Início › Fóruns › Questões sobre Filosofia em geral › Racionalismo versus Empirismo
- Este tópico está vazio.
-
AutorPosts
-
26/03/2007 às 15:12 #84608CientistaMembro
5° - ao sr CientistaComo assim, "Racionalista empírico"??
DEFENDO o IMPÉRIO DA RAZÃO SOMADO à práticas do EMPIRISMO. Isto faz substancial diferença.
26/03/2007 às 15:32 #84609jota erreMembrosr Cientista, continuo não entendendo. O que o sr diz é o mesmo que dizer: “Sou ateu religioso”.
26/03/2007 às 15:42 #84610CientistaMembroPode parecer! Mas, lendo os primeiros posts deste Tópico vi claramente que não são posturas excludentes. É como ser INTELECTUAL E PRÁTICO.
26/03/2007 às 15:49 #84611BrasilMembrosr Cientista, continuo não entendendo. O que o sr diz é o mesmo que dizer: "Sou ateu religioso".
100% ;D
26/03/2007 às 15:59 #84612CientistaMembroReligião implica necessariamente em teismo?Será que religião pode significar um culto espiritual agnóstico?Podíamos perguntar aos Budistas (e outros)! :)As vezes é preciso um pouco de boa vontade para ver as coisas com os olhos alheios...
26/03/2007 às 16:01 #84613jota erreMembroSó um adendo:O sr não gostaria de se caracterizar como cientificista, sr Cientista?
26/03/2007 às 17:11 #84614CientistaMembroAurélio:cientismo[De ciência (< lat. scientia) + -ismo.] Substantivo masculino. Filos. 1.Atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as coisas como são, resolve todos os reais problemas da humanidade e é suficiente para satisfazer todas as necessidades legítimas da inteligência humana. 2.Atitude segundo a qual os métodos científicos devem ser estendidos sem exceção a todos os domínios da vida humana. [Sin. ger.: cientificismo.] NÃO PARECE MAL!
26/03/2007 às 17:20 #84615jota erreMembroReligião implica necessariamente em teismo?Será que religião pode significar um culto espiritual agnóstico?Podíamos perguntar aos Budistas (e outros)! :)As vezes é preciso um pouco de boa vontade para ver as coisas com os olhos alheios...
Vou estudar!
26/03/2007 às 22:51 #84616Junior MartuchelliMembroDe resto, acho que o filósofo, pelo menos na contemporaneidade, não está preocupado nas relações de "suas" verdades com as da Ciência.
Será que assim o filósofo está ignorando "o mundo empírico", das experiências? Acho um problema. Acho sim que certas teorias físicas podem ter implicações filosófica, como, aliás, já tem (o debate em torno da mecânica quântica e sua luta contra o determinismo, por ex.)De qualquer forma, ignorar "o mundo empírico" - por mais que seja imprevisível -, não me parece sábio. Mas, sou um estudante iniciante! Daqui a uns anos pretendo precisar melhor a relação entre ciência e filosofia. Espere até lá. ;)Por último, a filosofia não deve precisar que tipo de conhecimento existe para nós, o que ele tem a nos dizer, etc? Quero dizer - a filosofia busca fundamentar o que é todo tipo de conhecimento, tudo que podemos saber, seus limites, etc. Ela fundamenta todas as disciplinas - e vai além. É ela que junta a física, a biologia, a sociologia, a história, etc, embora, na atualidade, se não me engano, não acho que seja uma preocupação muito grande. Falei muita besteira? ;DUm exemplo: a filosofia de Husserl. É um ótimo exemplo de tentativa de fundamentar todo e qualquer conhecimento, e o mais recente que conheço.
27/03/2007 às 12:52 #84617jota erreMembro“O conhecimento é fundamentado por quatro pilares essenciais, a saber, a Ciência, a Religião, a Filosofia e a Arte. Cada um pode explicar o mundo conforme sua própria estrutura cognoscitiva. Fora deles, temos apenas o senso comum. Não se pode, então, considerar válido para a construção do conhecimento apenas um dos pilares”.É evidente que cada um dá a sua contribuição para a construção do Conhecimento humano, mas eles são independentes.Ora, você diria, mas o fato de serem independetes não significa que não possam trocar conhecimentos entre si. Sim, concordo.Mas a questão é que, teoricamente, um não serve para validar/invalidar os conhecimentos adquiridos pelo outro.Como exemplo, temos Descartes, que, nas Meditações, em plena era de desenvolvimento da Ciência, estendeu uma dúvida metódica e hiperbólica a tudo o que existe.Só para fazer uma pequena reconstrução de sua argumentação:1° - Os sentidos me enganam. Prova disso é que às vezes sinto ver o que não vejo, sinto calor quando está frio, silêncio quando está barulhento, etc...2° - Mas se os sentidos me enganam, pelo menos sei que estou acordado.3° - Na verdade, muitas vezes penso que estou acordado quando estou apenas sonhando.4° - Mas mesmo nos sonhos as verdades matemáticas são sempre válidas...5° - Mas pode haver um Deus que pode tudo, então ele me enganaria também quanto à matemática (Deus Enganador, Gênio Maligno).A partir daí, ele vai tentar compreender como pode haver uma existência fora de si mesmo, e chega mais claramente à idéia de Deus.Não nos compete, claro, discordar ou concordar com Descartes, mas ele é um exemplo da independência dos estudos filosóficos.Husserl, inclusive, começa sua "egologia trancendental" (fenomenologia) afirmando que Descartes "não ultrapassou a porta que abriu".Esta independência dos campos de conhecimento (no caso, da Filosofia), na verdade, é apenas uma forma de assegurar a liberdade de pensamento. O filósofo não se limita a regras pré-determinadas. Ele muitas vezes cria as suas próprias. Ele ousa duvidar. Ousa saber!Mas esta mesma liberdade de pensamento, claro, permite que muitos aceitem as regras já postas pelos outros campos de conhecimento. Quer dizer, dependendo do ponto de vista, a ciência também pode ser considerada bastante válida para a Filosofia.A afirmação de Sartre, portanto, fica lúcida: "A Filosofia não existe, existem filosofias..."
27/03/2007 às 13:25 #84618CientistaMembro...quatro pilares essenciais, a saber, a Ciência, a Religião, a Filosofia e a Arte.
Caro ED, do ponto de vista dialético, TUDO tem a ver com o saber, mas...Não vejo o que Religião tem a ver com o saber. Nem a Arte, pois é uma atividade manual.
27/03/2007 às 13:36 #84619CientistaMembroCom licença de um aparte neste assunto deveras interessante:Penso que o conhecimento usa ferramentas formais e informais para constituir-se, mas que resulta numa só coisa: O CONHECIMENTO TOTAL de um indivíduo ou comunidade. Grosso modo, classifico O CONHECIMENTO TOTAL desta forma: 1- Conhecimento físico de si mesmo. 2- Conhecimento mental de si mesmo. 3- Conhecimento do mundo físico. 4- Conhecimento dos outros seres. Conhecimento este que é intrinsecamente incompleto, e que pode ser mais ou menos verdadeiro ou falacioso, na medida em que reflita a realidade dos fatos.Se alguém tem o que corrigir nisto, por favor o faça!SDS
28/03/2007 às 15:16 #84620jota erreMembrosr Cientista, como o sr conhece o mundo?
28/03/2007 às 15:28 #84621CientistaMembroConhecemos o mundo através do aparelho cognitivo-nervoso! (Vá chover no molhado assim lá na China, não?) :)Em primeira instância, nosso SENTIDOS nos dão a informação do mundo (Inclusive um "Sentido Interior", que nos permite sentir dor/prazer internos).Estas informações são depois computadas por nossa inteligência, que, valendo-se das informações acumuladas (limbo) cria novas informações a serem armazenadas .A educação do indivíduo cria 'filtros' para as deduções lógicas a que chegamos. Um mesmo fenômeno objetivo pode ter várias leituras diferentes, de acordo com a "câmera" que o foca (um e um podem ser tanto 11 como 2, dependendo do presuposto lógico). Ganham em realidade e objetividade aqueles indivíduos estimulados a pensar por sí mesmos e ao pensamento lógico-racional em sua fase de formação (infância).SDS
28/03/2007 às 16:27 #84622jota erreMembrosr Cientista, Primeiramente uma pequena correção, se me permite.A dedução lógica é um processo pelo qual aplicamos uma premissa geral a um fato particular, como por exemplo, todo cientista é louco;Luiz é cientista;Logo, Luiz é louco.No caso, a premissa geral (premissa maior, na lógica formal) é: "todo cientista é louco".Assim, seu raciocínio não se baseia na dedução, mas na indução, isto é, na determinação de premissas gerais (ou conceitos), através da observação de fatos particulares.Ademais, perguntei-lhe como conhece o mundo porque queria asserções claras e contudentes, porque elas firmam de vez a posição de quem fala.Mas a questão é, não estamos falando de conhecimento verdadeiro ou conhecimento falso.A Bíblia conta praticamente toda a história do povo judeu, claro, com certa singularidade; mas isto não deixa de ser conhecimento.Outrossim, o que os religiosos, pensam sobre o mundo através de sua religião não deixa de ser conhecimento (ou você crê que um padre disciplinado simplesmente não pode conhecer o mundo?)A Arte, por sua vez, também gera conhecimento. Lembremos quanto conhecimento as obras de arte nos deram no decorrer da História...Mas, pelo seu bom intelecto (não é ironia), você deve ter percebido que aqui há duas questões.Em primeiro lugar, a capacidade de instrumentos próprios (livros, obras de arte, etc), dos "pilares do Conhecimento" proverem conhecimento.Em segundo lugar, a questão deles próprios serem fontes de conhecimento.Nas duas, como explanei, há conhecimento.O que o sr acha?
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.