas obras de mecânica expostas na grande coleção daquele museu.

Pouco depois, concluía com êxito a sua máquina de tecer. Voltando para Lion, Jacquard teve uma grande decepção. Sucedeu-lhe o mesmo que havia sucedido anos atrás com Ricardo Arkwrigt: os operários, julgando que o nôvo tear mecânico viria tirar-lhes grande parte do trabalho manual, deliberaram, numa reunião, destruir-lhe as máquinas. Apenas alguns teares se salvaram.

Desgostoso, o inventor pensou em mudar-se para a Inglaterra, desistindo, porém, depois. Nesse tempo, já o seu tear havia sido adotado por quase todos os fabricantes ingleses, no fabrico de qualquer espécie de tecidos.

E deu-se então, justamente o contrário do que tôda gente esperava: o tear mecânico, intensificando a produção, aumentou consideràvelmente o número de operários, dando, assim, emprego a uma infinidade deles. Então tudo se normalizou e o inventor pôde, enfim, gozar do descanso merecido.

Em 1820, recebeu Jacquard a condecoração da Legião de Honra. Faleceu em 1834, quase aos oitenta anos de idade. A municipalidade de Lion mandou erigir-lhe uma estátua na praça principal da cidade.

 

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