SARRO
out 30th, 2011 | Por Nei Duclós | Categoria: PoesiaNei Duclós
Sou teu escravo, mas não me tens cativo
e sendo minha não serás meu gado
proprietária da graça que te faz rainha
impões com a beleza o que me dá vontade
Perguntam como faço quando estás sozinha
e cuidas do teu corpo, extrema divindade
digo que me deito à espreita da vinha
apogeu da festa sem papéis trocados
A não ser que o curral onde o desejo esgrime
abrigue uma transgressão de personagens
e viramos bichos farejando o orgasmo
A submissão se exime e pede licença
deixa de ser tortura, exílio e desavença
e se transforma no sorvo de infinito sarro