PROCISSÃO DAS ALMAS – conto de assombração

PROCISSÃO DAS ALMAS Passou-se na Velha Capital. Fazia muito calor. Naquele tempo, como ainda hoje, era costume entre as gentes do lugar, nas noites de verão muito forte, ficarem as pessoas à porta das casas, em grandes rodas de palestras, ou darem umas voltas pela cidade até muito tarde, esperando o calor diminuir e assim … Ler mais

CAIPORA – Lenda do Folclore Brasileiro

O CAIPORA O aspecto do caipora varia conforme a impressão que causa e a pessoa que êle tem que arruinar e fazer infeliz. Frequenta, de ordinário, as encruzilhadas e as curvas dos caminhos. Antigamente, só espantava os caminhantes a pé ou a cavalo, fazendo este passarinhar e dar com o cavaleiro ao chão. Atualmente, êle … Ler mais

Uma historinha do saci-pererê no folclore de Goiás

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O SACI Por aquele tempo o Saci andava desesperado. Tinham–lhe surrupiado a cabaça de mandinga. O moleque, extremamente irritado, vagueava pelos fundões de Goiás. Pai Zé, saindo um dia à cata dumas raízes de mandioca castelã que sinhá-dona lhe pedira, topou com êle nos grotões da roça. m O preto, abandonando a enxada e de queixo … Ler mais

A MULA-SEM-CABEÇA – História da Lenda do Folclore

A MULA SEM CABEÇA

A MULA SEM CABEÇA A Mula-sem-cabeça, Burrinha-de-padre ou simplesmente Burrinha, é o castigo tremendo da concubina do padre católico. Na noite de quinta para sexta-feira muda-se numa mula, alentada e veloz, correndo com espantosa rapidez, até o terceiro cantar do galo. Seus cascos afiados dão coices que ferem como navalhadas. Homens ou animais que encontra … Ler mais

A PISADEIRA – Folclore Paulista

folclore brasileiro

A PISADEIRA Essa é uma mulher muito magra, com os dedos compridos e secos e unhas enormes. Tem as pernas curtas, cabelo desgadelhado, queixo revirado para cima e nariz magro e muito arcado. Sobrancelhas cerradas e olhos acesos. Quando a gente acaba de cear e vai dormir logo, deitado de costas, ela desce do telhado … Ler mais

A VINGANÇA DO CORONEL

A VINGANÇA DO CORONEL O ano correra bem e seu Brás, homem devoto, que nunca perdia missa ou terço rezado nas circunvizinhanças do povoado de Jataí, havia colhido, a poder de mutirões e de promessas, nada menos que onze sacas de feijão mulatinho — um despropósito! Veio, então, pressuroso, à vila, vender a mercadoria, e … Ler mais

MÃE-D’ÁGUA – lenda da IARA – folclore brasileiro

As duas histórias seguintes têm suas variantes dentro da colheita feita pelos estudiosos do assunto. Bem pouco aproveitado tem sido o vasto ternário que apresentam as lendas e contos populares brasileiros, todos originários da mitologia rudimentar de nossos índios, e das superstições, crendices, tradições orais e sincretismo religioso aqui instalado com o elemento negro. MÃE-D’ÁGUA e XANGÔ são contos recolhidos entre os negros brasileiros.

MÃE-D’ÁGUA

ERA UM HOMEM muito pobre que tinha sua plantação de favas na beira do rio; porém, quando elas estavam boas para colher, não apanhava uma só, porque, da noite para o dia, desapareciam. Afinal, cansado de trabalhar para os outros comerem, tomou a resolução de espiar quem era que lhe furtava as favas.

O Idioma Tupi, por JOSÉ VIEIRA COUTO DE MAGALHÃES

JOSÉ VIEIRA COUTO DE MAGALHÃES (Minas, 1837-1898) foi um infatigável estudioso dos nossos sertões e no estudo das línguas indígenas despendeu boa parte da sua atividade.

Envolvido na política do Império e filiado ao partido liberal, presidiu as províncias de Goiás, Pará, Mato Grosso e São Paulo. Na penúltima destas presidências prestou relevantes serviços, desoprimindo da invasão paraguaia uma parte da província; e, como prêmio das vitórias que nisso alcançou, foi galardoado com o posto de brigadeiro honorário, distinção que então rarissimamente se concedia a civis.