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12/07/2001 às 16:26 #69918Miguel (admin)Mestre
quem sabe alguma coisa sobre cristianismo?
25/01/2002 às 0:17 #75075Miguel (admin)MestreOlá anónimo…
Em relação à tua pergunta posso dar-te umas pistas.O cristinismo marcou, quer queiramos quer não, todo o pensamento ocidental. O pensamento grego era dominado por alguns princípios que o cristianismo abalou. Os gregos defendiam a eternidade do mundo e a circularidade do tempo. O cristianismo traz a ideia da criação do mundo a partir do nada, por Deus (Abslotuto, Omnipresemte e Omnisciente) que o fez por um acto de amor e liberdade. Esta ideia da criação a partir do nada é, de todo estranha aos gregos…o cristianismo partilha de uma outra concepção de tempo e de espaço: o mundo teve início e terá fim; o tempo é vectorial ou linear, isto é, irreversível e daí a importância concedida à dimensão temporal do homem e à sua espiritualidade. Efectivamente, se o cristão acredita, como é óbvio, na salvação eterna, sabe que ela passa, sobretudo, pela sua santificação o que implica (ao contrário do que possa parecer) o exercício da liberdade humana. Há também a considerar a noção de natureza humana implícita no cristianismo: o homem é uma unidade substancial de corpo e alma, corpo e alma estes, criados em simultâneo por Deus e tendo Deus concedido à alma a imortalidade. A alma tem uma natureza divina. Com o cristianismo surge também uma nova doutrina moral: o homem tem capacidade para distinguir o bem do mal; como ser racional e livre que é, a si cabe decidir pelo caminho a tomar. Há, portanto, uma valorizalção da dimensão temporal enquanto caminho face à salvação.
Não sei se te esclareci um pouco…eu não sou teóloga mas apenas prof. de Filosofia.
Se precisares, pede mais informação.07/06/2002 às 16:42 #75076Miguel (admin)MestreQuestao interessante…
Sobre isso, e em se tratando de filosofia, nao há como nao citar Kierkegaard. Toda a filosofia deve se desenvolve tendo duas questoes como pano de fundo: (1) o que significa ser cristao; e, (2) como alguem se torna cristao.
Talvez, pelo fato dele ser cristao, alguns possam esperar uma leitura “facil” ou “dogmatica”. Longe disso. O discurso dele é tao corrosivo qt o de Nietzsche, em certo sentido. A dialetica kierkegaardiana está em dialetica com a dialetica hegeliana, e por se colocar como critica a qq sistema, tem efeitos “catastroficos”. Descobriram em seu diario, depois de sua morte, uma frase com o seguinte teor (infelizmente nao recordo literalmente de cabeça): “eles querem subverter a ordem? pois bem, vou mostrar-lhes entao como se faz uma catastrofe”.
Muitos pensamentos interessantes aparecem em sua obra, bastante extensa (alias, leitura prazeirosa, mas nao menos dificil… cheia de pseudonimos, heteronimos, e ironia; ao ponto de ter sido reconhecido como o “novo Socrates” por inumeros pensadores de peso). Com relaçao a pergunta que apareceu: K. colocava como um dos problemas da contemporaneidade o fato de que ela “sabia demais”. Sobre o que saber sobre o cristianismo afirmou uma vez: “Querem saber o que é o cristianismo? Perguntem a Feuerbach!”. (preciso dizer que, vindo de um cristao, isso é ironia?)
[]´s
10/06/2002 às 18:47 #75077Miguel (admin)MestreOnde estaria Jesus dos doze aos 30 anos se não me engano! estaria ele estudando com os essenios?
10/06/2002 às 19:37 #75078Miguel (admin)MestreOlá Walace,
Preciso de uma ajudinha sua, uma vez ouvi falar em esquerda e direita hegeliana, ouvi falar também que Marx se enquadra na esquerda, quanto a Kierkgaard, se enquadraria na direita?11/06/2002 às 13:41 #75079Miguel (admin)MestreOlá J.Domingos,
Só relembrando, por alto: na filosofía do espírito de Hegel, a última das fases é a do espírito absoluto, depois das fases do espírito subjetivo e do espírito objetivo. Os 3 momentos pelos quais o absoluto se manifesta sao: arte (como Ideia intuída no sensivel), religiao (como Ideia representada no simbólico) e filosofia (como Ideia pensada através dos conceitos).
Depois da morte de Hegel, houve uma divisao entre os pensadores que continuaram sua reflexao em duas alas de pensadores: as tais direita e esquerda hegeliana. O pivô da divisao foi justamente a questao da religiao: para Hegel, a religiao era um dos mais altos momentos do espírito, mas ainda nao O mais alto; ela ainda estava como representaçao, sendo que na filosofia essa representaçao seria apresentava pensada e elaborada como conceito.
A questao fundamental era entao: é o cristianismo compativel com a teoria hegeliana?
– a direita defendia que sim, que a filosofia de Hegel nao era incompativel com o cristianismo, mas justamente o explicava atraves da razao.
– a esquerda defendia que nao, que a religiao devia ser abandonada pois teria sido justamente superada pela filosofia.Entao, respondendo sua pergunta: Kierkegaard se colocou fora do grupo de hegelianos. Ele criticou logo na fonte, e discordava tanto da direita qt da esquerda hegelianas. Por alto, seria o seguinte: todos eles construiram sistemas abstratos; bonitinhos ou nao, nao interessa; o erro deles foi só em um pequeno detalhe, ao construirem um sistema abstrato, perderam o homem. A reflexao perde a existencia
Sobre Kierkegaard já foram ditas muitas coisas: ele é irracional, ele é um genio, ele é o Socrates dos tempos modernos, ele é o pai do existencialismo… Entao, o que eu disser vai ser só mais uma coisa. Ele ironizava isso tb, escreveu algo do tipo: “um dia vao explicar a mim também, vao construir um sistema sobre meu pensamento, entao terao compreendido muito bem o que eu disse”. Por isso, termino dizendo: ele é controverso
[]´s
11/06/2002 às 14:46 #75080Miguel (admin)MestreOlá Walace, muito obrigado pela atenção.
Minha maneira de pensar é tentando colocar ordem nas coisas, não sei se isso é bom!
Kierkegaard então deu um salto sobre a teoria hegeliana ou utilizou muito de seus principios?
Como pregava o própio Hegel não dá pra construir o topo de uma piramide se antes não se construir base.
Me corrija se eu estiver errado, Acho que pra formular sua teoria Hegel utilizou muito de Kant e Platão, como utilizou Kant e este é a síntese entre empirismo e racionalismo,no seu pensamento está embutido Descartes e Espinosa talvez por isso o objetivo de liberdade que atravessou eles todos até chegar em Kierkgaard!T+
11/06/2002 às 21:06 #75081Miguel (admin)MestreJ.Domingos,
“Minha maneira de pensar é tentando colocar ordem nas coisas, não sei se isso é bom!”
Nao diria imediatamente que é ruim, mas pode ser perigoso se nao for feito com cuidado ou se for feito rapido demais. Mas para perceber que nenhum filosofo está desconectado de seu tempo, pode ser util. Se esse tema te interessa, a parte da filosofia que trata da interpretaçao é a hermeneutica, é área quente! Talvez valha a pena dar uma olhada. Para isso, Dilthey seria um começo natural; se nao por ser o mais rico, por ser dos primeiros
Vc está certo, Hegel escreveu tendo toda uma tradiçao filosofica por trás, e, em especial: a filosofia classica grega, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling. O velhinho era meio que uma “enciclopedia ambulante”.
Sobre Kierkegaard, ele estudou e era profundo conhecedor do pensamento de Hegel, nao dá para entende-lo sem ter o idealismo alemao como pano de fundo. Nao sei de dá para falar em salto, mas ele apontou uma nova direçao, tirou a filosofia de um certo fechamento, em certo sentido, em que tinha entrado com o “inchaço da razao”, e colocou varias coisas novamente em questao.
[]´s
12/06/2002 às 18:10 #75082Miguel (admin)MestreWallace,
Estava lendo sobre o assunto Hermeneutica e dilthey (na internet mesmo) e já apareceu Heidegger
Obrigado por indicar caminhos!
29/07/2002 às 12:33 #75083Miguel (admin)MestreVoltando um pouco ao assunto cristianismo!
Este é um trecho que retirei de um texto intitulado: Carta a um Maçom: por Marcelo Ramos Mota.
http://www.mysunrise.ch/users/prkoenig/motta/moma1.htmDevo começar por repetir-lhe o que lhe disse por ocasião de nossa conversa, e que tanto chocou seus bons sentimentos e sua honesta devoção: que o homem chamado “Jesus Cristo” nos Evangelhos nunca existiu. Suas peripécias são fictícias; não padeceu sob nenhum Pôncio Pilatos; não foi nem poderia jamais ser a única Encarnação do Verbo; e qualquer Igreja, seita ou pessoa que diga o contrá rio ou está enganada ou enganando.
Não quero dizer com isto que um homem assim não pudesse ter nascido, pregado, e padecido. Pelo contrário: tais homens nascem continuamente, e continuarão a nascer por todos os tempos: Encarnações do Logos, Templos do Espírito Santo, Cruzes de Matéria coroadas pela chama do Espírito.
Direi mais: houve, em certa ocasião, um homem que alcançou no mais alto grau a consciência de sua própria Divindade; e este homem morreu em circunstâncias análogas (porém não idênticas!) àquelas narradas nos Evangelhos. Seu nascimento perdeu- se na noite dos tempos: ele foi o original do “Enforcado” ou “sacrificado” no Taro, e os egípcios o conheciam pelo nome de Osiris. Foi esse Iniciado quem for mulou na carne a fórmula do Deus Sacrificado. Esta é a fórmula da Cerimônia da Morte de Asar na Pirâmide, que foi reproduzida nos mistérios de fraternidades maçônicas da tradição de Hiram, das quais o exemplo mais perfeito foi o Antigo e Aceito Rito Escocês. O Graus 33º desse rito indicava uma Encarnação do Logos; a descida do espírito Santo; a manifestação, na carne, de um Cristo; a presen&ccedi l;a do Deus Vivo.
Para os fatos que servem de base às asserções acima, indico ao senhor as seguintes obras, de maçons ilustres e merecedores:LA MISA Y SUS MISTERIOS, de J.M. Ragón.
THE ARCANE SCHOOLS, de John Yarker.
DO SEXO À DIVINDADE, do Dr. Jorge Adoum.
CURSO FILOSÓFICO DE LAS INICIACIONES
ANTIGUAS Y MODERNAS, de J.M.Ragón.
ISIS DESVELADA, de Helena Blavatsky, seção sobre o Cristianismo. Mme Blavatsky não era dos vossos, mas era dos Nossos…Na minha opinião, Dr. G., um maçon de alto grau, com tempo a seu dispor, faria um grande benefício a seus irmãos ao traduzir para o português as obras acima citadas, principalmente as duas primeiras.
Os documentos incluídos no assim-chamado “Novo Testamento” (a saber, os Quatro Evangelhos, os Atos, as Cartas e o Apocalipse) são falsificações perpetradas pelos patriarcas da Igreja Romana na época de Constantino, por eles chamado “o Grande” porque permitiu esta contrafação, colaborando com ela. Constantino não teve sonho algum de “In Hoc Signo Vinces”. Tais lendas são mentiras desavergonhadas inv entadas pelos patriarcas romanos dos três séculos que se seguiram, durante os quais todos os documentos dos primórdios da assim-chamada “Era Cristã” existentes nos arquivos do Império Romano foram completamente alterados.
O que realmente aconteceu na época de Constantino foi que, aliados, os presbíteros de Roma e Alexandria, com a cumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhe ver que a religião oficial era seguida apenas por uma minoria de patrícios, que a quase totalidade da população do Império era cristão ( pertencendo às várias seitas e congregações das províncias ); que o Império se estava desintegrando devido à discrepância entre a fé do povo e a dos patrícios; que as investidas constantes das seitas guerreiras essênias da Palestina incitavam as províncias contra a autoridade de Roma; e que, resumindo, a única forma de Constantino conservar o Império seria aceitar a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo. Então os bispos aconselhariam o povo a cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os bi spos a destruirem a influência de todas as outras seitas cristãs!
Constantino aceitou este pacto político, tornando a versão romano- alexandrina de Cristianismo na religião oficial do Império. Consequentemente, a liderança religiosa passou às mãos dos patriarcas romano-alexandrinos, que, auxiliados pelo exército do Imperador, começaram uma “purgação” bem nos moldes daquelas da Rússia moderna. Os cabeças das seitas cristãs independentes foram aprisi onados; seus templos, interditados; e congregações inteiras foram sacrificadas nas arenas das províncias de Roma e Alexandria. Os gnósticos gregos, herdeiros dos Mistérios de Eleusis, foram acusados de práticas infames por padres castrados como Orígenes e Irineu (a castração era um método singular de preservar a castidade, derivado do culto de Atis, do qual se originou a psicologia romano-alexandrina). Os essênios foram condenados a través do hábil truque de fazer dos judeus os vilões do Mistério da Paixão; e com a derrota e dispersão finais dos judeus pelos quatro cantos do Império, a Igreja Romano-Alexandrina respirou desafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua especialidade desde então: ajudar os tiranos do mundo a escravizarem os homens livres.
Para o escrito acima, indico ao senhor os seguintes livros:ISIS DESVELADA, de Blavatsky, seção sobre o Cristianismo
OUTLINES ON THE ORIGIN OF DOGMA, de Adolf von Harnack.
DECLINE AND FALL OF THE ROMAN EMPIRE, de Gibbon.
THE AGE OF CONSTANTINE THE GREAT, de Burckhardt.Quanto às falsificações da Igreja Romano-Alexandrina, indico ao senhor as palavras do grande erudito americano Moses Hadas, em suas notas à tradução do livro de Burckhardt, à página 367, que passo a traduzir:
“A História Augusta apresenta biografias de imperadores, cézares e usurpadores, de Afriano a Numério (117-284), com uma lacuna no período de 244 a 253. Pretende ser o trabalho de seis autores (Aelius Spartianus, Vulcacius Gallicanus, Aelius Lampridius, Julius Capitolinus, trebellius Pollius e Flavius Vopiscus), e ter sido escrita entre os reinados de Diocleciano e Constantino, ou cerca de 330. Alguns estudiosos creêm tais asserções verda deiras, mas outros mantêm que a obra foi escrita um século mais tarde, e por uma só pessoa. Em tal caso o nome dos seis autores terá sido adicionado para tornar mais convincente o que foi escrito.
Trocando em miúdos, o que ele quer dizer é o seguinte: os patriarcas romanos, ansiosos por esconder seus crimes (especialmente a perseguição a cristãos de outras seitas ou igrejas) e por se declararem os únicos cristãos verdadeiros, destruíram todos os documentos autênticos nos quais conseguiram por as mãos. (Isto lhes era particularmente fácil já que, desde a era de Constantino, eles foram os guardiã es de tais manuscritos.) Feito isto, substituíram os destruidos por outros, forjados, que descreviam a sua clique como oprimida pelos imperadores e outras seitas cristãs como inexistentes ou obscenas. (Na realidade, ela bajulara os imperadores desde o começo: o culto de Átis era o único em Roma ao qual os patrícios podeiam ir legalmente.)
Um pouco mais tarde, Romanos e Alexandrinos brigaram. Isto porque cada facção queria fazer de sua cidade o centro político e religioso do Império. Foi então que um dos poucos historiadores pagãos que escaparam à atenção dos Patriarcas escreveu: “As atrocidades dos cristãos uns contra o outros ultrapassa a fúria das bestas selvagens contra o homem.”(Ammianus Marcellinus)
O capítulo final da disputa foi a divisão do Império em Romano e Bizantino. Desde então, a Igreja Romana tem se chamado “Católica”, e a Bizantina, “Ortodoxa”.
Ambas, é claro, um amontoado de mentiras.
Qual o motivo, o senhor perguntará, para essa perseguição impiedosa às seitas gnósticas e essênias?
No caso dos essênios, as razões foram políticas e dogmáticas. Aproximadamente um século antes do assim-chamado “Ano Um” nascera na Palestina um rabi, cujo nome é desconhecido (embora alguns estudiosos presumam ter sido Ionas, ou Jonas). Ele criou um novo sistema de Essenismo, fundando muitos ramos dessa fraternidade judeo-cóptica, e adquirindo um grande número de seguidores na Ásia Menor. Muitos documentos foram escrit os acerca dos incidentes de sua vida e doutrina. Foi um Adepto Cristão, ou seja, defendeu a tese de que todo homem é um Templo do Deus Vivo; deu testemunho do Logos e do Espírito Santo, e tal foi seu impácto no pensamento religioso de sua época que os patriarcas romano-alexandrinos, ao escreverem a “história de Jesús Cristo”, foram forçados a incluí-lo, para evitar suspeitas. Chamaram-no de “João Batista”…
Acerca desteTHE DEAD SEA SCROLLS, AN INTRODUCTION, de R.K.Harrison.
Também este livro deveria ser traduzido para o português por um maçon!
Abaixo, cito uma passagem atribuída a esse iniciado, extraída de um manuscrito cóptico intitulado “Evangelho de Maria”, apócrifo, desde 1896 no Museu de Berlim. Depois de haver explicado vários pontos de sua doutrina, ele se despede de seus discípulos:
“… Quando o Abençoado havia dito isto, ele saudou a todos, dizendo: 'Paz seja convosco. Recebei minha paz para vós mesmos. Cuidai-vos de que nenhum vos desvie com as palavras “olha alí” ou “olha lá”, pois o Filho do Homem está dentro de vós. Seguí-o: aqueles que o buscam o encontrarão. Ide, pois, e pregai a Boa Nova do Reino. Eu não vos deixo nenhuma regra, salvo o que vos recomandei (Amai-vos uns aos outros), e eu não vos dei nenhuma lei, qual fez o legislador (Moisés), para evitar que vos sentísseis obrigados por ela.' E uando acabou de dizer isto, ele foi embora.”
(Gnosticism, An Anthology, ed. Robert M. Grant, Collins, London, pp. 65-66, “The Gospel of Mary”)
Esta passagem pode ser comparada a muitas outras nos Evangelhos nas quais, quando interrogado, “Jesús” diz explicitamente: “O Reino de Deus está dentro de vós.”
E que razão tinham os Romanos e Alexandrinos para perseguir e exterminar os gnósticos gregos?
Desta feita o motivo era puramente dogmático. Na época posteriormente atribuída pelos patriarcas ao “nascimento de Jesús Cristo”, um iniciado grego deu vida nova aos mistérios de Apolo e Diôniso, restabeleceu o culto ao Sol Espiritual e ao Logos, praticou maravilhas taumatúrgicas e, em suma, causou tal impressão que os Romano- Alexandrinos foram forçados a incorporar diversos “milagres” em sua miscelâni a evangélica, de forma que o seu “Jesus” pudesse igualar os prodígios atribuídos a Apolônio de Tyana. Ao mesmo tempo, afirmaram que Apolônio de Tyana havia sido enviado por “Satã” para reproduzir os milagres de “Jesús” e assim desviar as pessoas do “verdadeiro Cristo”. destruiram também, sistemáticamente, todos os documentos autênticos da vida de Apolônio, salvo um, a fantástica e inacredi tável Vita, atribuída a um pretenso “discípulo” desse grande Adepto.
Novamente lhe indico ISIS DESVELADA, e o artigo “Apollonius” na Enciclopédia Britânica.
Devo aqui, Dr. Gastão, apender um parêntese um pouco prolongado, de forma a estabelecer a maneira pela qual o Catoliscismo Romano difere do verdadeiro Cristianismo. Para este fim, começarei por apresentar um dos poucos textos que nos chegaram quasi sem alterações cometieas pelos patriarcas de Roma e Alexandria. As moificações relevantes vão comentadas entre parenteses, e o texto, apresento o original, intato. É o Intróito do Evangelho de “São João”:29/07/2002 às 18:05 #75084Miguel (admin)MestreSe nao confio na igreja, por que deveria dar crédito agora a essas estorias ainda mais escalafobéticas?
29/07/2002 às 19:13 #75085Miguel (admin)MestreO que seria da astronomia se não fosse a astrologia antiga?(foram eles que 1º dividiram o ano em 12 meses e os meses em trinta dias) o que seria da mitologia grega se não fosse a egipcia? Estorias parecidas sempre se repetem (inclusive a de Jesus) e como sempre tem suas origens nas mais antigas civilizações (Egito e Mesopotamia). Não estou defendendo uma visão nem outra,também acho que não dá pra confiar em 10.000 anos de estórias.
30/07/2002 às 11:19 #75086Miguel (admin)MestreHaja paciência com o ” besteirol” . Em um site tão interessante,as pessoas discutem filosofia, religião, mas eis que surge esta cômica figura do tal J.Domingos M. Trindade, vomitando este monte de bobagens dos ridículos maçons. Mas enfim..mesmo sabendo que devemos respeitar a liberdade de expressão, não resisto deixar aqui meus protestos, contra esses exóticos personagens.Ainda bem que temos pessoas de excelente nível, por aqui para compensar.
30/07/2002 às 12:47 #75087Miguel (admin)Mestre“Ainda bem que temos pessoas de excelente nível, por aqui para compensar”
O que pareçe não ser o seu: “Vitor Vargas”
Já discuti muita filosofia e religião neste site e foram discussões de excelente nível.
Agora como a minha linha é de um historiador( que ama a filosofia ) tenho uma maneira de pensar baseada em causa e consequências (o que foi considerado por pessoas sensatas um pouco perigosa). Tive o dicernimento de ir atrás até do princípio da filosofia e sei muito bem que Sócrates se recusou a ser iniciado nos “mistérios” gregos, como todo cidadão ateniense comun da época, mas você de Sócrates passa muito longe.
Quanto aos Macons, não sou, meu pai não é, nem ninguém da minha família nunca foi, mas pelo pouco que conheco da classe, sei que qualquer um maçon já fez mais pela nossa sociedade do que você, há não ser que você já tenha recebido o convite para se tornar um, aí isso indica que você é uma pessoa influente na sociedade que pratica a filantropia e que têm uma conduta “moral inibada”, (apesar de ao contrário de Kant eu não me espantar com a lei moral dentro de mim). Acho que a moral surge de padrões.
Enfim, O país da esfinge (metade homem, metade animal, O país do hieroglifo, (metade escrita, metade simbolo,) tem muito a nos ensinar e só pessoas “preconceituosas às avessas” feito você, talvez até por ignorância não pode enxergar.30/07/2002 às 16:59 #75088Miguel (admin)MestreEra o que faltava agora, confundirem filosofia com esse besteirol esotérico. Isso está mais para sub-literatura de auto-ajuda ou de auto-desajuda.
Algum senso crítico nao iria mal, cai muito bem na filosofia. -
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