Não acredito em Deus, Graças à Deus !

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  • #77801

    Dar graças a Deus por não crer em Deus, é uma idéia um pouco insensata! Até quando, insistireis em pensar falaciosamente, óh homens! Negar a existência de Deus, só porque existem uma grande quantidade de crentes supertisiosos, dementes e ignorantes é uma falácia! O que tem haver a limitação destes crentes com a existência de Deus. Se eles acham que Deus é um velhinho de barba branca, o que certamente não é, o que isto tem haver com a existência ou não de um Ser Transcendental. Da mesma forma, negar a existência de Deus, só porque os crentes são moralmente inconsistentes, é uma outra grande falácia! O que um fato contigente pode dizer sobre um tema (Deus) que a priori é essencial e eterno. Outra grande falácia, que hoje tem um status de Markenting Universal, é a insistência de negar a existência de Deus pela ciência. Me digam, o que a pobre ciência, que tanto sucesso conquistou no desvelamento dos processos naturais, pode falar sobre um mundo que por definição está fora do alcance de seus métodos? No campo da filosofia, existe fundamento para falar na existência de Deus, assim, como existe fundamento para negá-la. Pense bem, você que diz que Deus não existe, porque assim o diz? Deus é uma impossibilidade? Me prove que Deus é uma impossibilidade? Pare e pense sobre o mistério da existência. Algo existe, e este algo que existe é um grande milagre aos olhos da razão. Se algo existe, qualquer outra coisa pode existir, me diga que não? Dizer que Deus não existe, porque ele é uma contradição, não prova nada, se assim fôsse, poderia dizer que o mundo não existe porquê, o tempo e o espaço são uma impossibilidade, ex.: qual o limite do espaço, podes pensar nalgo infinito ou finito. Para terminar meu questionamento, reflita sobre o que vou dizer: Reduzir a realidade somente àquilo que nossos cinco sentidos podem apreender, não seria uma ingenuidade muito grande? O que você pensaria do cego de nascença, se ele dissesse que as cores não existem? Para os evolucionistas: será que a natureza dotou o homem com todos os sentidos necessários para apreender o mundo exterior? Negar o papel da fé é um passo muito arriscado, se feito de forma irresponsável. Para aqueles que desconhecem a fé cristã, aqui uma dica: Existindo Deus, só há um meio de conhecê-lo, e não é por meio da razão, somente por Revelação, cabe ao homem (não é livre para escolher) somente crer ou não.

    #77802

    Os cristãos continuam ridículos com seus argumentos dogmáticos sem a mínima lógica. Por quê o deus cristão criou buracos negros devorando galáxias ? Por quê criou o homem só no último milhão de anos, se fez o Universo a 20 bilhões de anos (até mesmo os escorpiões viveram 1 bilhão de anos) ? Onde estava tal deus antes de criar o Universo ? Revelação é delírio de beatos fanáticos em estado de transe esquisofrênico. O resto é lenda, mistificação, charlatanismo e logro, em nome dos quais os cristãos matam, roubam, usurpam, escravizam, julgam e enganam os outros povos e civilizações. Mas isso está para acabar.

    #77803

    SE O POVO ABRIR OS OLHOS!!!!!!!!!!!…….isso está para acabar.

    #77804

    Quando se trata de existência de Deus, tanto quem nega, quanto quem afirma, quanto quem suspende seu juízo, todos incorrem no dogmatismo. Por que? É porque falar de Deus, enquanto ente transcendental, é sempre uma questão fora do alcance da mente. Para a surpresa, de muitos, a maioria dos que se dizem ateus, que acreditam na ciência, obteram seus conhecimentos por meio da revelação. Por exemplo, vocês podem saber o que penso sobre o assunto, só porque neste momento estou revelando a vocês, caso contrário estarias em ignorância quanto ao que penso. De que forma vocês obtem vossos conhecimentos? De forma totalmente empirica (a posteriori)? E o que dizer da maioria dos vossos conhecimentos, foram revelados a vocês na escola, em casa, na rua, na mídia, na internet, no fim sobra muito pouco em que a própria pessoa, ela mesmo, descobriu por meio da razâo ou do método ciêntifico por conta própria. Gostaria de conhecer um sábio que não parte de algum pressuposto dogmatico. Os homens são finitos, e existe um mistério da existência, que se eles tiverem que opinar incorrerão em dogmatismo. Gostaria de crer na ciência como muitos crêem, parecem religiosos, fecham os olhos ao bom senso, e se entregam piamente em fé aos resultados obtidos. Quantos amantes de Euclides, caíram da fé quando seu sistema se mostrou ultrapassado. Gostaria de saber o que muitos hoje, fariam se suas teorias fossem ultrapassadas, tal como esta teoria da Evolução. Quando vejo a descreverem para explicar o processo da transformação das espécies, lembro-me dos mitos gregos, a diferença é sútil, porém com muitas semelhanças mas todos muito especulativos. Diferente dos religiosos, seu lema é a tolerância, afinal “verdade” que para eles é relativa, é somente um “nome”, porque não dizer logo, que verdade nem existe. Mas, se fazer, isto como sabem que eles próprios são verdadeiros no que dizem? Por fim, me convencer sobre assuntos meta-físicos, usando argumentos que nossos advogados sofistas usam num tribunal de causas humanas, é inútil. No nível meta-físico, a ignorância intelectual das religiões e a inconsistência moral dos religiosos, não podem ser premisas de nenhuma conclusão. Desafio alguém a provar a não existência de Deus, por conta própria, sem usar conhecimento de terceiros (revelados), usando somente a razão, pois a ciência nunca poderá falar de “meta-física”, pois ela trata da “física”. Gostaria de ver um argumento contra a existência de Deus, sem ser dogmático, é possível?

    #77805

    O curioso deste debate é que aqueles que se declaram ateus insistem em 'afirmar' , sem poderem 'provar', a não existência de um ser supremo, e se engalfinham furiosamente nessa tese como se sua própria existência (dos ateus) disso dependesse. São ignorantes, arrogantes, intratáveis, uns loucos, enfim.
    Os que crêem em Deus, como eu, entram aqui em busca de um debate aberto, sem preconceitos, imparcial, construtivo, amigável até mesmo – e acabam encontrando diversão gratuita, à custa da fúria dos ateus. Isso tudo é realmente muito engraçado…

    #77806

    VEJAM BEM:NÃO DIGAM ISSO!TENHAM BOM SENSO!TAL PALAVRA CANSA, DUAS VEZES ENTÃO.MAS EU SEI QUE A 2°SIGNIFICA ´´ACASO etc“MAS,ELA JÁ FEDE HÁ MUITO QUE NÃO MERECE SER LEMBRADA, APAGUEMOS TUDO cristão DESDE OS RESQUICIOS:NÃO ACREDITEMOS EM 3°MILÊNIO!!!!!!
    QUER ALGO MAIS cristão????
    DIGAM:´´NÃO ACREDITO EM deus,AMO A LIBERDADE E A LÓGICA“…ISSO JÁ É TAUTOLÓGICO.

    QUEM É LOGICO E LIVRE E CRISTÃO AO MESMO TEMPO?

    #77807

    Flavio Bitir “QUEM É LOGICO E LIVRE E CRISTÃO AO MESMO TEMPO?”. Poderia esclarecer, dando um conceito de cada um destes termos: Livre, Lógico e Cristão? Não consigo ver tautologia nisto, pode um juízo a posteriore sintético ser tautológico, me demonstre isto.

    #77808

    Kant tambem foi um grande erro, juizos e mais juizos!!!!!!!A questão se resume em Noesis!!!!!!

    #77809

    Na verdade “um grande erro” são todos aqueles que não conseguem raciocinar eficazmente. Usam idéias e conceitos inadequados e confusos. Formulam juizos arbitrariamente com base em preconceitos. Raciocinam falaciosamente através de argumentos irracionais, apelando para a força, para as emoções, generalizando casos específicos, fazendo falsas relações. Cometem erros todos aqueles que não sabem usar a Dialética da Comunicação, dialogando de forma ilógica. Kant não foi um grande erro, e embora seu pensamento possa não ser perfeito, foi um daqueles que conseguiu analizar a própria essencia do pensamento humano. Por fim, quem não sabe pensar e escrever, tenta impressionar com palavras sofisticadas, conceitos subjetivos e enigmas. Tudo isto para encobrir o grande vazio que está na mente. E a grande ironia é que este tenta se passar de lógico, quando desconhece as próprias regras da lógica.

    Mas voltando ao tema, para não cometer um erro lógico de fugir do assunto, quero lembrar que o assunto principal é a existência de Deus. Poderia alguém falar que “Deus Morreu”, até agora o que percebemos que quem tem morrido são os grandes sistemas filosóficos e teorias cientificas. Deus não pode morrer, porque Deus sendo Deus é imortal, que morra os homens porém Deus permanece de eternidade a eternidade. Sempre haverá crentes porque Deus não se cala, e podemos percebê-lo através da intuição do Ser, da confrontação com existência. Deus é o valor da incognita de um sistema de equações, assim como Kant discorreu em sua Critica da Razão Prática.

    #77810

    Olá a todos! Li em algum lugar alguém citar “O Anticristo” de Friedrich W. Nietzsche. Acho esse livro bastante interessante; concordo efusivamente com parte dele e discordo completamente em outra.

    Minha concordância é referente às críticas levantadas contra a hipocrisia praticadas por MUITAS (não disse TODAS) ordens e de muitos que se declaram devotos de uma afirmação cristã, ou depositárias de entendimento cristão perfeito ou garantidor de “salvação”. Nietzsche é bastante perspicaz em capturar a soberba travestida em humildade, o cultivo de maneiras que nada são do que expressão da corrupção de coração, a covardia latente, a maquinação de mesquinharias de poder e manipulação, valendo-se tais corruptos do véu de “virtude”.

    Noutra parte Nietzsche chega a ser um completo obtuso quando se dispõe a analisar a escritura bíblica e faz comentários sobre religião. Um exemplo está no princípio do cap. 20 de seu livro:

    “Em minha condenação do cristianismo, espero, firmemente, não cometer injustiça contra uma religião afim com um número de crentes ainda maior: refiro-me ao budismo. Ambas devem ser classificadas entre as religiões niilistas – ambas são religiões da decadência – mas se distinguem uma da outra em um ponto muito importante.”

    Essa atribuição de niilismo ao Budismo é erro muito comum que os ocidentais alheios ao seu verdadeiro entedimento são prolíficos em anunciar. O atual Dalai Lama e Daisetz Teitaro Suzuki já abordaram as armadilhas pelos quais são enlaçados os ocidentais ao afirmarem niilismo no budismo.

    Outro erro grosseiro cometido por Nietzsche é quando aborda o ensino do apóstolo Paulo e o vê como apóstolo exato da ordem “religiosa” que se formou no decorrer do tempo e fermentador dos dogmas estabelecidos. Nietzsche faz uma leitura literal dos escritos, e para quem tem formação intelectual como ele e à crítica ao qual se propõe, é quase imperdoável o erro que comete. Interpreta de forma literal os evangelhos bíblicos, usando às vezes de cinismo na sua discordância. Admira um Jesus humano, tudo é humano, tudo é histórico, e por esse caminho faz leituras de Paulo, e erra estupidamente. Opõe Paulo ao Jesus humano e histórico que o filósofo extrai. Mel Gibson, que se revelou um obtuso fundamentalista, agradece.

    Vejamos alguns trechos do próprio apóstolo Paulo para demonstrar o equívoco de Nietzsche.

    I- Paulo demonstra inequivocamente que seus escritos não tratam de relações sociais entre seres humanos, mas um tratado psicológico:

    “I Coríntios 5:9 'Eu vos escrevi em minha carta que não tivésseis relações com devassos. Não me referia, de modo geral, aos devassos deste mundo ou aos avarentos ou aos ladrões ou a devassos, pois então teríeis que sair deste mundo.'”

    É necessário fazer aqui uma advertência. Os termos “homem”, “mulher”, ou de referência a animais, plantas expressas na Bíblia não podem ser identificados literalmente, como se os livros bíblicos tratassem das coisas ocorridas ou por acontecer neste mundo geológico. Paulo refuta esse modo de proceder, demonstrando sempre uma abordagem psicológica, assim como quando o faz com o “boi” e várias outros temas que constam do que se convenciona chamar de Antigo Testamento, uma arbitrariedade enganadora.

    São João da Cruz, que foi consagrado Doutor da Igreja Católica Romana em 1926, nos trechos que já pude ler, passa ao largo das convenções dogmáticas, e adentrado no caminho místico, interpreta-os psicologicamente, tanto os livros antigos como os de Paulo. Pertence ele à ala esotérica; a corrente predominante na Igreja política e histórica é a eXotérica, que não exige um atributo especial nem transformações, basta-lhe a “fé” comum, coisa do qual Nietzsche abominava, e que lhe dou razão. Entretanto Nietzsche olvidou da compreensão esotérica em sua crítica.

    II – Fim dos tempos, fim do mundo

    Não se tratando as escrituras de tratados geológicos, ou meramente de relações sociais, não se é de estranhar a seguinte afirmação de Paulo:

    “I Coríntios 10:11 'Estas coisas lhes aconteceram para servir de exemplo e foram escritas para a nossa instrução, nós que fomos atingidos pelo fim dos tempos'.

    III – A Bíblia utiliza-se de linguagem alegórica, afirmação de Paulo:

    “Gálatas 4:21 a 26 'Dizei-me, vós que quereis estar debaixo da Lei, não ouvis vós a Lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da serva e outro da livre. Mas o da serva nasceu segundo a carne; o da livre, em virtude da promessa. Isto foi dito em alegoria. Elas com efeito, são as duas alianças; uma, a do monte Sinai, gerando para a escravidão: é Agar (porque o Sinai está na Arábia), e ela corresponde à Jerusalém de agora, que de fato é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém do alto é livre e esta é nossa mãe,…'”

    No sentido esotérico, a Jerusalém do alto, ou celestial, designa a Sabedoria transcendental. A Lei acima referida é a Torá. O “Amor” e “Sabedoria” da tradição semítica (judaísmo e cristianismo dos apóstolos), corresponde no Budismo à “Karuna” e “Prajna”.

    Sendo a Bíblia um escrito esotérico, de linguagem alegórica, exige uma especial atenção também nos nomes que figuram como personagens. Em muitas Bíblias traduzidas perde-se a possibilidade de captar os sentidos figurados em nomes, que é de importância capital para um verdadeiro entendimento, além de que há muitas distorções e inserções que a língua original não expressou.

    “Jesus”, segundo André Chouraqui – Matyah (O Evangelho Segundo Mateus), deriva de: “Iéshoua', diminutivo de Iéhoshoua', IHVH, significa Yah salvará. O mesmo nome foi transcrito, ao mesmo tempo, como Josué, sucessor de Moshè (moisés), e como Jesus. Como os chiados e os guturais não existem em grego, Iéshoua' tornou-se, Iesou, de onde deriva Jesus. A volta à pronúncia autêntica deste nome lhe restitui aqui sua significação hebraica, anunciadora da salvação.”

    IV – Deus, o que seja, sem se atentar para a interessante doutrina de Pai, Filho e Espírito Santo, que são convenções surpreendentes para expressar os diversos ângulos de abordagem do Infinito em sua perene transformação, da criatura senciente que experimenta identificação no Criador, e desses entendimentos, Paulo faz uma afirmação, em Atos dos Apóstolos, cap. 17:24 a 28, transcritpo por Lucas, o evangelista. Dá-se em Atenas, onde o apóstolo, abandonando por pouco, mas não de todo, a linguagem figurada e as fórmulas apostólicas, retrata um entendimento do que seja Deus aos atenienses, no centro do Areópago.

    “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, o Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos humanas. Também não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, ele que a todos dá vida, respiração e tudo o mais. De um só (*) fez toda a raça humana para habitar sobre a face da terra, fixando os tempos anteriormente determinados e os limites do seu habitat. Tudo isto para que procurassem a divindade e, mesmo se às apalpadelas, se esforçassem por encontrá-la, embora não esteja longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos vossos, aliás, já disseram: 'Porque somos também de sua raça.'”

    (*) Algumas bíblias traduzem por “Por um só homem” ou algo assemelhado, em vez de por “Por um só”, mas o fazem sem a permissão do grego, língua-matriz. É uma tradução espúria. São fundamentalistas de imposição do dogma de Adão como o primeiro ser humano. Uso da Bíblia de Jerusalém aqui, o melhor que encontrei, mas ridícula e completamente tendenciosa em algumas anotações.

    Entretanto, a Bíblia de Jerusalém é ousada na tradução dos seguintes trechos de Isaías, 45:5-7, no que é acompanhada por “New American Standard Bible – NASB” no mesmo sentido:

    “Eu sou Iahweh, e não há nenhum outro, fora de mim não há Deus. Embora não me conheças, eu te cinjo, a fim de que se saiba desde o nascente do sol até o poente que, fora de mim, não há ninguém: eu sou Iahweh e não há nenhum outro! Eu formo a luz e crio as trevas, asseguro o bem-estar e crio a desgraça: sim eu, Iahweh, faço tudo isso. (meus grifos)

    Bom, enchi muita ligüiça por ora, acho…

    Um abraço a todos!!!

    #77811
    Nameque
    Membro

    essa esta boa “nao acredito em deus graças adeus” entao acredita ou nao pois como pode dar graças a deus se nele nao acredita.

    #77812
    viana
    Membro

    ::)A fraze correta deveria ser:- SOU ATEU, GRAÇAS A ESSE DEUS!VIANA

    #77813
    Acácia
    Membro

    Ah-ra! Pois então está na hora de reavaliar suas crenças e não crenças porque querendo você ou não querendo, Deus não apenas existe como agora passou, "do que era vazio e sem forma" a tornar-se Visível e Real. Deus agora além de Existir, Vive!

    #77814
    Monstrinho
    Membro

    Olá a todos! Li em algum lugar alguém citar "O Anticristo" de Friedrich W. Nietzsche. Acho esse livro bastante interessante; concordo efusivamente com parte dele e discordo completamente em outra. Minha concordância é referente às críticas levantadas contra a hipocrisia praticadas por MUITAS (não disse TODAS) ordens e de muitos que se declaram devotos de uma afirmação cristã, ou depositárias de entendimento cristão perfeito ou garantidor de "salvação". Nietzsche é bastante perspicaz em capturar a soberba travestida em humildade, o cultivo de maneiras que nada são do que expressão da corrupção de coração, a covardia latente, a maquinação de mesquinharias de poder e manipulação, valendo-se tais corruptos do véu de "virtude". Noutra parte Nietzsche chega a ser um completo obtuso quando se dispõe a analisar a escritura bíblica e faz comentários sobre religião. Um exemplo está no princípio do cap. 20 de seu livro:  "Em minha condenação do cristianismo, espero, firmemente, não cometer injustiça contra uma religião afim com um número de crentes ainda maior: refiro-me ao budismo. Ambas devem ser classificadas entre as religiões niilistas - ambas são religiões da decadência - mas se distinguem uma da outra em um ponto muito importante."  Essa atribuição de niilismo ao Budismo é erro muito comum que os ocidentais alheios ao seu verdadeiro entedimento são prolíficos em anunciar. O atual Dalai Lama e Daisetz Teitaro Suzuki já abordaram as armadilhas pelos quais são enlaçados os ocidentais ao afirmarem niilismo no budismo.  Outro erro grosseiro cometido por Nietzsche é quando aborda o ensino do apóstolo Paulo e o vê como apóstolo exato da ordem "religiosa" que se formou no decorrer do tempo e fermentador dos dogmas estabelecidos. Nietzsche faz uma leitura literal dos escritos, e para quem tem formação intelectual como ele e à crítica ao qual se propõe, é quase imperdoável o erro que comete. Interpreta de forma literal os evangelhos bíblicos, usando às vezes de cinismo na sua discordância. Admira um Jesus humano, tudo é humano, tudo é histórico, e por esse caminho faz leituras de Paulo, e erra estupidamente. Opõe Paulo ao Jesus humano e histórico que o filósofo extrai. Mel Gibson, que se revelou um obtuso fundamentalista, agradece. Vejamos alguns trechos do próprio apóstolo Paulo para demonstrar o equívoco de Nietzsche.

    Olá, Concordo.Nietzsche não estudou a Filosofia Oriental. Tudo que soube dela foi através das leituras e influências que teve de Schopenhauer. Bom, eu não teria erudição - como vc tem - o suficiente para demonstrar outros trechos das Cartas de Paulo em que Nietzsche, levianamente o acusa de deturpador do Evangelho, chamando Paulo, zombeteiramente de "o disangelista". Digamos logo: para Nietzsche, se há uma pessoa a ser cunhada de "o anticristo", essa pessoa é Paulo de Tarso, o que é um absurdo, porquanto, segundo o que lemos nas suas cartas, Paulo é o discípulo que mais compreendeu Jesus. Sobre a questão de Nietzsche interpretar ao pé da letra as passagens bíblicas, curiosamente, em relação aos escritos de Paulo ele realmente o faz, mas não em relação ao próprio Evangelho, veja: http://mascarasdedeus.blogspot.com.br/2011/04/psicologia-dos-evangelhos-segundo.htmlPois, segundo o que lemos aí nesse texto, retirado de "O Anti-cristo", a interpretação psicológica que Nietzsche faz dos Evangelhos, pode não ser a de Paulo, mas por outro lado está muito longe de ser a interpretação pobre e mesquinha que o Cristianismo operou posteriormente, já com o nascimento da Igreja Romana nos séculos vindouros. No mais, gostei das suas observações e do seu senso crítico.  Abçs,

    #77815

    Deus não determina o funcionamento desiquilibrado do universo, mas o homem sem Deus é um verme tranquilo. segundo pesquisas a maioria dos criminosos diz acreditar em Deus ou ter alguma religião, os psicologos modernos dizem que Deus mantem o equilibrio do mundo.Ou os filosofos são muitos tolos, ou os psicologos são tolos, ou as pesquisas são falsas, e olha, é raro ver um criminoso com historico de ateu!

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