“A peste” e “O Mimetismo” , por Antônio Feliciano de Castilhos

A peste A razão por que tenho pelo mais desgraçado de todos os ma­les a peste, é porque nas outras enfermidades o maior benefício que vos pode fazer quem vos ama, é estar convosco; na peste, a maior consolação que vos pode dar quem amais, é fugir de vós. Mal em que o dizer: “estai … Ler mais

Descrição da igreja de São Francisco de Assis, em São João d’El-Rey (Minas Gerais)

igreja de São Francisco de Assis, em São João d’El-Rey

Descrição da igreja de São Francisco de Assis, em São João d’El-Rey (Minas Gerais)</a O frontespício é de pedra azulada e polida como o do Carmo; belíssimos relevos e decorações rodeiam as imagens de Nosso Se­nhor Jesus Cristo e do Santo pouco abaixo do pedestal da cruz co­locada no vértice; e acima da porta principal, … Ler mais

Belém do Pará

A quem, como nós, aporta, descendo o rio, traz esta cidade à idéia a vista de Montevidéu, pela sua posição num promontório, pela disposição das ruas e templos, e a enseada do arsenal, que também recorda a Ensenada da capital cisplatina. E’ uma das mais belas e saudáveis do Brasil, e talvez a quar­ta em … Ler mais

São Sebastião do Rio de Janeiro – A cidade desde sua fundação

são sebastião do rio de janeiro

São Sebastião do Rio de Janeiro Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil, tendo resolvido percorrer as capitanias, em que se achava dividida a colônia, partiu em companhia do jesuíta Padre Nóbrega, com uma nau e duas caravelas, sob o comando de Pero de Góis, e, entrando de passagem no pôrto do Rio de … Ler mais

O mundo do trabalho na América portuguesa

As ilhas foram um dos primeiros pontos de ocupação decorrentes da expansão ultramarina portuguesa, já no século XIV. Os arquipélagos de Açores e Madeira foram usados para o plantio da cana-de-açucar, e a produção ajudou a desestabilizar o monopólio que os comerciantes venezianos exerciam, além da pequena produção na ilha de Sicília. Nessa época, e … Ler mais

Resumo de “A Revolução Copernicana”, de Thomas Kuhn

Resumo do livro A Revolução Copernicana, de Thomas KuhnElaborado por Graziela Vitorino (UFPR) Thomas Kuhn denomina de “Revolução Copernicana” as modificações no pensamento cosmológico e astronômico operadas por meio do livro “De Revolutionibus Orbitum Caelestium” de Copérnico, publicado em 1543 (ano de morte de Copérnico). Este livro permitiu aos contemporâneos e posteriores uma abordagem nova … Ler mais

Beiriz

Oliveira Lima Beiriz I Beiriz é uma freguesia quase a igual distância da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, situada mais para o interior entre pinhais, milharais e vinhedos, além de alguns campos em que só crescem urzes. Há uma aldeia e há sobretudo um grupo de habitações pertencentes à família Almeida Brandão. … Ler mais

NO MINHO – Vila do Conde

Oliveira Lima NO MINHO Vila do Conde O Minho, como aliás todo Portugal, é das regiões mais interessantes da Europa pela sugestiva combinação que oferece de história, de arte e de natureza. Em Vila do Conde, por exemplo, onde estou passando algumas semanas, temos de um lado a linha ondulante da praia, com seus rochedos … Ler mais

O SR. EDGAR PRESTAGE E O PASSADO DE PORTUGAL

Oliveira Lima O SR. EDGAR PRESTAGE E O PASSADO DE PORTUGAL Poucos serão os que no Brasil conheçam o Sr. Edgard Prestage: apesar de haver-se realizado a identidade das instituições, o nosso afastamento intelectual da antiga mãe pátria não tem feito mais do que acentuar-se, mesmo porque tem incontestavelmente baixado entre nós o nível de … Ler mais

Impressões de viagem – EM TERRA BASCA – Loiola

EM TERRA BASCA Oliveira Lima II Loiola Da estação de Zumárraga o berço de Legazpi, o conquistador das Filipinas, centro de tradições guipuzcoanas e carlistas, portanto particularistas c absolutistas, onde se ergue a estátua do bardo vas-conço Iparraguirre, com sua barba de Homero, empunhando porém cm vez da nobre lira a popular guitarra, e muito … Ler mais

ROBERT SOUTHEY – por Oliveira Lima

ROBERT SOUTHEY por Oliveira Lima Entre os escritores estrangeiros que para nós voltaram sua atenção e de nós se ocuparam desde que temos história, nenhum possui mais justificados títulos à admiração e gratidão nacionais do que Robert Southey, o bem conhecido autor, afora diversos outros trabalhos relativos a Portugal e à América do Sul, de … Ler mais

As três Missas do Galo – Alphonse Daudet

Sobre Alphonse Daudet (biografia) Nascido em Nimes, a 13 de maio de 1840, e filho de uma família abastada, não teve Daudet, entretanto, uma juventude muito feliz. Falindo seu pai, que era dono de uma fábrica dc seda em Lyon, o jovem Alphonse, com 16 anos apenas, viu-se obrigado a deixar aquela cidade c transportar-se … Ler mais

JACINTO FREIRE DE ANDRADE e FR. LUÍS DE SOUZA

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876) CURSO DE LITERATURA NACIONAL Fonte: editora Cátedra – MEC – 1978 LIÇÃO XXVII – biografia O PADRE JACINTO FREIRE DE ANDRADE O Padre Jacinto Freire de Andrade, natural da cidade de Beja, na província do Alentejo, viu a luz em 1597. Revelando desde os mais verdes anos grande propensão … Ler mais

MARTIM FRANCISCO RIBEIRO DE ANDRADA (1.°)

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota (Arthur Motta) (1879 – 1936) Capítulo V – PRIMEIRO IMPÉRIO — ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (continuação) MARTIM FRANCISCO RIBEIRO DE ANDRADA (1.°) Nasceu em Santos (província de S. … Ler mais

A oratória do Padre Antônio Vieira

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876)

CURSO DE LITERATURA NACIONAL Fonte: editora Cátedra – MEC – 1978

LIÇÃO XXIII –História da oratória – apostila de oratória (falar em publico)

romance

LIÇÃO XXV

oratória

Privada da tribuna política e judiciária, não restava à eloqüência portuguesa senão o púlpito para teatro de sua glória. Prejudicava-lhe ainda aí a crença geralmente espalhada entre os pregadores de que todo o artifício retórico devera ser banido dos sermões e panegíricos dos santos, não necessitando de ornatos a linguagem evangélica. Com o progresso porém das luzes foi definhando semelhante crença, e convencendo-se os oradores sagrados que mais frutuosas seriam as suas prédicas se menos rudes se tornassem elas. Quer pelas dificuldades da impressão, quer pela natural modéstia dos religiosos que então principalmente ocupavam a cadeira da verdade, não nos consta que hajam sermonários dignos de estudo e imitação nas três primeiras épocas da nossa literatura. Destinada estava à Companhia de Jesus o fornecer a Portugal o seu primeiro pregador, com cuja vida e trabalhos oratórios passamos a ocupar-nos.’

O PADRE ANTÔNIO VIEIRA

O Padre Antônio Vieira nasceu na cidade de Lisboa a 6 de fevereiro de 1608. Foram seus pais Cristóvão Vieira Ravasco e D. Maria de Azevedo. Na tenra idade de oito anos incompletos acompanhou seu pai à cidade da Bahia, onde este vinha exercer o emprego de secretário do Estado do Brasil. No

colégio dos padres da Companhia fez ele o seu curso de preparatórios, então chamado de humanidades, com grande aplauso de seus mestres e condiscípulos, e aos quinze anos, abandonando a casa paterna, abraçou o instituto de Loyola; no qual professou a 6 de Maio de 1625.

Tão prematuro foi o seu desenvolvimento intelectual, que na tenra idade de dezoito anos já regia uma cadeira de retórica no colégio de Olinda, e compunha comentários às tragédias de Séneca e às Metamorfoses de Ovídio. Ainda antes de receber a ordem de persbítero, o que teve lugar no mês de dezembro de 1635, pregava com grande fama nas principais igrejas da Bahia, onde principiou essa celebridade que depois se estendeu por toda a Europa.

Levou-o a Lisboa o fausto sucesso da restauração da au-gustíssima casa de Bragança, sendo escolhido pelo vice-rei, marquês de Montalvão;,, para acompanhar à metrópole seu filho D. Fernando de Mascarenhas, incumbido de felicitar o novo rei. Envolvido no ressentimento popular centra a família dos Mascarenhas, da qual alguns membros se haviam bandeado para o partido de Castela, escapou o padre Vieira de ser vítima do furor da populaça de Peniche, devendo ao governador da praça, conde de Atouguia, o ser conduzido salvo à capital do reino, onde não tardou em granjear as boas graças de D. João IV e de seu filho, o príncipe D. Teodósio.

Não é do nosso intuito traçar aqui o quadro dessa existência tão cheia de peripécias, das vicissitudes por que passou o maior homem que naqueles tempos contava Portugal. Sucessivamente encarregado das mais importantes comissões dentro e fora do país, era o padre Vieira ouvido como conselheiro, e enviado como diplomata a diversas cortes e governos da Europa. Por suas mãos passavam os mais importantes negócios tendo o marquês de Niza, ministro de D. João IV em França, expressa ordem de nunca falar à rainha regente e ao cardeal ministro, senão acompanhado do célebre jesuíta. À sua influência deveu a causa da restauração o valioso auxílio de três fragatas carregadas de petrechos bélicos e o empréstimo de avultada soma de cincoenta mil cruzados. No meio desses triunfos diplomáticos, vemo-lo partir para o Maranhão, em obediência às ordens dos seus superiores eclesiásticos, e, depois de pregar o Evangelho seis anos à tribo dos Poquizes e à dos ferozes Nheengaíbas, empenhar-se com não menos zelo no caloroso debate suscitado entre a Companhia e os colonos acerca da escravidão indígena, o que lhe valeu ser preso e remetido para o reino com outros jesuítas.

Schopenhauer – “Metafísica do Belo” – A Genialidade e o Puro Sujeito que Conhece

Arthur Schopenhauer

“Alguma vez a natureza produziu um homem perfeitamente belo em todas
as suas partes? Opinou-se que o artista tem de estudar conjuntamente
as inúmeras partes belas isoladas distribuídas por muitos homens e
delas compor um todo belo, opinião essa disparatada e destituída de
sensibilidade. Pois perguntemo-nos: como o artista pode reconhecer que
algumas dessas partes isoladas são belas e as outras não?”
(Schopenhauer) Beleza está na idéia representada pela pintura, pela
filosofia, poesia, escultura ou música, não no homem.

FERNÃO MENDES PINTO e as viagens portuguesas para a Ásia nos XVI

São de certo as viagens uma das mais agradáveis maneiras de instruir deleitando. Conhecer os usos e costumes dos diversos povos sem correr os perigos inseparáveis das peregrinações, deve ser o ãesideratum dos espíritos curiosos, e ávidos da verdadeira e sólida instrução. Raro porém, é o viajante, que, fielmente compenetrado de sua missão, não troque o foro de historiador pelo de romancista, sacrificando a verdade nas aras da ficção, como que para indenizar-se dos azares por que passara, e das decepções que experimentara. A mesma dificuldade porém de encontrar-se um verídico guia da nossa curiosidade faz com que mais apreciado seja ele, constituindo o seu livro a mais agradável e profícua leitura que se nos possa deparar.

Dentre os numerosos viajantes que enriqueceram a literatura portuguesa no período de que ora nos ocupamos, faremos seleção de um que se avantaja não só pela beleza do seu estilo, como pela sinceridade e modéstia que de contínuo guiam a sua pena.

FERNÃO MENDES PINTO

historiografia portuguesa: História do Descobrimento e Conquista da Índia

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876)

CURSO DE LITERATURA NACIONAL

LIÇÃO XV

LIÇÃO XVI

historiografia

(Ninguém desconhece a importância do estudo da história, magistra vita, testis temporis, na frase de Cícero. Com o fio de Ariane conduz-nos ao labirinto do passado, e faz-nos assistir pela imaginação a fatos ocorridos em estranhos climas e remotas eras. Fez-nos classificá-la nas belas letras o encanto que nos causa a sua leitura, por isso que não poucas vezes a pena do historiador se converte em pincel, e descrevendo, ou narrando, deslumbra-nos pelo brilhantismo do colorido.

De duas diversas maneiras pode-se escrever a história: ou como testemunha impassível dos acontecimentos, registrando-os sem fazer-lhes o menor comentário; ou apreciando as causas donde dimanam os sucessos, e procedendo à rigorosa autópsia das circunstâncias que mais ou menos atuaram sobre eles. O primeiro destes métodos produz a crônica, que rejeita a crítica, e, interrogando as tradições populares, apressa-se em enfeixá-las em um ramalhete de maior ou menor fragrância. Foi Heródoto o patriarca dessa escola, que contou ilustres adeptos, sendo Fernão Lopes o que em Portugal maior nomeada granjeou. Submete a segunda escola todos os fatos à luz da crítica, e nunca conta sem que moralize e racircme. É mais filosófico e infinitamente mais útil o segundo destes métodos: cumpre porém reconhecer que exige ele da parte dos escritores e dos leitores certo grau de adiantamento que lhes permita estudar com imparcialidade o passado, cortando não raro por legendas que sobremodo lisonjeiam o orgulho e a vaidade nacionais.

JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA – O PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota ( Arthur Motta) (1879 – 1936)

CAPÍTULO III

O PATRIARCA DA INDEPENDENCIA

JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA

Nasceu na cidade de Santos (S. Paulo), em uma casa da Rua Direita, a 13 de junho de 1763, e faleceu a 6 de abril de 1838, em Niterói. Era filho de Bonifácio José Ribeiro de Andrada e D. Maria Bárbara da Silva. O seu nome de batismo era José Antonio, por haver nascido no dia de Santo Antonio. Mas substituiu o cognome por Bonifácio, antes de completar 13 anos de idade. Jazem os seus restos mortais em Santos, no Panteão adrede construído em homenagem à sua memória, como também foi erguido, na Praça Marechal Deodoro, o monumento aos três Andradas, por ocasião do centenário da nossa Independência.

Na cidade do Rio de Janeiro, quase no centro do Largo de S. Francisco de Paula, a praça dos comícios, erigiu-se a sua estátua de bronze.

 

NOTÍCIA BIOGRÁFICA E SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO CRÍTICO

Variam as maneiras de se apreciar um homem pelos seus atos e suas obras: ou determinam-se-lhe os valores pelo exame da fase em que atuou, e do meio em que viveu, ou tem-se unicamente em vista a sua existência através da sua ação, como personagem dos acontecimentos em que se desenvolveu sua atividade e como autor de obras mentais, ou, finalmente, como reflexo de sua produção, isto é, deduzindo-lhe o valor, fixando-lhe a psicologia, pelo exame intrínseco dos atestados de sua mentalidade. Na primeira função de julgar,intervindo a conexão empírica de causa a efeito, aparece a critica histórica como elemento fundamental. É o senso histórico que prevalece, como sucedeu desde a mais remota Antiguidade, a partir de Heródoto ou mesmo de historiadores mais antigos, porém menos conhecidos.

(1) A bibliografia serve aos capítulos I e II, indistintamente.

 

COMO SE PRECIPITARAM OS ACONTECIMENTOS NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

AÇÃO DE POLÍTICOS E TRIBUNOS, DE JORNALISTAS E PUBLICISTAS

Já foi apreciada, com acentuada simpatia, a função exercida por José da Silva Lisboa (Visconde de Cairu), na elaboração da Independência e na sua proclamação. Cabe-me o ensejo de render o mesmo culto de justiça aos outros políticos brasileiros que se salientaram no movimento decisivo da nossa emancipação política

O fenômeno social havia sido previsto por políticos portugueses e por homens de elevado descortino, quando aconselharam aos reis de Portugal a fundação ou a transferência da monarquia portuguesa para o imenso e próspero território da colônia na América. Assim ter-se-ia manifestado o Padre Câmara a D. Sebastião, quando tentou dissuadi-lo da funesta expedição à África. Conselho idêntico formulara o Padre Antonio Vieira a D. João IV, sugerindo-lhe a imensa vantagem de um império lusitano em nossas plagas. Atribuem, igualmente, a D. Luiz da Cunha o mesmo alvitre e ao Marquês de Pombal fundamentada sugestão a D. José I. O Conde da Barca manifestara a opinião da permanência do monarca no Brasil, de acordo com a qual se externara abertamente o embaixador austríaco Sturmer, tanto na correspondência dirigida a Metternich, como em conversa franca, entretida com o próprio D. João VI.

A música – Capítulo da História da Arte de ERNEST GROSSE

HISTÓRIA DA ARTE DE ERNEST GROSSE (1893) A MÚSICA CAPÍTULO X Nos graus inferiores da civilização, a música encontra-se sempre unida à dança e à poesia. Como os civilizados, as tribos primitivas não conhecem a dança sem acompanhamento musical. "Jamais cantam, sem dançar e vice-versa", diz Ehrenreich, com referência aos botocudos. É por isso que … Ler mais

O OÁSIS D’ALMA (Lendas Matogrossenses)

O OÁSIS D’ALMA Era o dia que sucedeu àquela noite tenebrosa, noite feia e de ingrata memória, em que o olvido ao primeiro e maior dos mandamentos produziu na cidade moça um grande cataclismo moral. Do Baú ao Porto do Mundéu ao Lava-pés, a ação nefasta dos nossos maus hóspedes se estendeu com toda a … Ler mais

Lendas Matogrossenses Cristãs – A imagem de nossa Senhora do Livramento

imagem nossa senhora conto

NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Isto se dera no venturoso povoado, hoje Vila do Livramento, rodeado de ribeiros e regatos, atacado de águas e matacões penetrantes. Empolgado, ao Sudoeste, pelos cerros ondulosos que derivando da fonte perenal do Bamba, vão encrespando quase toda a região benéfica e produtiva que se expande entre os Cocais e o … Ler mais

O CAFÉ QUE NÃO ACABAVA – lenda cuiabana de tradição cristã

O CAFÉ QUE NÃO ACABAVA Eram 11 horas da noite de 11 de novembro de 1876. Noite triste de vigília para a população cuiabana. Nas primeiras horas da tarde desse dia, finara-se o venerando e venerado ancião que, fundara a Diocese de Cuiabá. De hora em hora, o sino maior da igreja matriz tocava em … Ler mais

A MÃE DAS COBRAS – mito indígena brasileiro

lenda indígena

A MÃE DAS COBRAS A velha cidade goiana, engastada num declive aurífero e recortada pelo arroio Lavapés amanhecera gárrula e enfeitada dos melhores ornamentos domingueiros: pelas ruas bandos juvenis, moços e moças corriam apressados ao apelo do envelhecido sino; velhinhas iam murmurando já suas orações pelos caminhos, enquanto uma onda de escravos crescia na direção … Ler mais

PROCISSÃO DAS ALMAS – conto de assombração

PROCISSÃO DAS ALMAS Passou-se na Velha Capital. Fazia muito calor. Naquele tempo, como ainda hoje, era costume entre as gentes do lugar, nas noites de verão muito forte, ficarem as pessoas à porta das casas, em grandes rodas de palestras, ou darem umas voltas pela cidade até muito tarde, esperando o calor diminuir e assim … Ler mais

PEDRO, O GRANDE (czar da Rússia) – por Voltaire

"HISTÓRIA DE CARLOS XII, Rei da Suécia" PEDRO, O GRANDE Autor: VOLTAIRE Veja também: História da Suécia no século XVI. LEIA esse livro completo no Google Books Pedro Alexiowitz recebera uma educação que tendia a aumentar ainda mais a barbaria dessa parte do mundo. Seu temperamento levou-o a apreciar os estrangeiros, antes de saber a … Ler mais

MILAGRES – Dicionário de Voltaire

Dicionário Filosófico de Voltaire – verbetes selecionados MILAGRES Um milagre, pela força da palavra, é uma coisa admirável. No fundo, tudo é milagre. A ordem prodigiosa da natureza, a rotação de cem milhões de globos em torno de milhões de sóis, a actividade da luz, a vida dos animais, são milagres perpétuos. Segundo as ideias … Ler mais

Uma Breve Apresentação da História da Didática

Uma Breve Apresentação da
História da Didática

Paula Ignacio

A
Didática, antes dos sofistas, não era conhecida pelos homens. Ela tinha outras
características, menos formais e artificiais, voltadas para a prática da vida
cotidiana, dava-se de maneira natural.

No
entanto, na Magna Grécia, a vida social, cultural e política adquiriu uma nova
maneira de se dar: a Palavra como o centro do Poder. Quem tinha a melhor
oratória e retórica podia ser ouvido, e a educação acontecia dessa forma. Esse
poder era concebido somente aos cidadãos (somente homens e nascidos nas cidades,
como Atenas por exemplo). Havia muitos grupos que não possuíam direitos
políticos, esses não tinham o poder da palavra. Por causa disso, os discursos passaram
a ser de extrema importância e surgiram os sofistas, que de certa maneira
transformaram a educação em uma espécie de tutoria, onde aquele que tinha o
poder da palavra ensinava aos outros cidadãos. Esse processo transformou a
educação, que antes se dava de maneira natural, em algo artificializado, pois
aqueles que não tinham poder procuravam aqueles que possuíam o dom da palavra e
da oratória para receberem instruções.

A perseguição aos índios nos primórdios de São Paulo – História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891) História do Brasil Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931. TOMO II CAPÍTULO XI A capitania geral de São Paulo   A parte nordeste da antiga capitania geral, a atual província de São Paulo, prende a nossa atenção no mais alto … Ler mais