A imprensa — a primeira das grandes invenções
PODEROSAS e gigantescas máquinas atiram diariamente milhões de páginas nas mãos sôfregas de uma grande multidão. Imensas florestas são devastadas num só ano para prover de bastante papel o ventre faminto das máquinas de impressão. Porque a imprensa — podemos bem chamá-la de primeira das grandes invenções — é um dos milagres da vida moderna. A máquina de impressão tem a seu cargo a gigantesca tarefa de prover ao cotidiano alimento mental da raça humana. O primeiro educador no mundo de hoje é a página impressa. Todos os ramos da ciência e do saber dependem da imprensa para preservação e distribuição do saber especializado.
A imprensa é uma invenção relativamente recente. E’ verdade que os antigos chineses tinham um tosco sistema de impressão manual, com blocos de madeira. Mas a impressão com tipos móveis, como hoje conhecemos, não tem ainda 500 anos de idade. Três países reclamam para si a honra da invenção. Na Holanda, Coster, já imprimia com tipos móveis aí por 1446. Na Alemanha, Gutenberg começou a imprimir mais ou menos pelo mesmo tempo. E na Inglaterra, Caxton montou uma impressora sua, logo poucos anos depois.
O primeiro livro completo, todavia, foi impress