Não existe alma

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  • #74529

    Agora o amigo da filosofia foi longe demais. Tudo bem que ele ficasse em sua(vã)filosofia, mas dar uma de historiador e ainda mais decretando o fim da história. Dizer que a história, provou que o socialismo não sucedeu o capitalismo. Ora a história não acabou. De toda a forma, isso é comum aos ansiosos conservadores que detestam Marx, e buscam a verdade, mas que verdade? a verdade conservadora, a verdade reacionária??.A verdade como a democracia, talvez seja mesmo adjetivada(bom tema esse). Bom …de todo modo, já que foi sacado o assunto do fim da história, gostaria de trazer assunto correlato aos outros participantes( não para esse “finalizador da história). O fato é que Marx, além de filósofo, economista, sociólogo, gênio, talvez, sem par, foi também, um ativista e neste ponto, talvez tenha dado à alguns de seus escritos, um certo determinismo, uma certa teleologia, o que de qualquer maneira, não obscurece seus escritos. E depois , embora alguns reacionários-filósofos-fajutos de plantão não saibam o marxismo é algo vivo e continua a desenvolver-se. Alguns estudiososos, sérios, já perceberam que o capitalismo, de fato, ruma inexoravelmente à barbárie. Por sinal, se vcs observarem a criminalidade crescente por toda a parte e a metade dos excluídos da humanidade, ver-se-a, claramente da lamentável realidade desta barbárie. Mas como dizia, mesmo que este sistema entre em colapso, não significa que se irá, automaticamente ao socialismo. O fato é que estes estudiosos, estão usando em suas pesquisas elementos da teoria do caos, asssim principalmente como definido pelo prêmio nobel Ilya Prigogine. O sistema oscila, ficando fora de equílibrio e bifurcações irão aparecer, outras possibilidades irão surgir…nem sempre algo, digamos “civilizado”. Posso voltar com , mais calma a este assuto outro dia, mas afirmar que a história até agora mostrou…como faz aquele (vão) filósofo é, certamente das maiores bobagens a ser colocado em forum de gente tão inteligente. Há muita coisa a se registrar na história em seu fluir, e isso influenciará, certamente, a ciência e filosofia.

    #74530

    Agora o amigo da filosofia foi longe demais.

    Que sujeito parvo esse marxista de butiquim!

    Ora a história não acabou.

    Parabens! vc fez uma grande descoberta Descobriu isso sozinho?

    –> Marx, além de filósofo, economista, sociólogo, gênio, talvez, sem par <-- TIETAGEM! Que babaçao de ovo… Não sei pq ainda perco meu tempo. Vou ler que é mais proveitoso. Tchau.

    #74531

    O filósofo perdeu a linha e apelou aos palavrões. Certamente deu-se conta das bobagens que falou,sem pensar muito, altamente excitado em demonstrar seu reacionarismo. Mas o que se sabe, hoje em dia nos meios cultos, é que embora o socialismo , dito real , tenha soçobrado, não significa que o capitalismo tenha vencido, até porque tirando o G7, a maior parte do mundo vive , miseravelmente, imersa no capitalismo. Se acham que a Russia e outros países que desmoronaram estariam melhor se não tivesse existido 1917,é bom que leiam os sofitiscados críticos do mito do eterno desenvolvimento como I. Wallerestein e G. Arrighi. Mas enfim…mesmo sendo não filósofo, alias sem qualquer formação em ciências humanas ou sociais( sou engenheiro), continuarei participando deste site, pois sei que há aqueles que entendem, que o espaço , de discussões deve ser amplo e democrático. Por sinal, a utopia marxista intui que a verdadeira democracia tiraria o véu entre o trabalho braçal e o intelectualizado, ou seja, isto me leva a intuir que a filosofia seria algo bem mais difundido em uma sociedade onde livre da angústia para sobreviver no dia a dia as pessoas desenvolveriam as suas verdadeiras potencialiades. Isso talvez fosse ruim para aqueles orgulhosos, maus filósofos e reacionários amargos, que certamente , e felizmente são a minoria por aqui.

    #74532

    Hahahaha é o que me sobra para vc, amigo do seu próprio achismo. Meu caro, discutir sobre a importância de filósofos, homens q se propuseram a pensar, a mudar paradigmas, a inovar, fazendo alusão apenas no que, por serem homens, se equivocaram, e num achismo descabido, típico de aluno de graduação orgulhoso ou medroso, fazer críticas cuja contemporaneidade só nós temos, eles não, ofuscando seu momento histórico e tudo mais, ora, vamos lá! Poderíamos conversar, poderíamos usar desse site com intuito construtivo, de crescimento de todos. Mas vc o faz parecer uma luta, uma briga, porém, não com os outros, q só fazem retrucar, e sim contigo. Vc é esperto meu caro, tem capacidade, tem argumentos, é inteligente, portanto, pare de buscar identidade, vc pode ajudar. Ok. Tenho certeza q vc entendeu.

    #74533

    eita saudade daqui. eu retorno do descanso e já peço licença para redirecionar o debate, da filosofia pra física, sem esquecer a filosofia… vou levantar algumas opiniões pra discussão:

    BERTRAND RUSSEL, matemático, filósofo e sociológo: “a matéria é uma fórmula cômoda para descrever o que acontece onde ela não está”.

    WOLFGANG PAULI, gigante da teoria dos quanta: “não se pode dizer que o problema geral da relação entre a alma e o corpo, entre o inteior e o exterior, tenha sido resolvida pelo paralelismo psicofísico admitido no último século. a ciência moderna talvez nos tenha feito compreender melhor essa relação ao formular o conceito de complementaridade da própria Física. a solução mais satisfatória seria se a alma e o corpo pudessem ser interpretados como aspectos complementares da mesma realidade”.

    HENRY MARGENAU, professor de física de Yale: “em fins do último século chegou-se a pensar que toda interação envolvia objetos materiais. hoje já não se pensa assim. sabemos agora que existem campos absolutamente imateriais. as interações mecânicas dos quanta de campos físicos 'psi' são totalmente imateriais, embora descritas pelas equações mais fundamentais da atual mecânica dos quanta. essas equações nada dizem sobre massas em movimento; apenas regulam o comportamento de campos muito abstratos, em muitos casos certamente imateriais, frequentemente tão sutis como a raiz quadrada de uma probabilidade”.

    e pra finalizar, está aí ARTHUR KOESTLER: “Todo um coro de laureados do Prêmio Nobel de´Física ergue a sua voz para nos anunciar a morte da matéria…” (…)”Já é tempo de aprendermos as lições da ciência pós-mecanicista do século XX e de nos livrarmos da camisa-de-força que o materialismo do século XIX impôs aos nossos conceitos filosóficos”.

    o que acham dessas opiniões? são dos cientistas físicos…eu disse CIÊNCIA…não confundam novamente com religião

    #74534

    ah, eu queria saber o que vcs pensam sobre, mas não criticar por criticar ou elogiar por elogiar…digam pq, é requisito essencial pro afastameno do achismo e pra consequente seriedade do forum…

    #74535

    Ricardo,
    Outrora, o mecanicismo encarnava o ideal materialista, apresentando-se como único horizonte teórico na apreensão do real.
    Todavia, com o estudo da radiação do corpo negro (Plank), bem como com a descoberta do efeito foto-elétrico (Einstein), novas perpectivas se abriram em torno da questão essencial: o que pedemos chamar propriamente de matéria?
    Comprovada experimentalmente como uma forma de energia – de acordo com a famosa equação einsteniana – um novo paradigma ontológico surgia como resultado inevitável das desconcertantes implicações filosóficas atinentes à física quântica.
    Creio que os nomes que você citou, ilustram ainda mais a necessidade de um debate à luz desses novos conceitos,
    Até a próxima!

    #74536

    engraçado é q mesmo com a ciência batendo cabeça em relação a isso, existem pessoas lá no interior do amazonas q podem dizer com certeza q a alma existe (não existem limites ao conhecimento), massa…

    #74537

    Caros amigos

    Em minha opinião deve-se admitir a hipotese da nossa individualidade sobreviver à morte. Vou explicar a seguir porquê.

    1) Se a nossa individualidade não sobreviver à morte, que somos nós? Nada! Valemos tanto como excremento de vaca. Depois do apagamento tanto fazia termos vivido como não. A vida era uma Crueldade do Criador.

    2) Para a nossa vida ter sentido, teremos de acreditar que existe a hipotese de a nossa individualidade ultrapassar a morte. Quem é que quer que a sua vida não tenha sentido? A busca do sentido da vida é a busca mais importante para a humanidade.

    3) Só seria errado admitir a hipotese de que a nossa individualidade ultrapassa a morte, se a ciência já tivesse provado o contrário. Mas não provou. Longe disso. O médico e Prof. Catedrático, Dr Ian Steveson, estudou as consequências de milhares de relatos de crianças que dizem recordar-se da vida anterior e chegou à conclusão que é uma hipotese a não descartar. Há relatos de pessoas que tiveram experiências de quase morte, há monges budistas capazes de entrar em estados alterados de consciência estranhissimos, o Dr. Gary Schwartz encontrou razões para menter válida a hipotese da mediunidade, etc., etc.

    4) A ciência deve estudar estas matérias, pois a maior parte dos cientistas são sustentados pelo dinheiro dos contribuintes e é seu dever moral e juridico estudar o que o povo que lhes paga anseia. Até para proteger esse povo de eventuais fraudes.
    Em ciência não há onus da prova, isso é nos tribunais. Se vamos para o ponto de vista juridico, então ainda reforçamos a necessidade da ciência proceder a investigações, pois, juridicamente, o testemunho das pessoas é considerado como prova e não faltam pessoas a testemunhar casos de contacto com o mundo espiritual.
    Em ciência uma hipotese só se descarta quando há provas em contrário.

    5) As pessoas não se comportam sempre racionalmente, mas, racionalmente, a crença verdadeira e honesta na vida depois da vida conduz a um mundo melhor.

    Se uma pessoa acredita que a sua vida e a dos outros não têm valor nem sentido, racionalmente deve ser o mais hipócrita e fria possivel. Isto é assustador.

    Se uma pessoa acredita que esta vida é apenas uma passagem, tem tendência para dar mais valor aos outros e a si mesmo.

    VitinhoSantos

    #74538

    Afinal… o que é alma???

    #74539
    1) Se a nossa individualidade não sobreviver à morte, que somos nós? Nada! Valemos tanto como excremento de vaca. Depois do apagamento tanto faz termos vivido como não. A vida é uma crueldade do Criador.

    – Se a nossa individualidade não sobreviver à morte isso só significa que nossa existência é limitada. Quanto a questão do valor isso não passa de um juízo de subjetivismo seu. Crueldade do Criador? Quem disse que o universo foi criado?

    2) Para a nossa vida ter sentido, teremos de acreditar que existe a hipótese de a nossa individualidade ultrapassar a morte. Quem é que quer que a sua vida não tenha sentido? A busca do sentido da vida é a busca mais importante para a humanidade.

    – A vida é o que é e não o que se quer. A vida não tem sentido, mas procuramos dar um sentido para ela mesmo assim.

    3) Só seria errado admitir a hipótese de que a nossa individualidade ultrapassa a morte, se a ciência já tivesse provado o contrário. Mas não provou.

    – Essa falácia se chama argumentum ad ignorantiam

    Longe disso. O médico e Prof. Catedrático, Dr Ian Steveson, estudou as consequências de milhares de relatos de crianças que dizem recordar-se da vida anterior e chegou à conclusão que é uma hipótese a não descartar. Há relatos de pessoas que tiveram experiências de quase morte, há monges budistas capazes de entrar em estados alterados de consciência estranhíssimos, o Dr. Gary Schwartz encontrou razões para menter válida a hipótese da mediunidade, etc., etc.

    – Isso daqui não é o programa Fantástico, é um fórum de filosofia…

    4) A ciência deve estudar estas matérias, pois a maior parte dos cientistas são sustentados pelo dinheiro dos contribuintes e é seu dever moral e jurídico estudar o que o povo que lhes paga anseia. Até para proteger esse povo de eventuais fraudes.
    Em ciência não há onus da prova, isso é nos tribunais. Se vamos para o ponto de vista juridico, então ainda reforçamos a necessidade da ciência proceder a investigações, pois, juridicamente, o testemunho das pessoas é considerado como prova e não faltam pessoas a testemunhar casos de contacto com o mundo espiritual. Em ciência uma hipótese só se descarta quando há provas em contrário.

    – Não é necessário provas, bastam as evidências…

    5) As pessoas não se comportam sempre racionalmente, mas, racionalmente, a crença verdadeira e honesta na vida depois da vida conduz a um mundo melhor.

    – Só quem já morreu e voltou poderia afirmá-lo. Como ninguém voltou…

    #74540
    dgaspar
    Membro

    POR QUE?

    #74541
    Anônimo
    Inativo

    Bom usando do que sei somos seres trinos como Deus. Somos compostos de Corpo, Alma e Espírito.Corpo: E a parte constituida de Carne ossos e etc. é nossa parte que abriga inteligência desejos e etc. E um instrumento indispensável do espirito para se comunicar com Deus. Em uma base de comparaçoes o corpo seria como o Aparelho Celular.Alma: É o sopro de Vida dado por Deus no inicio, e graças a ele que estamos vivos, se não o temos então estamos mortos. Em uma base de comparaçoes seria como a Bateria do Aparelho Celular.Espírito: este  é muito importante. Ele é a nossa conecção com Deus, atraves deste podemos nos conectar com Deus, falar com ele, e é onde provavelmente se encontra a Fé. Numa base de comparações o espirito seria como o Sinal ou antena do Aparelho Celular.E sertamente não se sabe ainda oque acontece com a alma quando o corpo morre. Alguns disem que a alma morre tambem e so o espirito vai para o ceu ou para o inferno. não se sabe tambem se a alma se funde ao espirito para se tornar um ser duo ou se a alma vira fantasma e por ai vai. Tecnicamente não se sabe realmente o que acontece com a alma apos a morte.E quanto a la em cima é claro que são necessárias as provas, so as evidências não bastam pelo menos quando se fala de Ciência. Isso é o que o Evolucionismo tenta nos empurrar guela a baixo. Ora eu posso achar que estou vendo uma super espécie trasitória quando na verdade é apenas mais uma especie animal. Isso tambem podemos perguntar pros mais de 500 fósseis vivos espalhados pelo planeta. Fora a possibilidade de ainda existirem Dinossauros na Africa e no Amazonas não é? isso contradiz tudo que diz a evolução.

    #74542
    jocax
    Membro

    Carta revela desdém de Einstein pela religiãoBBC Brasil/EstadoJC e-mail 3511, de 14 de Maio de 2008.21. Carta revela desdém de Einstein pela religião“A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis”, escreve EinsteinUma carta escrita pelo físico Albert Einstein ao filósofo alemão Eric Gutkind - que está sendo leiloada em Londres esta semana - revela que o cientista desdenhava a religião. O documento reacende a polêmica sobre as crenças religiosas de Einstein já que, em declarações anteriores, ele havia dado a entender que acreditava, ou queria acreditar, na existência de Deus.Escrita em 1954, em resposta ao livro de Gutkind Escolha a vida: O chamado bíblico para a revolta (em tradução livre), a carta passou os últimos 50 anos nas mãos de um colecionador particular. 'A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis', escreve Einstein.http://www.genismo.com/religiaotexto58.htm

    #74543
    jocax
    Membro

    Ciência da alma?O "Penso, logo existo" perde forçaCornelia Dean, Junho/200726/06/2007 The New York TimesCiência da alma? O "Penso, logo existo" perde forçaCornelia DeanEm 1950, em uma carta aos bispos, o papa Pio 12 abordou a questão da evolução. "A Igreja Católica Romana não faz necessariamente objeções ao estudo da evolução, contanto que este diga respeito aos atributos físicos", escreveu o papa na encíclica Humani Generis. Mas ele acrescentou: "A fé católica nos obriga a afirmar que as almas são imediatamente criadas por Deus".Jimmy Turrell/The New York Times O papa João Paulo 2° afirmou praticamente a mesma coisa em 1996, em uma mensagem à Academia Pontifícia de Ciências, um grupo de assessoria do Vaticano. Embora tenha observado que nos anos anteriores a evolução se tornou "mais do que uma hipótese", ele acrescentou que a idéia de a mente emergir de um mero fenômeno físico era "incompatível com a verdade sobre o homem".Mas à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais.O resultado talvez seja o desafio mais poderoso à visão de mundo resumida por Descartes, o filósofo do século 17 que dividiu as criaturas do mundo entre a humanidade e o resto. Conforme os biólogos vão apresentando evidências de que os animais são capazes de exibir emoção e padrões de cognição que outrora se acreditava serem estritamente humanos, o enunciado de Descartes, "Penso, logo existo", perde a sua força.Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.A idéia de que as mentes humanas são o produto da evolução é "um fato incontestável", afirma o periódico "Nature" na edição deste mês, em um editorial a respeito das novas descobertas sobre a base física do pensamento moral. Um cabeçalho no editorial vai direto ao assunto: "Com todo o respeito às sensibilidades das pessoas religiosas, a idéia de que o homem foi criado à imagem de Deus pode, com toda certeza, ser descartada".Ou, conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele.Para pessoas como o biólogo evolucionário Richard Dawkins, falar sobre alma é parte do discurso da fé religiosa, que ele compara a uma doença. E entre os psicólogos evolucionários, a fé religiosa não passa de um artefato evolucionário, uma predileção que evoluiu porque as crenças compartilhadas aumentam a solidariedade grupal e outras características que contribuem para a sobrevivência e a reprodução.Não obstante, a idéia de uma alma divinamente inspirada não será descartada. Para citar apenas um exemplo, quando perguntaram aos dez candidatos presidenciais republicanos em um debate no mês passado se algum deles não acreditava na evolução, três ergueram a mão. Um deles, o senador Sam Brownback, do Estado do Kansas, explicou mais tarde em um artigo na página editorial deste jornal que não rejeita toda a teoria evolucionária. Mas ele acrescentou: "O homem não foi um acidente, e ele reflete uma imagem e um semblante únicos na ordem criada".Esse é o ponto central da questão, segundo Nancey Murphy, filósofa do Seminário Teológico Fuller, que escreveu profusamente a respeito de ciência, religião e alma. Os desafios à unicidade da humanidade na criação são tão alarmantes quando a afirmação copernicana de que a Terra não é o centro do Universo, escreve ela no seu livro "Bodies and Souls of Spirited Bodies?" ("Corpos e Almas de Corpos Animados?"), publicado em 2006 pela Editora Cambridge. Murphy argumenta que assim como Copérnico derrubou a Terra do seu pedestal celeste, as novas descobertas feitas em pesquisas sobre a cognição retiraram os seres humanos da sua "localização estratégica" na criação.Outro teólogo que escreveu bastante sobre o assunto, John F. Haught, da Universidade Georgetown, disse em uma entrevista: "Para muitos norte-americanos a única maneira de preservar a descontinuidade implícita na idéia de alma, de uma alma distinta, é negar a evolução, e vejo isso como algo infeliz".Não existe nenhum desafio científico verossímil à teoria da evolução como uma explicação para a diversidade e a complexidade da vida na Terra.Para Murphy e Haught, porém, as pessoas cometem um erro quando assumem que os humanos só podem ser dotados de uma alma se as demais criaturas não possuírem alma."A biologia evolucionária demonstra que a transição do animal para o humano é muito gradual para que faça sentido a idéia de que os humanos possuem almas e os animais não", escreveu Murphy, que é pastora da igreja Church of the Brethen (Igreja da Irmandade). "Todas as capacidades humanas atribuídas antigamente à mente ou à alma estão sendo agora estudadas com sucesso como processos cerebrais - ou, mais acuradamente, eu deveria dizer, como processos envolvendo o cérebro, o resto do sistema nervoso e outros sistemas corporais, todos interagindo com o mundo sócio-cultural. Portanto, trata-se de um raciocínio 'falho' querer distinguir os seres humanos do restante da criação".http://www.genismo.com/religiaotexto46.htm

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