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06/10/2004 às 15:23 #70183Miguel (admin)Mestre
A verdade é tema por demais estudado e investigado por filósofos e psicanálistas de todos os tempos.
Desde a filosofia pré-socrática até os dias de hoje pensadores se debatem para buscar através da razão a origem e as bases do que é a verdade.
É certo que as virtudes dos seres, sejam elas: a ética e os valores que lhe seguem, o amor universal e o respeito à natureza não só humana, mas ao cosmo, são projetos erguidos sobre a razão, mas não perdendo a distância com a busca de uma dialética e de um método que eleve os seres humanos enquanto construtores e reconstrutores de novos paradigmas, autores e não meros atores de mudanças qualitativas de vida para todos os seres.
A única verdade, a mais duradoura e convincente é a busca da paz, da justiça e do amor universal. A verdade esta contida dentro deste parâmetros concretos, sem os quais tudo torna-se apenas “folhas aos vento” e demagogia barata, barro amassado sem o trabalho do oleiro.
Os grandes mestres: Sócrates, Platão, Aristóteles, Jesus “o cristo”, Descartes, Marx e outros vários, também “bateram na mesma tecla”.
A grande verdade é a “grande busca da felicidade plena”, de um sentimento de amar tudo e ser amado por todos, é se desprender dos dogmas e buscar novos vôos e novas alturas, novas conquistas no plano ontológico e abandonar o plano fisiológico gerador da filosofia do egoísmo e de todos os ísmos que lhe seguem tornando os seres em incuidáveis reprodutores de coisa nenhuma a não ser de prazeres pequenos e momentâneos que ferem a natureza universal que nos foi doada pelo Criador de todas as coisas.}}
17/10/2004 às 2:07 #79428Miguel (admin)MestrePara conhecer a verdade são necessários meios absolutos e concretos. Nós não possuimos nenhum destes, então surgem “grandes mestres”, e expõe, de maneira mais ou menos contraditória, o que eles sentem sobre o mundo, e centenas de anos depois, pessoas iguais a você que acreditam em “felicidade plena” e “vôos a novas alturas”.
Por favor, nós ainda nem chegamos à superfície, não tenha a pretensão de querer voar. Você vai acabar se machucando, ou vivendo uma grande ilusão.
O problema seu é: por que felicidade? Por que “amor”?
A busca pela felicidade é instintiva. A busca pelo “amor” é instintiva. Um cachorro busca os equivalentes concretos desses objetos e não o faz simbolicamente simplesmente por não possuir tal capacidade neurológica. Não deixe o seu lado animal falar mais alto.
Por enquanto, NADA faz sentido, e é por isso que eu desconfio que realmente falte alguma coisa. Algum meio.
É claro que você pode inventar algumas coisinhas e aí tudo fica colorido, mas não vai nos levar a lugar algum.
Quem é você a ponto de se achar conhecedor da “natureza universal”. Você não passa de uma minhoca com a cabeça enterrada na areia.
E o seu criador? Quando foi a última vez que vocês tomaram chá e ele te esclareceu algumas coisinhas? Um diálogo, não um monólogo.
Paz, justiça e amor universal não passam de símbolos humanos criados no decorrer da história, o que fazem deles, “verdade”?
Por favor, se você se importar em responder, faça de maneira concreta, sem usar essas meias verdades que vocês inventam pra justificar as suas contradições, como “plano ontológico” e “criador”.
Ainda assim sua eloqüencia é muito boa. Pena que ela pareça não ter nada a dizer.
Vocês e as suas “respostas”…
18/10/2004 às 14:00 #79429Miguel (admin)MestreA CAVERNA LAMACENTA
Ser um pensador é ter o privilégio de penetrar em mundos sombrios, mundos esses que nos leva, caso não estejamos revestidos da humildade plena que só a busca do amor pela sabedoria pode nos revelar. O Filósofo é mais do que um homem comum, ele pode e deve abrir mão daquilo que para muitos é pura verdade em detrimento de um pensamento ético voltado para a fraternidade e o amor universal sem perder sua condição de cientista e mestre utilizadando todas as formas de conhecimento de que dispõe para ir de encontro com o seu maior amor, a sabedoria. O que afirmo aqui, afirmo depois de toda uma vida dedicada à busca da sabedoria e do conhecimento sintetizada numa pequena palavra, o amor, mas um amor universal, irrestrito, a visão não para baixo e para os lados, mas para a frente e para o alto com uma pura vontade de descobrir o que está encoberto. Todo ser que ama e se curva diante do conhecimento pode afirmar sem nenhuma sombra de dúvida que está muito próximo pelo menos “da sombra de sua imagem projetada em um lugar escuro”. Sendo assim, jamais devemos comparar um filósofo a uma “minhoca enterrada na areia” ou a um cachorro. Quanto ao “chá com o Criador”, eu tenho orgulho de dizer que tomo o chá das cinco todos os dias com o Criador quando faço meu projeto social auxiliando crianças carentes, pois se você não conhece o Criador pessoalmente procure encontrá-lo numa criança e o achará e tomará chá com ele pessoalmente.
No mais, Aprendi uma coisa com o grande Sócrates que por sua vez deve ter aprendido alguma coisa também com o Criador: ser humilde o bastante, característica de quem é realmente grande na sabedoria. Humilde para aprender sempre que se pensa palavras como se pensa feridas, pois entre o jogo do caos e do cosmo o filósofo é o médico, o professor, o amigo, o irmão, o cientista, o jardineiro, o parteiro, o marcineiro, o político, e o que mais se queira. Ser Filósofo não é querer, mas é poder que advém do amor à sabedoria.
ROBSON VASCONCELLOS DE OLIVEIRA.}}}16/02/2005 às 18:11 #79430Miguel (admin)MestreA verdade é o que liberta e para tê-la, é preciso conhecer esta verdade, a qual é uma pessoa: Jesus Cristo (Jo. 8:32).
Eu o conheço, e vc?29/04/2006 às 3:30 #79431ldsa85MembroBoa noite!Penso que "qualquer verdade é contraditória", por mais verdade que soe a frase (ou não).Suspeito "definições e pontos de vista pessoais", porém, isso garante que a verdade absoluta?Entre marrom e verde eu escolho verde. Até onde meus pensamentos alcançam, faço uma opção devido a possibilidade. Vimemos extremos opostos, talvez é a verdade quem divide dois pontos.E quando teremos uma reta perfeita? Quando minha imaginação permitir que eu encontre a menor partícula que divide dois pontos?Leonardo
08/05/2006 às 0:12 #79432Miguel (admin)MestreSer um pensador é ter o privilégio de penetrar em mundos sombrios, mundos esses que nos leva, caso não estejamos revestidos da humildade plena que só a busca do amor pela sabedoria pode nos revelar. O Filósofo é mais do que um homem comum, ele pode e deve abrir mão daquilo que para muitos é pura verdade em detrimento de um pensamento ético voltado para a fraternidade e o amor universal sem perder sua condição de cientista e mestre utilizadando todas as formas de conhecimento de que dispõe para ir de encontro com o seu maior amor, a sabedoria.
Olá para todos,Texto contraditório. O autor diz que a verdade deve ser rejeitada quando esta for prejudicial à humanidade, mas também diz que o filósofo deve deve utilizar "todas as formas de conhecimento de que dispõe para ir de encontro com o seu maior amor, a sabedoria." Afinal, para que serviria a "sabedoria" se o "saber" que a compõe não é a "verdade"? Apesar disto, é uma questão intrigante: deveríamos rejeitar a filosofia, e, consequentemente, a verdade, se esta não for proveitosa à humanidade? Pois sabemos que nem sempre a verdade é benéfica para todos.Por favor, me dêem suas opiniões, também fiquei um pouco confuso!..rs...
08/05/2006 às 17:55 #79433Dom QuixoteMembro“Esconder-se da verdade é fazer bem ao ego, e iludir o Eu.Revelar a verdade é completar o Eu, e desmascarar todo ego."(Naftalluz)Essa frase dos Naftalluzes diz muito... e poderia ser escrita tbm assim:Esconder a verdade é fazer bem ao ego, e iludir o Eu.Revelar a verdade é completar o Eu, e desmascarar todo ego."A verdade é dura como o diamante, e macia como o pêssego"(Gandhi)A verdade pura, é como o sol do meio dia. Pode queimar, mas ilumina todo o céu, traz energia da qual você precisa. Ou seja:A sociedade impõe que a verdade deve ser oculta. Pois a verdade pode ser prejudicial ao corpo, à matéria. Mas a verdade é 100% benéfica ao espírito, à alma.Dom Quixote...Ao seu dispor.
09/05/2006 às 2:25 #79434Miguel (admin)MestreOlá Quixote…Suposição: de algum modo vc descobre que o mundo vai acabar em uma semana. Vc espalharia esta notícia, mesmo sabendo o caos que este mundo se tornaria? ???Abraços.
09/05/2006 às 6:12 #79435Dom QuixoteMembroEu te respondo com outra pergunta:Você gostaria de passar seus ultimos momentos ao lado de quem, ou fazendo o que?As outras pessoas também teriam esse direito, será que não?Dom Quixote, ao seu dispor...
11/05/2006 às 0:48 #79436Miguel (admin)MestreVocê está certo… Estive pensado melhor sobre isto e começo a pensar que realmente não podemos escapar à verdade.Abraços.
07/06/2006 às 13:48 #79437FlagMembroEu acho que a verdade nunca poderá ser alcançada, porque nós não temos certeza de nada, e quando pensamos que temos certeza vimos a descobrir que afinal não é bem assim. Descartes foi um filósofo que compreendeu muito bem isso, foi para isso que ele chegou ao cogito, a verdade absoluta, a única certeza que nós temos, ou seja que nós existimos.
23/06/2006 às 14:31 #79438munarettiMembroOlá pessoal! Andei um tempo fora pq estava escrevendo um livro sobre o Ceticismo antigo, aliás se alguém o quizer, digam-me.Bem, quanto à questão do conhecimento da verdade, nós já temos uma velha discussão acerca disso na filosofia clássica: a opinião e a verdade em Platão e os sofistas.Platão diz que as opiniões não nos colocam em posse da verdade, justamente por estarem sempre mudando de uma pessoa para outra, de um local para outro de uma época para outra. E daí ele lança a idéia de que a verdade tenha de ser universal e objetiva. Bem, hoje sabemos que esta busca por um saber necessário e universalmente válido tornou-se um dos grandes dogmas da ciência, que refuta a si mesma de acordo com o nosso desenvolvimento histórico. Mas mesmo os sofistas, aqueles que são chamados de charlatões e coisas do gênero, reconheciam ainda mais do que Sócrates a ignorância do ser humano e a sua incapacidade de obter uma verdade universal.Quando diz Protágoras que tudo é opinião, que a linguagem é usada por mera convenção e que o homem é a medida de todas as coisas, ele está fundando nada mais do que o relativismo, contrário ao objetivismo, o qual é desenvolvido de Platão às ciências modernas e contemporâneas. Este ponto de visto do relativismo sofístico desacredita numa verdade, pois quando postula que só existem opiniões, não refere-se somente à opinião deste ou daquele homem, mas do homem em geral. Nós humanos temos uma opinião, o homem tem uma opinião, e quando ela é aceita quase por todos, denominamos esta opinião de "verdade" ou "conhecimento".O ceticismo começa com os sofistas, e desacredita de qualquer certeza absoluta, é a dúvida filosófica no seu sentido mais puro. Hoje existem concepções, principalmente na filosofia analítica, que dizem que, para haver uma suposta verdade, precisamos inicialmente saber se a linguagem que utilizamos para fundamentá-la, está de acordo com o nosso pensamento, o que é difícil, e além disso, precisamos saber se o nosso pensamento está de acordo com "a realidade".E assim, não podemos ter certeza de nosso conhecimento, ele parece ser relativo, e parece não existir "a" verdade, mas sim verdades.Espero discussões, trago algo polêmico que duvida inclusive de nossa existência...
23/06/2006 às 16:29 #79439FlagMembroDis lá o que é isso que duvida da nossa existência?
23/06/2006 às 21:42 #79440munarettiMembroEu lhe respondo que quem duvida de nossa existência somos nós mesmos. E você pode vir a querer argumentar com a prova ontológica de Descartes: “Se duvido, penso, se penso, logo existo”. Mas esta certeza de nossa própria existência está presa justamente ao ato de duvidarmos e pensarmos, e quem nos pode garantir que estes atos são verdadeiros ou reais? Nós mesmos? Mas não somos testemunhos duvidosos de nossos atos, principalmente os atos internos?Nós podemos duvidar, nós podemos pensar e podemos acreditar que realmente existimos, mas isso não constitui verdade alguma, se for tomada como verdade objetiva ou universal. Tratam-se de crenças e evidências propriamente humanas, dadas através de uma linguagem que em algum período foi inventada.Nossas proposições não são exposições nem afirmações assertivas frente aos fatos, sejam eles empíricos ou psíquicos, elas são interpretações, por que não sabemos se vemos a realidade como ela é, não sabemos nem sequer se existe realidade em nossa existência. Descartes inicia sua filosofia como um cético, duvidando de tudo, mas depois aceita a existência humana como evidente, galgada naquilo que hoje sabemos ser um grande mito: a razão. Não é surpreendente que, depois de Descartes "descobrir" aquilo que é evidente e indubitável por si mesmo, passe a aceitar várias coisas como evidentes e indubitáveis?E mesmo não estando na crítica à Descartes, não sabemos se estamos vivos, se estamos na realidade, pois não saímos do universo humano, um universo de interpretações dadas por uma linguagem criada, uma representação perene de algo que é primeiramente intuído, depois pensado, e ainda depois exteriorizado. Não existe algum outro ser que expresse a realidade como nós o tentamos fazer, em suma, não "saímos de nós mesmos", só percebemos as coisas e à nós mesmos a partir de nossa suposta consciência.Abraços
23/06/2006 às 22:51 #79441Miguel (admin)MestreOlá munaretti,Ponto de vista interessante o seu, mas não consigo duvidar do cogito. Mesmo que o pensamento seja uma ilusão, parece-me impossível negar o "eu", ou seja, o sujeito que "assiste" à ilusão.O que acha?
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