Iniciando no estudo de Filosofia

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  • #86127
    Brasil
    Membro

    (...) não acho que vc tenha apresentado uma proposta de um sistema melhor para colocar no lugar

    Por que não é melhor? Se disser que não acredita que seja viável, eu também perguntarei por que.  Sem essa resposta não há como reforçar a sua e nem a minha opinião.  Bastaria você falar: “Não é,  não sei por que,  e nem quero saber”. Ficaria mais sincero. Ficaria latente também o condicionamento mimético, imperceptível até então.

    mesmo porque, ao condenar a filosofia capitalista, o que me parece correto, acredita que os males do capistalismo advêm da existência de um meio de troca como o dinheiro, o que me parece extremamente ingênuo e irrealista.

    Ariadne, a minha proposta não é de mudança e sim de conscientização para uma futura e longínqua mudança.  Quanto antes acontecer a conscientização geral, menos longínqua  estará  a mudança.De que quero conscientizar as pessoas? O mundo;  nossas vidas, nossa auto-estima, nosso convívio em sociedade, nossas relações sociais e pessoais, nosso conforto, nossos prazeres,  a evolução tecnológica, nossa segurança e,  o planeta Terra, não precisam de competição entre a nossa espécie.  Até aí eu não disse muito...  Vou dizer algo mais.   A competição entre a nossa espécie está inviabilizando a permanência dela na Terra. Dizem que estamos destruindo o planeta... Isso não é verdade, o planeta permanecerá mais outros bilhões de anos,  estamos destruindo a viabilidade de continuação de nossa espécie.  A competição entre a nossa espécie também é fautriz das injustiças, eu não tenho dúvidas disso... Você tem? O uso de dinheiro e a óbvia possibilidade de acúmulo de dinheiro legitimam e promovem a competição.

    (...) acredita que os males do capitalismo advêm da existência de um meio de troca como o dinheiro

    Não.  É o contrário. Acredito sim que o Capitalismo advém dos males do dinheiro. Os males não são do Capitalismo e nem do Comunismo, eles têm os seus males por decorrência do uso de dinheiro. (Não entender que haveria comunismo nem capitalismo sem dinheiro) O que estou dizendo é que os dois são maneiras diferentes de usar o dinheiro, apenas isso. Os dois são errantes, em minha opinião.

    o que me parece extremamente ingênuo e irrealista.

    Essa palavra “irrealista” parte de qual fundamento? Da observação objetiva do passado?  A tua “realidade” está contida no passado?A “ingenuidade”  está no fato de que coisa parecida nunca foi praticada ou experimentada?Isso lá é argumento para dar caráter de ingenuidade a algo?

    Quanto a suas críticas ao capitalismo, eu também tenho muitas críticas ao sistema e já deixei isso claro inúmeras vezes.

    Pois é, Ariadne, e eu também já deixei claro e não vi contestação, de que não existem meios de correção. As críticas ao sistema, se forem feitas preocupadas com a manutenção do mesmo, não funcionam, ou no mínimo estarão altamente comprometidas ou condicionadas. As nossas críticas sempre caem no mesmo lugar comum de que para que o sistema funcione a contento:  As leis devem ser respeitadas.Mas, os problemas sociais que discutimos e tentamos encontrar soluções são decorrentes do descumprimento das leis!!Então, como podemos redundar em dizer que as leis devem ser respeitadas? Faz sentido? Essa é a crítica condicionada ao sistema.A Filosofia não pode e nem deve se limitar à manutenção de sistemas, apenas à manutenção do bem-estar humano... Leis e regulamentos  é  tudo o que precisamos para fazer as coisas funcionarem a contento, não é mesmo?   E o dinheiro é tudo o que precisamos para criá-las ao nosso favor, para corrompê-las, para burlá-las, transgredi-las e para obrigar que OS OUTROS as cumpram.  Veja, não há problema algum em você considerar minhas idéias ingênuas... Eu já disse a muitas pessoas que as suas respectivas idéias eram ingênuas, mas junto disso eu acrescentei argumentos.  Para dizer que algo é irreal, ingênuo, tolo, ridículo, etc.,   há que se acrescentar argumentos.  Mesmo que sejam superficiais, até pelo nosso desconhecimento sobre certos aspetos, mas apenas para não ficarmos numa simples troca de adjetivos para as nossas opiniões, como gosta de fazer o treinado comunista Oliveira.Veja que para certas pessoas como ele, e ao que parece,  para você também,  a “realidade” está registrada nos livros...    Se alguém disser algo diferente do trivial, buscarão um termo nos livros  para classificar a pessoa de acordo com o que ela disse: Burguês,  pequeno burguês,  burocrata,  desconstrucionista,  dogmático, fisiologista,  proletário, fascista,  liberal, ultra-liberal, reformista, reacionário,  radical, idealista, pós-modernista, utopista,  positivista,  materialista, humanista,  pragmático, etc.   Isto que digo não é um ataque a vocês, antes sim, uma observação. Reflita isto:  Todo o conhecimento se transmite mimeticamente.  Um conhecimento, um conceito, só toma caráter de meme, quando é replicado, quando é copiado.   Segundo Aristóteles :  Mimesis de práxis.O mimetismo  torna os novos conhecimentos e idéias  em  conceitos  triviais e lógicos somente mediante sua replicação, sua imitação, sua adoção como algo lógico, ao longo do tempo.  É assim que funciona, é assim que acontece o conhecimento e sua utilização ao longo da História da Humanidade. Então, não podemos encontrar soluções para problemas presentes, contemporâneos, no passado.  Assim como os benefícios  dos novos conhecimentos e soluções  não poderiam ser direcionados ao passado.  Para projetar algo para o futuro só podemos nos amparar na Lógica.“O mundo é um lugar perigoso para se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que o observam e deixam o mal acontecer”.  (Albert Einstein)

    #86128
    Oliveira, D.
    Membro

    Boa tarde!Caro Brasil,Com respeito aos prezados leitores que acompanham não somente esse tópico, mas o Fórum em geral, preciso fazer algumas considerações acerca de sua última fala, marcando mais uma vez nosso total antagonismo no que refere-se a análise, interpretação e porque não dizer intervenção no real.No início de seu último texto você traz a seguinte fala:

    a minha proposta não é de mudança e sim de conscientização para uma futura e longínqua mudança.  Quanto antes acontecer a conscientização geral, menos longínqua  estará  a mudança.

    Isso nós já percebemos há tempos Sr. Consciência. A mudança, transformação passa longe de suas idéias e propostas. Você até tenta ser crítico, mas sua fala surge sempre permeada de um conservadorismo que pode ludibriar a centenas. Que tipo de consciência você quer despertar? Quem você quer atingir com essa sua rebuscada, porém, vazia fraseologia reprodutiva do status quo?

    eu também já deixei claro e não vi contestação, de que não existem meios de correção. As críticas ao sistema, se forem feitas preocupadas com a manutenção do mesmo, não funcionam, ou no mínimo estarão altamente comprometidas ou condicionadas.

    Se sua proposta não é de mudança, nesse contexto apenas resta a manutenção. Como consegue expor tamanha contradição?

    As nossas críticas sempre caem no mesmo lugar comum de que para que o sistema funcione a contento:  As leis devem ser respeitadas.Mas, os problemas sociais que discutimos e tentamos encontrar soluções são decorrentes do descumprimento das leis!!Então, como podemos redundar em dizer que as leis devem ser respeitadas? Faz sentido? Essa é a crítica condicionada ao sistema.

    Nossa! Desculpe-me, mas aqui você se superou. Quanta idiotice.Como consegue pensar que os problemas sociais advêm do descumprimento de leis? Leis para quem?Somente pessoas pertencentes a determinado estrato social (uma vez que não quer que lhe denomine burguês), acrítica e extremamente conservadora para explicitar tamanha idiossincrasia. Infinitamente mais profundo que o cumprimento ou não de leis, os desarranjos sociais, que são estruturais, são gerados a partir da conflituosa relação entre capital e trabalho, ou seja, na apropriação e expropriação do trabalho coletivo. As leis são balizas legitimadoras dessa exploração. É preciso rever alguns de seus conceitos, ou, buscar novas leituras Sr. Consciência.

    Então, não podemos encontrar soluções para problemas presentes, contemporâneos, no passado.  Assim como os benefícios  dos novos conhecimentos e soluções  não poderiam ser direcionados ao passado.  Para projetar algo para o futuro só podemos nos amparar na Lógica.

    Por essas e outras que novamente o considero pragmático e conservador. Como deseja refletir os problemas contemporâneos se não visualiza o processo histórico. É evidente que as tensões na contemporaneidade mostram-se diferentes da gênese do capitalismo ou em qualquer outro período histórico, porém, não estão dissociadas. Ainda mais, não recorremos aos livros ou ao pensamento crítico em busca de uma cartilha para soluções a exemplo dos pragmáticos conservadores, mas sim, como forma de procurarmos entender um pouco melhor o processo em suas especificidades, tão somente para não atacarmos os fenômenos, como tem feito. Você critica alguns aspectos, não obstante, os pratica de forma muito semelhante, haja vista sua citação sobre Aristóteles. Finalmente, ainda que não seja o espaço correto, gostaria de retomar sua naturalização no que concerne as condições de trabalho dos professores, uma vez que, é preciso desenhar para você compreender melhor. Todavia, como não temos essa ferramenta, tentaremos uma melhor didática.

    No mesmo tópico  o Sr. afirmou que os professores da Rede Pública são submetidos à exploração aviltante.  Eu lhe perguntei QUAIS condições aviltantes o infeliz debatedor  acredita que os professores da Rede Pública são submetidos. O Sr. simplesmente não respondeu,  como se isso fosse atitude de gente séria...Afirmou também que os professores da Rede Pública têm baixos salários... Eu lhe perguntei QUAL pesquisa de comparação salarial lhe orientou a esta "informação"...   O Sr. mais uma vez, como já mostrou que é de  seu costume, FUGIU da resposta...

    Preso a tão somente seu núcleo de relações, o Sr. Consciência não conseguiu extrapolar seu bem aconchegado limite. Qualquer leitura da realidade de trabalho dos professores, seja na esfera pública ou privada, ainda que os da pública tenham uma melhor remuneração, apontará para as características supracitadas outrora. No entanto, o Sr. e sua consciência não entendem dessa forma.Se você acha o salário dos professores satisfatório, o considera porque, com certeza, não depende dele. Se você acha que as condições de trabalho estão dentro do esperado, é porque não convive diariamente com essa realidade.Uma comparação ilustrativa, pensando naquela didática inicial. O Sr. e sua consciência não acham aviltante que, um vendedor em uma loja de shopping somando suas gratificações ganhe mais que um professor? (Com todo respeito à profissão de vendedor, pois, esse trabalhador necessita vender sua força de trabalho da mesma maneira e também é explorado). É claro que o Sr. Consciência colocou que o salário dos brasileiros, em geral, são baixos, sendo assim, para que discutir?Sua naturalização da exploração e generalização analítica, ainda que apresentadas de forma rebuscada, não expressam nada além de um pensamento inerente ao seu estrato social. (ver em Weber, talvez encontre algumas afinidades)E aqui não vamos retomar tantas outras idiotices apresentadas por sua ignorante consciência, tais como:

    Os movimentos sociais ou sindicais são individualistas e corruptos, tomam as pessoas e os trabalhadores como trouxas para elegerem seus representantes.

    Por fim, apenas para descontrair: o Sr. e sua consciência já estão mimetizados no e pelo meio que habitam (apenas uma piada, talvez não compreenda meu senso de humor)

    #86129
    Brasil
    Membro

    Ao usuário Oliveira:Ao que parece o senhor resolveu disparar mais um pouco de "tagarelice em direção ao  nada"... Só posso dizer que o senhor nos mostra nitidamente que não se pauta pela coerência.Também percebo que perdeu sua muleta cerebral ao ver que a ofensa dirigida à minha pessoa não foi sustentada. 

    Com respeito aos prezados leitores que acompanham não somente esse tópico, mas o Fórum em geral, preciso fazer algumas considerações

    Em respeito aos leitores deste fórum  o senhor deveria aproximar a coerência àquilo que profere com tanta irresponsabilidade.

    No início de seu último texto você traz a seguinte fala(...)

    É...  E a minha primeira resposta à SUA SUGESTÃO de aplicar o método gramscista nas escolas públicas,  como forma de viabilizar a ascensão do povo ao poder político, não foi objeto de suas observações até agora. Qual é o problema? Não vai sustentar essa afirmação também?Eu lhe perguntei como o senhor acredita que os alunos aprenderão marxismo sem a interferência dos opositores desta ideologia.Eu lhe perguntei se o senhor acredita que os opositores do marxismo permitirão que o povo seja doutrinado nas escolas públicas para tomar-lhes o poder. O senhor não tem nenhum constrangimento em mostrar que não sustenta as suas afirmações? Assim não há possibilidade de diálogo! Quanto menos de um debate!O senhor ignora as questões que lhe são colocadas e se sente habilitado a continuar “debatendo” sem qualquer constrangimento!  Por favor!! Dê-se respeito!

    Que tipo de consciência você quer despertar?

    Em lugar de perder meu tempo explicando algo a alguém que não quer saber, eu vou manter-me exigindo que dê fundamentos às suas  afirmações irresponsáveis: O senhor alega que o Comunismo não pode ser alvo de críticas porque na realidade nunca foi aplicado nos moldes fiéis ao que apregoou Marx.  Ora! Mas o senhor é campeão de incoerências, meu senhor!!   Pois,  afirma também que não acredita na tomada de poder político pelo proletariado, via luta armada.  Afinal, o senhor é fiel aos moldes de Marx ou é só mais um socialista burguês? Socialista burguês e mentiroso, pois diz ser coerente com a doutrina marxista sem distorções.Para Marx o senhor não passaria der um socialista burguês , veja:Os socialistas burgueses querem as condições de vida da sociedade moderna sem as lutas e os perigos que dela decorrem fatalmente. Querem a sociedade atual, mas eliminando os elementos que a revolucionam e a dissolvem. Querem a burguesia sem o proletariado. Como é natural, a burguesia concebe o mundo em que domina como o melhor dos mundos. O socialismo burguês elabora em um sistema mais ou menos completo essa concepção consoladora. Quando convida o proletariado a realizar esses sistemas e entrar na nova Jerusalém, no fundo o que pretende é introduzi-lo a manter-se na sociedade atual, desembaraçando-se, porém, do ódio que ele nutre contra ela.Uma outra forma desse socialismo, menos sistemática, porém mais prática, procura fazer com que os operários se afastem de qualquer movimento revolucionário, demonstrando-lhes que não será tal ou qual mudança política, mas somente uma transformação das condições de vida material e das relações econômicas, que poderá ser proveitosa para eles. Mas por transformação das condições de vida material, esse socialismo não compreende em absoluto a abolição das relações burguesas de produção - o que só é possível por via revolucionária - mas, apenas reformas administrativas realizadas sobre a base das próprias relações de produção entre o capital e o trabalho assalariado, servindo, no melhor dos casos, para diminuir os gastos da burguesia com seu domínio e simplificar o trabalho administrativo de seu Estado. (Karl Marx)

    Quando falamos em comunismo, no sentido do comunismo real, faz-se necessário entender que esse supera o primeiro estágio da transformação social sob a égide do proletariado, isto é, o socialismo.No socialismo sim, as relações burguesas tanto em aspectos infra-estruturais como superestruturais não são suprimidas de imediato, sendo, portanto, necessário o aparato estatal e a produção de mercadorias, ainda que as trocas sejam realizadas com outra conotação.

    Por fim, ressaltei por diversas vezes que não acredito na tomada de poder político pelo proletariado via luta armada

    Pois é, meu desagradável comunista...  Cadê a fidelidade aos moldes marxistas?  O senhor fica com essa sua masturbação sociológica, excitando cabeças vazias a se entregarem a uma doutrina político-social da qual o senhor mesmo não sabe ao certo a que se presta?Veja aqui, Sr. Oliveira:

    (...)ao nos aproximarmos dos escritos de Marx, veremos que a força motriz da revolução, segundo suas considerações, seria o operariado, principalmente pela dimensão político-organizativa desse seguimento da classe trabalhadora, não somente para tomada de poder, mas, sobretudo para sua manutenção, haja vista a Comuna de Paris.(...)(...)Finalmente, discutirmos aspectos das revoluções é de extrema importância para não perdermos de vista na opacidade do modo de produção capitalista, a possibilidade de vivermos sob as bases de uma melhor sociedade.

    Afinal, o povo deve chegar ao poder pela revolução ou pela embromação socialista que o senhor gosta de promover? O que Marx certamente qualificaria como o que segue abaixo: ...apenas reformas administrativas realizadas sobre a base das próprias relações de produção entre o capital e o trabalho assalariado, servindo, no melhor dos casos, para diminuir os gastos da burguesia com seu domínio e simplificar o trabalho administrativo de seu Estado. (Karl Marx)Onde está sua COERÊNCIA , senhor agitador irresponsável? "As bases de uma melhor siciedade" serão alcançadas através da revolução armada, ou não, Sr. Veborréia Incoerente?Qual das suas duas afirmações em conflito o senhor vai sustentar?  Nenhuma?  ;) (Xeque-mate)Sua propaganda induz à guerra ou não, Sr. Incoerência Verborreica? Diga-me se senhor é ou não é um agitador irresponsável, Sr. Incoerência Verborreica!

    É claro que o Sr. Consciência colocou que o salário dos brasileiros, em geral, são baixos, sendo assim, para que discutir?

    O senhor é muito dissimulado e irresponsável mesmo!  Eu coloquei que o salário do brasileiro em geral é baixo, exatamente  para DESQUALIFICAR seu argumento falacioso de que o salário de um professor da Rede Pública é uma exploração aviltante em comparação ao salário de um professor da Rede Privada!  Uma vez que esta falácia foi DESMENTIDA com uma pesquisa na internet DA QUAL O SR. NÃO QUESTIONOU!Engula seu fanatismo antes de afirmar bobagens, senhor agitador.Quando quiser discutir a questão dos salários em geral, fique a vontade, só não o faça de maneira dissimulada e irresponsável como está fazendo aqui.  Espero sua resposta às minhas questões oriundas da  SUA SUGESTÃO DE IMPLANTAÇÃO DA DOUTRINA MARXISTA/GRAMSCISTA  NAS ESCOLAS PÚBLICAS, para poder se sustentar moralmente neste diálogo, por mais desagradável que esteja sendo.Até agora nós só estamos vendo o senhor  tergiversar, afirmar bobagens e depois apresentar evasivas ridículas.  Já vai passando para outros tópicos sem dar explicações sobre as babaquices que disse nos primeiros. Francamente!  Sua dignidade está se esvaindo assim como se esvaiu a sua coerência, senhor agitador irresponsável?O seu fanatismo cego e a sua verborréia incoerente só podem mesmo encontrar guarida na sua explícita desonestidade psicológica e na sua  desavergonhada falta de brio. Não é de se admirar.

    #86134
    Ariadne
    Membro

    Por que não é melhor? Se disser que não acredita que seja viável, eu também perguntarei por que.  Sem essa resposta não há como reforçar a sua e nem a minha opinião.  Bastaria você falar: “Não é,  não sei por que,  e nem quero saber”. Ficaria mais sincero. Ficaria latente também o condicionamento mimético, imperceptível até então. -- Porque não acredito que seja possível fundar um sistema eficiente e funcional partindo do princípio de que as falhas do sistema atual decorram basicamente da instituição de um simples meio de troca, como o dinheiro...

    #86135

    “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo diferentemente, cabe transformá-lo”Esta frase de Marx é escrita no texto A Ideologia Alemã, como vocês sabem. O que Marx está criticando é justamente o idealismo alemão. A Alemanha na época era muito mais atrasada e provinciana que a França. Na França ocorreu a Revolução Francesa, e o Marx, com o materialismo dialético, critica os idealistas alemães por julgarem que sua revolução no campo do pensamento era mais importante do que a revolução francesa. Sobre isso tem outra frase emblemática "não é a consciência que determina a existência, mas a existência que determina a consciência". Ou seja, a revolução copernicana, que muda o foco da abordagem da realidade para o sujeito, e que chegou ao auge com Fichte, teria sido muito pretensiosa por considerar-se mais importante que as mudanças factuais da sociedade que os franceses haviam chegado.Na História da Filosofia, são apontados algums momentos em que a filosofia emerge do seu "castelo de cristal" do pensamento e passa a dialogar vivamente com a sociedade, o ensino exotérico de retórica no Liceu  é um deles, o marxismo é outro. Sartre afirmou que o "marxismo é a filosofia insuperável de nosso tempo" justamente porque as circunstâncias que o geraram ainda não foram superadas. Isso levou à criação da figura do "intelectual engajado", aquele que sai da esfera de diálogo interno com outros filósofos especializados e dá sentido isso a partir de um debate amplo e popular com a sociedade. Chegou a aceitar certas deturpações da doutrina existencialista quando esta virou "moda", justamente para que pudesse se efetivar na realidade. Isso é explicado no resumo que ele fez "O Existencialismo é um humanismo".A questão que gerou a filosofia de Marx é a exploração do trabalho e a desigualdade social. Claro que Marx tinha uma proposta para isso, porém a bombástica frase para o papel dos filósofos toca em todos estes problemas, que geram a dicotomia entre teoria e a práxis marxista. Sem praxis, a filosofia fica sem sentido.Apesar de ter defendido que o desenvolvimento do capitalismo fatalmente levaria ao socialismo, Marx denunciou os outros socialistas na Internacional da época, como os socialistas utópicos, criando uma distinção radical com base na revolução, e assim definindo o comunismo marxista: sem ruptura, não haveria possibilidade de transformação. Os socialistas portanto defenderiam uma igualdade "de araque" ao tentar implementa-la pacificamente. Quando o pit bull tá com dente o osso no butim, não larga facilmente, e as mudanças seriam sempre atenuantes que não mudariam o cerne da questão da exploração. Veja o caso do Brasil, a remessa de lucros pro exterior, as grandes elites, os latifúndios, mantém-se há séculos. A República velha precisou portanto ser tirada atrávés da revolução armada: sem a revolução, a canalha não sai do poder. O mesmo ocorreu com a Revolução francesa. O problema é o que se segue das revoluções, depois de conquistar o poder, tornam-se elas próprias merecedoras das críticas que a geraram, o terrorismo jacobino, ou então a burocratização do partido e o totalitarismo de Stálin, com execução sumária de qualquer oposição etc. O bom mesmo, ironicamente falando, é mandar, ou seja: os excluídos são "esquerda" enquanto excluídos, quando tomam o poder, tornam-se conservadores.O assunto desconstrucionismo é um tópico interessante, mas que ficou em paralelo aqui. Seria melhor se a Ariadne iniciasse-o em outro tópico (sem nenhuma patrulha), mas parece que tem a ver também com a questão da aplicação prática da filosofia.Sobre a ideologia ela é no contexto marxista, essencialmente negativa. A ideologia é o uso das idéias para a manipulação da consciência. A idéia como unidade deixa de representar a realidade para impor os interesses da classe dominante. Todo o esforço da "tomada de consciência" é, justamente o de "desconstruir" a ideologia. O livro O que é a ideologia? da Marilena Chaui explica bem este conceito importante, e pode ser lido em uma tarde. Tem em ebook na Internet.Abs

    #86136

    Outro ponto interessante é que Marx é usado mesmo por quem o critica. Por exemplo, todo o vocabulário é incorporado para defender o que Marx quer atacar. Ou seja, supor a existência do “capitalismo” é ser marxista, mesmo que indiretamente. Há quem diga inclusive que Marx apenas apelidou a realidade incurável de “capitalismo”. Discordâncias apaixonadas e históricas a parte não podem tirar de Marx seu lugar solar no campo do pensamento, tanto mais que algumas das mentes mais dedicadas e brilhantes do século XX escreveram sob sua influência direta, para o bem ou para o mal…

    #86137
    Ariadne
    Membro

    “Sobre a ideologia ela é no contexto marxista, essencialmente negativa. A ideologia é o uso das idéias para a manipulação da consciência. A idéia como unidade deixa de representar a realidade para impor os interesses da classe dominante. Todo o esforço da “tomada de consciência” é, justamente o de “desconstruir” a ideologia. O livro O que é a ideologia? da Marilena Chaui explica bem este conceito importante, e pode ser lido em uma tarde. Tem em ebook na Internet. ” Essa é a visão marxista, reproduzida pela Escola de Frankfurt e representada no Brasil por pensadores como Marilena Chauí. Mas, embora seja um ponto de vista privilegiado e inovador em sua origem, é muito incompleto, especialmente no contexto da sociedade contemporânea atual. O marxismo estabelece vínculo entre ideologia e posturas de classe, identificando como ideologia as justificativas e argumentos impostos pela classe dominante. Isso, do ponto de vista teórico, pode fazer sentido numa sociedade como a do século XIX, caracterizada por um claro dualismo entre burguesia e proletariado. Ocorre que, numa sociedade da informação, como a que vivemos, as estruturas de dominação estão diluídas. O proletariado também produz ideologia e utiliza a teoria marxista para ascender socialmente, encobrindo, por meio dela, seus próprios recursos de manipulação de consciências...  

    #86138

    Ariadne, interessante a mensagem, mas não cheguei a entender se você aceita uma outra conceituação de ideologia que não seja “negativa”. Agora, sobre a "sociedade de informação" não sei se posso concordar. A explosão de acesso à informação não foi acompanhada pela diversificação de pensamento. Na verdade, com toda essa diversidade, a estrutura e as idéias se repetem monotamente, simplesmente porque o estudo sério, a dedicação etc. levam tempo, e o raio do foco da atenção tem ficado mínimo, ou seja, é tanta informação que as coisas são vistas rapidamente, para em seguida passar a outra explosãozinha aqui e ali, e fica tudo na superficialidade. O debate crítico não é mais praticado, e posturas são transformadas em imposturas e reproduzidas segundo o estrategema de quem realmente detem o poder. Um bom exemplo seriam as campanhas publicitárias como as do banco itaú, que põe cartazes dizendo "feito para os baladeiros", feito para os "rappers", para os "boys" etc. Todos servem ao grande capital. E a camiseta do che guevara, os ícones da contra-cultura, são apropriados pelo inventário que buscavam criticar, transformados em opções de consumo e lazer. Posicionamentos autênticos são "estilos", mas vá questionar algo realmente, vai ser diferente realmente, para ver o que acontece!? Simples: exclusão.Além disso tivemos um desmonte feroz da educação, da formação com base no humanismo clássico, nas sólidas bases e alicerces do pensamento, para uma educação voltada para uma babel degenerada de uma sociedade de consumo egoísta e competetiva, ou seja, para suprir vagas de "mercado" onde as carnes disponíveis tem que entrar na máquina de moer e gerar lucro dos detentores do poder, com profissões relevantes como "designer de unhas" e "passeador de cachorro" etc.Veja no jornalismo. A grande mídia é controlada por poucos grupos, isso globalmente. O noticiário é totalmente ideológico, tanto no foco da notícia quanto no tratamento. O talento é sufocado para dar lugar a engomadinhos adequados e a-críticos.Quanto ao "proletariado" fazer isso, penso que você tem razão. É como eu já disse, a pessoa é de oposição enquanto está sem a fatia do bolo, quando consegue, quer manter, excluindo outros. O bom é mandar, viajar, ter serviços etc. Acho que o PT foi um bom exemplo disso. A pessoa se "nobiliza" pela ascenção ao poder. O povão aliás é conservador em maioria, admira e quer ser da elite.Abs

    #86130
    Ariadne
    Membro

    “Ariadne, interessante a mensagem, mas não cheguei a entender se você aceita uma outra conceituação de ideologia que não seja “negativa”. ” -- Considero ideologia uma forma de estruturação do pensamento que tende a distorcer os fatos com propósitos políticos. Nesse sentido, é negativa, contudo, não a associo a um grupo social em específico, uma vez que há uma profusão de ideologias, nos mais diferentes segmentos da sociedade. Agora, sobre a "sociedade de informação" não sei se posso concordar. A explosão de acesso à informação não foi acompanhada pela diversificação de pensamento. Na verdade, com toda essa diversidade, a estrutura e as idéias se repetem monotamente, simplesmente porque o estudo sério, a dedicação etc. levam tempo, e o raio do foco da atenção tem ficado mínimo, ou seja, é tanta informação que as coisas são vistas rapidamente, para em seguida passar a outra explosãozinha aqui e ali, e fica tudo na superficialidade. -- Mas essa explosão é suficiente para a reprodução acrítica de ideologias e mitos ideológicos viciados... O debate crítico não é mais praticado, e posturas são transformadas em imposturas e reproduzidas segundo o estrategema de quem realmente detem o poder. -- Não necessariamente de quem detém, mas de quem anseia pelo poder ou mesmo simplesmente ambiciona alguma cota de poder. Um bom exemplo seriam as campanhas publicitárias como as do banco itaú, que põe cartazes dizendo "feito para os baladeiros", feito para os "rappers", para os "boys" etc. Todos servem ao grande capital. E a camiseta do che guevara, os ícones da contra-cultura, são apropriados pelo inventário que buscavam criticar, transformados em opções de consumo e lazer. Posicionamentos autênticos são "estilos", mas vá questionar algo realmente, vai ser diferente realmente, para ver o que acontece!? Simples: exclusão. -- Essa é uma interpretação bem frankfurtiana, mas eu costumo ver uma certa inversão nessa lógica, uma vez que não identifico servilidade ao capital entre muitos desses grupos, pelo contrário, o capital é que os serve e a seus interesses, nem sempre tão nobres quanto anunciados... Identificar as intenções por trás do discurso é bem mais difícil do que identificar as intenções anunciadas por meio do discurso. Esse é xis da questão... Além disso tivemos um desmonte feroz da educação, da formação com base no humanismo clássico, nas sólidas bases e alicerces do pensamento, para uma educação voltada para uma babel degenerada de uma sociedade de consumo egoísta e competetiva, ou seja, para suprir vagas de "mercado" onde as carnes disponíveis tem que entrar na máquina de moer e gerar lucro dos detentores do poder, com profissões relevantes como "designer de unhas" e "passeador de cachorro" etc. -- Concordo plenamente. Veja no jornalismo. A grande mídia é controlada por poucos grupos, isso globalmente. O noticiário é totalmente ideológico, tanto no foco da notícia quanto no tratamento. O talento é sufocado para dar lugar a engomadinhos adequados e a-críticos. -- Aqui discordo, pois conheço bem a imprensa, ao menos a brasileira, tenho parentes que atuam na área, e sei que ainda é representada pelas mais diferentes correntes de pensamento, ainda que seja controlada por poucos grupos... Quanto ao "proletariado" fazer isso, penso que você tem razão. É como eu já disse, a pessoa é de oposição enquanto está sem a fatia do bolo, quando consegue, quer manter, excluindo outros. O bom é mandar, viajar, ter serviços etc. Acho que o PT foi um bom exemplo disso. A pessoa se "nobiliza" pela ascenção ao poder. O povão aliás é conservador em maioria, admira e quer ser da elite. -- Pois é, mas me parece que não necessariamente pelo povão ser manipulado para isso e sim por não ser educado, como toda a população, para ter outras aspirações além de acumular bens de consumo...

    #86131
    Ariadne
    Membro

    “Liguei as privatizações ao neoliberalismo, e não diretamente à “crise americana”, que se tornou global. As privatizações representaram interesses dos grandes conglomerados empresarias do mundo, já que as nações, o nacionalismo, os estados, mostraram-se já empecilhos ultrapassados, desnecessários para a grande exploração global. ” -- Então vc não estaria, nesse caso, simplesmente demonizando o neoliberalismo? A radicalização do pensamento liberal levou à desregulamentação excessiva. Mas a mera aplicação de alguns principios liberais, como as privatizações, TROUXE inúmeros benefícios a diversas economias, inclusive a brasileira. Se os interesses dos grandes conglomerados empresarais do mundo convergem com os interesses nacionais, não há motivo racional para se opor, a não ser motivaçãoes estrigamente ideológicas? E o que vc chama de exploração global foi o que levou países desenvolvidos a transferir plantas fabris e tecnologias para países em desenvolvimento, com mão-de-obra barata, que, assim, assimilaram e incorporaram novas capacidades e tecnologias, tornando-se, como no caso dos asiáticos, mais que meros exporatadores de commodities... Desculpe, mas minha impressão é que vc está vendo essas questões com certa parcialidade. De qualquer forma, espero que possamos continuar outra hora, porque agora preciso dar um jeito de pegar no sono.  Boa noite. 

    #86132

    “Considero ideologia uma forma de estruturação do pensamento que tende a distorcer os fatos com propósitos políticos. Nesse sentido, é negativa, contudo, não a associo a um grupo social em específico, uma vez que há uma profusão de ideologias, nos mais diferentes segmentos da sociedade.”A sua definição então não difere muito da que conheço, que você chamou de frankfurtiana. A sua observação dela não pertencer mais a um grupo é interessante, só que pergunto o seguinte: você parece identificar uma transposição do poder. Tudo bem, mas será que  coisas como "concentração de renda" mudaram alguma coisa? Me parece que não. O tal aumento da classe média foi na verdade um rebaixamento dessa a um grau de pobreza com um pouco mais de poder de compra. As grandes fortunas permanecem, e os que chegam lá já enriquecem por algumas gerações. Novos figurinos não chegam a engrossar o caldo percentual dos afortunados, ao passo que o caldo dos excluídos cresce no mesmo grau de sua alienação e aculturação. Você fala em uso político da ideologia, mas a política não tem mais oposição, não é? Eles mesmos admitem isso, tanto que o descrédito da política é alto: "são todos farinha do mesmo saco", e votar parece inútil. No Brasil temos umas eleições de araque, nas últimas polarizadas por um falso antagonismo entre PT e PSDB, que ambos cumprem a mesma "agenda econômica" e um não desfez as mudanças do outro. Alckmin dizia ao Lula, "você usou o mesmo remédio do PSDB, só que exagerou na dose". Sarney, presidente da ditadura civil, é presidente do Senado, e tudo é feito em nome de jogos de interesses partidários que atendem apenas a graus particulares, ou seja, a sigla não significa mais coisa nenhuma.Sobra a imprensa, não sei se vejo assim. Meu pai também é jornalista, e olha, dá para perceber bem quando um viés é incensado e outro excluído. Seria melhor ver alguns casos específicos. A relação de nomes e produtores da grande mídia é pequena, e quando ela quer impor sua opinião em monobloco, é algo avassalador que afeta a todos nacionalmente, e não há voz dissonante na imprensa. No caso do trabalhismo brasileiro, por exemplo, é assim, é desconstruído e desmerecido, desmontado há muitas décadas.Abraços

    #86133

    Essa última era para o outro tópico né? Não estou conseguindo mover aqui, vou ver o que dá para fazer. Boa noite.

    #86139
    Brasil
    Membro

    Citação de Oliveira D.. , dia 14 de fevereiro de 2009

    Por fim, ressaltei por diversas vezes que não acredito na tomada de poder político pelo proletariado via luta armada

    Citação de Oliveira D.. , dia 25 de dezembro de 2008

    (...)Finalmente, discutirmos aspectos das revoluções é de extrema importância para não perdermos de vista na opacidade do modo de produção capitalista, a possibilidade de vivermos sob as bases de uma melhor sociedade.

    Afinal, o povo deve chegar ao poder pela revolução ou pela embromação socialista que o senhor gosta de promover?Qual das suas duas afirmações em conflito o senhor vai sustentar?  Nenhuma?

    xequemate.jpg

    Deixe sua velha mãe, lá no aconchego de sua confortável poltroninha, orgulhosa do senhor, respondendo esta pergunta, Sr Oliveira.

    #86140
    Philipon
    Membro

       

       "Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo diferentemente, cabe transformá-lo"   Esta frase de Marx é escrita no texto A Ideologia Alemã...   

       Ola amigo Miguel,   Esta frase de Marx e incoerente com a verdade o que ele esta chamando de filosofia é uma alegoria do que é realmente a filosofia. A filosofia não é um conceito é uma denominação o que significa que possui uma definição especifica (Amor à Sabedoria). A filosofia é a atividade do filosofo. O significado real de filosofo também é uma denominação (Pessoa que procura a verdade através do estudo da realidade obtida por meio de experiências sensoriais).    Esta definição é análoga à definição que damos hoje à atividade do cientista, em outras palavras, o cientista é o filosofo moderno.   Tanto o filosofo como o cientista, não interpretam o mundo, eles o analisam para adquirir conhecimento que posteriormente lhes servirá de base para deduzir verdades. 

       “Na História da Filosofia, são apontados algums momentos em que a filosofia emerge do seu "castelo de cristal" do pensamento e passa a dialogar vivamente com a sociedade o ensino exotérico de retórica no Liceu  é um deles...”     

       Amigo Miguel, não é que a filosofia emerge do seu “castelo de cristal”, o que ocorreu foi que na época a escola que existia era a Academia criada por Platão onde se ensinava que a realidade era produto da razão (retórica dialética). Aristóteles que era filosofo e era contrario a esta idéia, criou a escola denominada Liceo onde se ensinava: Meteorologia, Zoologia, Botânica, Psicologia, Moral,. Retórica e Poesia. Estas matérias eram consideradas representativas da verdadeira realidade por Aristóteles.

    #86141
    Brasil
    Membro

    Como deseja refletir os problemas contemporâneos se não visualiza o processo histórico.

    Visualizar o processo histórico não significa escolher um filósofo e querer aplicar hoje suas doutrinas fundamentadas nos meios de produção de 1870!!  Isso é religião e não filosofia!

    Você critica alguns aspectos, não obstante, os pratica de forma muito semelhante, haja vista sua citação sobre Aristóteles.

    O senhor se refere à minha afirmação de que a realidade não está nos livros...Nos livros se busca a sabedoria e não a realidade! A "realidade" que está nos livros nada mais pode representar que a realidade da época em que foram escritos.O aspecto que critico, o qual o senhor não entendeu, é o aspecto de buscar soluções para os problemas contemporâneos nos livros doutrinários do passado. Se o senhor quiser refletir sobre a essência do ser ou sobre o gênero humano,  pode tranquilamente procurar  nos livros e escritos antigos que encontrará muitas informações importantes, afinal, os humanos são hoje o mesmo que eram há 3.000 anos.  Já, se quiser refletir sobre POLÍTICA SOCIAL E ECONÔMICA, o senhor só poderá recorrer aos livros antigos para conhecer o processo histórico que ensejou e possibilitou a adoção, bem como a intenção das políticas sociais. Nunca para aplicar métodos fundamentados em OUTRO contexto. Isso é loucura.A parte doutrinária da filosofia de Marx tomou a realidade de sua época para ser desenvolvida. A realidade da época de Marx era muito diferente da nossa realidade contemporânea! Querer APLICAR os métodos marxistas na nossa realidade contemporânea é uma verdadeira insanidade.   Não há que se adotar um filósofo como se adota um time de futebol... Vestir a camisa e seguir com ele até morrer.   Ninguém disse TUDO! E em se tratando de política social, em que as condições são renovadas constantemente, os filósofos antigos são apenas fontes de conhecimento histórico e não fontes de soluções práticas para a nossa realidade contemporânea.

    Como consegue pensar que os problemas sociais advêm do descumprimento de leis?

    A criminalidade não é um problema social? Ela vem do cumprimento ou do descumprimento das leis? A criminalidade é o maior problema social que temos! Maior até que a pobreza e as guerras. O senhor não concorda?Sobre a tua SUGESTÃO de implementar à força a doutrina gramscista como forma de ascensão do povo ao poder político, o que é algo RIDÍCULO, eu só posso te lembrar do item III do artigo XXVI da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.”Até logo.foto_13784.gif

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