Muitos, ao olharem no espelho, acreditam que o que vêem no reflexo é tudo o que existe de si mesmos. Eu, quando vejo o meu reflexo no espelho, vejo uma máquina, um robô com sistemas mecânicos, articulações, sistemas elétricos e hidráulicos. Uma máquina extremamente sofisticada, controlada por um computador extremamente sofisticado, o cérebro, capaz de processar dados, fazer analogias e tomar decisões a partir de informações recebidas de sensores externos. Os olhos são transdutores capazes de transformar luz em sinais elétricos e transimiti-los ao cérebro através de condutores chamados neurônios. Os ouvidos fazem o mesmo com o som, a pele decodifica pressão mecânica em sinais elétricos e o olfato e o paladar identificam as moléculas dos alimentos e odores e transmitem a correspondente informação elétrica ao cérebro.Então o cerébro processa todas essas informações que recebe do ambiente, processa, compara, faz conclusões lógicas e direciona o restante do corpo, exatamente como uma máquina faria. Mas de onde vem a criatividade? E o amor e o ódio e todas as emoções? De onde vem a alegria e a tristeza? De onde vem esta parcela humana que vai muito além de um simples instinto de auto-preservação programado no cérebro? Esta é a parcela da alma, e o nosso verdadeiro EU.Aquilo que fala em você, aquilo que te permite criar e filosofar, aquilo que computador nenhum criado pelo homem jamais poderá reproduzir, aquilo é a alma.