– RESUMO DA HISTÓRIA DA INVENÇÃO DA IMPRENSA
Dr. Aluísio Telles de Meirelles.
Fonte: Manual do Executivo.
Novo Brasil editora brasileira.
A IMPRENSA – A invenção da imprensa e os impactos que isso causou
ANTES da divulgação da imprensa, a divulgação das idéias por meio de manuscritos era limitada e caríssima. A aquisição de cultura constituía um privilégio dos raros homens de fortuna.
Gutemberg, no ano de 1456, revolucionou por compito os métodos de divulgação. Com a prensa de tipos móveis, ele conseguiu maior rapidez na reprodução dos textos, chegando a obter trezentos exemplares por dia.
Desse modesto ponto de partida, alcançaram-se as enormes tiragens atuais com a invenção das rotativas e da linotipo, que é um verdadeiro cérebro de aço na arte de compor.
O aperfeiçoamento das máquinas de imprimir barateou o livro e o jornal, permitindo assim, maior disseminação das luzes da ciência entre ricos e pobres.
Hans Gutemberg nasceu em Mogúncia, na Alemanha, no ano de 1379 e faleceu em 1448. Em 1420, exilou-se da sua terra natal por causa dos tumultos que se deram por ocasião da entrada, nessa cidade, de Frederico III.
Em 1434, então em Strasburgo, associou-se a André Dritzehen para uma fábrica de espelhos. Dois anos mais tarde entraram também para essa sociedade João Riffe e André Heilman.
Na realidade, ninguém podia afirmar ao certo, se a indústria por eles explorada, era mesmo a fabricação d espelhos. Ficou depois provado, num ruidoso processo que a indústria por eles explorada era uma tipografia
Em 1441 faleceu Dritzehen e a sociedade fica dissolvida. Depois disso, há um período misterioso na vida de Gutemberg. Alguns anos depois, reaparece o invento em Mogúncia, depois de ter estado cerca de 25 anos au sente da pátria.
Estabelecendo residência em Mogúncia, Gutemberc conseguiu interessar no seu negócio um comerciante poi nome João Fust. Com o dinheiro de Fust, foi montada nova oficina de impressão. Dessa modesta oficina saiu, em 1445, a sua famosa Bíblia.
Dezesseis anos após a impressão dessa grande obra, a arte tipográfica já se achava difundida na Alemanha e, passando as fronteiras, espalhava-se por todos os paísei da Europa. Surgiram oficinas em Strasburgo, Colônia, Roma, Florença, Nápoles, Milão, etc.
A vida de Gutemberg foi uma das mais gloriosas, mas também, uma das mais infortunadas. Ódios, perseguições, injustiças, tudo êle sofreu, sem ter tido, em troca, um momento de ventura.
Sem amigos sinceros, sem lar e sèm amparo, contava apenas com a perseverança inquebrantável, que possuía para os seus empreendimentos.
Sua existência se resumia nisso: trabalhar e sofrer. Sua obra, todavia, aí está: é o verdadeiro facho da civilização. O livro e a imprensa têm sido os maiores fatores do progresso e da educação dos povos.
Daquela humilde oficina de Mogúncia saiu a luz que haveria de aclarar o pensamento da humanidade, por séculos e séculos. Gutemberg faleceu em 1468. Quatro n ti los depois da sua morte, a cidade de Mogúncia erigiu mim estátua em sua honra. Foi Gutemberg um dos grania. homens do mundo.
* * *
O conhecimento do processo de impressão de letras era já conhecido há séculos no Oriente, passando da China «io Japão. Existem livros impressos ainda naquela região, datados de 1330. Com respeito, porém, à arte tipográfica do Ocidente, é ponto pacífico que ela nasceu na Alemanha, passando depois para a Itália, Suíça, França, Holanda e Itrlgica. Seu inventor é, fora de dúvida, Gutemberg.
Atribui-se ainda a invenção da imprensa ao médico italiano Gastaldi e, segundo tais fontes, os folhetos impressos por Gastaldi, em 1461, apareceram antes que se tivesse notícia, na Itália, da invenção alemã.
O termo “imprensa” é empregado comumente para definir vários processos de impressão, seja sobre tecidos, madeira, couro, etc., o que não é correto.
A impressão propriamente dita, é a que comporta duas preparações: composição e impressão. A composição pode ser feita à mão, a cargo dos tipógrafos ou pelos linotipistas e a impressão, a cargo dos impressores.
Na composição manual são empregados tipos obtidos geralmente com uma liga metálica composta de chumbo, antimônio e estanho, e os caracteres ou tipos, são inoveis. A composição é feita baseada no texto original que deve ser reproduzido e impresso.
A composição manual, evidentemente é mais cara (‘ mais demorada do que a composição mecânica que a substitui e que chamamos linotipo, cuja invenção resulta na composição e fundição de linhas inteiras escritas, que, no seu tempo, ou melhor, na época de sua invençã revolucionou a impressão tipográfica.
Aconteceu nas oficinas do “Tribune”, de Nova York quando em 1886, Ottmar Mergenthaler, um jovem emigrado alemão, realizou sua primeira experiência, baten sobre o teclado da máquina que após um ronco e uí estalo, deixou cair um minúsculo e brilhante lingote de metal, quase da largura de uma coluna de jornal, no qual se viam oito palavras.
Entusiasmado, o editor de “Tribune” exclamou: “A line o type!” (uma linha inteira impressa), frase com que ficou batizada a fabulosa máquina.
Tal invenção custara ao alemão muitos anos de estudo e trabalho. Em 1867, Mergenthaler conhecera, em Baltimore, um indivíduo que, para os seus trabalhos de copista, adquirira uma máquina litográfica, baseada na reprodução da escrita mediante uma chapa de pedra e isto lhe sugerira a idéia de que seria possível construir uma máquina de escrever que, imprimindo as letras em papelão, produzisse um modêlo, sôbre o qual, derramando-se metal fundido, se poderia formar uma linha de composição.
Durante dois anos Ottmar, realizou experiências, desenhou vários projetos, sem encontrar, no entanto, um que lhe satisfizesse, até que teve a idéia de, ao invés do papelão, usar um modêlo de metal, pondo-o em contacto com uma liga de chumbo fundido para formar os caracteres.
Mais dois anos de estudo e a máquina chegou a alcançar um enorme grau de perfeição, mas sòmente do ano de 1886 ele pode sentar-se diante do teclado da sua máquina e lograr os resultados esperados.
Cada uma das noventa teclas da maquina comandava um tubo vertical onde se encontravam armazenados tipos
de determinada letra. O metal fundido, coava por uma fresta sob os moldes, dando lugar subitamente, à impressão da própria linha.
Automàticamente, um braço metálico levantava os moldes para a parte superior a máquina e afastando-os lateralmente, fazia-os recair, um a um, no próprio tubo-depósito.
Dessa forma podiam ser impressas, com rapidez e perfeição, uma linha após outra.
A principio, a linotipo foi combatida pelos tipógrafos por que executava em menos tempo o trabalho de muitos dOles de uma só vez, mas, logo se-demonstrou que não prejudicava a eles, pois a invenção deu vida a centenas de indústrias, e em conseqüência, trouxe trabalho para milhões de pessoas.
Em 1889, Mergenthaler criou um modelo bem mais M[>erfeiçoado da linotipo anterior, mais veloz e mais resistente. É esse modelo que a maior parte dos nossos jornais e tipografias usam ainda nos dias de hoje.
Voltemos agora nossa atenção para as primeiras máquinas usadas na impressão. A prensa de madeira, a mão, criada por Gutemberg, foi usada, sem qualquer modificação, por mais de três séculos.
Em 1805, o editor de um grande jornal de Londres, o “Times”, convidou dois mecânicos alemães para estudarem um nôvo tipo de máquina que tornasse mais rápido o trabalho da impressão.
Os dois mecânicos, Koening e Bauer, atiraram-se à obra e o resultado é que a primeira impressora mecânica foi inaugurada com êxito, no ano de 1811.
Outros aperfeiçoamentos e novos modelos de máquinas, a partir daí foram estudados e fabricados, até que chegou-se finalmente às grandes rotativas, um tipo de máquinas modernas que serve para a tiragem rápida de grandes jornais e revistas de grande circulação.
A rotativa ocupa um lugar especial no grande conjunto da técnica tipográfica. Para imprimir nas rotativas, a composição não é executada com caracteres móveis, mas através do sistema de “estereotipia” que consiste na impressão, sôbre cartões macios, das páginas da composição.
Assim, obtêm-se as “matrizes” ou “flans”, sobre as quais é derramado o chumbo derretido. Conseguem-se então, páginas de composição de uma só peça e da espessura de cerca de cinco milímetros, que, montadas em blocos de alumínio, servem para imprimir.
Tais cilindros recebem a tinta em ritmo contínuo e giram sobre o papel levado a contacto com eles. Obtida a impressão, as fôlhas são mecânicamente cortadas e dobradas.
Eis, em síntese, a história da imprensa, que difunde em todos os pontos da terra o pensamento, as idéias e os conhecimentos humanos.
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