A tocadora de realejo – Fialho de Almeida.

A tocadora de realejo José Valentim Fialho de Almeida. (1857 – 1911) A primeira vez que a viram na cidade, era ela criança, tími­da, rósea, de um perfume alpestre da alta Sabóia, e o seu olhar claro, de uma lucidez inocente, penetrava sem pejo e sem maldade tôdas as coisas que via. Tinha um vestidinho … Ler mais

O que pode a educação

O que pode a educação Era em uma pequena vila. Tinham dado 4) oito horas da manhã, quando o senhor professor se dirigiu para a sua escola. I Era costume, quando êle chegava, estarem já os rapazitos no al- j pendre do edifício à sua espera. Naquele dia, porém, estava o al­pendre deserto. Êste fato … Ler mais

Manuel Bengala – Contos Infantis de Anões e Gigantes

Um casal de porres lenhadores não tinha filhos. Esta-vam já envelhecendo e não teriam quem os sustentasse quando não pudessem mais trabalhar. Viviam, por isso, muito tristes. Mas tanto rezaram que Deus teve pena deles e resolveu dar-lhes um filho. Nasceu então uma criança que recebeu o nome de Manuel. Era um menino forte e sadio. Em pouco tempo, cresceu tanto que, ao completar um mês de idade, já era do tamanho do pai. Quando fez quinze anos, Manuel era o homem mais alto e robusto da sua terra. Sua força era tão grande que êle arrancava árvores com uma só mão.

O sapateiro valente – contos de anões e gigantes

Cada qual puxou uma faca enorme, e se empenharam numa luta terrível.

ErA uma vez um sapateiro muito tolo chamado João Gurumete. Auxiliava-o, no trabalho, um aprendiz bastante inteligente, que lhe dava sempre bons conselhos. Um belo dia, o sapateiro pôs um pouco de goma para esfriar e nela ficaram presas sete moscas. Deu então um piparote e matou todas as moscas.

A moura torta – contos maravilhosos

from Arabian Nights Collected and edited by Andrew Lang Illustrated by Vera Bock Copyright 1960 Illustration from 'The Little Hunchback'

Era uma vez um príncipe que, tendo chegado à idade de se casar, não encontrou nenhuma moça que lhe agradasse. Seu pai, que já estava muito velho, vivia muito triste por não ter seu filho encontrado uma princesa para esposa. Receava morrer, deixando o filho solteiro. Como poderia ele governar seu reino sem uma rainha e sem herdeiros ?

O príncipe encantado – Fábulas infantis maravilhosas

O príncipe encantado Era uma vez uma velha ambiciosa que tinha três filhas, cada qual mais feia. Perto da casa da velha, morava uma moça muito bonita que, apesar de pobre, andava com lindos vestidos e ricas jóias. Desconfiando de tanta riqueza, a velha visitava, freqüentemente, a casa da moça para ver se descobria alguma … Ler mais

A fonte das três comadres – Contos Infantis Maravilhosos

Quando chegou à fonte, o príncipe verificou que o monstro estava com os olhos abertos.

A fonte das três comadres

Era uma vez um rei muito poderoso que teve uma enfer midade nos olhos e ficou completamente cego. Consultou então os melhores médicos do mundo, tomou todos os remédios aconselhados pela ciência, mas nada conseguiu. Sua cegueira parecia incurável. Um belo dia, apareceu no palácio uma velhinha pedindo esmola e, sabendo que o rei estava cego, pediu licença para dirigir-lhe a palavra, pois desejava ensinar-lhe um remédio maravilhoso. Conduzida à presença do rei, ela lhe disse: — Saiba Vossa Majestade que só existe uma coisa capaz de fazer voltar sua vista: é banhar seus olhos com água tirada da Fonte das Três Comadres. E muito difícil, porém, ir a essa fonte que fica num reino situado quase no fim do mundo. Quem fôr buscar a água deve entender-se com uma velha que mora perto da fonte. Ela conhece o dragão que guarda a fonte e sabe quando êle está acordado ou adormecido. O rei ficou muito satisfeito com a informação da velhinha e recompensou-a com uma bolsa cheia de dinheiro.

Os príncipes coroados – Contos Maravilhosos

NUMA cidade havia três moças órfãs de pai e mãe.

Um dia estavam à janela de sua casa, quando viram passar o rei. Era jovem, belo, elegante e montava um formoso cavalo. A mais velha das moças, extasiada com a beleza do rei, exclamou: — Se eu me casasse com ele, far-lhe-ia uma camisa como nunca viu! A do meio, cheia de admiração, disse: — Se eu me casasse com ele, far-lhe-ia umas calças como nunca teve! A mais jovem disse: — E eu, se me casasse com ele, da-he-ia três filhos coroados.

O rei ouviu a conversa e, no dia seguinte, foi à casa das moças e lhes falou: — Apareça a moça que disse que, se casasse comigo, me daria três filhos coroados. A moça se apresentou e, como era muito formosa, o rei ficou apai xonado e casou-se com ela. As irmãs ficaram com inveja, mas fingiram que nada sentiam e que estavam até muito contentes com o casamento.

A princesa e o monstro – Fábula Encantada

Lourenço era um homem muito pobre que possuía três filhas jovens e formosas. Vivia do humilde ofício de fazer gamelas. E o que conseguia com a venda destas mal dava para o sustento da sua família. Um dia estava Lourenço trabalhando na sua oficina, quando surgiu na porta um moço simpático e bem trajado, montando um belo cavalo. Qual não foi o espanto do velho gameleiro quando o desconhecido lhe propôs a compra de uma de suas filhas! Ficou indignado com a proposta e disse ao moço que, embora fosse pobre, não venderia nenhuma filha. Mas o moço não aceitou a recusa do velho e o ameaçou de morte se êle não aceitasse a sua proposta. Viu-se então Lourenço forçado a vender uma filha, recebendo, por isso, grande soma de dinheiro. Ao retirar-se o misterioso cavaleiro, levando a moça comprada em sua companhia, resolveu o velho gameleiro abandonar a profissão, mas, aconselhado por sua mulher, acabou por concordar em não abandonar o seu modesto trabalho.

O CASTIGO DA AMBIÇÃO – O Rei e a Princesa – Contos Infantis

AO castelo do rei Miroslao foram chamados os mais célebres pintores do reino a fim de ser pintado o retrato do soberano.

O rei, que era ainda muito jovem, desejava encontrar a companheira de sua vida.

Entre os numerosos retratos que lhe foram enviados por diversas princesas e altas damas estrangeiras, da mais refinada linhagem, destacava-se um de grande e singular formosura!

Miroslao, desde o primeiro momento, sentiu um ardente desejo de desposar aquela dama tão bela, compartilhando com ela o seu trono.

Por isso é que mandara pintar o seu retrato que seria enviado à jovem princesa, juntamente com o seu pedido de casamento.

Achando-se os pintores todos reunidos, o rei lhes falou nestes termos:

O heroísmo de Linda – Biblioteca das Crianças

LINDA era uma cachorrinha “fox-terrier” ainda nova.

Foi tirada de sua mamãe quando era muito pequenina e a vida, a partir de então, se tornou muito áspera para a pobrezinha.

Parecia que ninguém a queria.

Podia recordar-se de todos os amos que teve, porém, pensava que nada devia a nenhum.

Muitos foram vagabundos, rudes e maus, que deixavam que os acompanhasse com a esperança de que caçasse alguns coelhos para eles.

Histórias Infantis – Fábula OS TRÊS LIMÕES

CERTO Sultão tinha um filho, pelo qual sentia justificado orgulho, porque êle era belo e de gênio jovial, e nunca se soube que houvesse cometido uma ação censurável.

No círculo da Corte, era êle o astro mais brilhante. O Príncipe era cortês para com todas as damas, mas não favorecia a nenhuma em particular; e como os anos iam correndo sem que êle manifestasse o desejo de escolher uma esposa, o Sultão tornou-se apreensivo.

— Meu filho, — disse êle certa vez, por que não escolheis uma noiva? Acho que já é tempo de vos casardes; eu seria tão feliz se vos visse pai de filhos, antes de deixar este mundo. Ser-vos-ia tão fácil fazer a vossa escolha entre as belas jovens que vos cercam! Eu não experimentaria dificuldade alguma se estivesse em vosso lugar! Temos tão lindas moças em nossa terra!

O jovem príncipe fitou seu pai, tornando-se pensativo.

Histórias Infantis – O Caçador Furtivo

PEDRO estava almoçando em companhia de seus pais. Prestava muita atenção à conversa dos mesmos, porque de fato era muito interessante.

— Há muitos caçadores furtivos nos bosques — disse o pai. — Joaquim, o guarda, diz que não sabe quem é o culpado, mas, que todas as noites desaparecem coelhos e aves. Deve, forçosamente, ser algum forasteiro!

— Escuta, papai — interrompeu Pedro — Joaquim não viu o caçador furtivo?

— Sim! Julga que uma vez chegou a vê-lo! — respondeu o pai. — É um indivíduo alto, forçudo e com barbas!

Pedro ficou muito preocupado com o caçador furtivo e pensou que um dia Joaquim havia de surpreender o criminoso.

— Se eu tivesse uma espingarda como Joaquim, havia de perseguí-lo todas as noites, e não teria medo algum! — pensou o menino. — Oxalá pudesse descobrí-lo!

Dois dias depois, quando o sol se punha, deu-se a casualidade de estar Pedro debruçado à janela mais alta de sua casa.

Procurava ver se descobria seu amigo Tomás, o filho do guarda, na colina situada em frente da casa.
Enquanto olhava, seus olhos se fixaram num indivíduo alto, que desaparecia nos bosques de seu pai.

Histórias Infantis – OS DEZ URSINHOS

Essa é mais uma historinha infantil clássica no Consciência, o conto dos dez Ursinhos.
ERA uma vez dez ursinhos que moravam na cidade das Doçuras. Moravam em dez casinhas colocadas uma ao lado da outra. Amavam-se muito e saíam sempre juntos.

As casinhas eram numeradas de um a dez e cada um dos ursinhos conhecia muito bem a sua casinha lendo o número da porta.

RAPUNZEL – fábula, contos infantis dos Irmãos Grimm

Longa e macia é
prisioneira da bruxa numa torre alta e sombria.
Rapunzel das longas trancas
espera ser livre um dia.
Virá alguém libertá-la?
A estória aqui
principia.