Pena de Morte

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  • #74918

    Hehehe, tá correndo Fernandinho Collor, ops, beira-mar, ops… Não menininho, vc deve estar em sua fase adolescente e acha que com berros fortalece suas convicções e te deixa assim mais seguro. Dizer que só pobre, preto e bandidinho será preso e os manda-chuvas não, não resolve nada, isso é típico de novela da globo sim, e vc leva o maior jeito pra ser assíduo telespectador delas. Meu filho, senta aqui no colo do painho, deixe-me dizer uma coisa, precisamos parar de hipocrisia, ou resolvemos os crimes com a morte do criminoso e pronto, ou deixaremos estes criminosos por aí, soltos, estuprando sua mãe, sua irmã ou matando por 1 real, estamos passando da hora de tomarmos atitudes sem hipocrisia. Chega dessa palhoça. Ora, não acho que a pena de morte é a solução para tudo. Mas cadeia para contumazes, reincidentes criminosos que aproveitam-se da fraca ideologia cristã, e cometem barbaridades pq não há reação do que segue temerosamente as normas de convivência, é complicado. Estamos chegando na hora de reagir. Morte para essa corja sem salvação, ou leve um pra casa para vc cuidar.

    #74919

    Olá a todos

    No mundo das lei devemos tomar cuidado com a conceito de justiça.

    O que é justiça? Esta questão é discutida no início da obra “A República” de Platão.

    No brasil tudo que não é proibido é de certa forma permitido.

    A lei quem faz é o legislativo, o executivo cria os meios para cumprí-la, e o judiciário julga e condena.

    A pergunta que fica é a seguinte:

    O direito alcança justica, isto é, o Estado é capaz de alçar justiça para todos ou o Estado ao descrever condutas apenas cria um meio de legalizar as injustiças???

    abs.

    #74920

    Oi Alex,

    Vc puxou o assunto para a questao da justiça e do direito, mas eu gostaria de acrescentar outro ponto, ou melhor, um pensamento:

    O povo brasileiro está preparado para a civilidade, i.e., o povo brasileiro está preparado para viver segundo a lei?

    A pergunta leva em consideraçao que a lei expressa o geral, e um dos principios básicos é que todos sejam iguais perante ela, contudo, cada um se acha “especial” e diante do menor contratempo apela imediatamente para o “jeitinho”, o “mexer os pauzinhos”, o “parente/amigo” autoridade etc. O geral só vale para os outros, “eu” sou especial, é claro.

    Um sistema de leis só funcionaria bem pressupondo um povo com um minimo de educaçao social. Questão da ética… Parece que pretendem dar um salto da barbárie para a lei sem passar pela educaçao/ética. É possivel???

    A Lei imposta pelo poder/castigo/pena/medo é uma soluçao somente aparente, já que a desobediencia civil inviabiliza qq sistema penal. Outra opçao é imaginar o presidente (justo ele?) como um grande rei do gado, e cercar as praças, orelhoes, metrôs, patrimonio publico, com arame farpado… o exagero ilustra o ponto.

    Nao se investe na educaçao e ficam na ilusao de pedir mais policia/repressao. É um caminho, mas nao chegou ao cerne.

    Os a favor da pena de morte, imagino, seriam os primeiros a pedir socorro ao “jeitinho” caso um parente/conhecido/amigo estivesse ameaçado pela mesma.

    E nao é a violencia da pena que tras justiça, mas colabora muito mais nesse sentido a nao-impunidade, a rapidez e a certeza na aplicaçao da lei conta muito mais que a violencia da pena. Sempre!

    O brasil está preparado para viver segundo a lei?

    []'s

    #74921

    Boas colocações Pilgrim! Sim os partidários da repressão pura e simples, não entendem que só ela não basta. Há toda a questão da educação, mas também a distribuição de renda. Queiram ou não, mesmo que os ricos sejam os mais corruptos, o crime encontra seu caldo de cultura, ideal, junto aos bolsões de pobreza. Uma boa comparação: os EUA, têm investido,mais na repressão, sendo os maiores encarceradores do mundo( superados , apenas em termos absolutos pela China),todavia sua criminalidade é muito mais alta que os países da Europa Ocidental, que investem muito, na educação , em tratamentos para portadores de drogas, etc. Vc, Pilgrim, definiu bem o perfil dos partidários da pena de morte. São idéias simplistas de simplórios facistóides, que seriam os primeiros a apelar para o famoso ” jeitinho”, para que eles ,seus amigos e parentes, fossem exceções a essa prática.
    Abraços

    #74922

    Quanta abobrinha Fernandinho, quer lugar comum maior que dizer que a falta de educação é o grande problema e que investindo na educação tudo vai melhorar, ora, onde vc vive! Acorda menino. E largue mão de falácias, se diz que a criminalidade é maior em um país, demonstre os dados! Estatisticamente! Dois dias atrás botaram fogo num onibus por retaliação da morte de um traficante. Até aí é falta de educação, mas a questÃo é que tinham pessoas dentro, pessoas que não puderam sair pq atiravam contra elas. Ora, vá educar, vá! HJ! Criatura de deus, precisamos de menos discurso e senso comum, estamos em guerra! Acorda. Amanhã será vc ou eu. Larga mão de hipocrisia, se quer fazer algo, ô engajado, vá cuidar, ensinar, alimentar os FILHOS desses homens, possibilitando para eles uma chance no sistema que vc tanto corrobora, esse sistema capitalista. Vc é tão burguês como todos. Numa sociedade injusta, somos todos laranjas podres num grande saco social de laranjas.
    Novamente, não acho que a pena de morte, ou qualquer outra, perpétua, 30 anos, 10, serviço à comunidade, nenhuma dessas é solução. Mas se a água já encheu a sua casa e vc está se afogando, melhor abrir a porta do que consertar a goteira.

    Quanto ao Platão do Alex, conceito de justiça para os clássicos está tão distante do conceito do justo para nós, que é bem mais individualista e moderno (no sentido da filosofia moderna) que fica difícil dar como possível no mundo atual.
    A questão do justo é muito complicada, porém com a lei teremos uma conservação do estado em que estamos, quem tem, tem, quem não tem, é melhor não pegar, deve conseguir pelo seu trabalho, como se fosse possível com 50 milhões de pessoas que ganham menos de 1 dolar por dia, conseguir por exemplo um carro, como aquele que a mulher se veste de noiva ao ver seu namorado num, então o que faz o adolescente, o jovem, ou qualquer um que vendo o valor simbólico ostentado pela burguesia como sendo sua possibilidade de sucesso no seu meio social, junto sem dúvida ao objeto de seu sucesso, a reprodução, só resta para esta pessoa, pegar dos que tem mais, ou acreditar que papai noel vai lhe dar isso. É um exemplo! Apressadinhos refutadores. Mas são várias as causas do crime, o mais interessante é que a lei é obrigatória a todos sem nem sequer perguntar se todos a aceitam. O direito de propriedade! Qual sua origem? Pq de sua necessidade pela burguesia. Pq da igualdade? Pq da liberdade? Donde esses direitos, ou garantias vieram? Talvez A República de Platão seja um bom caminho, passando por Aristóteles, que é fantástico, passndo pelos medievais, entendendo então os modernos, de onde muito ainda se usa hj para explicar e impor a filosofia burguesa.

    #74923

    Até parece que um reles defensor de pena de morte, tem condição de discorrer sobre a propriedade, a burguesia. Eita, cara confuso, o tal Afonsinho, sequer saber se defende o facismo ou um tipo de stalinismo. Com gente assim é impossível sequer iniciar-se um debate sério.Mas o pior que pessoas como o Afonssinho, são mais a regra que a exceção. Ha…esse maldito senso comum alienante. Afonsinho, merece apenas uns versinhos:
    Afonsinho , seu bobinho
    Va matar seu bandidinho
    Mas veja bem, miudinho
    Que tu, não es santinho.

    #74924

    HAHAHAHA boa, você realmente é muito profundo em suas colocações telenovelisticas, hahaha, muita novela faz mal, né. Bobinho, senta no colo do painho de novo, bixinho, é assim, seu cerebrozinho diz que o que falta é educação e renda, não é mesmo, agora me explica, se isso for possível, pois versinho o senhorzinho sabe fazer, me explica pq com a pena de morte só morrerá, preto, pobre e bandidinho, os chefões que tem educação e renda, não. Uai bixinho, a solução então é dar mais educação e renda? Quem tem são os cabeças! Conforme sua óptica míope e completamente descartável.
    Consegue entender, ou receberei um novo versinho?
    Ah, quem se entitulou comuna foi vc, stalinista? Será, ou bobinho apenas…

    #74925

    Parece que temos aqui uma discussão extremamente acirrada sobre uma complicada questão, o direito de matar.Somos obrigados a tomar uma decisão ou é permitido que se tire a vida de outra pessoa ou a vida deve ser respeitada.Temos defensores de ambos os lados mas alguns se dizem defensores da vida mas que em determinados casos podemos nos intrometer tomando decisões como deuses e por fim a vida de outra pessoa, eu particularmente sou um defensor da vida humana, e considero a pena de morte como um dos piores tipos de homicídio, pois se discute sobre o assunto, marca se uma hora para a realização do ato e se pratica assumindo um ar de que se cumpriu a justiça e de que se fez a coisa certa, é um crime extremamente premeditado, muito mais culpável do que um homem que num momento de desespero ou outro sentimento tira a vida de outro ser.Só pra terminar ai vai uma frase de ghandi, “olho por olho … e o mundo acabará cego”.

    #74926
    márcio
    Membro

    Sou partidario da existencia de um complexo processo de pena de morte no sistema, mas para casos muito especiais e que nao vai resolver o problema como um todo.

    Educacao pode ser um caminho (o melhor por sinal), mas entendo que um outro caminho seria a reducao da impunidade (ou a certeza de captura). Se for construido um mecanismo que aumente significativamente a chance que um transgressor do sistema seja capturado (e punido), entao havera menos transgressao.

    E ai entra-se em outro contexto: Custo, nao apenas financeiro, mas o custo da propria liberdade.

    #74927

    Finalmente comentários que não os do Fernandinho que sendo comuna, como ele mesmo disse, defende a educação como cerne da questão, pois para ele, mais educado, comete menos crime, pq? Talvez pq, conforme o prezado comuna, mais educação daria mais chances para o indivíduo (aí vem o modernista burguês) conseguir obter salários melhores, ou seja, nosso amigo comuna quer melhores chances individuais para continuar na própria ideologia burguesa, um capitalista. Só me falta ouvir um: Deus ajuda quem cedo madruga. Sim, o sistema quer isso, vá trabalhar que vc não precisa roubar, matar, estuprar, furtar, torturar etc. Mas fica no ar, educar? E os educados criminosos? Pq eles cometem crimes? Falta de punição? AHHHHH, finalmente um ponto real, não telenovelístico!!! Sem dúvida, falta punição! Creio que não seja do tempo de vcs, mas havia a um longo tempo atrás, uma coisa chamada contravenção penal, tinha pequenas penas, para pequenos delitos, pex. saindo na rua pelado, pegava uns dias, mendigagem, outros dias e assim por diante. Onde quero chegar? Simples, punir pelos pequenos delitos para mostrar a força e presença do Estado. Esperar a vaca ir pro brejo é que não dá. Se for pro brejo, não vá tentar tirar, geralmente não dá, não tem volta. Vide maníaco do parque, Fernandinho Beira mar, entre outros tantos. Estamos no mundo real, gente. A cada 6 horas uma moça é estuprada, e isso pq vão fazer o BO, e nas classes onde isso fere sua vida social? Mas isso não faz parte dessa minha abordagem. Todos temos idéias de como melhorar a coisa, porém pouca coisa realmente irá melhorar algo.
    Conforme o que foi dito, minha opinião é a seguinte:
    1) volta das contravenções penais. (para isso precisaremos de delegacias mais preparadas e com separação de criminosos dos contraventores.
    2) utopia – melhor destribuição de renda e possibilidade de emprego para todos, mais utopia? Com bons salários.
    3) Depois dos dois acima, educação para todos…Escolas de tempo integral, diminuir o tempo ocioso de adolescentes (já que pai e mãe geralmente estão ausentes, no trabalho)
    4) Criminoso terá de servir ao Estado com trabalhos forçados e não opcionais, como hj, deve trabalhar, respeitando os limites disso.
    5) Reincidentes em crimes hediondos devem ser exclusos da sociedade pelo bem, não do indivíduo (como caracteriza o individualismo burguês da idade moderna) e sim pelo bem da coletividade, da sociedade.
    Não é qualquer um que será condenado a morte, deverá haver realmente conduta que fira no mais alto grau a coletividade.
    Porém….utopia…

    #74928

    As pessoas aqui tentando discutir seriamente, com profundidade e vem o cara que atende pelo ridículo apelido de Afonsinho! Vejam o que ele quer…a volta das contravenções penais!! Ou seja, ele quer que a polícia volte a prender por mendicância, vadiagem, etc. Pior que ser um argumento facistóide( imagine nas modernas sociedades civilizadas, prender alguém por estar a toa…vadiando),é ser um motivo a mais para o aumento da criminalidade. Ou seja, as pessoas que forem para instituições penais( mesmo que separadas como, escreve o tal Afonsinho, ), irão ter um ” aprimoramento” , dentro destas, para o crime. A outra questão , quanto ao melhor educado cometer menos crimes, isto é verdade para os crimes , ditos, violentos. Isso é o que alguns estudiosos chamam de ” estratégias alternativas de sobrevivência”, ou seja, melhor assaltar, roubar e eventualmente matar que receber salário de fome ou viver desempregado, como vivem os excluídos. Assim , penalidades, mesmo severas,não podem intimidar indivíduos as portas da exclusão social, uma vez que a realidade das prisões não é pior que a da exclusão social. Estes indivíduos, naturalmente se prestam ao aliciamento por traficantes e outros bandidos. É importante dizer, que boa parte dos crimes é devida a criminalização das drogas, coisa que a meu ver deveria ser contestado, mas deixo isso para outra ocasião.

    #74929

    essa é minha cara diante de sua “profunda sapiência”. Fique olhando para ela. Minininho do painho, senta no colinho de novo. Quer saber, toma esse pirulito e vá assistir malhação. Desisto.
    Desculpe-me os demais, mas alguém tinha que por no lugar devido o Fernandinho “o comuna” “o engajado” “o não alienado”. Foi proposital. Se vcs quiserem continuar o papo e expor idéias e soluções, estou aberto para um debate. (pelo menos enquanto o Fernandinho estiver assistindo a malhação)

    #74930
    márcio
    Membro

    Caro Afonsinho,
    Com relacao a educacao estava pensando (viajando talvez seja mais adequado) num contexto maior, onde a sociedade como um todo estaria “educada” para minimizar a transgressao.

    Posso dar um exemplo bem babaca: O individuo que caminha na rua a sua frente, joga um pedaco de papel no chao e voce educadamente chama a atencao desse individuo sugerindo que ele deixou cair o papel e voce mesmo pega o papel e coloca na lixeira. Cinco metros adiante aquele mesmo individuo joga outro papel e outra pessoa faz o mesmo. Depois de uma centena dessas aquele individuo implicitamente vai acabar colocando o papel na lixeira, praticamente sem pensar.

    #74931
    márcio
    Membro

    Ainda no tema educacao, esta semana ouvi uma que achei interessante: O MacDonalds é uma fantastica rede de treinamento/educacao … que vende sanduiches.

    #74932
    márcio
    Membro

    Agora, indo pelo outro lado (180 graus em relacao a Educacao), poderia imaginar a divisao do tema em 3 partes que se inter relacionam:

    1. As transgressoes e suas punicoes.
    2. A vigilancia e captura.
    3. A aplicacao da punicao (e controle)

    Quem define o que é uma transgressao (ou contravencao ou crime) e quem define qual a punicao para essa transgressao ?
    Quem define a intensidade da vigilancia e captura dos itens sob transgressao ?
    Quem define o relacionamento factibilidade da vigilancia versus transgressao ? O que fazer com uma transgressao que nao possa ser vigiada ?
    Quem define o custo da aplicacao da punicao ? O que fazer se o custo da aplicacao da punicao nao for condizente com os recursos ?

    Muitas questoes ….

    Particularmente acho que o item 2 (vigilancia e captura) é um dos mais dificeis.

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